Bea 04/11/2021
Minha análise sobre Frankestein - julho/2021
De tudo o que li, me veio a seguinte metáfora: o monstro do Frankenstein poderia ser uma analogia a toda a brutalidade e defeitos irreparáveis do nosso caráter, nosso lado obscuro em pensamentos e ação. A partir do momento em que não damos chance para abraçar tal verdade, fica difícil de dominá-la cada vez quando se sobressai em alguma circunstância. A arte de abraçar a própria escuridão traria paz e maior autoconhecimento. Se déssemos mais chances a cada vez que erramos, não importa quantas vezes, conseguiríamos trazer nossos monstros ao nosso lado, e não contra. E assim, sejamos com os dos outros, sem julgar aparências e saber discernir com convicção verdades com base na intuição/no coração. Geralmente o que vemos no mundo externo é um reflexo intrínseco. Refutar os próprios defeitos irá te consumir e cegá-lo da felicidade. É um processo tão simples, mas tão letal. Cada um de nós tem luz e escuridão, eles fazem parte de você como um todo. Se há ódio em você mesmo, está destinando seu próprio futuro uma tortura até seu último sopro.
Também é normal você não ficar totalmente satisfeito com você as vezes, de não gostar de alguma característica sua e querer mudar. Você pode! Mas se respeitando e se aceitando do jeito que é e no seu tempo, sempre!
Gosto de pensar que Victor olha para o monstro como se fosse um espelho, horrorizado em encarar seus próprios pesadelos. Mas se ele tivesse cuidado do monstro, teria uma vida plena ao lado das pessoas que amava, sem ter medo do amanhã. Teria transmutado seus pontos ruins em coisas positivas, aprender e evoluir mais ainda. Compreender a graça de ser ser humano, que erra, peca e segue em frente. Ver beleza na tempestade e não temer o frio nem a calada da noite. Victor poderia ter usado o monstro ao seu favor, usá-lo como sua maior arma e defesa, mas o medo de arriscar falou mais alto e aniquilou todas suas oportunidades de evoluir.