A Revolução dos Bichos

A Revolução dos Bichos George Orwell




Resenhas - A Revolução dos Bichos


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Fábio 15/02/2013

Quatro pernas bom, duas pernas ruim!

A Revolução dos Bichos, escrito na época da Segunda Guerra Mundial, ataca de forma alegórica o modelo soviético sob a ditadura de Stalin. Dessa maneira, cria-se um retrato muito fiel, por meio dos bichos, do que ocorre de fato na tentativa de implantar o comunismo. Um leitor distraído pode pensar que se trata de um livro infantil e de fato, a engenhosidade de George Orwell é tamanha que, além de ser uma denúncia do que ocorre na União Soviética, também pode ser encarado como uma história lúdica.

Tudo começa quando os animais, cansados de serem explorados pelos donos, ouvem um discurso de um velho porco, Major. A turba se encanta com suas palavras, as quais, não haveria mais exploração, nem escassez de comida e todos os ideais igualitários, que se sabe das teorias socialistas. Nesse ponto, vemos que os ideais igualitários sempre conquistam muitos adeptos, principalmente os que vivem explorados, sem instruções, que aceitam as falácias de outrem, que expõe seus grandes sonhos.

Nesta fábula, como na História, vemos que ninguém jamais toma o poder com a intenção de largá-lo. O poder não é um meio, é um fim em si. Não se estabelece uma ditadura com o fito de salvaguardar uma revolução; faz-se a revolução para estabelecer a ditadura (ORWELL, 2009, p. 254). Após conseguirem a revolução, e expulsarem os homens, o porco Napoleão, o Stalin do livro, assume o poder e expulsa Bola-de-Neve, que representa Trotski.

Orwell não esquece nenhum pormenor, poupando complexidade, Lênin não entra na história, mas não se esquece das músicas, das manipulações estatísticas dos resultados, da exploração, da desigualdade entre os que mandam e os que obedecem, dos mandamentos que todos devem seguir etc. Vale dizer, que o livro foi publicado muito antes de Nikita Khrushchev desmascarasse o facínora Stalin, cujo processo ficou conhecido como desestalinização.

A história do livro e principalmente a história mundial, nos mostra que homens e porcos ficam indistinguíveis. Com a capa do igualitarismo, criaturas corruptas vão enganando os trabalhadores com promessas de igualdade e fraternidade, todavia quando chegam no poder, essa capa cai e comprovamos que todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros. (ORWELL, 2010, p. 90)


ORWELL, G. 1984. São Paulo: Nacional, 2009. 277 p.
______. A Revolução dos Bichos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. 152 p.
Vanessa1599 09/01/2012minha estante
Ótima resenha! =)


Larissa 02/02/2012minha estante
Muito boa a resenha!


Fábio 10/02/2012minha estante
Muito obrigado :D


Sillas 25/05/2012minha estante
Lênin não seria o Major?


Fábio 30/05/2012minha estante
Sillas, o Major é o Karl Marx :)


Karen868 08/06/2012minha estante
O Major é o Lênin SIM!


Fábio 09/06/2012minha estante
O Major que inventa a teoria da igualdade, depois da sua morte que se coloca em prática as teorias citadas por ele, leia novamente e veja por si mesmo.


Ale Siqueira 27/09/2012minha estante
Parabéns pela resenha, realmente muito boa. Gostaria de acrescentar dois outros paralelos que eu pude traçar ao longo da leitura. Segundo minha percepção, o corvo Moisés e suas histórias sobre a
Montanha de Açucar representam a Igreja. Os vizinhos Pilkington e Frederick representam respectivamente a Inglaterra e a Alemanha e suas instáveis relações de interesses com a União Soviética.


Fábio 28/09/2012minha estante
Isso mesmo Ale Siqueira, são tantos detalhes, e o mais importante é que se você não saber nada disso, você fica encantado da mesma maneira, sem dúvida é um livro pra criança, pra adulto, pra academia, pra tudo, tem que encabeçar os melhores livros distópicos A revolução dos bichos.


03/10/2012minha estante
Ótima resenha.
Também adorei o livro, pois com muita simplicidade fala de história e política de um jeito que todo mundo consegue entender.


Júlio Leite 11/02/2013minha estante
Que resenha extraordinária!


Fábio 15/02/2013minha estante
Obrigado Júlio, dei uma atualizada, colocando as referências.


Felipe 26/02/2013minha estante
Adorei! Quero ler esse livro mais que nunca!!


Walaceboto 17/03/2013minha estante
Ótima resenha!
Ótimo Livro, li pra escola achando que seria um libro bobo, pelo contrário.


Sissy 14/05/2013minha estante
Fiquei muito curiosa para ler esse livro.Parabéns pela resenha, muito boa!!!
Bjos


Fábio 08/08/2013minha estante
Muito obrigado Sissy, não deixe de ler, você vai se surpreender


Bruna 16/08/2013minha estante
Fábio, parabéns pela sua resenha!

Gostei muito quando você usou "engenhosidade de George Orwell", realmente o livro é fantástico! Quero futuramente ler outros títulos de Orwell, e visitar mais suas resenhas.

Abraços.


Sheila 05/09/2013minha estante
Sua resenha está perfeita. Na verdade, a li somente depois que terminei de ler o livro e, graças a ela, retornei a alguns pontos para os quais eu não havia prestado atenção e fiquei impressionada com o quanto vc foi preciso. Muito boa mesmo! :)


Lello 14/12/2013minha estante
Tenho três versões: Inglesa, italiana e portuguesa. Nesta última perdemos realmente um pouco da "indireta" ao comunismo, ficando ainda mais lúdico. Parabéns pela resenha. Deveríamos distribuir este livro nas universidades e escolas, ao invés das cartilhas de ideologia marxista e os kits ativistas.


Rafael 17/12/2013minha estante
O Major representa Marx, principalmente. Lênin e Trotsky são representados pelo Snowball (Bola-de-Neve). Essas comparações específicas à parte, a alegoria do livro é muito mais profunda.

Acho legal que usem esse livro como "alternativa às cartilhas marxistas", como se um anulasse o outro. O livro não ataca o socialismo, em si, e nem o ironiza. O faz, na verdade, com o stalinismo. E, espero que saibam, o socialismo em si e o que foi implantando na Rússia com Stálin são coisas bem distintas.

Parece que muitos não entenderam o livro e o estão usando para defender ideias equivocadas (que a própria mensagem do livro recrimina, posso dizer). Sugiro que pesquisem um pouco mais sobre ele e, principalmente, sobre o autor, que era, por sinal, um socialista.


Marcos Brito 18/12/2013minha estante
Rafael, a realidade mostra que situações como as que aconteceram no livro são as que melhores ilustram o modelo socialista em prática, vide Cuba, URSS, Coréia do Norte...

E sim no livro mesmo tem a informação que Orwell era um socialista, porém creio eu que se ele estivesse vivo hoje e visto que seus livros ilustram muito bem o totalitarismo existente no socialismo, duvido muito que ainda o defenderia.


Lexi 23/01/2015minha estante
você foi perfeito ao expor sua leitura sobre A Revolução dos Bichos, captou todo espírito e a essência desse livro ! tão bom que merece ser o prefácio da próxima edição. grande abraço ;~


Caroljf 29/04/2015minha estante
Adorei a resenha!
Um livro simples, mas que denúncia a união soviética durante o governo de Stálin e que fala sobre um tema universal: o poder!


Rojane 29/09/2015minha estante
Uauuuuuuuuuuuuuu super! perfeito.
Adorei sua resenha. 10.


Marcio 02/01/2016minha estante
Que resenha boa, meus parabéns! Eu li esse quando tinha uns 11 anos acho,e amei. Não por seu contexto político porque eu nem me toquei de nada, mas simplesmente pela história maravilhosa! E não fui o único, pelo que eu soube e quando saquei o lance político, gostei ainda mais, bem dizer! Mais tarde quando li Jogos Vorazes eu me lembrei do Orwell e diferente de muita gente, eu não deixei de amar a trilogia, muito pelo contrário! Mas enfim, meus parabéns de novo, e que clássico maravilhoso! Li três vezes, inclusive.


Helder.Alves 10/02/2016minha estante
O livro é lindo! resenha perfeita.


Natalia 02/08/2016minha estante
Concordo com a observação feita pelo leitor Rafael em 17/12/2013. Vão com calma nas interpretações aí... até porque, pelo padrão de "1984", a intenção de Orwell era criticar o totalitarismo, seja ele qual fosse.


Ric Molares 06/09/2016minha estante
Muito boa sua resenha!
Me ajudou muito para entender o conceito do socialismo no livro.
Obrigado!
:)


celo 14/10/2016minha estante
A Revolução dos Bichos, de George Orwell, se passa numa granja liderada, inicialmente, pelo Sr. Jones. Porém, insatisfeitos com a dominação e exploração e liderados pelo Porco Major, os animais decidem fazer uma revolução. Assim, o inimigo seria aquele que anda sobre duas pernas.


Marcos.Azeredo 17/10/2017minha estante
Ainda estou no começo, mas o que me espanta é o George Orwell se dizendo socialista não gostar da União Soviética, que para mim é um pecado, é o mesmo um capitalista dizer que não gosta dos EUA. Eu não analiso um livro pelo lado ideológico do autor, temos que reparar as coisas, mas parece que não vou gostar do livro, quando terminar darei uma resenha completa.


Fábio 28/10/2017minha estante
Marcos.Azeredo Não é que ele não gosta da União Soviética, ele não aprova como ela foi administrada, principalmente, pela ação do ditador Stalin e como ele conduziu o país e moldou o comunismo.


Lívia R. 01/06/2018minha estante
É certo que o George Orwell construiu sua obra com o Stalingrado em mente, mas dá para estabelecer comparativos da história em si, com outros governos que foram totalitários. No caso, eu havia acabado de ler um romance histórico sobre a implantação do comunismo na China, e pude enxergar tamanha diferença.

Parabéns pela resenha!


Elisa 28/06/2019minha estante
Ótima resenha! O livro me cativou, foi o primeiro que li voltado para essa era distópica e eu amei. Depois dele comecei a ler outros livros de mesma natureza.


Fábio 20/08/2019minha estante
Obrigado, Elisa. Realmente, esse livro pode ser sim uma porta de entrada para outros livros distópicos!


