spoiler visualizarBeatriz3345 05/08/2024
A Guerra dos Cinco Exércitos
Durante toda a aventura de Bilbo, os anães* e Gandalf, várias personagens aparecem em seu caminho. Daqueles quais se mostram virtuosos, o rei-élfico, com sua sabedoria, Bard, com sua fé e sacrifício, Dorin e companhia, com sua lealdade, e o próprio Bilbo, com sua humildade. Cada um deles representa o esforço humano no cultivo das virtudes, em busca da santificação e de vencer o mal, dentro de si e no mundo afora. Mesmo com todo esse esforço virtuoso dos povos, a batalha contra os maldosos e perversos gobelins e wargs parece perdida. Até que as águias aparecem. A ajuda dessas aves grandiosas é uma providência divina, da qual sem, não haveria vitória. Tolkien nos mostra que, sem nosso esforço, Deus não poderá nos utilizar como instrumentos, mas que, mesmo com todo o nosso esforço, Deus é quem nos salva. Sem ele a derrota é garantida. Essa mensagem é esclarecida durante a última fala do Gandalf nesta obra.
Imaginar a aventura de Bilbo sem que ele encontrasse e utilizasse o anel de Sauron, objeto que representa o pecado, exige esforço, pois foi esse mesmo anel que o salvou de Gollum, dos gobelins, da prisão dos elfos, além de o proteger do dragão e da guerra. O fato do anel ter "ajudado" Bilbo faz parecer aos mais desatentos que Tolkien demonstrou a necessidade e papel do pecado (do anel) na vitória contra o mal. No entanto, a vitória não ocorreu com a ajuda do anel, mas apesar do anel. Deus traça planos para nós, que por muitas vezes devíamos do caminho. Ele, então, com sua providência, nos leva de volta à vitória, apesar de nosso pecados.
O Hobbit, de J.R.R. Tolkien, carrega em suas páginas esses e vários outros ensinamentos.
*adaptação nas traduções dos escritos de Tolkien