As misérias do processo penal

As misérias do processo penal Francesco Carnelutti




Resenhas - As misérias do processo penal


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Cynthia Perazzo 05/06/2009

Operadores do Direito, especialmente os criminalistas, devem ler este livro.
Foi de grande valia em minha vida profissional.
Indico!
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Eliana 26/08/2012

Excelente. Impossível pensar em processo penal sem pensar neste livro.
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Mensageiro 21/06/2015

As Misérias do Processo Penal
Carnelutti é sensacional apontando o árduo trajeto de quem está sendo o acusado em um processo penal e, indo além, aponta a importância do advogado nisso.
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Rafael27 27/05/2017

Excelente
Simplesmente indispensável para qualquer advogado.

Pra quem não é da área do direito também recomendo, uma vez que não tem tecnicismos nem termos difíceis. Por horas parece que trata-se de uma ficção, e em outros momentos parece ser uma conversa com o leitor, em resumo, um livro muito bem escrito.
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Paulo Silas 06/12/2018

Um clássico que possui razão de assim ser: ao ler as primeiras páginas, o leitor já se vê preso ao encanto que é a obra. Numa linguagem direta - mas sem deixar ir ao fundo dos problemas expostos ao próprio modo carneluttiano de escrever, acessível - sendo uma leitura prazerosa que alcança não apenas os que lidam ou estudam o direito, Carnelutti escancara muito daquilo que reside implícito no processo penal - as diversas problemáticas muito significativas e relevantes, mas que restam muitas vezes ignorada. O autor dá luz àquilo que ingenuamente ou intencionalmente costuma ser escondido nas sombras do poder que conduz o processo penal. É um livro que pensa e reflete o âmago do processo penal.

"O processo penal é um banco de prova da civilização não só porque o delito, com tintas mais ou menos fortes, é o drama da inimizade e da discórdia, mas por aquilo que é a correlação entre quem o cometeu ou se diz que o tenha cometido e aqueles que a ele assistem", diz Carnelutti logo no prefácio da obra. E é com base nessa perspectiva que o autor lança seu olhar crítico, reflexivo e até mesmo poético sobre as amarguras do processo penal. Dividindo o livro em temas centrais dos quais muito bem trata ("a toga", "o preso", "o advogado", "o juiz e a parte", "parcialidade do defensor", "as provas", "o juiz e o imputado", "o passado e o futuro no processo penal", "a sentença penal", "o cumprimento da sentença", "a liberdade" e "fim: além do direito"), o êxito em conseguir fazer com que o leitor repense o processo penal por diferentes vieses é notoriamente alcançado. Com uma paixão própria, Carnelutti dialoga com ênfase a respeito das intempéries ocorridas na forma com a qual a sociedade escolheu para julgar aqueles que praticaram aquilo que se diz crime.

"As Misérias do Processo Penal" é um livro curto, mas que diz muito. Repleta de parábolas e os mais variados exemplos e comparações, a obra consegue soar compreensível até mesmo para os mais resilientes - uma vez que aqui se diz não apenas do aspecto acessível da linguagem, mas também pelo seu viés tocante (no íntimo, na alma) ao considerar a destreza com a qual são expostos duros problemas do processo penal. Carnelutti parte, vale mencionar, de uma perspectiva própria acerca da natureza humana (e também do mundo), o que se reflete visivelmente nas linhas que compõem a obra - diz-se, por exemplo, do seu aspecto fortemente religioso, o que acaba por levar à algumas conclusões (ou partir de premissas) controvertidas. Seja como for, o incutir do pensar e repensar é sempre uma consequência certa da leitura de cada capítulo do livro. Daí a necessidade de leitura por pelo menos todos aqueles que já possuíram qualquer tipo de contato com o processo penal, pois, como aduz o autor, "encarcerados somos todos, mais ou menos, entre os muros do nosso egoísmo; talvez, para se evadir, não há ajuda mais eficaz que do que aquela que possam nos oferecer esses pobres que estão materialmente fechados entre os muros da penitenciária". A reflexão, portanto, é algo que sempre fica com as leituras e releituras da "As Misérias do Processo Penal", sendo assim devida e necessária.
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Rodrigo Bazzi Araujo 21/03/2019