In 01/04/2020minha estante
Como faz pra ler o livro?


Fábio 04/04/2020minha estante
In Aqui é apenas uma rede social na qual você registra o livro que gostaria de ler, que já leu etc. Não dá para ler o livro aqui. Minha sugestão é que você vá na biblioteca pública da sua cidade, pois esse livro é um clássico e com certeza você encontrará lá. Além, é claro, de prestigiar a biblioteca local.


Ju 28/05/2020minha estante
Excelente resenha! Apresentou a essência do livro.


Nicácio 11/07/2020minha estante
Ótima resenha, objetiva e completa.


Zildinha 29/10/2020minha estante
Resenha perfeita . Como u.


Em poucas palavras acredito que o livro trata da eterna busca pelo poder.


Cris 14/11/2020minha estante
Sensacional!


Aluisio.Bernardes 09/01/2021minha estante
Ótima resenha


Rosangela.Chaves 03/02/2021minha estante
Parabéns pela resenha. Estava querendo ler esse livro já a algum tempo, agora com certeza o farei.


Halyson.Manosso 07/02/2021minha estante
Parabéns pelo gosto


Kaa 09/02/2021minha estante
??? adorei a resenha. Li pela segunda vez o livro e acho sensacional do mesmo jeito.


Cynthia 02/03/2021minha estante
Encantada com a descrição
Me add no WhatsApp
Quero saber mais .


Cesinha 04/03/2021minha estante
Tive o prazer de ler este livro a alguns anos e me surpreendi com a forma lúdica como é tratado um assunto de tamanha importância. Valerá sempre a pena reler.


Hades 31/03/2021minha estante
sim a critica q o autor faz ao totalitarismo e a ditadura é do Comunismo da Antiga URSS.
Hoje em dia isso reflete nos totalitarismos e a ditaduras da China.
o livro nao tem nada haver com liberalismo, deste o inicio do livro fica clara a critica aos revolucionários que tomam o poder mais depois nao entregam ao povo, vide o caso de Cuba, China, Vietnã, Venezuela e afins do Socialismo.
mesmo George Orwell sendo Declarado hoje em dia como Socialista suas Obras declaram uma critica ferrenha ao socialismo.
vide o caso da Implementação do Socialismo dos Governos 1994-2002 PSDB culminando em 2003 ate 2016 com o PT.


Clemente 28/04/2021minha estante
"Quatro pernas bom, Duas pernas mais bom" uma das frases que mais me destruiu lendo esse livro


Debora 06/05/2021minha estante
Resenha igualzinha do link https://brainly.com.br/tarefa/11618068


Fábio 12/05/2021minha estante
Debora Meu Deus e não é que copiaram minha resenha pra por no Brainly e nem me deram crédito, nem pra divulgar o skoob essa rede social maravilhosa


Lucas.Dias 16/05/2021minha estante
na verdade mostra que o oprimido pode se torna o opressor e que mesmo com as ideias do porco que claramente era oprimido logo seus discípulos se tornariam opressores
George Orwell era simpatizante do comunismo mas mesmo assim criticou a forma de como era as coisas na urss


Fábio 26/05/2021minha estante
Realmente. Enquanto miséria, desigualdade e privilégios a alguns que estão no poder existirem, livros como esse serão necessários.


Natalia.Castanha 26/05/2021minha estante
Excelente resenha!!!???


Banana 08/06/2021minha estante
Onde aperta pra ler


RHOSA 20/06/2021minha estante
Parabéns Fábio pela resenha. E mais perspicaz pelas referências.
O livro realmente continua mais vivo do que nunca, em pleno século 20, trocam-se os personagens, mas a história se repete, bem aqui na nossa « casa ». Por que não. conseguimos aprender e a evoluir a partir desses exemplos e não cometê-los novamente!?


Gabrielle.Vilefort 30/06/2021minha estante
Excelente resenha. Um apanhado da história mundial fantástico que é satirizando no livro de George Orwell. Passam-se os anos....mudam os acontecimentos mas a história se repete...em outros lugares, em outros países, em outros continentes.... governantes que cegam e alienam seu povo em prol de ego, poder, ganância e dinheiro


Fran Reis 02/07/2021minha estante
Arrasou, Fábio!


Lavínia LPNR 26/08/2021minha estante
Eu dei 5 estrelas pra esse livro porque é simplesmente muito informativo e objetivo. A leitura é super válida pra você saber mais sobre política, animais, meio ambiente e como funciona uma revolução.
Acho que a partir do momento que temos fatos históricos sobre a forma como acontece as revoluções, George consegue sintetizar isso muito bem e nos mostrar como.


Josu_097 30/08/2021minha estante
Muito legal o seu comentário!!
Eu apoio e concordo com o que vc diz
E no início eu já estava pensando sobre as Revoluções que aconteceram na Rússia e em outros países


meel 12/11/2021minha estante
Resenha incrível, parabéns!! ?
estou lendo agora o livro e percebi muitos atos que se diferem da proposta inicial de igualdade entre os animais, são acontecimentos sutis mas que possuem grande impacto a longo prazo! Ao estar realizando a leitura da obra, notei a importância de se ter um senso crítico e questionador, principalmente quando se trata de política!


Suellen214 13/11/2021minha estante
Estou gostando, muito de ler esse!


Sam 16/12/2021minha estante
não sei dizer se o livro é bom ou ruim, mas pra mim foi uma leitura bem lenta e chata, não gostei muito não


Meno 21/12/2021minha estante
Essa obra nos podemos enxergar o Sr major Como o grands mestre dos animals ele que ideali a o que Viera a ser a revolucao dos bichos ele que os encorajo para que eles pudesem enxergar um futuro livre


Julio 21/04/2022minha estante
Resenha excelente


Suellen214 28/04/2022minha estante
Ótima resenha ??


EiCoalakk 26/05/2022minha estante
Tô lendo e até agr estou super animado com a leitura :)


JoãoPaulo2006 10/10/2022minha estante
Contextualização:
A obra(revolução dos bichos) foi lançado em 17 de agosto de 1945 por George Orwell, ele foi um escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita. Sua hostilidade ao Stalinismo e pela experiência do socialismo soviético, um regime que Orwell denunciou em seu romance satírico A Revolução dos Bichos, traduzido no Brasil também como A Fazenda dos Animais, a partir das edições de 2020) se revelou uma característica constante em sua obra, além de que foi considerado talvez o melhor cronista da cultura inglesa do século XX, Orwell dedicou-se a escrever resenhas, ficção, artigos jornalísticos polémicos, crítica literária e poesia.

A história se passa na fazenda solar onde faz uma relação direta com a revolução russa, onde os animais da fazenda Granja do Solar se juntam para derrubar seu dono, o Sr. Jones, que sofria com o alcoolismo e maltratava os animais do local, pagando-os com ração ? que muitas vezes ainda não era o suficiente para alimentá-lo, onde também o Velho Major, o mais inteligente e respeitado de todos os porcos da fazenda, quem começa a plantar as sementes da revolução no imaginários dos animais. Ele acaba também tornando-se o líder da rebelião, visto que era preocupado com todos os presentes na granja e também com a injustiça causada pelo dono, A este personagem podemos atribuir a importância associada a Karl Marx e Lenin dentro da ideologia comunista presente nos ideais da Revolução Russa. Marx, por seus escritos, manifestos e sabedoria, e Lenin por conta de sua liderança durante um dos momentos mais importantes da história de seu país. Ainda é possível associar outra questão importante nessas figuras. Major não chegou a ver a revolução com seus próprios olhos ? é apenas depois de sua morte que os animais se organizam para tomar a fazenda do Sr. Jones. Marx também não chegou a ver nenhuma transformação radical na sociedade em que vivia, mas ainda sim inspirou diversos movimentos mesmo após falecer.

Análise crítica:
?A clássica obra do autor inglês George Orwell narra a jornada de um grupo de animais que decide se rebelar contra o dono da fazendo, o Sr. Jones, e com a exploração dos humanos. É uma alegoria e uma sátira sobre o totalitarismo, mais especificamente com os rumos que tomados pela Revolução Russa, de 1917. Além de que Orwell deixa diversas lições nessa obra. Por exemplo, que o idealismo também pode dar lugar a divisão de classes. Ou, que a tirania pode, e provavelmente virá, daqueles que já foram oprimidos quando detém o poder. Além é claro, das lições imediatas que atacam o totalitarismo russo.

?Garganta era braço direito de Napoleão e andava pela granja defendendo seu ?mestre?. Acontece uma tempestade e o moinho de vento é derrubado; a culpa cai sobre Bola de Neve. Os animais passam a racionar ainda mais a comida. Mesmo assim, Napoleão passa para os humanos a impressão de haver muita comida.

? a relação de analfabetismo e rebelião era bem difícil, pois os animais não tinham condições de aprender, os porcos até tentavam ensinar mas era uma tentativa mal sucedida, além de que depois os animais da fazenda se tornaram submissos aos porcos, pois eles estavam vivendo como seres humanos, o que era basicamente proibido nos 7 mandamentos da granja solar, e em relação aos animais, eles sim eram submissos aos porcos vez que os mesmos trabalhavam muito em relação a eles, trabalho basicamente escravo.

? a relação que o livro tem com a exploração de mão de obra era enorme vez que os animais trabalharam mil vezes mais em relação aos porcos, eles as vezes até se revoltavam com a situação.


Sophia 12/11/2022minha estante
Revolução dos bichos e muito bom,meu pai foi que me indicou esse livro.
Ele e muito top que gosta de livro de revolta lê esse livro,vc fica torreapaixonada por ele e um livro que dá muitas lições de vida como:


João 20/11/2022minha estante
"Quatro pernas bom, duas MELHOR AINDA"


Eduarda 18/12/2022minha estante
Eu leio esse livro, mas algumas coisas eu não entendo por exemplo, se os homens não dessem comida etc para eles eles morreriam de fome certo? E também se os homens dependiam dos animais para ter leite, lã etc por que eles tratavam os bichos tão mal?

As vezes eu acho a leitura meio absurda e as vezes acho uma maravilhosa


Eduarda 18/12/2022minha estante
Eu queria que alguém pudesse me e aplicar (sem falar do final) sobre o livro!


