O Aprendiz de Assassino

O Aprendiz de Assassino Robin Hobb




Resenhas - O Aprendiz de Assassino


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Carol 23/08/2015

Virou favorito!
O livro é narrado pelo Fitz, que está nos contando a sua história. Nesse primeiro livro vemos como ele passou a sua infância e o começo da adolescência e como ele se tornou um aprendiz de assassino. Fitz é um bastardo da realeza, entregue ao rei quando tinha aproximadamente 6 anos. Lá ele foi criado por Bronco até o Rei Sagaz decidir que o garoto deveria servi-lo. Desde então Fitz mora no castelo e têm aulas de como ser um bom assassino. Mas ele só percebe o que ser assassino significa quando parte para sua primeira missão à favor do rei.

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Vanassi 12/07/2015

Bom entretenimento
Uma história bacana, com bons momentos de tensão, mas que conta com alguns momentos bastante previsíveis e até cansativos. Me lembrou o enredo do sensacional "O nome do Vento", mas não chega nem perto da humanidade e sensibilidade daquele livro. Se tiver que escolher entre um e outro, nem pense, entre de cabeça no Nome do Vento.
Eu teria dado 3,5 para esse livro, mas o sistema não permite, então deixei em 4 pois me diverti com a história.
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Rodolfo 12/07/2015

"Hobb é uma das melhores escritoras de fantasia moderna." The Times
Fruto de uma infidelidade, Fitz, filho de Cavalaria, é um bastardo real, desprezado pelo mundo, sem amigos e solitário. O rapaz refugia-se nos estábulos da realeza e apenas sua conexão mágica com os animais - a antiga arte conhecida como Manha - proporciona-lhe um pouco de alegria e companheirismo. Mas a Manha, se usada com frequência, é uma mágica perigosa, e mal vista pela nobreza.

Então, quando Fitz é finalmente adotado pela casa real, ele deve abrir mão de seus antigos costumes e aprender a viver esta nova vida: artilharia, escrita, bons modos, a magia do Talento... e, secretamente, aprender a matar um homem, já que é treinado para se tornar o assassino real e um dos homens de confiança dos Rei Sagaz.

Quando salteadores bárbaros começam a atacar os povoados costeiros, Fitz será encarregado da sua primeira missão. Ao mesmo tempo, perceberá que está rodeado de intrigas, segredos, desonra, heroísmo, aventuras e magia. Embora alguns o vejam como uma ameaça ao trono, ele talvez se torne a principal peça para a sobrevivência do próprio reino. Em O Aprendiz de Assassino, primeiro volume da série "Saga do assassino", Robin Hobb cria uma das histórias mais amadas da literatura de fantasia.

"Entre as inúmeras obras de fantasia lançadas atualmente, os livros de Robin Hobb são como diamantes num mar de falsos brilhantes."
George R. R. Martin
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vivi 05/07/2015

Pra quem gosta de épocas medievais....
Se você não curte muito época medieval, cavaleiros e intrigas de famílias reais, então é melhor você não ler esse livro. Eu demorei um pouco para ler justamente porque não estava muito familiada com esse assunto. Eu acho que pra quem curte, esse livro não irá decepcionar. Eu ia até comprar o segundo livro pra ler mas depois de saber quantas páginas tinha deu aquela preguiça
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Albarus Andreos 04/07/2015

Diamante num mar de falsos brilhantes
Dificilmente acredito naquelas recomendações que vem nas capas ou contracapas dos livros. No caso, uma de George R. R. Martin: “Entre as inúmeras obras de fantasia lançadas atualmente, os livros de Robin Hobb são como diamantes num mar de falsos brilhantes”. Primeiro porque já li outras recomendações de mestre George completamente furadas em obras que pareciam muito boas mas que acabei constatando serem bem fracas (os falsos brilhantes de que fala); depois, que uma declaração de uma estrela da fauna literária recomendando uma obra de um colega pode ser tremendamente tendenciosa se os dois forem chapas. Para tirar a dúvida, nada melhor que ler um trecho, um capítulo talvez... Quem sabe uma boa resenha, mas nada melhor que a obra mesmo. E, com mínimas reservas, O Aprendiz de Assassino (Editora Leya, 2013) da norte-americana Robin Hobb, é muito bom.

Continuando a babar o ovo da autora, Hobb escreve demais! Lembra Patrick Rothfuss, em alguma medida. Absolutamente consciente de sua narrativa, da estrutura do romance e de como expressar suas ideias de forma clara, cada uma delas preciosamente bem escritas, os aspectos psicológicos se coadunando perfeitamente com os arquétipos engendrados, ótima noção de tempo, de cadência, de andamento, de encadeamento dos fatos. Personagens perfeitamente críveis se metendo em situações perfeitamente possíveis dentro do universo fantástico que propõe. Cada um deles cheio de carisma, ou não, conforme sua natureza, mas todos absolutamente coesos. O livro tem quase tudo o que eu gosto em fantasia: o clima medieval real onde estrume, sangue e lama se misturam com lâminas, armaduras e magia bem dosada, mas um pouquinho mais de ação seria muito bem vindo.

Começamos essa obra com o garoto sem nome, o bastardo de um nobre local, um príncipe de nome Cavalaria. Isso soa estranho, portanto não vou deixar para depois para esclarecer que cada um dos nobres tem um nome que ressalta uma característica de personalidade, como Sagaz (o rei), Veracidade (o irmão de Cavalaria) ou Breu (o tutor do garoto). Isso é explicado no texto. É dito que os pais dão esses nomes aos filhos para que cresçam com aquela característica. Mas por que alguém daria ao filho o nome de Breu? Ou Bronco, no caso do cavalariço que adota o menino, no início do livro? Bronco o chama simplesmente por Fitz, que significa simplesmente “bastardo”. E que diacho significa Cavalaria? Isso é característica de quê? Até a página 190, a única farpa (ou uma esquisitice da autora) que posso localizar na obra. Todo o resto é absolutamente absorvente.

