duda medeiros 12/09/2020
desesperadamente atemporal
a leitura dessa obra é algo ambíguo, ao tempo que é leve, por se tratar de animais as vezes esqueço na verdade são nosso reflexo, e denso em alguns aspectos, pelo mesmo motivo.
As analogias são geniais, George Orwell nos mostra uma perspectiva geral de todos os personagens adentro em um modelo do governo intitulado, no livro, de Animalismo.
O burro Bejamin representa as pessoas que estão convictas dos acontecimentos mas praticam o ativismo de sofá, o cavalo Sansão é o otimista que dá a vida ao trabalho, sustentando seus superiores ociosos ? a verdadeira felicidade, dizia ele, estava em trabalhar bastante e viver frugalmente?. Os porcos são os políticos que detêm maior poder, Napoleão é a imagem explícita de um ditador, os cachorros o poder corrupto, violento e manobrista da polícia.
No geral, a mensagem que George quer que captemos é a mesma que Maquiavel nos trouxe, e que tanto foi julgado, na obra O Príncipe: é melhor ser temido que amado e o poder corrompe o homem.
Se trata de uma obra atemporal e muito lúcida, a leitura deveria ser obrigatória.