LIVRÁSSO
Esse livro é excelente, cada vez mais atual. Explora e joga na cara do leitor as mazelas do Direito Penal. Indico até para quem não é da área. DR. Mario esse livro é seu, tenho que lhe devolver.
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Helen.Santolin 08/07/2020

Resenha
O livro elucida a mais complexa análise psicológica do andamento do processo penal. Por mais que a obra seja relativamente breve e os capítulos um bocado curtos, cada um deles é recheado pela crítica da forma de justiça escolhida – nos tempos modernos – para condenar ou absolver os atos relevantes para o direito. Por mais que a primeira publicação de tal obra tenha ocorrido no ano de 1965 dentro da realidade jurídica italiana, é notória a semelhança com nossa última atualização geral do processo penal. Com isso, é muito mais fácil celebrar a sensatez do autor em expor os erros do judiciário no ato de julgamento do acusado, tendo por base o nosso atual método brasileiro.

Francesco Carnelutti, nota-se, foi um homem religioso ou, ao menos, um estudioso da Bíblia. No decorrer de toda a sua obra, ele trata Deus como a base para as ações do réu, para a atuação do juiz, para a acusação do Ministério Público, bem como para o exercício do defensor. A partir da fé, tal autor dissertou sobre a importância das palavras ditas por Jesus serem aplicadas mais frequentemente nos atos da vida cotidiana, tanto quanto no processo jurídico. A título de ilustração, explana-se a seguinte ideia (2019, p. 85): “(…) é preciso passar a experiência amarga do juízo penal para começar a compreender a admoestação de Jesus. Infelizmente, quase todas as palavras de Jesus são ainda incompreendidas.” Claramente, em opinião própria, Francesco crê que só a sociedade evoluirá se envolver-se no manto da palavra divina.

Partindo da mesma ótica, os princípios bíblicos vêm à tona no momento em que o juiz anexa-se ao processo, a fim de julgar. O homem será mesmo digno em fazer justiça? Será que podemos nos definir aptos a ponto de não possuir pecados para, então, julgar os dos demais? Esta é a grande questão da obra toda.

Outro ponto extremamente interessante indicado por Carnelutti é a ideia de infinidade da sentença. Alguém é acusado, julgado pelo juiz togado, tem direito à defesa, submete-se ao Tribunal do Júri e, enfim, é condenado ou absolvido. Perante a justiça, tudo está de acordo com o instrumento maior: a Constituição. Porém, esta última está realmente adaptada ao meio em que se coloca? Se o réu é absolvido, será sempre visto como acusado de ter cometido um crime horrendo; se condenado, passará sua pena no cárcere e, se sair, terá o resto de sua vida arruinado pelas opiniões sociais. É impossível discordar que não há outra maneira se não condenar ou absolver, essa é a essência da justiça. Não obstante, é inegável a incompreensão do homem a ponto de não chegarmos a nenhuma conclusão acerca do modo de fazer justiça para que tais adversidades não ocorram.

A mentalidade é a parte mais íntima e também mais perigosa de qualquer pessoa. É a partir dela que o fato criminoso ocorre mas também é ela que instiga todo o julgamento processual e, como não poderia deixar de ser, faz parte do cumprimento da pena. Pois

então, este é o objetivo do encarceramento: punir com a restrição da liberdade, ou seja, maltratar psicologicamente quem cometeu a transgressão. Este acaba sendo, na visão do autor, o pior dos castigos, principalmente se tiver ocorrido um erro despercebido, tal seja, um erro judiciário. Se houve fatos mal julgados tanto pelo Estado-juiz, tanto pelos jurados, teremos então um acusado inocente. E quem poderá tirá-lo desta condição a não ser as provas? Neste sentido, se estas forem insuficientes para declarar inocência, teremos então uma falsa ideia partindo da premissa de que todos aqueles que estão recolhidos na penitenciária são malditos e culpados. Quem poderá defender, se o ser humano é falho ao ponto de errar nas decisões e, obviamente, não poder enxergar aquilo que não está explícito nas provas? É, entre tantas outras, a miséria do processo penal.
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Vitorugo 23/07/2020

Críticas ainda modernas
Mais um autor que nos apresenta a dúvida se era a frente do seu tempo ou se estamos atrasados.

