Origens do totalitarismo

Origens do totalitarismo Hannah Arendt




Resenhas - Origens do Totalitarismo


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Cris Lasaitis 15/03/2014

As Origens do Totalitarismo: Antissemitismo, Imperialismo, Totalitarismo
Resolvi atravessar as Origens do Totalitarismo só em razão de chegar nos últimos capítulos, que tratam do clímax do nazismo, quando acontece esse fenômeno que me faz sacar a caneta a todo momento no meio do metrô para sublinhar partes.
O que vejo de mais surpreendente é que a análise da Hannah escancara o poder que as realidades totalitárias têm de atropelar a ficção. Não apenas isso, ela disserta como as ideologias dos sistemas totalitários criam, fundamentam-se e sobrevivem a partir de uma ficção de Estado persistente e permanentemente instável, tão absurda que beira o inverossímil.

A própria ficção esbarra nesse limite: a verossimilhança. Uma história inventada, para ser convincente, não pode se inclinar tantos graus na direção do absurdo.

Não aprendi tanto lendo 1984, Animal Farm, Admirável Mundo Novo, The Handmaids Tale, Farenheit 451 ou nenhuma das distopias que adoro. Não vou dizer que essa constatação mata um pouco da autora dentro de mim, mas esse livro da Hannah Arendt é mais uma das coisas que me levam a perguntar como escrever ficção com esta realidade?

site: http://cristinalasaitis.wordpress.com/2013/12/29/retrospectiva-literaria-2013/
Caique 12/07/2016minha estante
Imperdível !


Luan.Jose 29/03/2018minha estante
Já quero ???


Yasmin 17/10/2022minha estante
Lindíssima resenha, muito obrigada. ??




Rafael 14/06/2015

Brilhantismo
De partida, é preciso sinalizar a cabal desonestidade intelectual à pretensão de elaborar uma resenha-resumo de um livro de pomposa magnitude no que tange aos acontecimentos do século XIX e o XX, em especial ao último, sob a perspectiva histórico-filosofia da sociedade e do Estado. Hannah Arendt, nesta incrível obra, faz uma retomada do antissemitismo enquanto movimento político, suas implicações para o povo judeu e seus lamentáveis desdobramentos que desembocaram na "solução final" nazista; apresenta-nos os elementos essenciais do imperialismo e destrincha os movimentos e regimes totalitários (stalinismo e nazismo) como ninguém tinha feito ou, quiçá, será capaz de fazer com tão maestria algum dia. Um livro que - por sua densidade psicológica, filosófica, política e histórica - exige do leitor paciência, intensa atenção e conhecimentos prévios a respeito dos assuntos abordados. Há que ser dito também, assim como muitas outras coisas deste livro, que a obra não estanca no espaço/tempo em que foi elaborada. A facilidade de trazer o pensamento de Hannah aos nossos tempos é característica imanente da leitura de Origens do Totalitarismo. Mergulhamos definitivamente, através desta obra, naquilo que foi a realização da fantasia judaico-cristã (o inferno) na Terra: o Nazismo e Bolchevismo. Hannah cientificamente nos mostra o devastador rumo que a Europa Ocidental, Central e Oriental tomou ao ter sucumbido às duas grandes mentiras do século XX (os regimes totalitários) que, por pouco, teriam levado a humanidade à extinção. Não é obra comestível e nem de leitura corrente, mas inteligivelmente lida por aqueles que apreciam o árduo, aprofundado e inteligente trabalho de um clássico da literatura.
Danilo Belo 09/05/2017minha estante
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Julio Alessio 23/01/2018minha estante
Zero estrelas?