Fábio 27/12/2022minha estante
Eduarda sabe por que mesmo os homens dependendo dos bichos os tratavam tão mal? Porque todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros


Eduarda 27/12/2022minha estante
Entendi


Eduarda 27/12/2022minha estante
Obrigada


Eduarda 27/12/2022minha estante
Obrigada


Isabela Belaa 17/01/2023minha estante
Comprei ele quero ler logo logo rs


Isabela Belaa 17/01/2023minha estante
Comprei ele quero ler logo logo rs


Nicolas.Carara 01/02/2023minha estante
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


Petala.morais 14/02/2023minha estante
Melhor resenha q li recentimente.falou tudo pararabéns, nn faria melhor terei q reler-lo novamente e com outros olhos pela bela e clara explicação maravilhosa q vc me deu mtt obrigada, li isso a muito tempo q mal posso imaginar quantas coisas deixei passar e quantas descobertas novas e idéias me viram só com a diferença de atenção, idade e noção do mundo?
Pensarei sobre cada palavra


Petala.morais 14/02/2023minha estante
Eu amo a noção do Call Max mesmo nn apoiando-o?


Petala.morais 14/02/2023minha estante
Vou ter q retirar esse livro do lixo do quarto do meu irmão, kkkk vai ser dificil de achar, mas vale a pena


Alexandre.Gomes 07/03/2023minha estante
Boa resenha, mas Orwell era crítico do socialismo soviético, e não do socialismo como um todo, a obra dele explicita isso muito bem.


Ester553 10/03/2023minha estante
Véi, é óbvio que o Major é o Karl Marx, sem discussão. Sua resenha tá perfeita.


Jujuba 07/04/2023minha estante
Abandonei porque descobri que esse cara é anticomunista . Assistam fuga das galinhas que é melhor .


Giovanna.L.Miranda 16/04/2023minha estante
Considero um dos melhores livros de todos os tempos!


_daydreamer10 19/05/2023minha estante
Já fazem 10 anos... Moço, vc ainda tá vivo?


O mais gostoso 28/05/2023minha estante
Livro para leigos, não passa de uma propaganda escrita por um funcionario da CIA.


Antonio Marcos 31/05/2023minha estante
Revolução dos bichos, a grande história escrita na Segunda Guerra Mundial que se amostra a vida de cada animal que viveram abusados pelos donos .


Feféu 29/06/2023minha estante
O comunismo do livro se torna justamente o que mais odiavam, uma sociedade capitalista ...


féo 19/08/2023minha estante
Resenha muito bem escrita, quem leu esse livro jamais vota em esquerda, jamais acredita em mentiras provenientes de políticos populistas e "bondosos".


Thais.Lucie 19/12/2023minha estante
Gente sou nova aqui como faço para ler aqui nesse app?


Agatha272 06/01/2024minha estante
Ata divo, tendi


Luciana.Lira 17/01/2024minha estante
Alê Siqueira eu também entendi a referência do corvo Moisés ao Moisés bíblico e a montanha de açúcar como o monte Sinai, que apresenta a ideia de salvação, de esperança o que na verdade com passar da história fica somente na esperança mesmo, a situação diária dos animais só piorou. Mais fome e maus tratos.


Sofia136 03/02/2024minha estante
Lembro que minha mãe comprou este livro pra mim ano passado junto com outro livro, ela me disse: "Faremos um trato, eu vou comprar dois livros, um você escolhe, e o outro eu escolho. Eu quero que leia os dois, até o que eu escolhi." Até aí, tudo bem. Quando chegamos em casa, a capa não me atraiu muito, pensei inicialmente que seria mais um daqueles livros "chatos" com uma lição de moral, pensava isso até resolver dar uma chance, e não me arrependi! Pois quando eu comecei, fiquei presa nele, só parei quando havia terminado, a escrita dele é boa e fácil de entender.

Quando eu estava lendo, lembro da minha mãe mencionar que ele tinha Trotsky e Stalin, no caso, eles sendo representados por "bichinhos". Eu aprendi sobre a 2° guerra mundial no meio do ano passado, e como eu consegui o livro no começo do ano, não tinha muita noção de quem eram ambas as figuras, mas sabia que eram importantes, pois já havia visto comentários sobre eles algumas vezes. Dito isso, George Orwell explicou de maneira bem simples o que acontece com uma história de bichinhos de fazenda criando uma revolução.

Sobretudo, achei uma leitura interessante e que me atraiu bastante! Mas entendo que provavelmente muita gente não goste, por achar "chato" ou "tedioso", eu achei interessante por ele abordar esse tema, e a leitura pra mim foi divertida, então sim, eu recomendo esse livro pra quem tiver uma noção bem "básica" do assunto e do q se trata. Caso não tenha, não vai gostar, pois não vai entender.


Thierry7 24/02/2024minha estante
Ótimo livro, mostra como facilmente é corrompido quem está no poder, e mostra q a frase q está no livro ?1984?, é verdadeira. Algo mais ao menos nesse gênero: ?quem controla o passado, controla o presente e quem controla o presente controla o futuro e o passado?


Andgualb 31/03/2024minha estante
?Todos animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros?


JAMES68 20/04/2024minha estante
Eu não li esse livro tendo um repertório aguçado sobre o contexto histórico que o livro faz referência indireta. Mas gostei muito do livro, e sim, durante a leitura nutri um ódio profundo por Napoleon. "Camaradas"... q raiva!


Julia6013 03/05/2024minha estante
Como faz pra ler o livro


Alice3631 11/05/2024minha estante
Li esse livro há muitos anos, e acho que preciso ler de novo pois provavelmente eu nem entendi o contexto do livro.


uzhenrique 18/05/2024minha estante
Esse livro é incrível. Fui apresentado pela professora de história, esse livro me trouxe várias reflexões.




Bookster Pedro Pacifico 16/04/2021

A fazenda dos animais, de George Orwell
Fazer essa releitura foi marcante por alguns motivos. Em primeiro lugar, a mudança do título que marca a nova tradução feita por Paulo H. Britto para essa edição sensacional. Apesar de representar algo aparentemente pequeno em uma obra tão relevante, a mudança de “Revolução dos bichos” para “A fazenda dos animais” aproxima muito mais a obra do título original (“Animal farm”). Eu adorei a novidade, até porque quando vou ler um livro traduzido para o português, desejo ler a versão mais similar possível ao que a autora ou autor pretenderam criar para o leitor, sem contar que o título anterior teria sido escolhido para fazer parte de uma "propaganda anticomunista" do governo da época em que foi publicado (1964).

Superado esse ponto inicial, é inegável que a leitura desse livro no momento atual é bem pertinente e dialoga com problemas políticos e sociais que vivemos. Para quem não conhece a história por trás dessa obra, podemos resumir assim: depois de serem muito explorados, os animais da “Fazenda do Solar” se revoltam contra o seu dono e decidem instituir um “governo” dos animais, baseado em um sistema igualitário. A partir disso, a fazenda seria comandada apenas pelos bichos, sem qualquer tipo de privilégio. No entanto, com o tempo, as promessas de um sistema de igualdades acaba se afastando da realidade imposta por quem estava no comendo.

E o mais genial por trás da obra é que o autor conseguiu transmitir de forma simples e instigante assuntos de extrema relevância social. A história não passa de uma alegoria aos governos totalitários, em especial ao regime de Stalin na União Soviética.

Para mim, “A fazenda dos animais” tem um papel bem importante, já que foi uma das leituras responsáveis por despertar o meu gosto por livros! E se o meu primeiro contato já deixou tantas marcas, é incrível ver como tantos anos depois a leitura foi tão enriquecedora. A maturidade me permitiu refletir sobre diferentes questões e identificar uma crítica social mais latente.

Só elogios para essa edição em capa dura, com ilustrações lindas e um conteúdo de apoio riquíssimo! Leitura necessária!

Nota 10/10

site: http://instagram.com/book.ster
Roberta.Tiritan 08/06/2021minha estante
??


Roberta.Tiritan 08/06/2021minha estante
??




Alane.Sthefany 26/03/2022

Revolução dos Bichos - George Orwell
A clássica obra do autor inglês George Orwell narra a jornada de um grupo de animais que decide se rebelar contra o dono da fazendo, o Sr. Jones, e contra a exploração dos humanos para com os animais da Granja do Solar (Granja dos Bichos).

Jones é o fazendeiro que explora os animais. O velho porco Major foi a figura responsável pela ideia da revolução contra o fazendeiro.
O porco Bola-de-neve foi o líder da revolução, depois da morte do Major.
E o porco Napoleão foi representado como a figura autoritária que passa a liderar os bichos.

A Revolução dos Bichos, de George Orwell, se passa numa granja liderada, inicialmente, pelo Sr. Jones (proprietário da fazenda).
Os animais já insatisfeitos com a dominação e a exploração que sofriam, foram influenciados pelo Porco Major, a fazerem uma Revolução. Assim, o inimigo seria aquele que andasse sobre duas pernas.

Liderados primeiramente pelos porcos Bola-de-Neve, Garganta e Napoleão, os animais tentam criar uma sociedade utópica, mas Napoleão, seduzido pelo poder, afasta Bola-de-Neve e estabelece uma ditadura semelhante (ou pior) a dos humanos.

Napoleão representa o desejo da onipotência, do poder absoluto e, para conseguir seus objetivos, tudo passa a ser válido, desde: mentiras, manipulações, traições, mudanças de regras, força, medo.

Garganta, que era experto e de boa lábia, era sempre o porta-voz escalado para justificar os privilégios e arroubos autoritários dos porcos. Uma de suas táticas recorrentes é invocar o nome de Jones, o ex-proprietário da fazenda, expulso pelos revolucionários.

"Garganta foi enviado aos outros, para dar explicações.
? Camaradas! ? gritou. ? Não imaginais, suponho, que nós, os porcos, fazemos isso por espírito de egoísmo e privilégio.
(...)
Nosso único objetivo ao ingerir essas coisas é preservar nossa saúde. O leite e a maçã (está provado pela Ciência, camaradas) contêm substâncias absolutamente necessárias à saúde dos porcos. Nós, os porcos, somos trabalhadores intelectuais. A organização e a direção desta granja repousam sobre nós. Dia e noite velamos por vosso bem-estar. É por vossa causa que bebemos aquele leite e comemos aquelas maçãs. Sabeis o que sucederia se os porcos falhassem em sua missão? Jones voltaria! Jones voltaria! (...) com toda certeza, não há dentre vós quem queira a volta de Jones.

