Gabriel Seixas 25/01/2024
Como é bom viajar pela literatura da fantasia!
Livro: O Mágico de Oz | Autor: L. Frank Baum | Resenha #93
Entrar no universo fantasioso elaborado pela mente de uma pessoa é fantástico. Enquanto leio a história fico pensando em todas as referências que aquela pessoa buscou pra criar os personagens (assim como depois a gente acaba descobrindo de onde o Maurício de Sousa inventou a Mônica e sua trupe). Isso me faz pensar que todos temos as nossas referências de pessoas e que também temos a capacidade criar “avatares", como é muito o caso dessa história. O meu cachorro, por exemplo, é o leão covarde. Dá pra fazer esse paralelo tranquilamente.
Bom, Dorothy teve um azar enorme ao ser levada por um furacão, junto com seu cãopanheiro Totó, para um lugar muito distante da sua casa e da sua família (que aqui são seus tios, mas por que não os pais?). E o seu principal objetivo fica claro desde o começo: voltar para casa, pois sua tia Em poderia ficar muito triste na sua ausência (não lembro dela falar do tio). Histórias fantasiosas são excelentes exemplos em simplificar as coisas, é um objetivo e basta. Foco total pra não distrair a criançada quando estiver lendo. E ao longo dessa jornada vai conhecendo os coadjuvantes e os levando com ela - o que acontece conosco ao longo da leitura. Vamos nos familiarizando com aqueles avatares e traçando paralelo com pessoas que conhecemos através dos seus comportamentos e falas. Nada muito complexo, o objetivo é entreter e voltar pra casa.
E que coadjuvantes bons. Nos ensinam tanto. Nos fazem pensar nas pessoas que conhecemos e na inocência das suas palavras. E Oz, brilhantemente na sua loucura: “agora sozinho, sorriu ao pensar no seu sucesso em dar ao Espantalho, ao Homem de Lata e ao Leão exatamente o que eles achavam que queriam”. Essa frase é de uma profundidade que só vivendo pra conseguir interpretá-la. O mágico do mundo das fantasias é servir para todas as idades.
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