Com a ajuda de Bronco, Fitz vai aprendendo a se virar no mundo em que foi jogado aos seis anos, dormindo com os cães no celeiro, limpando os estábulos e sendo alvo do bullying de todos, por ser filho ilegítimo do príncipe herdeiro. Isso é, ao mesmo tempo, uma espécie de proteção para o garoto, membro da família real, queira ou não. Como bastardo, Fitz teria o futuro de qualquer plebeu, até que Cavalaria renuncia ao seu direito de herança, a pedra sobre qualquer hipotética pretensão do menino ao trono. Contudo, o ato começa a se mostrar exatamente o contrário.

Pressões começam a pipocar de vários lados. A nova rainha, a segunda esposa de Sagaz, tem outro filho, Majestoso, e gostaria de vê-lo no trono, em vez de Veracidade, o próximo na linha de sucessão, e o pequeno Fitz a incomoda por ser filho de Cavalaria, a quem o povo sempre viu como o herdeiro ideal, habilidoso, forte, competente, o diplomata nato, o governante ideal – é que, com uma simples canetada, o rei pode reconhecer Fitz com herdeiro de Cavalaria, coisa extremamente improvável, mas até aí, o rei é o rei. Há algo na narrativa que instiga, que nos leva a crer que há mais para ser descoberto, principalmente porque Fitz começa a revelar certos “talentos”. Ele entra na cabeça dos animais e mesmo das pessoas, vê a verdade nelas. Bronco chama isso de “Manha”, o que é extremamente mal visto num nobre, e o dissuade totalmente de usar essa habilidade.

Breu surge então, quando Fitz cresce um pouco mais. Há magia nele. É misterioso, um homem velho e magro que parece e some por dias sem aviso. Breu ensina-lhe coisas sobre o mundo e Fitz descobre que o rei Sagaz quer que ele seja sim um sucessor, mas de Breu: um assassino! Fitz, um rapaz doce, tranquilo, sem o menor talento para o mau, jamais imaginou que o rei poderia estar prestando atenção nele. Nunca foi o avô que um menino teria, praticamente nunca falou com ele. Definitivamente há uma subnarrativa que está se descortinando; até porquê, outro personagem, o Bobo, é mais uma fonte de enigmas que precisam de esclarecimentos. O chão é movediço e sorrateiro. Hobb, por trás do clima sereno, sabe incutir essa curiosidade tensa ao seu texto, com habilidade ímpar.

Mas a história parece arrastada demais. Tivemos a invasão dos Navios Vermelhos e seus saques pelo litoral, mas isso foi mostrado de forma indireta, com informes que chegaram das vilas afetadas, falando da invasão dos ilhéus e como eles “forjavam” as pessoas, tornando-as irreconhecíveis, quase como zumbis. A autora fez questão de manter o mistério sobre o que é isso exatamente, quem são os Ilhéus, ou por que isso é feito. Fitz é enviado para averiguar, mas pouco descobre. Hobb deliberadamente descarta cenas de batalhas e demais movimentações. Não se interessa pela aventura, pelo thriller, pela ação.

E faltou muito mais disso. O treinamento do garoto para se tornar um assassino é suspenso para que ele seja treinado no “Talento”, habilidades mentais parapsicológicas que poderiam ajudar Veracidade e o rei Sagaz a derrotar os Ilhéus, mas como todo livro que mostra um jovem em treinamento, esse período é difícil, árduo, entediante e frustrante, e sempre que isso ocorre o próprio livro se torna “difícil, árduo, entediante e frustrante”. Sim, o livro é, em grande medida, enfadonho! O prato contém um ótimo tempero, alguns raros até, cozinhado com cuidado, tudo bem mexido, mas cadê a carne, a substância? Precisamos de uma boa história!

Com a falta do que fazer, temos o passar dos dias de Fitz cuidando de seu cachorrinho, vendo-o crescer, o afeto que aumenta, o menino solitário que é mal visto por quase todo mundo, sua ânsia por se libertar das amaras impostas por Bronco, que continua tomando conta dele como se ainda fosse uma criança, e seu relacionamento com Molli, a menina da cidade, fabricante de velas, que também vai crescendo e se torna o amor platônico de Fitz. É muito fofo, toda essa coisa com o cachorrinho, mas... Arrgh! (imagine meu dedo sendo enfiado pela minha goela). Ao invés de se chamar O Aprendiz de Assassino, o livro poderia se chamar O Menino do Pet Shop, que seria mais fiel e evitaria que eu me intrometesse numa obra que não é minha praia. Sinceramente.

Ficou a impressão de que poderíamos ter um livro melhor se a autora se interessasse minimamente por alta fantasia, coisa que parece temer incorporar ao texto. A magia é um auxiliar, importante até, para a trama, na parte final, mas o mau jeito do menino dá a ele um tom irritante. Fitz não é o herói que se espera, resolvendo enigmas e enfrentando assassinos, se aproxima muito do Kvothe, de O Temor do Sábio, de Patrick Rothfuss, segundo livro da série O Nome do Vento (o primeiro livro é uma joia literária e figura entre um dos melhores livros da minha vida, mas o seguinte está muito longe disso). Temos uma sensação de que Hobb força a barra para que ele sobreviva ao que se desenvolve no quarto final da obra. Fica até uma sensação de perda de credibilidade, o que é muito ruim para um escritor.