Ora, se algo havia sobre o que todos animais estavam de acordo, era o fato de nenhum desejar volta de Jones."


"Um passo em falso e o inimigo estará sobre nós. Por certo, camaradas, não quereis Jones de volta, hem?

Uma vez mais esse argumento era irrespondível. Sem dúvida alguma, os bichos não desejavam Jones de volta."

Dizendo que os mesmos não queriam a volta do ex-proprietário Jones, na sua escravidão e exploração, logo, todos estavam em boas mãos, afinal:

"Nenhuma criatura dentre eles andava sobre duas pernas. Nenhuma criatura era "dona? de outra. Todos os bichos eram iguais."


Trechos Preferidos ???

?? Discurso do Major ??

?Camaradas, já ouvistes, por certo, algo a respeito do estranho sonho que tive a noite passada. Entretanto, falarei do sonho mais tarde.
Antes, as coisas a dizer. Sei, camaradas, que não estarei convosco por muito tempo e antes de morrer considero uma obrigação transmitir-vos o que tenho aprendido sobre o mundo. Já vivi bastante e muito tenho refletido na solidão da minha pocilga. Creio poder afirmar que compreendo a natureza da vida sobre esta terra, tão bem quanto qualquer outro animal. É sobre isso que desejo falar-vos.

?Então, camaradas, qual é a natureza da nossa vida?
Enfrentemos a realidade: nossa vida é miserável, trabalhosa e curta. Nascemos, recebemos o mínimo de alimento necessário para continuar respirando e os que podem trabalhar são forçados a fazê-lo até a última parcela de suas forças; no instante em que nossa utilidade acaba, trucidam-nos com hedionda crueldade.
Nenhum animal, na Inglaterra, sabe o que é felicidade ou lazer, após completar um ano de vida. Nenhum animal, na Inglaterra, é livre. A vida de um animal é feita de miséria e escravidão: essa é a verdade nua e crua.
?Será isso, apenas, a ordem natural das coisas? Será esta nossa terra tão pobre que não ofereça condições de vida decente aos seus habitantes? Não, camaradas, mil vezes não! O solo da Inglaterra é fértil, o clima é bom, ela pode oferecer alimentos em abundância a um número de animais muitíssimo maior do que o existente. Só esta nossa fazenda comportaria uma dúzia de cavalos, umas vinte vacas, centenas de ovelhas ? vivendo todos num com uma dignidade que, agora, estão além de nossa imaginação. Por que, então, permanecemos nesta miséria? Porque quase todo o produto do nosso esforço nos é roubado pelos seres humanos. Eis aí, camaradas, a resposta a todos os nossos problemas. Resume-se em uma só palavra ? Homem. O homem é o nosso verdadeiro e único inimigo. Retire-se da cena o Homem, e a causa principal da fome e da sobrecarga de trabalho desaparecerá para sempre.
?O Homem é a única criatura que consome sem produzir. Não dá leite, não põe ovos, é fraco demais para puxar o arado, não corre o suficiente para alcançar uma lebre. Mesmo assim, é o senhor de todos os animais. Põe-nos a trabalhar, dá-nos de volta o mínimo para evitar a inanição e fica com o restante. Nosso trabalho amanha o solo, nosso estrume o fertiliza e, no entanto, nenhum de nós possui mais do que a própria pele. As vacas, que aqui vejo à minha frente, quantos litros de leite terão produzido este ano? E que aconteceu a esse leite, que deveria estar alimentando robustos bezerrinhos? Desceu pela garganta dos nossos inimigos. E as galinhas, quanto ovos puseram este ano, e quantos se transformaram em pintinhos? Os restantes foram para o mercado, fazer dinheiro para Jones e seus homens. E você, Quitéria, diga-me onde estão os quatro potrinhos que deveriam ser o apoio e o prazer da sua velhice? Foram vendidos com a idade de um ano ? nunca você tornará a vê-los. Como paga pelos seus quatro partos e por todo o seu trabalho no campo, que recebeu você, além de ração e baia?

?Mesmo miserável como é, nossa vida não chega ao fim de modo natural. Não me queixo por mim que tive até muita sorte. Estou com doze anos e sou pai de mais de quatrocentos porcos. Isto é a vida normal de um varrão. Mas, no fim, nenhum animal escapa ao cutelo. Vós, jovens leitões que estais sentados a minha frente, não escapareis de guinchar no cepo dentro de um ano. Todos chegaremos a esse horror, as vacas, os porcos, as galinhas, as ovelhas, todos. Nem mesmo os cavalos e os cachorros escapam a esse destino.
Você, Sansão, no dia em que seus músculos fortes perderem a rigidez, Jones o mandará para o carniceiro e você será degolado e fervido para os cães de caça.
Quanto aos cachorros, depois de velhos e desdentados, Jones amarra-lhes uma pedra ao pescoço e joga-os na primeira lagoa.
?Não está, pois, claro como água, camaradas, que todos os males da nossa existência têm origem na tirania dos seres humanos? Basta que nos livremos do Homem para que o produto de nosso trabalho seja somente nosso. Praticamente, da noite para o dia, poderíamos nos tornar ricos e livres.
Que fazer, ? Trabalhar dia e noite, de corpo e alma, para a derrubada do gênero humano. Esta é a mensagem eu vos trago, camaradas: Revolução! Não sei quando sairá esta Revolução, pode ser daqui a uma semana, ou daqui a um século, mas uma coisa eu sei, tão certo quanto o ter eu palha sob meus pés:
mais cedo ou mais tarde, justiça será feita. Fixai camaradas isso, para o resto de vossas curtas vidas! E, sobretudo, transmiti esta minha mensagem aos que virão depois de vós, para que as futuras gerações prossigam na luta, até a vitória.
?E lembrai-vos, camaradas, jamais deixai fraquejar vossa decisão. Nenhum argumento poderá deter-vos. Fechai os ouvidos quando vos disserem que o Homem e os animais têm interesses comuns, que a prosperidade de um é a prosperidade dos outros. É tudo mentira. O Homem não busca interesses que não os dele próprio. Que haja entre nós, uma perfeita unidade, uma perfeita camaradagem na luta. Todos os homens são inimigos, todos os animais são camaradas.?

Repito apenas: lembrai-vos sempre do vosso dever de inimizade para com o Homem e todos os seus desígnios.

Lembrai-vos também de que na luta contra o Homem não devemos assemelhar-nos a ele.

Todos os hábitos do Homem são maus. E, principalmente, jamais um animal deverá tiranizar outros animais.
Todos os animais são iguais.

Lutem os todos por esse dia, mesmo que nos custe a vida!

??? Início da Revolução ???

Alguns bichos tinham o "dever de lealdade para com Jones", a quem se referiam como o ?Dono?, ou fizeram comentários elementares do tipo: ?Seu Jones nos alimenta. Se ele fosse embora, nós morreríamos de fome?.

[Parecem as pessoas que acham que não sobrevivem sem o Estado, e os altos impostos que somos obrigados a pagar em troco de migalhas]
.

Jones e os homens viram-se de repente marrados e escoiceados por todos os lados. A situação lhes fugira ao controle. Jamais haviam visto os animais portarem-se daquela maneira, e a súbita revolta de criaturas a quem estavam acostumados a surrar e maltratar à vontade, apavorou-os. Em poucos instantes desistiram de defender-se e deram o fora.

Os bichos haviam posto Jones e os peões para fora da granja.
A Revolução estava feita. Jones fora expulso e a Granja do Solar era deles.

Freios, argolas de nariz, correntes de cachorro, as cruéis facas com que Jones castrava os porcos e os cordeiros, foi tudo atirado ao fundo do poço. As rédeas, os cabrestos, os antolhos e os degradantes bornais foram jogados à fogueira

Acordaram, porém, de madrugada, como sempre, (...) correram para a pastagem.

A pequena distância havia uma colina que comandava a vista de quase toda a fazenda. Os animais subiram ao topo e olharam em volta, à luz clara da manhã.
Sim, era deles ? tudo quanto enxergavam era deles! No êxtase desse pensamento, viraram cambalhotas e saltaram, num arroubo de contentamento.
Molharam-se no orvalho, morderam a deliciosa grama do verão, arrancaram torrões de terra e aspiraram aquele cheiro delicioso. Depois fizeram um circuito de inspeção em toda a granja, vistoriando, com muda admiração, a lavoura, o campo de feno, o pomar, a lagoa e o bosque. Era como se, anteriormente, nunca tivessem visto aquilo, e mal podiam acreditar: tudo era deles.

Os animais subiram ao topo e olharam em volta, à luz clara da manhã.
Sim, era deles ? tudo quanto enxergavam era deles! No êxtase desse pensamento, viraram cambalhotas e saltaram, num arroubo de contentamento.
Molharam-se no orvalho, morderam a deliciosa grama do verão, arrancaram torrões de terra e aspiraram aquele cheiro delicioso.

Depois fizeram um circuito de inspeção em toda a granja, vistoriando, com muda admiração, a lavoura, o campo de feno, o pomar, a lagoa e o bosque. Era como se, anteriormente, nunca tivessem visto aquilo, e mal podiam acreditar: tudo era deles.

Bola de Neve pegou o pincel entre as juntas da pata, apagou o nome GRANJA DO SOLAR do travessão superior e, em seu lugar escreveu GRANJA DOS BICHOS.

Era possível resumir os princípios do Animalismo em Sete Mandamentos.
(...) constituiriam a lei inalterável pela qual a Granja dos Bichos deveria reger sua vida a partir daquele instante, para sempre.

Os bichos, felizes como nunca. Cada bocado de comida constituía um extremo prazer, agora que a comida era realmente deles, produzida por eles e para eles, em vez de distribuída em pequenas quantidades por um dono cheio de má vontade. Ausentes os inúteis parasitas humanos, mais sobrava para cada um.

Ninguém roubava, ninguém resmungava a respeito das rações. A discórdia, as mordidas, o ciúme, coisas normais nos velhos tempos, tinham quase desaparecido.

