Leonardo.Heffer 28/02/2024A clássico dos clássicos, não tão classicoUma das principais problemáticas em se ler um livro clássico, mundialmente conhecido mais por suas versões cinematográficas do que pelas páginas literárias é desconstruir toda uma fantasia já solidificada por anos. Esse pra mim foi uma das questões durante a leitura da ediçao de luxo da versão de bolso (não tão de bolso assim) de O Mágico de Oz.
Esqueça Glinda de cara, as perseguições da bruxa má do Oeste e os laços de familiaridade com a irmã assassinada pela casa de Dorothy por cima dela. Conheça todo um universo paralelo de personagens que nunca deram as caras no longa da década de 30 tão bem construído.
Na versão literária original escrita por Frank L. Baum, nada de grandes detalhes em descrições longas do cenário ou mesmo o jeitinho doce e cuidadoso de falar da versão de Judy Garland.
Aqui o papo é reto - chegando a parecer grosseria para os mais sentidos, quando o assunto é diálogo e descrição dos cenários. Como uma história criada para crianças (pasmem, eh uma história para crianças), a narração precisa ser concisa e menos chata para a garotada. Mais direto. E funciona? Sim, ao ponto de vc chegar a se perguntar como, com uma linguagem tão direta assim o livro conseguiu chegar a mais de 200 páginas.
Simples! Criando uma jornada longa, que não é massante e super hiper fácil de ler.
Inesquecível? De forma alguma. O filme é mto mais marcante que está história, mas ela chega aos dias de hoje já com a fama de clássico, então.pouco importa o que vc acha. O lugar dela na história da literatura já está garantido mesmo.