Naty Alves 06/09/2023
Numa toca no chão
Numa toca no chão vivia um hobbit. O ano de sua publicação foi 1937, mas essa história começa com um professor que rabiscou numa prova, num pedacinho de papel em branco, uma pequena frase que resoa, pelo tempo pelas eras. A primeira vez que li a esse livro escrevi aqui dizendo que o hobbit tinha cheiro de terra, por suas descrições da "natureza da terra média" Porém termino dizendo que "o Hobbit significa o conforto de um dia preguiçoso de verão", o primeiro dia das férias na infância. O Hobbit tem cheiro de infância, e a voz de um pai que contava o hobbit e lá de volta outra vez para seus filhos antes de dormir.
E entrando pela toca do Sr Bilbo Bolseiro, chegamos a terra media, e a todas as histórias que viriam depois (e até antes), de novo eu voltei lá outra vez, e refiz meu caminho com o Bilbo, o Gandalf o cinzento, e os anãos, em busca de um tesouro a muito perdido, roubado pelo Smaug o magnífico.
Como já havia dito o hobbit é um livro que narra para nós uma aventura sobre amizade, jornada do herói, e como a ganância deturpa os corações adoecidos por ela.
Porém, olhando com ainda mais carinho para a jornada de Bilbo ela é sobre a vida também, como o protagonista conhecia tão pouco de si mesmo e teve de sair do seu conforto, do seu lar seguro, para se embrenhar nas mazelas e maravilhas do viver. Onde alguém pequeno confontra seus limites, para encontrar o seu crescimento, o seu eu futuro " E que talvez houvesse mais nele do que ele mesmo poderia supor" e esse limiar entre a estabilidade e a aventura, e a consciência que se pode ser grande, mesmo pequeno, e ainda sim, ser a menor das criaturas, não (com menos coragem), nesse vasto mundo.