Ifigênia em Áulis - As Fenícias - As Bacantes

Ifigênia em Áulis - As Fenícias - As Bacantes Eurípides




Resenhas - Ifigênia em Áulis * As Fenícias * As Bacantes


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Nina 01/06/2020

Tirou meu preconceito com livros teatrais
Leitura bem rapidinha de fim de tarde, da pra ler em 2/3 horas na boa. Uma historia muitíssimo interessante e até me deixou com vontade de ler outras tragédias gregas...
se você como eu já leu outros livros nessa forma teatral e não gostou te recomendo ler esse e tentar tirar seus preconceitos desse gênero tão marcante da historia.
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Inhazinha 29/06/2021

surpreendente
Devo admitir que comecei a ler o livro com um pouco de preconceito por ele ser uma literatura super clássica, mas esse livro realmente é do jeitinho que eu gosto! A linguagem é maravilhosa, as histórias são intrigantes e eu, como uma boa amante de mitologia, apreciei muito o misticismo da obra. A estrela retirada foi apenas pelo preconceito de gênero que me incomodou e, apesar de eu ter consciência de que naquele contexto histórico isso era comum, mas ainda assim atrapalhou a minha experiência.
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lucasfrk 14/05/2022

Ifigênia em Áulis, As Fenicias, As Bacantes ? comentário
No 5º volume da coleção A Tragédia Grega, da Editora Zahar, o helenista Mário da Gama Kury reúne textos ? traduzidos para o português ? do grande tragediógrafo grego Eurípedes. ?Ifigênia em Áulis?, ?As Fenicias? e ?As Bacantes? estão contidas nesse volume especial e bem modelado. Eurípedes reflete aqui a ambiguidade nas falas, nos subtextos, nos jogos de palavras, e afins, que quase sempre permeiam e enriquecem seu brilhante texto.

?Ifigênia em Áulis?, a primeira peça, se passa no chamado Ciclo Troiano. Com seu espírito inovador, o poeta desenvolve conflitos morais e afetivos, além de fazer uma análise da natureza humana e de suas diversas facetas. Em ?As Fenicias?, por sua vez, ele desenvolve uma tragédia de ambição política. Ela se passa no Ciclo Tebano, e é a mais longa tragédia de Eurípedes, com sua multiplicidade de episódios e de personagens. Já em ?As Bacantes?, o poeta realiza um grande hino de louvor a Dionísio, o ?novo? deus no panteão grego; se passando no episódio da lenda de Dionísio, refletindo o conflito entre o equilíbrio racional e a exaltação religiosa, no retorno com a natureza.
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Ana Bellot 24/09/2022

Dispensa comentários
A tragédia grega é espetacular e dispensa comentários. Sinto falta desse tipo de literatura nos textos de hoje: textos profundos, viscerais, humanos e infidáveis.
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Marcio 02/06/2023

Eurípides
"Invejo-te, ancião. Invejo sempre o homem, seja qual for, que passa a existência toda no anonimato, sem perigos e sem glória. Aqueles que, ao contrário, galgam altos postos, têm um destino muito menos invejável." (Ifigênia em Áulis)

"É muito simples a linguagem da verdade e a causa da justiça não requer o uso de explicações elaboradas; ela tira sua força jamais vencida de si mesma enquanto a da injustiça, por ser a mais fraca, lança mão de sofismas para sustentar-se." (As Fenícias)

"A vontade de um deus tem muitas formas e muitas vezes ele surpreende-nos na realização de seus desígnios. Não acontece o que era de esperar e vemos no momento culminante o inesperado. Assim termina o drama" (As Bacantes)
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Wilson 12/12/2023

Peças femininas
Gostei muito dessa trilogia feminina de peças. A minha favorita foi Ifigênia em Aulis, uma mulher corajosa e patriota. Destaque para a excelente tradução de Mario da Gama Kury.
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Feliky 21/12/2023

Peças muito cativantes
Vou logo comentando a edição e depois irei falar das peças separadas. A edição é o padrão dessa colação da Zahar. Com isso, quero dizer que a tradução de Mario é fluida e de fácil compreensão, então se você não tem o costume de ler as tragédias gregas não se sinta intimidado porque não é de difícil leitura as traduções do Mario. Ele também fornece notas explicativas mesmo para coisas mais básicas, como epítetos de deuses (que é algo que quem já tá acostumado com mitologia grega já tá careca de saber, mas pra quem quer começar pode ser confuso no primeiro contato. Não tem como adivinhar coisas como Loxias e Febo serem ambos Apolo, por exemplo). Ou seja, é uma edição bem amigável a quem está começando, o que considero positivo. Porém, assim como as outras edições dessa coleção, senti falta de textos complementares mais aprofundados a respeito do contexto da época, mas isso é gosto meu e não acho que torne a leitura prejudicada.