Não achei o livro tão bom assim, no final, mas certamente é acima da média, como bem disse mestre Martin. Uma obra um tanto parada, para meu gosto, mas que facilmente agradará outros paladares menos afeitos Às Crônicas de Gelo e Fogo que, sem intenção, parece se tornar meu padrão para séries literárias de fantasia. Já tenho o segundo volume da saga de Fitz aqui, na minha estante. Vamos ver se os defeitos que apontei diminuem. Talvez tenhamos finalmente uma arrancada na aventura e um acréscimo na emoção, coisa que O Aprendiz de Assassino realmente precisa.

site: www.meninadabahia.com.br
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Laís Helena 18/05/2015

Resenha do blog "Sonhos, Imaginação & Fantasia"
Fitz é o bastardo do herdeiro do trono dos Seis Ducados, o Príncipe Cavalaria, e abandonado por sua mãe, é deixado sob os cuidados de Bronco, grande amigo de Cavalaria. Vivendo na corte, logo chama a atenção do Rei Sagaz, que decide treiná-lo em segredo como um assassino.

Enquanto Fitz segue com seus estudos, que incluem também o Talento, uma espécie de magia que aflora na linhagem real, os Seis Ducados começam a sofrer os ataques dos Salteadores dos Navios Vermelhos, cujos objetivos são um mistério.

Narrado em primeira pessoa, o livro é focado em Fitz e sua vida como bastardo, sendo treinado para ser o assassino do rei, mas nem por isso deixa de explorar outros personagens e acontecimentos. O enredo bem construído aos poucos vai se revelando, e vemos que há duas tramas: as intrigas do reino e os ataques dos Salteadores dos Navios Vermelhos. É aquele tipo de livro cheio de pistas ocultas, que ao terminar nos deixa cheios de teorias, prontas para ser testadas com a leitura dos próximos volumes.

A narrativa é lenta e arrastada no início do livro, contando os primeiros anos de infância de Fitz e explorando uma estranha habilidade sua, a Manha (uma afinidade pelos animais, permitindo que Fitz divida com eles pensamentos e sensações). Porém, quando o protagonista finalmente é apresentado ao rei e seu treinamento começa, a trama deslancha e o livro passa a prender o leitor. A escolha da primeira pessoa foi muito acertada: permite que o leitor se aproxime de Fitz, sem que os outros personagens sejam explorados de maneira superficial.

Estes, aliás, são muito interessantes. Por uma tradição dos Seis Ducados, são nomeados de acordo com virtudes (Sagaz, Majestoso, Veracidade, etc.), e de certa maneira as encarnam, mas não são presos a elas de forma a se tornarem caricatos. Todos eles têm suas próprias características, além daquela enunciada em seus nomes, e seus objetivos. Como já mencionado, a narrativa em primeira pessoa não prejudicou o desenvolvimento de outros personagens, por isso o leitor pode se apegar a eles (e, claro, odiá-los).

Não há tantos detalhes sobre o mundo em que a história se passa, mas ele é apresentado ao leitor de maneira satisfatória, de forma que esse possa ver que, apesar do pouco que foi revelado, é um mundo bem construído. O contraste de culturas entre os Seis Ducados e Jhaampe, um reino vizinho, foi apresentado de forma bastante interessante e criativa. A maneira como a autora introduziu essas informações aos poucos, e também em pequenos trechos que antecedem cada capítulo, foi coerente e permitiu que o leitor as compreendesse sem que se visse diante de enfadonhas explicações sobre esse universo.

A partir dos capítulos finais, o ritmo se intensifica e temos diversas intrigas e reviravoltas. A autora mostra que não tem medo de colocar seus personagens em situações difíceis, e várias mortes ou quase mortes acontecem. Alguns elementos foram esclarecidos, mas outros deixados em aberto para os volumes seguintes. O final não foi exatamente feliz nem previsível, o que certamente conta pontos.

Assim, apesar do começo um pouco arrastado, o livro não demorou muito a me prender, e a trama bem estruturada, junto de personagens complexos e uma boa ambientação, me trouxeram uma boa leitura, uma das melhores de 2014.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2015/05/resenha43.html
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Literal-Mente 05/02/2015

Resenha: O Aprendiz de Assassino (Robin Hobb)
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Vagner46 18/12/2014

Desbravando O Aprendiz de Assassino
Primeiro livro da trilogia Saga do Assassino, O Aprendiz de Assassino nos apresenta Fitz, filho bastardo do príncipe Cavalaria, atual herdeiro dos Seis Ducados. Nosso protagonista chega em Cidade de Torre do Cervo a pedido da realeza, causando um certo desconforto nos nobres que sempre viam Cavalaria como um homem íntegro e incapaz de possuir um bastardo. Lá, devido à sua condição, é menosprezado pela maioria dos habitantes e precisa aprender a lidar com isso.

Quem o "adota", podemos dizer assim, é o mestre dos estábulos Bronco, e é exatamente lá que Fitz viverá boa parte de sua infância. Aprendendo a cuidar dos cavalos e também afeiçoando-se bastante aos cachorros que existem por lá, Fitz vai estreitando seu laço com os bichinhos e aos poucos percebe que sua relação com eles não é meramente afetiva, há sempre algo mais, algo que explicarei logo adiante, no decorrer dessa resenha.

Ao mesmo tempo que cresce, Fitz é contratado pelo rei Sagaz para que se torne um assassino e ajude a expulsar os Salteadores dos Navios Vermelhos, bárbaros que começam a atacar a costa dos Seis Ducados e pretendem criar ainda mais problemas. E é a partir daí que o livro começa a ficar bom. A história é contada pelo próprio Fitz muitos anos depois e flui tranquilamente, sendo em primeira pessoa e com as lembranças do protagonista sendo inseridas durante a narrativa.

