Psychobooks 20/05/2013
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- Premissa e primeiras impressões
"A Turma", da autora Alissa Grosso, conta a história da Hanna e suas quatro amigas, Gilda, Olivia, Patrícia e Sheila. Hanna é o centro das atenções, como se fosse a Abelha Rainha do colégio, e tudo gira em torno dela e das festas que dá no decorrer do ano.
Esse é o último ano para elas juntas na mesma escola, e será um ano cheio de surpresas para todas conforme os dias vão passando e as meninas se veem envolvidas em intrigas.
Como peça chave de todos os acontecimentos, está Alex, o namorado de Hanna, que ninguém consegue entender muito bem como fisgou a garota mais popular da escola. Ele é tímido, desengonçado, mas Hanna o idolatra.
Assim conhecemos a turma e começamos a entender o que move cada um dos seus integrantes.
De início parece uma história corriqueira sobre popularidade no colégio e dúvidas sobre faculdades e términos de namoro. Mais a frente o livro se mostra bem mais complicado do que isso. Mas primeiro vamos à:
- Narrativa e desenrolar do enredo
A narrativa escolhida por Alissa foi a em primeira pessoa, pelo ponto de vista de todas as meninas e mais à frente pelo ponto de vista de Alex. Vamos conhecendo as características de cada uma delas e seu papel n'A Turma de Hanna. Hanna escolhe todas suas amigas a dedo, todas se sentem deslocadas por ali estarem e ao mesmo tempo honradas e ofuscadas pela personalidade forte e impositiva da líder do grupo.
O livro é divido em duas partes: Parte 1 "A Turma" e Parte 2 "Alex".
Nessa primeira parte do livro, os acontecimentos vão se desenrolando aos borbotões, sem muito sentido.
As meninas estão em aula, mas nem tudo é mostrado. O foco fica mesmo na parte social da vida delas e na lista de convidados que Hanna monta a cada festa. A escola gira em torno desses convites, bem como "A Turma".
Essa primeira parte eu achei realmente enfadonha, com alguns acontecimentos se atropelando. O foco do livro apenas na parte social tira um pouco o gosto da leitura e a intriga entre as meninas, percebida por inúmeros pontos de vista, fica um pouco confusa.
Alex flana durante essa primeira parte e não entendemos bem quais são suas motivações, até que ele revela tudo na segunda parte do livro, mas o sentimento de estranheza não me largou mesmo assim.
- Surpreendente, mas raso
Em dado momento, há uma reviravolta fenomenal na história, que infelizmente não foi bem-aproveitada. A autora a aborda de forma rasa e sem muito nexo. Há uma preocupação constante em reviver fatos para que entendamos alguns pontos, mas sinceramente achei tantas explicações desnecessárias, já que a grande revelação do texto fala por si só.
Houve a tentativa de surpreender o leitor e depois desenrolar a história por outra abordagem, mas sinceramente, acredito que faltou mais pesquisa à autora.
- Vale a pena, Alba?
É um livro morno, de leitura rápida. O assunto abordado é interessante, mas longe de tocar o leitor. Uma boa história, mas nem um pouco marcante.
Recomendo, com parcimônia.
"Nós, sim, que somos dignas de pena, pois o fim do ensino médio significa o fim da turma, e, para suas integrantes, isso significa o fim dos poderes aparentemente divinos de Hanna sobre nossas vidas. (...)"