No ano passado depois de cadastrar um ou dois livros da editora no Skoob e ir atrás de conhecer o catálogo deles acabei conhecendo o livro que é a estreia da dupla dinamarquesa Anders Rønnow Klarlund e Jacob Weinreich criaram sob o pseudônimo A.J. Kazinski. O livro, vendido para diversos países e bestseller internacional é uma mistura elegante de mistério policial com thriller conspiratório de mistério. Unindo perspicácia com uma pesquisa interessante acerca de uma lenda do judaísmo os autores desenvolveram sua história.
Niels Bentzon estava começando mais um dia de trabalho após uma difícil negociação no dia anterior quando seu chefe pediu que ele fizesse algumas pesquisas em um caso que havia chegado da Interpol. Não era nada seu chefe dissera, apenas uma prevenção para caso acontecesse algo e a polícia fosse culpada. Quando seu chefe falou que ele teria de ir atrás das pessoas boas da cidade e preveni-las ele não acreditou. Mas era isso mesmo. O alerta dizia que alguém estava matando as pessoas boas do mundo. Bentzon listou algumas pessoas, humanitários, advogados dos direitos humanos entre outras pessoas do meio e começou suas visitas apenas de praxe. Quando Niels vai atrás do marido de Hannah Lund descobre que ele se mudou para o Canadá, mas o mais importante é as informações que Hannah passa para ele. Hannah é uma astrofísica, de Q.I. elevado e que sempre foi brilhante. Hannah conhece a história dos 36 homens bons que Deus colocou na terra. A história vinda do judaísmo tem paralelos que não podem ser apenas coincidência. A lista de casos que o detetive italiano enviou pela Interpol é grande e pelos números que Hannah descobriu nas estranhas marcas nas vítimas ainda faltam muitas. Correndo contra o tempo e a pressão que surge pelas visitas importantes que a cidade vai receber Niels precisa descobrir se o caso é real e se for quem será a próxima vítima. O detetive italiano acredita que será na Dinamarca, mas quem e porquê? Como descobrir qual é a pessoa boa correta? E o detetive italiano, será essa apenas uma obsessão sem sentido ou um caso assustadoramente real?
É a partir dessa premissa que a história se desenrola e para um thriller policial com traços históricos a narrativa é bastante cadenciada. Os autores preferiram investir em mais densidade do que velocidade. Antes de finalmente chegarmos à conclusão de que o caso tem a ver com os 36 homens bons os autores desenvolveram bastante o protagonista e também outras pontas secundárias da história. Por um lado o ritmo mais lento na primeira metade foi ótimo para aumentar o clima tensão da trama, mas por outro teve pistas mal aproveitadas. A história flui de verdade e conquista a atenção do leitor a partir do momento que Hannah Lund entra na história. É ai que a história muda.
Hannah é uma personagem interessante desde sua primeira aparição. As curiosidades e informações que ele acrescenta ao caso são fantásticas, rendendo passagens ótimas, onde o leitor não só tenta montar o caso e descobrir o que está acontecendo como também se vê conhecendo coisas novas. O modo como Hannah descobriu o quadro geral dos assassinatos foi muito inteligente e tornou a parte final do livro muito melhor do que a primeira. O grande problema que tive foi a resolução do caso. O fim real do livro não me agradou. Estava esperando uma conclusão bombástica depois do ótimo meio e foi apenas bom.
Leitura que começa lenta e acelera a medida que o caso ganha mais informações. Os autores conseguem no geral uma história criativa, que peca em poucos aspectos e mantém o leitor preso até o final, instigado em busca de respostas e pelos personagens interessantes. A edição da (...)
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