Para aprender as técnicas de assassinato, Fitz conta com a ajuda de Breu, o antigo assassino do rei e conhecedor dos mais variados segredos dessa arte. Suas aulas nunca têm data certa para acontecer e dependem muito da boa vontade de Breu para que ocorram. Normalmente no meio da noite, quando Fitz está podre de cansado e pretendia ficar dormindo. hahaha

"Se tudo o que eu tivesse feito na vida fosse ter nascido e ser descoberto, ainda assim teria deixado uma marca em toda aquela terra, para todo o sempre. Cresci sem pai nem mãe, numa corte onde todos me conheciam como um divisor de águas. E um divisor de águas me tornei."

Aprofundando-se um pouco mais no livro, conhecemos o Talento, uma espécia de "controle cerebral" que uma pessoa pode ter sobre outra. Essa arte, segundo trecho do livro, é, na sua forma mais simples, o estabelecimento de uma ponte entre os pensamentos de duas pessoas. Há muitas maneiras de empregá-lo. Durante uma batalha, por exemplo, um comandante pode enviar uma simples informação e comandar diretamente os seus oficiais, se estes tiverem sido treinados para recebê-la. Um indivíduo muito Talentoso pode usar sua habilidade para influenciar até mesmo mentes que não tenham sido treinadas ou as mentes dos seus inimigos, inspirando neles medo, confusão ou dúvida. Homens tão dotados são raros. Mas, se incrivelmente agraciado com o Talento, um homem pode aspirar a falar diretamente com os Antigos, estes que são inferiores apenas aos próprios deuses. No mínimo intrigante, né? Ainda mais depois de saber que o Talento é uma herança de família, só transmitida para quem tem sangue real.

Como já dá pra adivinhar, o nosso Fitz possui essa habilidade, mas não tem a menor ideia de como ela funciona e para isso é levado a Galeno, mestre do Talento da Cidade de Torre do Cervo, para que aprenda alguma coisa. Infelizmente, esse Galeno desgraçado não gosta nem um pouco do protagonista e faz de tudo para que ele NÃO desenvolva a sua habilidade. É uma baita sacanagem! Enfim, deixo os detalhes para quem for ler a obra.

Agora vamos ao diferencial do livro: a Manha. Ela é o poder do sangue animal, da mesma forma que o Talento vem da linhagem dos reis. Começa como uma bênção, dando a você as línguas dos animais. Mas depois se apodera de você e te puxa para baixo, faz de você um animal como os outros. Até que finalmente não há sequer um resquício de humanidade em você, e você corre e late e prova sangue, como se a matilha fosse tudo o que você alguma vez na vida tivesse conhecido. Até que nenhum homem possa olhar para você e pensar que um dia foi um homem.

Como havia dito lá no começo da resenha, Fitz tem uma ligação especial com os animais, e essa ligação chama-se Manha. Porém, seu "babá" Bronco repudia essa arte e proíbe que Fitz a utilize, o que nem sempre acontece. Ainda mais quando ele está próximo de Narigudo, um cão que aceita essa conexão com Fitz e ambos tornam-se amigos inseparáveis. Nem tudo é alegria, como vocês acabarão descobrindo quando tiverem o livro em mãos.

Voltando um pouco aos bárbaros, os Salteadores dos Navios Vermelhos, por sinal, não tem um papel TÃO importante assim nesse primeiro livro, pois eles são somente apresentados a nós e pouco se sabe sobre quem são e quais as suas motivações. Porém, deve-se considerar algo a respeito deles: quando pegam reféns e os soltam, esses reféns ficam completamente loucos, desprovidos de pensamento crítico, como se não fossem mais humanos, e viram algo bem parecido com zumbis mesmo, num processo que é chamado de Forjamento. Como eles se transformam, o que é feito com eles dentro dos Navios? São perguntas que você só descobrirá lendo.

Porém, o maior mistério desse primeiro livro fica por conta do Bobo. Todo misterioso e cheio de frases enigmáticas, nunca dá para saber se o que ele está falando é brincadeira ou a mais pura verdade, capaz de mudar o destino de muita gente. Para mim não é um personagem que foi simplesmente colocado ali por um acaso do destino, ainda acredito que será muito importante no desenrolar da história. Muitas tretas me aguardam, estou só prevendo!

Só tem um negócio que me incomodou quando finalizei a leitura: eu não consigo ver o Fitz como um assassino! Sim, é isso mesmo!! Ele teve o treinamento dele, cresceu, apanhou e aprendeu com tudo isso, mas enquanto eu lia eu não pensava: "Nossa, esse cara é um matador, nunca vou querer incomodá-lo". Talvez tenha sentido isso justamente por causa do título (O APRENDIZ de Assasssino), mas enfim, acho que é algo remediável e no segundo esse aspecto deve melhorar bastante, espero. Considero também o fato do livro terminar com ele tendo uns 15 anos (pela minha memória), então ainda há muito que se desenvolver e a prática certamente o ajudará com isso.

A autora consegue descrever de uma maneira leve e precisa os Seis Ducados, as descrições não são monótonas e dá pra encaixar perfeitamente Fitz dentro do cenário. Preparem-se também para sentir diversas emoções com alguns personagens: vocês irão odiar/desprezar Majestoso, respeitar Veracidade e desejar saber mais sobre Cavalaria, os três príncipes e filhos de Sagaz. Muitas intrigas políticas estão por trás de todos os problemas, diga-se de passagem...