Mariana Santos 04/01/2023

Sequência - clássicos
Minha primeira leitura do ano, queria muito ler e me arrependi de não ter lido enquanto estava no ensino médio. O livro traz uma análise bem teórica sobre acontecimentos históricos e seu impacto social e psicológico, ele divide-se em três partes principais: o antissemitismo - o nacionalismo, a politica e a performance econômica – o imperialismo e o racismo e, por fim, o totalitarismo e a mentalidade monstruosa que se cria, chegando ao ponto de transformar-se em ações. Assim, a leitura é extremamente detalhista e histórica sobre os acontecimentos que culminam no extermínio de povos na Segunda Guerra Mundial.
Além disso, traz uma análise social e filosófica de ética muito legal, lembrei do conceito de epistemologia e ideias sobre moral e utilitarismo, segue anexo um dos trechos que me deixou reflexiva:
“Do mesmo modo, o burocrata evita toda lei geral e trata cada caso separadamente, por meio de decreto, porque a estabilidade da lei gera a ameaça de formar uma comunidade na qual ninguém pode vir a ser um deus, porque todos têm que obedecê-la."
Confesso que eu estava meio enferrujada em alguns acontecimentos, mas para mim (que gosto de clássicos e livros mais teóricos) fluiu muito bem. Recomendo muito!
OBS: Contrariando algumas opiniões – de amigos inclusive - acredito que a autora foi muito perspicaz e inteligente ao criar todo um contexto político e histórico. #sem.anacronismo
Ariel 04/01/2023minha estante
Que ótima escolha Mariana! Não li o livro inteiro já que é uma obra densa de reflexões, mas já vi professores universitários mencionarem que o livro é mais atual hoje do que na época que foi escrito.

Li apenas o início do capítulo do antissemitismo, no qual Hanna menciona que o antissemitismo está presente na sociedade de forma ininterrupta a 2 mil anos. É incrível ver os exemplos que ela menciona.

Por fim, como você menciona, é uma pena que a obra dela não seja abordada na escola com a devida importância. Pois o Brasil tem pouco mais de 30 anos de regime democrático e enfrenta muitas dificuldades em simplesmente manter o regime democrático. O pensamento de Hannah me parece fundamental seja nas escolas, como também na sociedade que normalizou ataques a democracia.

Parabéns pela leitura e pelas reflexões!




Carol 19/04/2021

Aquela leitura de TCC
Eu e meu orientador quase saímos na mão porque eu não queria ler Hannah Arendt, mas no final esse livro se mostrou bem importante pra minha discussão.
Talvanes.Faustino 10/10/2021minha estante
E eu tô pensando se no trabalho que tenho Florestan Fernandes e Frantz Fanon cabe Hannah, que numa lida rápida achei interessante o capítulo sobre imperialismo.




Arsenio Meira 12/02/2013

"As Origens do Totalitarismo" é a obra-prima de Hannah Arendt. Lançado em 1951 (com edição nova na praça em 2013), é a suprema história do povo judeu, analisada século após século, com o desfecho do trágico destino deste povo sob o julgo do Nazismo.

É um autêntico show de erudição. Ao mesmo tempo, Arendt defende o individualismo, em linhas que só a Alta Cltura permite despontar.

Como um triste prenúncio, Arendt enxergou na sociedade massificada, a receita certa para o caldo peçonhento do totalitarismo, em suas vertentes mais cruéis: a Direita, vivificada por Hitler e a Esquerda, protagonizada por Stálin, irmão de Hitler em matéria de matança direcionada à etnias, opções sexuais e políticas e crenças diversas.
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Isotilia 06/03/2017

Esse livro é incrível!
Esse livro é incrível. Não dá para falar tudo num espaço tão pequeno.
Confira três posts no blog.

site: http://500livros.blogspot.com/2017/03/reinaldo-de-azevedo-nao-e-hannah-arendt.html
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Eliseu 09/02/2019

As origens do Totalitarismo
O Totalitarismo construiu uma narrativa explicativa do mundo baseada no medo e no terror (potencialmente aumentado devido aos fatores envolvidos), impondo a violência extrema dos campos de concentração contra o "outro",um personagem potencializado como o grande mal da sociedade, que precisa ser purificada para ser salva. Essa purificação isolou e exterminou milhões de pessoas. O Totalitarismo chancelava o bizarro e disforme. Hitler estava apenas seguindo "as leis da natureza" e Stalin "as leis da História". Uma das questões que chama a atenção é de como as pessoas puderam consentir com tamanha monstruosidade. Hannah Arendt explica que regimes totalitários se desenvolvem em ambientes de extrema ausência de compaixão causada por algum trauma geopolítico. Segundo ela, nesse cenário, as pessoas se desfazem da sua individualidade em nome da nação, é a "sociedade atomizada" onde o domínio total passa pelo condicionamento do comportamento de todos.
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setantarpgs 07/09/2019