Os Sete Mandamentos podiam ser condensados numa única máxima, que era: ?Quatro pernas bom, duas pernas ruim.? Aí se continha segundo disse ele, o princípio essencial do Animalismo. Quem o seguisse firmemente, estaria a salvo das influências humanas.

[Eles percebendo pela primeira vez que eram livres e tudo aquilo quanto eles viam eram deles ???]

??? Após a Revolução ???

O que distingue o Homem é a mão, o instrumento com que perpetra toda a sua maldade.

Napoleão não tomou interesse algum pelos comitês de Bola-de-Neve. Dizia que a educação dos jovens era mais importante do que qualquer coisa em favor dos adultos. Aconteceu que Lulu e Ferrabrás deram cria, logo após a colheita de feno, a nove robustos cachorrinhos. Tão logo foram desmamados, Napoleão tirou-os de suas mães dizendo que ele próprio se responsabilizaria por sua educação.
[Arquitetando tudo desde o início]

Ao ouvirem-na, os seres humanos tremiam secretamente ante aquela mensagem que previa sua desgraça.

Guerra é guerra. Ser humano bom ser humano morto.

Napoleão o que os animais deveriam fazer era conseguir armas de fogo e instruir-se no seu emprego. Bola-de-Neve achava que deveriam enviar mais e mais pombos e provocar a rebelião entre os bichos das outras granjas. O primeiro argumentava que, se não fossem capazes de defender-se, estavam destinados à submissão; o outro alegava que, fomentando revoluções em toda parte, não teriam necessidade de defender-se.

Durante o ano inteiro os bichos trabalharam feito escravos. Mas trabalhavam felizes; não mediam esforços ou sacrifícios, cientes de que tudo quanto fizessem reverteria em benefício deles próprios e dos de sua espécie, que estavam por vir.

Os humanos não odiavam menos a Granja dos Bichos, agora que ela prosperava; na realidade, odiavam-na mais do que nunca.

Garganta fazia excelentes discursos sobre a alegria e a dignidade do trabalho.

Nos velhos tempos eram frequentes as cenas sangrentas, igualmente horripilantes, entretanto agora lhes pareciam ainda piores, uma vez que ocorriam entre eles mesmos. Desde o dia em que Jones deixara a fazenda, até aquele dia, nenhum animal matara outro animal. Nem sequer um rato fora morto.

Não podia compreender por que ? haviam chegado a uma época em que ninguém ousava dizer o que pensava.

Tomara-se usual atribuir a Napoleão o crédito de todos os êxitos e de todos os golpes de sorte.

[Poema atribuído a Napoleão]

Tu és aquele que tudo dá, tudo. Quanto as pobres criaturas amam.
Barriga cheia duas vezes por dia,
Todos os bichos, grandes, pequenos,
Todos os bichos, grandes, pequenos,
Dormem tranquilos, enquanto. Tu zelas por nós na solidão, Camarada Napoleão!
Tivesse eu um leitão e Antes mesmo que atingisse, O tamanho de um garrafão ou de um barril, Já teria aprendido a ser, eternamente, Um teu fiel e leal seguidor. E o primeiro Guincho que dariam eu leitão. seria:
?Camarada Napoleão!?

Napoleão aprovou esse poema e mandou escrevê-lo no grande celeiro, na parede oposta àquela onde estavam os Sete Mandamentos. Sobre ele foi colocado um retrato de Napoleão de perfil, feito por Garganta.

Naquele momento, de fato, fora necessário realizar um reajustamento das rações (Garganta sempre se referia a ?reajustamentos?, nunca a ?reduções?).

Garganta, segurando uma comprida folha de papel, lia, para eles relações de estatísticas comprobatórias de que a produção de todas as classes de gêneros alimentícios aumentara de duzentos, trezentos ou quinhentos por cento, conforme o caso. Os bichos não viam razão para desacreditá-lo, especialmente porque já não conseguiam lembrar-se com clareza das exatas condições de antes da Revolução. Mesmo assim, dias havia em que prefeririam ter menos estatísticas e mais comida.

Lendo os dados estatísticos em voz aguda e rápida, provou-lhes, com riqueza de detalhes, que eles recebiam mais aveia, mais feno e mais do que na época de Jones; que trabalhavam muito menos, que a água potável era de melhor qualidade, que viviam mais tempo, que havia mais palha nas baias e que as pulgas já não incomodavam tanto. Os animais acreditavam em cada palavra.

Sabiam que a vida estava difícil e cheia de privações, que andavam constantemente com frio e com fome, e trabalhando sempre que não estavam dormindo. Mas, sem dúvida, antigamente fora muito pior. Gostavam de acreditar nisso. Além do mais, naqueles dias eram escravos, ao passo que, agora, eram livres.

De modo geral, porém, os bichos gostavam daquelas celebrações.
Achavam confortador serem relembrados de que, afinal, não tinham patrões e todo trabalho que enfrentavam era em seu próprio benefício.

[...] conseguiam esquecer que estavam de barriga vazia, pelo menos a maior parte do tempo.

[...] a Granja dos Bichos foi proclamada República e houve necessidade de eleger um Presidente. Apareceu um só candidato, Napoleão, que foi eleito com unanimidade.

Passaram-se anos. As estações vinham, passavam e a curta vida dos bichos se consumia.

Haviam nascido muitos animais, para os quais a Revolução não passava de uma obscura tradição transmitida verbalmente, e outros que nem sequer tinham ouvido falar coisa nenhuma a respeito.

De certa maneira, parecia como se a granja se houvesse tornado rica sem que nenhum animal tivesse enriquecido ? exceto, é claro, os porcos e os cachorros.

[Enquanto isso, o trabalho pesado dos porcos, que justificava seu conforto, fartura, e etc.]
Garganta dizia-lhes que os porcos despendiam diariamente enormes esforços com coisas misteriosas chamadas ?arquivos?, ?relatórios?, ?minutas? e ?memorandos?. Eram grandes folhas de papel que precisavam ser miudamente cobertas com escritas e, logo depois, queimadas no forno. Era tudo da mais alta importância para o bem-estar da granja, dizia Garganta. A verdade é que nem os porcos nem os cachorros produziam um só grama de alimento com o seu trabalho; e havia um bocado deles, com o apetite sempre em forma.

De vez em quando, os mais idosos rebuscavam a apagada memória e tentavam determinar se nos primeiros dias da Revolução, logo após a expulsão de Jones, as coisas haviam sido melhores ou piores do que agora. Não Conseguiam lembrar-se. Nada havia com que estabelecer comparação: não tinham em que basear-se, exceto as estatísticas de Garganta, que invariavelmente provavam estar tudo cada vez melhor. Os bichos consideravam o problema insolúvel; de qualquer maneira, dispunham de muito pouco tempo para essas especulações. Apenas o velho Benjamim afirmava lembrar-se de cada detalhe de sua longa vida e saber que as coisas nunca haviam estado e nunca haveriam de ficar nem muito melhor nem muito pior, sendo a fome, o cansaço e a decepção, assim dizia, a lei imutável da vida.

Talvez fosse verdade que a vida era difícil e que nem todas as suas esperanças se haviam concretizado; mas tinham a consciência de não serem iguais aos outros animais. Se tinham fome, não era por alimentarem alguns tirânicos seres humanos; se trabalhavam arduamente, pelo menos trabalhavam em seu próprio benefício.

Nenhuma criatura dentre eles andava sobre duas pernas. Nenhuma criatura era ?dona? de outra. Todos os bichos eram iguais.

Os Viram, então, o que ela havia visto.
Um porco caminhava sobre as duas patas traseiras.
Sim, era Garganta. Um tanto desajeitado devido à falta de prática em manter seu volume naquela posição, mas em perfeito equilíbrio, passeava pelo pátio.

Napoleão, majestosamente, desempenado, largando olhares arrogantes para os lados, com os cachorros brincando à sua volta.
Trazia nas mãos um chicote.
Houve um silêncio mortal. Surpresos, aterrorizados, uns junto aos outros, os bichos olhavam a fila de porcos marchar lentamente em redor do pátio. Pareceu-lhes enxergar o mundo de cabeça para baixo. Então veio um momento em que, passado o choque e a despeito de tudo ? a despeito do terror dos cachorros e do hábito, arraigado após tantos anos, de nunca se queixarem, nunca criticarem, pouco importava o que sucedesse ? poderiam lançar uma palavra de protesto. Porém, exatamente nesse instante, como se obedecessem a um sinal combinado, as ovelhas. em uníssono, estrondaram num espetacular balido:
? Quatro pernas bom, duas pernas melhor! Quatro pernas bom, duas pernas melhor! Quatro pernas bom, duas pernas melhor!

Quitéria com "olhos pareciam mais encobertos que nunca. Sem dizer palavra, ela o puxou delicadamente pela crina, levando-o (Jumento Benjamim) até o fundo do grande celeiro, onde estavam escritos os Sete Mandamentos.

Minha vista está falhando ? disse ela finalmente. ? Mesmo quando eu era moça não conseguia ler o que estava escrito aí. Mas parece-me agora que parede está meio diferente. Os Sete Mandamentos são os mesmos de sempre, Benjamim?
Pela primeira vez, Benjamim consentiu em quebrar sua norma, e leu para ela o que estava escrito na parede. Nada havia, agora, senão um único Mandamento dizendo:

TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS MAS ALGUNS ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OS OUTROS

Depois disso, não foi de estranhar que, no dia seguinte, os porcos que supervisionavam o trabalho da granja andassem com chicotes nas patas. (...) Não estranharam quando Napoleão foi visto passear nos jardins da casa com um cachimbo na mão, nem quando os porcos se assenhorearam das roupas do Sr. Jones e passaram a usá-las, sendo que Napoleão apresentou-se vestindo um casaco negro, calças de caçador e perneiras de couro, enquanto sua porca favorita surgia com o vestido de seda que a Sra. Jones usava aos domingos.

Os bichos estavam limpando a lavoura de nabos.
Trabalhavam diligentemente, mal levantando o olhar do chão e sem saber a quem temer mais, se os porcos, se os visitantes humanos.

Entre os porcos e os seres humanos não havia, e eram inteiramente inadmissíveis quaisquer conflitos de interesses. Suas lutas e suas dificuldades eram uma só.