Enfim, para finalizar, digo que O Aprendiz de Assassino é uma leitura que considerei bem válida e possui suas peculiaridades que a tornam uma obra levemente diferenciada das demais. Não é algo excepcional, que eu PRECISE recomendar para todo mundo que lê fantasia, mas acredito que valha a pena investir e conhecer mais sobre Fitz e o núcleo que o cerca. Os dois volumes finais da trilogia, O Assassino do Rei e A Fúria do Assassino, já foram lançados aqui no Brasil e você pode encontrá-los facilmente em qualquer site pela internet afora. Até a próxima resenha!

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2014/12/resenha-o-aprendiz-de-assassino-robin.html
Matheus 07/01/2015minha estante
Essa habilidade "Manha", é bem similar à habilidade de troca-peles das Crônicas de Gelo e Fogo, e pelo que eu li nessa resenha me parece que esse autor se inspirou nas obras do Martin.


Vagner46 15/05/2016minha estante
São bem parecidas mesmo, Matheus. Sobre as inspirações, deve ter algo por aí nas entrevistas desses autores. o/




Anderson Tiago 19/11/2014

[RESENHA] O Aprendiz de Assassino (Saga do Assassino #1) - Robin Hobb
Texto de Daniela Pereira para o site INtocados: www.intocados.com.br

Tudo começou em um cinzento dia frio e chuvoso, quando um homem carrancudo levou um garotinho de apenas seis anos de idade até as portas da Torre do Cervo. Sem se perturbar com o choro desesperado de sua filha que o seguia, o homem entrega o garotinho nas mãos do soldado à porta da Torre. O garoto descobre que está prestes a ser abandonado por sua família, a qual não tem mais condições de lhe sustentar. Descobre também que é um bastardo, filho do Príncipe Cavalaria, o Príncipe Herdeiro dos Seis Ducados. Viver como um bastardo do Príncipe Herdeiro não é uma tarefa fácil. Bastardos não são comum dentro da família real. Eles são uma ameaça à linha de sucessão ao trono, pois podem reivindicar direitos que não lhe são reconhecidos. Seu pai, o Príncipe Herdeiro, nem chega a conhecê-lo. Decide se exilar, renunciar ao trono e deixar para trás o filho que nunca planejou ter.

Sem nome, sem pai, sem rumo, o garoto acaba sendo deixado aos cuidados de Bronco, o cuidador dos cavalos, dos cães e dos falcões, e braço direito do Príncipe Cavalaria. Não há ninguém melhor para cuidar dos animais do estábulo da Torre do Cervo. Bronco, no entanto, não faz a menor ideia do que fazer com o garoto. Leva-o ao seu estábulo, onde deixa o garoto na companhia de seus animais. E é Bronco que lhe dá um nome: Fitz, do latim filius, que significa “filho de”, “bastardo”. Não é um nome real para moldá-lo, mas sim um nome para lembrá-lo do que realmente é.

Sozinho e largado no estábulo, Fitz acaba se aproximando dos animais. Em especial Narigudo, um dos filhotes do estábulo que acabou se tornando seu companheiro de muitas aventuras. Tanta aproximação faz com que Fitz revele um tipo especial de poder, capaz de criar um vínculo com os animais. É o poder da antiga Manha, que dá a quem o possui o domínio das línguas dos animais. No entanto, esse é um poder perigoso, já que a ligação com os animais pode ser tão forte a ponto de fazer com que a pessoa perca a sua humanidade, tornando-se também um animal. Ao descobrir do que Fitz é capaz, Bronco tenta de qualquer maneira preveni-lo de desenvolver tal poder. Mas mal sabia ele que esse ligação com um animal um dia salvaria a vida de Fitz.

Fitz tem uma vida solitária. E não recebe muita empatia, nem mesmo daqueles que deveriam se preocupar com o seu bem estar - como a sua família. O Príncipe Majestoso, o meio-irmão mais novo de seu pai, o detesta. Para Majestoso, a melhor opção seria dar um fim a Fitz, acabando com qualquer chances desse se tornar uma ameaça ao trono no futuro. O Príncipe Veracidade, o agora Príncipe Herdeiro, é quem ainda lhe proporciona algum tipo de consideração. Mas é o Rei Sagaz, o seu avô, quem muda o rumo de sua história. O bastardo pode não receber nenhum reconhecimento pelo seu sangue real, porém, o mesmo sangue cria um vínculo especial, capaz de gerar lealdade. O Rei usará esse vínculo para recrutar Fitz para tarefas mais que especiais.

“A percepção que tinha da minha vida passou de grande tragédia a autocomiseração infantil num intervalo de apenas alguns minutos.”

E assim as coisas passam a mudar para o jovem Fitz. Para começar, ele deixa o estábulo de Bronco para morar na Torre do Cervo. E é lá que ele pela primeira vez recebe a visita do misterioso Breu, uma pessoa que vive nas sombras e de existência pouco conhecida. Logo Fitz descobre que Breu não é um comum servidor do Rei Sagaz. Breu é um assassino e Fitz será o seu aprendiz.

Mas nem mesmo essa virada na vida de Fitz deixa as coisas melhores para o garoto. Fitz passa por diversas dificuldades, maus tratos, desrespeitos, traições. E tudo por ser o que é, um bastardo. Por causa de suas tarefas como um assassino, Fitz é constantemente confrontado com sua moral e coragem para executar as ordens que lhe são dadas. Mesmo assim, em nenhum momento ele perde o seu valor, a sua essência. E caberá a Fitz realizar um importante papel, podendo ajudar a salvar os Seis Ducados de uma terrível ameaça.