Agora, vamos às peças:

Ifigênia em Áulis - Nota 3
Essa aqui eu fui com muita expectativa, o que pode ter ajudado para ter sido facilmente a minha menos preferida das três peças agrupadas nesse livro. Não achei tão cativante e envolvente quanto as outras duas, mas ela definitivamente não é algo que considerei ruim. Ainda é interessante pensar no dilema que Agamêmnon enfrenta e eu achei a personagem da Clitemnestra carismática e compreensível. Há outro aspecto sobre a Clitemnestra que é legal de se pensar lendo, que é comparando sua personagem aqui com sua personagem em A Oréstia. Claro, não são os mesmos autores (aqui é Eurípides, a outra é Ésquilo), mas não deixa de ser um exercício interessante. De outros personagens familiares, também temos Menelau (aqui inicialmente meio insensível, mas posteriormente mais sensível) e Aquiles. A própria Ifigênia é uma figura trágica por si só, sendo tão jovem e assumindo uma responsabilidade tão pesada. Também temos algumas informações a mais de Paris que eu achei interessantes.
E comentário extra: eu diria que, por ora, essa é a obra grega antiga mais xenofóbica que li. Que a xenofobia é típica da Grécia Antiga não é novidade para ninguém, mas até então eu não tinha me deparado com isso nas obras mitológicas que li. No máximo, uma parte em Agamêmnon (da Oréstia), mas a xenofobia em questão era claramente para demonstrar a maldade da pessoa, então não era bem xenofobia do próprio autor. Aqui não, aqui a parte xenofóbica aparece como parte do discurso heróico de Ifigênia.

As Fenícias - Nota 4
Eu já tinha lido a Trilogia Tebana (Édipo Rei, Édipo em Colono, Antígona) antes, então foi interessante notar as diferenças presentes na versão de Sófocles e nessa versão de Eurípides. Mais interessante ainda foi notar que ambas versões são boas! Ou seja, eu recomendo ler ambas, mesmo que em tese sejam "mesmo cerne". A personagem da Jocasta ganha bastante voz aqui, assim como os filhos Polinices e Etéocles. Além disso, temos a presença de um outro filho de Creonte, Menoceu. Muito boa e envolvente.

As Bacantes - Nota 5
Essa aqui é super interessante e eu dou parte da razão a isso que um deus (Dionísio) é um dos personagens mais recorrentes. Que os deuses são presentes nas obras gregas não é novidade, mas ter um que é um dos personagens principais é mais interessante ainda porque nos permite visualizá-los melhor. Dionísio, em si, é uma divindade cativante por ser tão duplo. Ele é masculino e feminino (com "feminino" remeto mais a androginia do que mulher em si), ele é divertido e assustador, ele é grego e estrangeiro, ele é um pilar da civilização e tão relacionado a beira dela (os ritos da Bacantes, por exemplo, foram considerados alarmantes pelos próprios gregos nessa peça). Além do próprio Dionísio ser um destaque evidente, o enredo dessa peça é cativante e o seu final é chocante. Aliás, geralmente não me incomodo com spoilers de obras gregas porque tendo a já saber parte do assunto mesmo, mas dessa vez pulei a introdução das Bacantes porque é uma das poucas obras que eu não tinha contexto e eu queria experimentar em primeira mão...e logo digo, não me arrependo! Então, se você quer ter uma experiência mais interessante, eu recomendaria pular a introdução de As Bacantes e depois voltar.
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elisamel 25/08/2024

As três tragédias da obra são incríveis. Todas me trouxeram mistos de sentimentos divertidíssimos.
Talvez não seja a melhor coletânea para começar a ler tragédias gregas, mas sem dúvidas têm um valor imensurável.
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