Napoleão o estava proclamando, naquele instante, pela primeira vez ? que a denominação ?Granja dos Bichos? for a abolida. A partir daquele momento, sua granja voltaria a ser conhecida como ?Granja do Solar?, que, aliás, parecia-lhe, era seu nome correto e original.

Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco.
Vladi 26/03/2022minha estante
Gostei muito dessa leitura, a forma criativa e ácida que Orwell se utilizou para criticar o socialismo nessa obra é ímpar.


Vladi 26/03/2022minha estante
Verdade, nesse sistema não há final feliz para o povo.


Vladi 26/03/2022minha estante
O lado positivo é o alerta que a obra deixa sobre aqueles que prometem o céu na terra. ?Quando as pessoas querem o impossível, somente os mentirosos podem satisfazê-las.?


Alane.Sthefany 26/03/2022minha estante
É incrível a mente do autor.
Eu amei ??

Eu fiquei triste com o final infeliz que os bichos tiveram. Principalmente com o que aconteceu com Sansão e os demais animais, por trabalharem , ou se deixarem serem escravizados, pensando em um futuro melhor que no futuro, um dia distante, mas que serviria para um bem maior.

E me dei conta que eles representam a humanidade, prisioneira de políticos que supostamente estão ali para o bem comum de todos, mas que na verdade, estão ali apenas pelos seus próprios interesses.

Queria saber o paradeiro de Bola de Neve, eu esperando ele voltar/aparecer ?


Alane.Sthefany 26/03/2022minha estante
Pena que muitos hoje em dia idolatram políticos, como se eles não estão recebendo nada.
Ou que não passa da obrigação deles fazerem algo pelo povo.

E não se sentem no direito de cobrar, discordar, ...

Na verdade, minha visão de política está quase sendo Ancap, só umas coisas me incomodam, para não me tornar totalmente uma ?

Ou seja, sou uma pessoa que não tenho mais esperança em governante nenhum, sou contra o Estado ser esse deus (com poder absoluto), que manda e desmanda.


Sem contar que somos obrigados a pagar impostos absurdos.
Mas que se converterão no nosso "bem" (supostamente).


Leonam8 27/03/2022minha estante
O final me impactou, Orwell mostrou através do lema de que aqueles que andam em duas pernas eram ruins que aquilo que vem como revolução acaba sendo mais do mesmo ao dar-vos o poder, a cena que os porcos começam a andar em duas pernas e se sentam com os humanos para ceiarem prova isso, excelente livro!


Alane.Sthefany 27/03/2022minha estante
Leo,

Acho que seria diferente com Bola de Neve. O outros animais não sabiam ler (a maioria), eram sempre persuadidos e manipulados, e claro, através da força e do medo, controlavam a massa.

Era até um princípio do Major:

"Na luta contra o Homem, não devemos assrmelhar-nos a ele"

"Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco."

No entanto, tudo que anteriormente era um princípio e lei, foram ignorados, adulterados e quebrados.

Eu amei ???


Leonam8 27/03/2022minha estante
Acho que cada característica dos animais mostra metaforicamente as características do povo


Alane.Sthefany 27/03/2022minha estante
Leo,

Sim, por isso que eu adorei. ???
Li com bastante cuidado, mas com certeza se formos reler o livro, notaremos coisas que passaram despercebidas.


stardust 27/03/2022minha estante
Tenho uma enorme vontade de ler!


Alane.Sthefany 27/03/2022minha estante
Stardust,

Pode ir em frente, super recomendo, se você tem uma visão de política que queira mais liberdade.

Ele é bem curtinho, em 2 dias você termina. ?


stardust 27/03/2022minha estante
Está bem, obrigado pela recomendação!


Vertinho0 27/03/2022minha estante
4 pernas bom, 2 pernas ruim


Alane.Sthefany 27/03/2022minha estante
As ovelhas só sabiam dizer isso, parecem os militantes atuais ???


Vertinho0 27/03/2022minha estante
Sim kkkkkkkkk


Filipe 27/03/2022minha estante
Muito boa leitura. Li-o em 2016, vacinou-me contra os ?Gargantas? que andam aos montes em quase todo lugar. Já está na hora de fazer uma segunda leitura? meu personagem preferido é o burro, mestre da indiferença: sabia de muita coisa, mas guardava para si. Pode parecer conformismo, mas, não havendo poder para se livrar da situação, ele não deixou de preservar seu interior. Identifico-me e acho que, talvez, o próprio Orwell.


Alane.Sthefany 28/03/2022minha estante
Filipe,

Sim!!!

O que tem de Gargantas por aí, manipulando e falando sobre interesses em comum que todos nós temos, que eles estão ali por nós, apenas isso.

Eu amei o burro, eu estava de olho nele, achando que iria acontecer algo, que ele faria alguma coisa, já que ele sempre dava a resposta que "os burros vivem tempo demais":

'O velho Benjamim, o burro, nada mudara, após a Revolução. Executava sua tarefa da mesma forma obstinadamente lenta com que o fazia nos tempos de Jones.
Não se esquivava ao trabalho normal, mas nunca era voluntário para extraordinários. Sobre a Revolução e seus resultados, não emitia opinião.
Quando lhe perguntavam se não era mais feliz, agora que Jones se havia ido, respondia apenas ?Os burros vivem muito tempo. Nenhum de vocês jamais viu um burro morto?, e os outros tinham que contentar-se com essa obscura resposta.'

A única vez que ele reagiu foi para defender o cavalo Sansão e alertar os outros bichos, para onde o estavam levando, chamando eles de idiotas e imbecis, acredito que ele é aquele que sabe que isso nunca vai mudar, a sede do homem em dominar, reinar sobre os demais, e a ignorância e superficialidade de alguns, atrapalha na luta contra essa dominação, e se deixam ser escravizados/maltratados, feitos de capacho.

Por isso ele é indiferente a tudo, que chegou a dizer quando todos os animais já estavam velhos e outros já haviam morrido:

"De vez em quando, os mais idosos rebuscavam a apagada memória e tentavam determinar se nos primeiros dias da Revolução, logo após a expulsão de Jones, as coisas haviam sido melhores ou piores do que agora. Não C9nseguiam lembrar-se. Nada havia com que estabelecer comparação: não tinham em que basear-se, exceto as estatísticas de Garganta, que invariavelmente provavam estar tudo cada vez melhor. Os bichos consideravam o problema insolúvel; de qualquer maneira, dispunham de muito pouco tempo para essas especulações

Apenas o velho Benjamim afirmava lembrar-se de cada detalhe de sua longa vida e saber que as coisas nunca haviam estado e nunca haveriam de ficar nem muito melhor nem muito pior, sendo a fome, o cansaço e a decepção, assim dizia, a lei imutável da vida."


Alane.Sthefany 28/03/2022minha estante
Filipe,

A ironia é que o burro era o mais sábio dentre eles.

E os porcos que eram os animais mais inteligentes, que foram o motivo do início da Revolução (nada contra o porco Major ??), também foram os mesmos que fizeram uma ditadura (ainda pior) que a dos seres humanos (Sr. Jones).


Filipe 28/03/2022minha estante
?Os burros vivem muito tempo.? Perfeito! Eu nem lembrava mais dessa resposta dele e seus comentários e citações só revivesceram mais ainda minha perspectiva. O Benjamim é top! O fato dele não comentar sobre a revolução, sou eu na vida, quase sempre. Diante de tantos fanáticos e manipulados (pobres ovelhas) ás vezes fazer voto de silêncio ê o melhor para nós e eles.


Emiusom 29/03/2022minha estante
Comprei o livro. Comecei a ler. Mas parei. Sem nem por que. Mas em breve eu volto a ler ele. Vai dar certo. ?


Alane.Sthefany 30/03/2022minha estante
Emiusom,

Se estiver tendo dificuldade na parte da leitura, tem audiobook até YouTube, somente 10 cap, faz uma meta de ler um por dia.

Ele é muito bom, só tente decorar os nomes e saber que animais são, se é porco, ovelha, cavalo, égua, burro... Kakakakakaka...

Eu tive que começar a leitura desde o início, quando já estava adiantada, porque não sabia quem era quem, e é importante, para uma melhor compreensão do livro.

Espero que goste, boa leitura ??


Victor 03/05/2022minha estante
Esse se tornou um dos meus livros favoritos. Acredito que deveria ser leitura obrigatória nas escolas. Altamente necessário e impactante. Parabéns pela ótima resenha. ;)


Alane.Sthefany 03/05/2022minha estante
Sim, muito bom. Se a pessoa ter um olhar crítico, será bem gratificante e enriquecedor.

Ahh, muito obrigado !!! ?




Maygeek7 25/06/2021

Assustadoramente atual e relevante
Achei uma história assustadoramente fascinante. A leitura é fluida, simples e com profundos momentos de reflexão. Um livro atemporal que pode ser interpretado e sentido de inúmeras maneiras, a depender do nosso atual momento na sociedade em que vive. infelizmente uma leitura que permanece ainda atual sobre a nossa sociedade.
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Lara.Bia 22/02/2021

Um clássico
A história se passa em uma granja de animais, com o Sr. Jones como o fazendeiro e proprietário do local. Ele cuida dos bichos da fazenda, mas muitas vezes os explora e os deixa passarem fome. Assim, logo após uma reunião que acontece entre os animais, esses, inspirados pela filosofia do Animalismo, planejam uma rebelião contra o homem. São criados então os Sete Mandamentos:
1.Todas as duas pernas são inimigas;
2.Todos de quatro patas ou com asas são amigos;
3.Os animais não devem usar roupas;
4.Os animais não devem dormir na cama;
5.Os animais não devem beber álcool;
6.Os animais não devem matar outros animais sem motivo;
7.Todos os animais são iguais.

De início a rebelião parece ser um sucesso e o decorrer da história eu deixo por conta do leitor. Essa obra continua sendo muito atual, mostrando como as esperanças revolucionárias muitas vezes se transformam em tragédias. E essa edição está lindíssima
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Bianca.Cardoso. 08/03/2021

A Revolução dos Bichos.
O poder nas mãos de pessoas erradas se torna um problema para os animais de uma fazenda que em conjunto decidem tomar o controle do lugar. Com o tempo alguns dos bichos esquecem de suas verdadeiras origens e tomados pela sede de poder adquirem um comportamento curioso para animais, a forma como pequenos atos de censura e alienação vão instaurando um senso comum completamente mentiroso mas creditado como verdadeiro é relatado de forma explícita no livro.