“– Quando você corta partes verdadeiras em um relato para evitar que pareça tolo, acaba, em vez disso, soando como um idiota. Vamos começar outra vez.”

Tudo isso nos é apresentado pela visão do próprio Fitz, em um tempo futuro não definido. Porém, o tom de memórias de seus relatos nos mostra que o Fitz do presente é alguém maduro, revivendo lembranças de seu passado e dos acontecimentos de sua infância, vistos pela visão de alguém agora já experiente.

“Nada tira mais o ânimo de um homem do que ter a expectativa de falhar.”

Comecei a leitura já com grandes expectativas, afinal, estamos falando de Robin Hobb e de uma famosa série que já angariou fãs por todo o mundo. E há um grande mérito por todo esse reconhecimento. O Aprendiz de Assassino, o primeiro livro da Saga do Assassino, é contado de uma maneira lenta, onde o mundo, a história, o desenvolvimento dos personagens cresce gradualmente. Hobb faz Fitz sofrer. E muito! E faz o leitor sofrer junto com ele, torcer pelo seu sucesso, para depois ser decepcionado novamente, trazendo mais sofrimento. Não há como não se importar, não se envolver com a história. E é esse poder que Hobb usa para prender o leitor dentro da história, muito além do seu desfecho. Há tantos outros detalhes a serem descobertos sobre a vida de Fitz como assassino que, ao final, o leitor ficará ainda mais curioso para saber o que ainda está por vir.

site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/448-resenha-o-aprendiz-de-assassino-a-saga-do-assassino-1-robin-hobb
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neo 17/09/2014

A capa desse livro me manteve longe dele por muito tempo (sim, eu o comprei quando ainda era a antiga capa horrorosa). Sei que não se deve julgar um livro pela capa, mas foi isso que fiz sem um pingo de peso na consciência Acho que estava um pouco farta de histórias sobre órfãos que se tornam assassinos, magos, arqueiros, etc, mas no final do ano passado fiquei sem ter o que comprar e me indicaram Aprendiz de Assassino. Como não tinha ideia melhor, comprei.

Demorei um milênio para terminá-lo. Não porque é chato ou coisa do tipo, mas sim por seu ritmo, que é bastante lento. Me lembrou aquelas fantasias mais antigas (e, como descobri depois, Aprendiz de Assassino não é exatamente novo. Não pode ser considerado velho mesmo, já que é de 1995, mas foge das tendências de hoje em dia), em que não há necessidade de fisgar o leitor nas primeiras páginas e nem existe a preocupação de mandar o herói em sua jornada o mais rápido possível. Levei um tempo para me acostumar (acho que o último livro com um ritmo parecido que li foi O Nome do Vento, e isso foi há quase três anos), mas nem mesmo esse período foi ruim. A escrita da autora, Robin Hobb, é excelente, e a narrativa de Fitz, o protagonista, é bem não sei, intensa? Não é essa exatamente a palavra, mas Aprendiz de Assassino é aquele tipo de livro que faz com que você se conecte de verdade e esqueça do resto do mundo. Pode ser algo lento, mas é cativante.

(Se você está esperando um livro hollywoodiano da vida, é melhor procurar outra coisa. Falo sério).

Os personagens também são muito bons. Fazia um bom tempo que eu não lia algo com personagens tão diferentes e bem construídos. Depois do livro que li antes desse (cof O Trono de Vidro cof), confesso que estava com o ânimo meio baixo para personagens, mas Aprendiz de Assassino conseguiu me tirar desse estado rapidinho. Até os que quase não aparecem se assemelham a pessoas de verdade e não a um monte de adjetivos jogados juntos para mimicar um ser real. Meu preferido foi Veracidade, mas o próprio Fitz, Breu, Sagaz e Bronco também são excelentes.

Sendo um livro contado em primeira pessoa pelo próprio protagonista, Aprendiz de Assassino me tinha com um pé atrás logo na primeira página. Tenho cisma com primeira pessoa, confesso, já que os piores livros da minha vida geralmente são escritos desse jeito. Em fantasia esse carma geralmente não me persegue O Nome do Vento é em primeira pessoa em sua maior parte, e eu o adoro -, mas mesmo assim fiquei meio hesitante. Meus temores se mostraram, felizmente, infundados; é um Fitz mais velho que narra suas aventuras, sempre inserindo algo que julga necessário que o leitor saiba no início dos capítulos, o que facilita muita coisa. Além disso, a narrativa acaba sendo bem mais madura.

Há muito mais a ser dito sobre esse livro. Há o Talento, uma arte milenar que se centraliza na família real e permite ao usuário se comunicar com outras pessoas e até influenciar suas ações; há a Manha, uma conexão entre uma pessoa e um animal, mal vista por várias pessoas da sociedade; há os nomes, que sempre indicam algo sobre seu portador (ou o que seus pais queriam que ele fosse e sim, estou falando de Majestoso), e os Navios Vermelhos, que atormentam os Seis Ducados e Forjam seus habitantes, tirando-lhes a humanidade Enfim, há muita coisa, e todas valem a pena.

Aprendiz de Assassino foi o único livro bom que li esse ano até agora, e o li lá no começo de 2014, em janeiro ou fevereiro. Nenhum outro chegou perto de desbancar essa história pra mim como a melhor do ano, então indico muito para quem gosta de uma aventura mais encorpada, lenta e, às vezes, complexa, que tenha bons personagens e um excelente final.

site: http://lynxvlaurent.blogspot.com.br/
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Gabriela 29/05/2014

RESENHANDO: O APRENDIZ DE ASSASSINO
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NOTA: 5/5

PONTOS FORTES: Personagens! Gostei muito da forma que ela cria e desenvolve o protagonista principalmente e os outros também, todos muito bem criados e com um carisma impressionante, impossível não amar/odiar; o enredo é muito bom e consegue te levar facilmente pela trama; a magia é contada de uma maneira diferente e que eu nunca tinha visto, tem toda uma sacada chamada ‘Talento’ e a “Manha” que eu achei bem legais.

