Davi 06/10/2019
Esse livro não é muito bom...
Bem, vai ser difícil estruturar essa resenha, mas vamos lá.
A premissa do livro é interessante e por isso dei a nota de uma estrela, se não seria zero.
O prólogo do livro introduz um conceito até interessante, mas esse conceito só é reincorporado no livro nos últimos capítulos e nada demais é feito com ele.
O livro seria um mistério policial, e eu digo "SERIA", porque no primeiro capítulo o mistério já é resolvido para os leitores e sabemos a resposta. Durante todo o livro os personagens correm atrás de algo que nós já sabemos. O mistério está totalmente perdido.
Inicialmente, nos primeiros capítulos, temos a visão de três personagens diferentes (excluindo o primeiro capítulo, pois ele é da visão de outro personagem que nunca mais aparece) e cada um está em um lugar do mundo. Os capítulos vão variando as visões de cada um, porém, no meio do livro acontece algo e um deles nunca mais reaparece como ponto de vista, alguns capítulos depois acontece algo com outro e ele também some, restando só um ponto de vista para o resto do livro. Sem contar que, às vezes, no meio de um capítulo, o ponto de vista altera para outros personagens menores e inconsequentes que revelam nenhum tipo de informação importante para a história.
Além desses problemas, a divisão de ato é muito estranha. O primeiro ato ocupa, provavelmente 75% do livro, o segundo 10% e o terceiro 15%. O segundo ato parece mais um intervalo no qual nada acontece, como se os personagens decidiram tirar uma ferias da história. O clímax do livro acontece no final do primeiro ato e depois disso a tensão não aumenta tanto quanto no primeiro ato novamente.
Os personagens não são muito interessantes, o problema não é nem tanto que eles não são desenvolvidos ou complexos, apenas que são entediantes. Os escritores não souberam utilizá-los direito.
Existem algumas mensagens no livro que parecem incrivelmente conservadoras, alarmistas ou “pregadora”. Alguns comentários sobre vigilância pública, refugiados, imigrantes, terroristas. Não sei se foi algo proposital, como um comentário ao estado das coisas atualmente, ou se foi um pouco do preconceito dos autores vazando pelas páginas. Parece querer converter os leitores ao cristianismo e colocam um muçulmano como um vilão e terrorista cheio de ódio e amargura. É bem estranho algumas das mensagens que passa.