A crítica relacionada ao regime sovietico é feita de uma forma simples e extremamente compreensiva, relacionando a história com vários casos atuais a leitura nos mostrar como somos ignorantes com nossa realidade.

Leiam A Revolução dos Bichos
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Marlonbsan 05/05/2020

A Revolução dos Bichos
Antes de morrer, Major, o porco, deixou seus ensinamentos para os outros animais da Granja do Solar, mostrando que eles seriam capazes de deixar a tirania dos humanos para trás e tomar as rédeas de suas próprias vidas a partir de uma revolução. Talvez o que ele não previa é como o poder pode corromper.

O livro é narrado em terceira pessoa e possui linguagem relativamente simples, há um certo rebuscamento na forma de falar dos personagens, isso condiz com a época em que foi escrito e com as características de sabedoria de alguns deles.

É impressionante como esse livro é atual e mais ainda como conseguimos traçar paralelos com eventos históricos recentes. Já que apresenta, ao referenciar o socialismo de Stalin, além de uma crítica ao totalitarismo, muitas características de um sistema político baseado na desinformação, além de manipulação, utilizando notícias falsas e um inimigo em comum para receber a culpa de todos os problemas que acontecem. Temos uma sociedade explorada querendo mudança, porém fica refém dos mais espertos que detém o poder.

Chega a ser irônico os acontecimentos e como é fácil manipular aqueles que não possuem o conhecimento. Assim, ao privar a educação, temos uma sociedade que é explorada. É possível perceber minucias que se encaixam perfeitamente no cenário atual, tomar como verdade tudo o que lhe é dito, distribuir a culpa para outros fugindo da sua própria responsabilidade, lucrar em cima da exploração dos trabalhadores, utilizar a falta de conhecimento da sociedade para manipular as leis visando o benefício de quem está no poder, além, é claro, dos fanáticos apoiadores e isso tudo independe do lado. Seria engraçado, se não fosse extremamente preocupante.

O livro é tão abrangente nos seus significados e tão rico em conhecimento, que é compreensível o fato de não ter sido publicado de forma mundial na época em que foi escrito. Um clássico moderno que precisa ser lido.

Foto e resenha no meu IG @marlonbsan, quem puder, segue lá.
Jessica Farabotto 05/05/2020minha estante
Qualquer semelhança com a nossa realidade de hoje não é mera coincidência kkkk


Marlonbsan 06/05/2020minha estante
Pois é, mudam-se as épocas e partidos, mas as ideias são as mesmas pra se manter no poder ?


Hades 31/03/2021minha estante
não podemos esquecer e nem menosprezar a o livro do George Orwell é sim uma critica as Revolução Comunista, A Principal durante a vida de Orwell que morreu em 1950 e não pode vê outras Revoluções comunistas que aconteceram após sua morte, onde os Lideres Revolucionários se mantiveram no poder por Décadas.


NathyBean 09/07/2021minha estante
Falou exatamente o que não consegui dizer completamente. É um livro escrito há tanto tempo, mas nos traz uma semelhança gigantesca com a sociedade atual, desde a manipulação crescente de fake news, até a ditadura ainda existente entre aqueles mais poderosos sob os que se tornam reféns...




spoiler visualizar
Mariana113 29/06/2022minha estante
Uma das minhas melhores leituras de 2022. Fantástico.




isapedias 17/11/2024

Revolução dos bichos
Livro importante, achei a leitura muito fluida. Isso de conectar a história com o que aconteceu durante URSS no Stalinismo com uma revolução dos animais contra os humanos e depois eles mesmo tendo que lidar com um líder totalitário, que só beneficia ele próprio e seus aliados, e o resto passa fome, não tem lazer, educação, e trabalha em troca de mínimos direitos de sobrevivência, que é negado a eles cada vez mais. Muito foda!
Fabrício 17/11/2024minha estante
Um dos melhores livros que já li. Esse livro deveria ser livro didático nas escolas.


Bisculique 17/11/2024minha estante
A análise seria boa se estivesse associada ao evento histórico correto. A tentativa do autor do livro foi de criticar a URSS, mas o tempo provou que quem praticou/pratica até hj o discurso de arrumar novos inimigos a cada dia e vigiar os cidadãos é o EUA. O processo do Wikileaks, do Snowden, deixou isso bem claro. Além de todo dia o EUA nomear um novo inimigo e apostar em poder bélico para destruir um país e fazer valer suas vontades desumanas




Gustavo Rodrigues 22/04/2022

Cara, que livro inteligente. Sendo bem sincero, eu não botava muita fé quando falavam que uma fábula poderia ter tanta profundidade política, mas admito que me enganei.

Não vou nem entrar em detalhes de todas as características de alguns sistemas políticos que Orwell usou aqui, até porque acho que nem tenho capacidade suficiente pra falar. Só quero ressaltar que, de forma muito bem posta dentro da fábula, o autor mostra pontos importantíssimos que foram - e ainda são - explorados por diversos governos.

De fake news pra manipular a massa à alteração das ?leis? pra beneficiar quem as dita, aqui tem de tudo.

Engraçado que, comparando com 1984 (também do G.O), A Revolução dos Bichos também é repleto de críticas políticas, porém, naquele foi feita com uma escrita infitamente mais densa, já nesse, o uso da fábula tornou tudo mais ?leve?. Porém, ambos são extremamente bem feitos, cada um à sua maneira.

Excelente, e ainda serve pra todas as idades. ?
amandafffdo 22/04/2022minha estante
Esse livro é quase didático


André 22/04/2022minha estante
Esse livro é ótimo! Tá na minha lista de livros para reler...


Jamile157 22/04/2022minha estante
Li com sentimento e fui totalmente surpreendida.


Roberta 22/04/2022minha estante
É ótimo!


Lindy 22/04/2022minha estante
Esse livro é perfeito


Pri 25/04/2022minha estante
O primeiro contato que tive com essa história foi por meio de uma animação. Pode ser encontrada no YouTube. Fiquei chocada a primeira vez que vi. Descobri que era um livro. Foi meu primeiro contato com o autor.




Fabio Shiva 06/03/2021

Sobre a exploração dos bichos pelos bichos...
Eu tinha 11 anos de idade quando li pela primeira vez “A Revolução dos Bichos”. Não me lembro do que exatamente me fez escolher esse livro, dentre os disponíveis nas estantes da Biblioteca Municipal Reitor Edgard Santos, no bairro da Ribeira, da qual eu era o orgulhoso proprietário de um cartão, em sociedade com minha amiga-irmã Eva Costa. Como o cartão da biblioteca nos permitia pegar dois livros por quinzena, o trato era que cada um escolhia um livro, lia em uma semana e passava para o outro ler. Tempo bom!

Hoje, mais de 30 anos depois, percebo como foi uma dádiva inestimável poder ter lido essa obra-prima da literatura mundial sem qualquer tipo de opinião preconcebida a respeito da história. Eu não fazia a menor ideia de que “A Revolução dos Bichos” era uma sátira à Revolução Russa, e que tecia profundas críticas ao totalitarismo de Stalin. Por isso não li o livro como uma metáfora de nada, mas apenas como a história que aparentava contar. Foi uma leitura que me marcou profundamente e que me despertou para os poderes ocultos da literatura: era muito impressionante que uma história com bichinhos falantes pudesse abrigar tantas cenas sinistras e tantas perspectivas sombrias.

Ao reler o livro hoje, senti o mesmo impacto da leitura que fiz quando menino. “A Revolução dos Bichos” é sem dúvida alguma um dos melhores livros escritos no século XX e, ouso dizer, na história da humanidade. E vou ainda mais longe: creio que esse livro continuará sendo lido com admiração e reverência muito tempo depois que conceitos como “capitalismo” e “comunismo” deixarem de ditar os rumos da humanidade. Pois essa é uma obra que, como todas as verdadeiras obras de arte, fala diretamente à essência da alma humana e às contradições e conflitos de sua permanente busca por felicidade e transcendência.

Achei muito curioso e significativo o fato de “A Revolução dos Bichos”, originalmente publicado na Inglaterra em 1945, ter sido um dos dez livros mais vendidos no Brasil de 2020, em plena pandemia do coronavírus. Ao meu ver, isso reflete a intensa polarização política que estamos vivendo em nosso país, mas também, espero, um desejo de superação desse clima de ódio e intolerância que envenenam o nosso ar tanto ou mais que a Covid-19.

É certo que “A Revolução dos Bichos” vem sendo alvo de inúmeras tentativas de distorção para fins políticos, começando pela CIA americana, que comprou os direitos do livro para transformá-lo em desenho animado em 1954, como propaganda anticomunista a ser utilizada na Guerra Fria (https://youtu.be/iZbrKvPMgu0). Mais tarde, em 1999, o livro ganhou outra versão cinematográfica (https://youtu.be/2ygQBkmMfqY) que alterou ainda mais a história original, incluindo o colapso da União Soviética e até mesmo um final feliz, considerado mais adequado para o público infantil!

Contudo estão redondamente enganados aqueles que enxergam em “A Revolução dos Bichos” meramente uma crítica ao comunismo. Aqueles que defendem esse ponto de vista estão mal informados, na melhor das hipóteses e, na pior, mal intencionados... Talvez por isso o prefácio da edição que li agora traga essa advertência de Nélson Jahr Garcia:

“‘A Revolução dos Bichos’, em suas metáforas, revela uma aversão a toda espécie de autoritarismo, seja ele familiar, comunitário, estatal, capitalista ou comunista.”

Pois fica evidente a uma leitura minimamente atenta que George Orwell não é menos crítico com o capitalismo que com o comunismo em sua obra. O alvo de sua poderosa sátira é, sobretudo, a ambição desmedida que trai toda e qualquer tentativa de melhoria da humanidade, transformando-nos em escravos dos sistemas que nós mesmos criamos, seja qual for o nome que escolhamos para batizar essa escravidão. É o que expressa brilhantemente a máxima atribuída ao genial Millor Fernandes: “O capitalismo é a exploração do homem pelo homem. O socialismo é o contrário.”