PONTOS FRACOS: Achei que a história demorou um pouco pra me conquistar, ela é meio devagar no começo; algumas passagens um pouco confusas que você fica meio sem informação e esperando pra ver como vai ser aquilo que foi apresentado.

O QUE MAIS GOSTEI: É um livro simples, leve, sem descrições cansativas ou partes mais pesadas. Você lê bem rapidinho sem cansar e tem vários pontos muito originais e criativos. O lance de ser uma história contada em primeira pessoa e que dá a impressão de que está sendo escrita me lembrou um pouco o ‘Rei do inverno’ do Cornwell. O lance da magia foi o que mais gostei, e os personagens excelentes. Dei 5 porque acho que ele cumpre bem seu papel, li bem desencanada e adorei, acho que pro que ele diz ser, ele é!

O QUE MAIS: Ganhei de presente, mas sei que tem a venda em todo lugar, Fnac, Submarino, Saraiva, onde você quiser. Tem 416 pgs, minha edição é a de capa azul que postei na foto da página, bem bonita e bem feita, letras legais, papel sépia e confortável de ler, mas já sei que a Leya vai substituir essa edição por uma nova com outra capa que acompanhará os próximos volumes.

site: https://www.youtube.com/user/oultimojuro http://oultimojuro.blogspot.com.br/
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Gabii 25/05/2014

Mais um livro de fantástica – em breve voltarei com literatura clássica – que chega ao Brasil, O Aprendiz de Assassino é mais um livro lançado nesse ultimo “pico” desse gênero, que foi causado principalmente por ASOIAF – As Crônicas de Gelo e Fogo.
Devo admitir que a leitura foi muito mais divertida do que eu esperava, mas vou explicar direito: eu participei do 1° encontro Leya, aqui em São Paulo, e o livro escolhido para ser avaliado foi justamente esse. Esse livro é destinado a um público um pouco jovem – acho que o pessoal de 15 a 21 anos – mas comparado a outros livros desse mesmo tipo é bem mais... maduro.
Fitz é um garoto que é praticamente forçado a amadurecer em um mundo de intrigas e mortes, mundo este que lhe é proporcionado por seu nascimento: bastardo de Cavalaria, o homem que deveria ser o herdeiro dos Seis Ducados, mas que acaba renunciando quando descobre a existência de Fitz. Mas, isso é apenas o começo, quando o sagaz Rei Sagaz – em breve vou comentar sobre os nomes – o convoca para jurar lealdade, e ser treinado em uma arte nada convencional, Fitz se vê envolvido em um complexo jogo político. Se fosse só isso, já seria um livro que ia me deixar bem interessada, mas tem vários detalhes interessantes, como a Manha e o Talento que são uma espécie de poder ou magia; Bronco e Breu, que são seus mentores, e “amigos” mais íntimos; Sagaz e Veracidade, os dois lados de uma mesma moeda – ou coroa; todo o mistério em torno das decisões de Cavalaria, e também de Paciência; e muitas outras coisas. Mas você deve estar achando que eu tomei chá de cogumelo, por causa desses nomes esquisitos, Hobb construiu um mundo onde os nomes dos personagens revelam muito sobre sua personalidade, o que eles são – principalmente o do Fitz, que significa bastardo – e o que eles deveriam ser, é engraçado observar as ações deles e esperar que eles ajam da forma esperada ou totalmente diferente – Majestoso não tem nada de majestoso.

Enfim, se você esta procurando uma leitura leve, mas mesmo assim inteligente e divertida, é uma boa pedida.

site: http://embuscadelivrosperdidos.blogspot.com.br/2013/08/o-aprendiz-de-assassino-robin-hobb.html
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Roberta - @rkrutzmann 30/04/2014

{Resenha} O Aprendiz de Assassino
Quando recebi o email da Leya para escolher qual seria o meu livro do mês eu logo de cara já apaixonei pela capa e pelo título (depois que eu fui vi o comentário do mestre George R. R. Martin na capa, me apaixonei ainda mais). Adoro esse estilo de história que se passa na realeza, mas principalmente, mostrando o lado obscuro dela.

"Penso-me curado de todo o rancor, mas, quando toco no papel com a pena, a ferida de um garoto sangra com o fluxo da minha tinta marinha, até que suspeito que cada letra negra cuidadosamente formada esfola a cicatriz de uma antiga ferida escarlate."

O Aprendiz de Assassino conta a história do bastardo do Príncipe Herdeiro Cavalaria, que foi praticamente jogado para dentro da Torre do Cervo pelo seu avô, que se recusou a desperdiçar da sua comida com um "bastardo real" e, por isso entregou a criança com uns 5 anos aos cuidados da corte. Cavalaria, ao descobrir sobre o bastardo abdica do direito ao trono e se refugia em uma terra distante com a sua mulher, dessa forma já criando inimigos para uma criança.

"Não faça o que não pode desfazer, até ter considerado o que não poderá fazer depois de tê-lo feito."

Ele é criado por Bronco, homem responsável pelo estábulo/animais do castelo, percebemos que o tratamento que Fitz (bastardo) ganha, não é muito diferente dos animais, porém mesmo assim isso não impede que ambos criem carinho um pelo outro, por mais que o sentimento entre eles seja mais ou menos uma relação de amor e ódio. Pessoalmente, amei Bronco e seu jeito duro, porém preocupado. Ele é literalmente aquele homem que ama, porém prefere esconder com grosserias disfarçadas de cuidado.