Incrível capacidade de articulação de ideias!
Depois de ler Eichmann em Jerusalém, decidi ler Origens do Totalitarismo. Foi uma ideia feliz, porque pude entender com muito mais profundidade a história de alguns países - França, África do Sul, Alemanha e Rússia. Além disso, compreendi melhor o processo de instauração do nazismo alemão e do bolchevismo russo, pelo fato da autora fazer um comparativo entre o que aconteceu na Alemanha e na Rússia, pontuando as semelhanças e divergências entre os dois movimentos. Esse livro me ajudou a compreender melhor as motivações e a natureza humana e, em muitos momentos, consegui fazer uma associação entre o que a História nos revela nos séculos XX e XIX e o momento atual do Brasil. Tornou-se um dos meus prediletos. Quero ler tudo da Hannah Arendt,
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Lucas.Bogoni 15/11/2019

Breve comentário
Não me atrevo a fazer uma resenha deste livro que daria uma tese... Vou fazer apenas alguns comentários sobre minha experiência de leitura.
Sempre me perguntei como estes povos concordaram e fizeram as atrocidades que fizeram. Este livro sanou muitas de minhas dúvidas. Li ele ao mesmo tempo que o "1984", o que me ajudou muito, principalmente no último capítulo do livro.
Abaixo vou somente comentar brevemente alguns aspectos dos capítulos.
No capítulo do antissemitismo, Hannah faz uma análise do antissemitismo europeu como um todo, mostrando as várias facetas que deram origem a este sentimento de ódio aos judeus explorado pelos nazistas tanto para implantar o sistema totalitário quanto para mantê-lo..
O imperialismo, Segundo Hannah, fortalece os estados-nação e acirra as questões raciais européias, gerando uma leva de apátridas e povos sem nação. Esse questão amplia o racismo e o ódio, por ninguém saber o que fazer com essas pessoas que estão em um estado mas não fazem parte daquela nação.
Na parte do totalitarismo destaco a questão do uso do terror para destruir o indivíduo, a objetificação do ser humano que se torna descartável e invisível.
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Inalda 28/11/2019

Origens dototalitarismo.
A contradição entre o" realismo" como era cinicamente enalterado pelos movimentos totalitarios.
A questao judaica e o antissemitismo, devido a perseguição dos judeus e ao holocausto . etc.
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Deeh 27/05/2024

Então...
Não considero isso uma resenha, apenas um apontamento sobre uma primeira leitura. Tive muita dificuldade devido ao pouco conhecimento histórico que tenho.

Pretendo retornar a esse livro num futuro distante, depois que assimilar um pouco mais de história geral.

Indico, independente do pouco que consigamos absorver, já é de grande utilidade.
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RALPH 14/04/2020

Hannah nunca é uma leitura fácil, porém prazerosa
Hannanh a grande filosofa do século XX, traz nesse volume com riqueza de detalhes os principais tópicos sobre o antissemítismo, imperialismo e totalitarismo, discorre com precisão sobre os temas com farta bibliografia para corroborar suas teses. Em especial o capitulo III, não se prende ao totalitarismo alemão e discorre sobre o totalitarismo russo, excelente livro.
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Gabinas 18/05/2020

Uma leitura relevante
Confesso que ler Hannah não é fácil, não porque sua narrativa seja complexa, pelo contrário, mas por todo contexto histórico, social e filosófico que sua leitura implica. A clareza de suas colocações e percepção da humanidade são de emocionar. Um livro que te faz buscar mais conhecimentos, que desperta sua curiosidade sobre a história e a mente humana.
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@PinkLemonade 17/06/2020

Leitura valiosíssima para a compreensão dos nossos
ARENDT se propõe a explicar, na visão de alguém que vivenciou em primeira mão, as razões dos movimentos totalitários que marcaram o séc XX.

A autora nos ensina as diferenças entre movimentos totalitários e os ditatoriais, frequentemente confundidos.
A leitura demonstra ainda as últimas consequências do pensamento utilitarista, que desencadeou em uma massa atomizada preparada tanto para atos de assassínio quanto para ser as vítimas de grandes expurgos e genocídios.
Leitura extremamente interessante e profunda.
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