Que livros como “A Revolução dos Bichos” possam nos ensinar a evitar as armadilhas do totalitarismo e nos inspirar a construir uma humanidade mais decente, é o meu desejo!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/03/a-revolucao-dos-bichos-george-orwell.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
elle carmo 06/03/2021minha estante
ótima resenha! a primeira vez que li, também foi sem considerar a história como analogia e isso me causou diversos sentimentos. ainda pretendo reler pra saber qual será o efeito dessa vez.


Fabio Shiva 07/03/2021minha estante
Oi Gabrielle! Valeu pelo comentário e por essa energia boa! Que massa que você também teve a oportunidade de ler o livro dessa forma!


Rebeca 08/03/2021minha estante
Que resenha gostosa de ler... Você já publicou algum livro? Deveria hahaha
Eu fiz uma leitura compulsória desse livro em meados do meu segundo grau e, na época eu não gostei, mas quero reler pois já passaram-se 10 anos.


Hades 31/03/2021minha estante
não podemos esquecer e nem menosprezar a o livro do George Orwell é sim uma critica as Revolução Comunista, A Principal durante a vida de Orwell que morreu em 1950 e não pode vê outras Revoluções comunistas que aconteceram após sua morte, onde os Lideres Revolucionários Comunistas se mantiveram no poder por Décadas.

Mas voce errou do meio para o final, foi um erro inocente ou na melhor das hipóteses e, na pior, mal intencionado.
nao gostei do Desenho achei muito fraquinho em relação ao livro, ainda mais com aquele final, o livro pode ter caindo como uma luva para os interesses americanos ou mesmo da Europa com Medo das Revoluções Comunistas na pos 2ª Guerra, pelo fato da URSS ter ficado com boa parte da Alemanha. Veja q o Filme foi feito em 1954, logo após a morte de Stalin em 1953.
vc inclusive coloca Família no mesmo saco do Comunismo, isso acho q foi um erro da sua parte.
Você ainda esta "preso" na dicotomia em que Capitalismo e oposto a Comunismo. Você precisa se informar mais sobre isso, Comunismo e Capitalismo não são Opostos, por isso q George Orwell mostra como os Animais sao convencidos pelo Lideres Revolucionários, que precisam fazer comercio com outros Fazendeiros (que seriam outros povos ou países), mas esses Lideres (porcos) vivem do bom e melhor em quando para o Povo (animais) ficam na exploração.

Por Ultimo: Lê Prefacio que não pertence ao Próprio Autor do livro, é um risco de sofre manipulação.




Sl@ck 16/10/2021

George Orwell consegue narrar muito bem através de uma fábula o quanto esses regimes totalitário são perigosos já que eles se disfarçam de democracia, e o mais absurdo é ver oa animais que são retratado como o povo sendo manipulados.

Napoleão mostra a hipocrisia daqueles que chegam ao poder, manipulando as pessoas para elas acreditarem que o que ele está fazendo é para o bem de todos quando na verdade é só para opressão. Isso é mais surreal porque retrada a situação de alguma países mesmo hoje em dia, onde o povo está sendo oprimido e não conseguem fazer nada pois correm risco de acabar iguais ao animais que tentaram de alguma forma ir contra o sistema da granja dos bichos.
Ray 16/10/2021minha estante
Tu descreveu mto bemmm


Carolina.Gomes 16/10/2021minha estante
Preciso ler.


Heidynha 20/10/2021minha estante
Boa resenha. É isso mesmo. Favoritei esse livro.


Sl@ck 21/10/2021minha estante
Uma ótima leitura, todos deveriam ler esse clássico




maltchik. 28/07/2024

"Um passo em falso, e o inimigo estará sobre nós."
Meu erro foi ter lido esse livro primeiro. Por melhor que seja, ele se apequena comparado à 1984.
Entendo que são propostas completamente diferentes, mas n consigo n fazer a comparação.
Dica então pra quem quer conhecer George Orwell, n cometam o mesmo erro que eu.
Considero uma ótima história, a forma que Orweell usa de uma fábula, o dia a dia dos animais em uma fazenda com várias questões sociais e políticas é inteligentissima. Uma boa porta de entrada pra toda a crítica política que ele vai abordar de forma mais genial ainda em 1984.
IIIERS 28/07/2024minha estante
Perfeito ponto, sempre recomendo se começar an Animal Farm e depois cair em 1984.


xzsatur.no 28/07/2024minha estante
Gosto demais!! Nunca vou esquecer da sitação: Humano bom é humano morto.


maltchik. 28/07/2024minha estante
Emerson, quem dera alguém ter me avisado haha


maltchik. 28/07/2024minha estante
xzsatur.no, essa parte é boa mesmo




Nandis_diniz 18/09/2024

?O tradutor veste Farda?
Queridos leitores, se assim como eu não sabiam dessa questão, deixem-me explicar um pouco mais.

Quem nunca se deparou com ?Uma revolução dos bichos? na escola que atire a primeira pedra!

Esse livro é um clássico no Brasil, mas o que poucas pessoas sabem é que, na verdade, o seu original é enquadrado no gênero fábulas!

Você não deve estar acreditando nessa fofoca literária (não tem problema, eu também não acreditei).

Mas vejam o excerto de um estudo feito sobre o livro:

?Por sua crítica ampla ao totalitarismo, a obra de Orwell foi alvo de disputa no período da Guerra Fria, sendo capturada tanto pelo imaginário da esquerda quanto da direita. No Brasil, a trajetória da primeira edição de Animal farm esteve inserida num contexto de intensa polarização política e tornou-se exemplo da estratégia de apropriação e descontextualição das críticas ao governo soviético vindas da esquerda "não alinhada" para fins de propaganda ideológica anticomunista.?

-
Bem, que você sabia que fazia críticas ao comunismo é óbvio (ou assim espero que seja), Mas você sabia que esse livro foi traduzido por um militar?

?Na tradução do então tenente Ferreira, a sátira de George Orwell teve seu caráter anticomunista reforçado e adaptado para a realidade brasileira. O carregado componente ideológico é perceptível já na adaptação do título original Animal farm - a fairy story (que em uma tradução literal se aproxima de "Fazenda dos animais - um conto de fadas") para "A revolução dos bichos", no qual optou-se pelo uso das palavras "bicho" (gíria utilizada por estudantes nos anos 1960), ao invés de "animal", e "revolução" (sentido ausente no original), de maneira a remeter o leitor diretamente à questão do comunismo [2]. Em diversas as passagens do texto, inclusive, a palavra "rebellion", que em português se aproxima do termo "rebelião", é traduzida como "revolução". O título também desloca a ênfase de Orwell sobre o resultado da história - a fazenda passa a pertencer aos animais - para o próprio processo revoltoso. ?



Para saber mais, leia na íntegra: ?O tradutor veste Farda?

https://www.glacedicoes.com/post/o-tradutor-veste-farda-camila-


(Lembrete: não é de minha autoria esse artigo! Apenas trouxe como forma de curiosidade)
Miss.Amidala 22/09/2024minha estante
?


elivs 15/10/2024minha estante
dessa eu não sabia. q podre


coitadinhodasilva 15/10/2024minha estante
comecei a ler esse hj, to cm mta expectativa


elivs 15/10/2024minha estante
aliás, vale ressaltar q George orwell não era anticomunista, era anti-stalinista. ele era social-democrata


Paula Hoffmann 15/10/2024minha estante
De certa forma isso explica o porquê alguns entendem esse livro como ?obrigatório para eleitores de direita?


Nandis_diniz 15/10/2024minha estante
Exato, Elivs! Era Anti-Stalinista !


Nandis_diniz 15/10/2024minha estante
@coitadinhodqsilva: É bom! Não deixa de ter críticas políticas?


Nandis_diniz 15/10/2024minha estante
@Paula Hoffmann:

Totalmente! E acredito (para piorar) que muito professor de literatura no ensino médio não sabe disso! Mesmo que seja regra ler os livros indicados pelo MEC, acho que o professor deva trazer a questão histórica e da tradução (quando for o caso).


Paula Hoffmann 15/10/2024minha estante
@Nandis_diniz, concordo plenamente. Nunca tinha ouvido essa história e olha que já sai do ensino médio há 10 anos. Acredito que ler esse livro no idioma original traga uma perspectiva completamente diferente


Nandis_diniz 15/10/2024minha estante
@Paula Hoffmann:

Todo livro em sua língua original e contexto são diferentes. Por isso a dúvida se o que eu leio (que vem de fora) é trabalho do autor ou do tradutor ??

De toda forma? Também pensei em ler esse no original! Não coloquei como indicação aqui pois nem todos tem interesse ou sabem inglês. Mas sim, é o ideal, se possível!


Paula Hoffmann 15/10/2024minha estante
@Nandis_diniz, ah, isso eu sei. Eu estava dizendo pelo fato de que as coisas foram, de certa forma, inventada durante o processo de tradução. Como leitora bilíngue compreendo que algumas coisas precisam de adequação, mas, segundo essa informação que você compartilhou não foi simplesmente isso.


Nandis_diniz 15/10/2024minha estante
@Paula Hoffmann:

Quanto ao que eu trouxe na resenha? Realmente não teve fidelidade ao original!

Mas quero trazer como tópico que vários outros livros também não são!

Não é difícil ver esses casos dentro de editoras? Eu tenho conhecidos que fazem trabalho de tradução? Não é algo tão fácil assim. Sem contar que nós tentemos a incorporar nossa própria interpretação (não é o caso de a revolução dos bichos, temo dizer que talvez ele tenha sido até ?reescrito? ao invés de traduzido)

-

Eu falo Inglês, italiano e agora estou começando japonês (e devo dizer que arrisco no espanhol)? Em todas as línguas que tenho uma certa proficiência eu ?penso? de maneira diferente. Como se fosse uma programação distinta das demais ? Isso porque o significado de uma palavra, nem sempre consegue ser traduzido 100%.

Sabia que a palavra ?Saudade? só existe no português?

?Ikigai? como um termo de sentido completo no japonês, uma filosofia do bem viver?

Consegui te passar a ideia ou me perdi na explicação?




Bruna.Ciesielski 15/01/2023

Todos deveriam ler esse livro!!
De início um pouco cansativo, pois são muitos personagens, mas depois que memoriza quem é quem fica mais fácil, a leitura flui! Vejo muita semelhança com o que acontece nos dias atuais, as histórias se repetem.
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