douglaseralldo 26/08/2010
Uma coisa é preciso dizer antes de tudo: O mistério que envolve a trama é desenrolado pelo leitor nos primeiros dez capítulos, e embora o livro não deixe explícitos os acontecimentos, a sugestão é tão clara, que não haverá surpresas ao final do livro. Mas de longe isto irá os afastar da leitura, pois os personagens são cativantes, mesmo quando a autora os usa para exprimir seus conceitos filosóficos e porque não políticos. No entanto, a presença de tantos seres mágicos como fadas, bruxas, fantasmas, ogros e um mago prestes a aposentadoria nos prendem a leitura. A narrativa dos momentos de ação é outro ponto alto da obra, e a festa preparada para Raimundo Trottle é tão descritiva que nos sentimos dentro dela. Aliás, a repugnância destes personagens nos faz criar o desejo de encher-lhe de palmadas. Raimundo é por sinal é o centro de toda a confusão originada com o rapto de um príncipe por uma mulher rica, mimada, e sem conceito de valores. Por causa deste rapto o moderno e o mágico, se misturam em Londres, e os dois mundos separados – para o bem das criaturas encantadas – pela entrada secreta na plataforma 13 dá início a uma aventura cheia de movimento, personagens e vidas.