Críticas e observações pontuais ao processo penal. Contudo, não faz uma sugestão de melhoria, discurso aceito em séculos passados, mas atualmente a questão é muito maior.
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brendbatista 14/08/2020

"Cristo perdoa, mas os homens não"
Comecei a ler e acabei no mesmo dia, já que precisei ler para o grupo de pesquisa amanhã.
É um livro até que interessante, tem abordagens que ultrapassam o momento em que o autor estava vivendo e acabam se refletindo nos dias atuais.
Não é um dos melhores livros, mas é necessário que o advogado perceba qual é o seu exato papel durante o processo penal, do lado do acusado, apesar de usar uma toga assim como o juiz.
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Keli Ane 04/09/2020

O Acusado visto com outros olhos
É esse sentimento que o livro passa. Questionamos todos aqueles pensamentos negativos, que surgem ao ver o acusado em um julgamento, direcionado a ele. É como se o autor quisesse tirar a venda dos nossos olhos, vendas que nos cegam, pela repulsa que sentimos sempre que surge uma noticia de algum ato criminoso, pela raiva que sentimos, que não nos permite enxergar que aquele acusado, aquele encarcerado, aquele presidiário, é como nós, exatamente como nós. Não são animais selvagens, são humanos. Tem tanto de humanidade em mim, quanto tem nele, quanto tem em você. O autor nos faz refletir sobre a necessidade de amar, uns aos outros. Sobre o amor egoísta, que nos encarcera, mesmo quando estamos livres das grades.

Fala também das falhas do sistema prisional, e das falhas como sociedade para lidar com os presos, das falhas de ressocialização e do abandono.

Uma crítica que tenho sobre a didática, é o modo de citar repetidas vezes Jesus Cristo como exemplo, talvez para o autor seja algo realmente significativo, mas na área do processo penal, acho importante separar a religião.
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NegrALANE 25/10/2020

É um livro bastante filosófico, com uma boa escrita. Discute o processo penal como um todo parte a parte. As sombologias presentes em elementos como a toga ou a algema. O papel de cada ator do jogo processual.
Ele tem várias limitações relacionadas às questões religiosas que produzem as discordâncias que tive em relação ao seu pensamento. Julga que a pena deveria ser uma espécie de remédio.
Creio que devemos desconstruir tudl isso. No entanto, é fato que ele era um homem de seu tempo e a nossa análise deve levar isso em consideração.

Não tive muitas informações novas, mas sem dúvida vou usá-lo em muitas futuras argumentações.
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Amanda 22/01/2021

Para todos
Achei q fosse ler um livro técnico sobre o processo penal, mas encontrei um livro sobre gente e suas dificuldades... É um livro para todos, operadores e não operadores do direito, uma vez que no nosso dia a dia, a gente julga, acusa, defende, condena, testemunha... É um livro que nos faz pensar em todas essas posições... Só faltou uma análise sobre a vítima... Mas a época em que o livro foi escrito eu sei q a vítima era esquecida mesmo... É um livro de leitura rápida e cheio de considerações interessantes... Com certeza será relido em outro momento da minha vida...
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Wellfenix 26/01/2021

Leitura obrigatória para qualquer jurista
A obra é de fundamental importância para quem quer que deseje atuar como jurista, o livro retrata as constantes incongruências que ocorrem no processo e em especial o processo penal.
É ainda um manual para qualquer estudante do primeiro semestre do curso de direito, familiarizar-se com a linguagem e cotidiano jurídico.
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