"Narigudo estava sempre ao meu lado, tão vinculado a mim agora que a minha mente raramente se separava por completo da dele. Eu usava os seus olhos, nariz e boca como se fossem meus e nunca passou pela minha cabeça que isso fosse sequer um pouco estranho."

O Rei sempre mostrou interesse no bastardo e logo de início disse a ele que queria a sua lealdade, e logo descobrimos que ele preferia ter ele como amigo do que inimigo. Então quando Fitz envelhece mais um pouco é mandado a Breu para ter seu treinamento como assassino. No início é chocante imaginar uma criança com menos de 10 anos aprendendo diversos meios de assassinar alguém, porém pela própria narração da história percebemos que Fitz, desde pequeno, é muito maduro, algo que a época e sua criação exigiram dele. Breu acaba tornando-se quase um pai para ele, sempre cuidando dele pelas sombras e arranjando uma maneira de tentar tornar a vida do garoto melhor.

"Cresci sem pai nem mãe, numa corte onde todos me conheciam como um divisor de águas. E um divisor de águas me tornei."

Além disso, quando ele chegou no estábulo na primeira noite, logo estabeleceu um vínculo com um filhote de cachorro que havia lá. Por mais que ele nunca tenha contado para ninguém sobre isso, ele nunca achou estranho que pudesse ler a mente dos animais, sentir seus sentimentos e até os das pessoas... até que Bronco descobre e da um sumiço em Narigudo, pois conforme ele explicou, a Manha (esse dom que Fitz tinha) era algo nojento e que ele não deveria mais usá-lo, muito menos deixar qualquer pessoa descobrisse sobre ele. Ele não escuta Bronco, porém não estabelece mais vínculo com animais para o bem deles.

"Descobri mais tarde que muitos homens veem sempre a boa sorte dos outros como uma desfeita contra si próprio."

E assim nós vamos acompanhando o crescimento de Fitz: um bastardo real, que nunca conheceu o pai e ainda fez com que ele desistisse do trono. É chocante tudo o que ele precisa aguentar devido a este fardo, mesmo sendo uma criança, muitas pessoas não tinham pena em puni-lo. Seu treinamento como assassino é fascinante, mas não é só isso, a maneira como ele pensa e age, os personagens exóticos do livro, tudo isso torna esse mundo (o livro) algo raro e inacreditável. George R. R. Martin não mentiu quando disse que Robin Hobb (na minha mente, SEMPRE leio Robin Hood) é um diamante.

"Você aprendeu a proteger tão bem os seus pensamentos que quase tem medo de deixá-los serem conhecidos por você mesmo."

Ainda há os ataques dos Navios Vermelhos, que todo verão retornam de suas terras para saquear as vilas do povo litorâneo, porém desta vez quando eles aparecem algo diferente acontece. Primeiro eles pegam as pessoas do vilarejo como refém e avisam o rei que o povo só será devolvido caso não paguem nada (isso mesmo, você leu certo). Inicialmente eles não entenderam a ameaça, acharam até que devia ter ocorrido algum engano, porém descobrem o porquê, e uma nova ameaça caí sobre o reino.

"Somos sempre um risco e uma vulnerabilidade. Somos sempre dispensáveis. Exceto quando nos tornamos uma necessidade absoluta para a segurança."

Por mais que em muitos momentos depressivos de Fitz a leitura se torne um pouco mais lenta, logo a Robin te laça novamente, coloca em cima de um cavalo e dá um bom tapa na bunda dele para entrar em outro galope, e assim vai até o final do livro: uma mistura harmônica entre galopes e passos lentos.

"- Ela vai querer te dar coisas. Terá de aceitá-las, pois não há maneira educada de recusar. Mas terá de decidir se vão servir para criar entre vocês uma ponte ou um muro."

Fitz é um personagem muito interessante, por mais que ele viva na corte e entre o luxo, ele ama ir a Cidade de Torre do Cervo, e não somente pela Moli, mas porque ele gosta de lá. É instigante perceber o quão bem ele conhece, tanto o povo da cidade e seus hábitos, quanto a Realeza. Para mim isso é seu grande diferencial e o que o torna importante perante as pessoas de consciência na corte, como Veracidade e o Bobo. Sem contar que seu vínculo com os animais, foi algo que eu não esperava e que logo de cara fez com que me apaixonasse pelo personagem.

"- Pelo menos ele pode ir a algum lugar... - resmunguei. - Eu nem sequer posso ir à cidade...
- E isso é importante para você? Ir para baixo, ao porto sujo e pegajoso que é a Cidade de Torre do Cervo?
- Há pessoas lá... - hesitei. Nem sequer Breu sabia dos meus amigos da cidade. Prossegui. - Lá me chamam de Novato. E não pensam "o bastardo" cada vez que olham para mim."

O livro não termina com um final no meio de um clímax como os autores gostam de fazer para prender seus leitores na continuação e isso foi um ponto a mais para a autora, pois ela conseguiu fechar o livro com chave de ouro e mesmo assim não deixou aquela ponta no ar para ter certeza da compra do segundo volume. Estou mega curiosa para ler a continuação e ver em que homem Fitz vai se tornar e em quais problemas ele vai conseguir se meter.

"É uma coisa inebriante ser subitamente proclamado o centro do mundo de alguém, mesmo que esse alguém seja um cãozinho de oito semana de vida."

Para quem gosta de livros estilo Game of Thrones, tenho certeza que irá amar O Aprendiz de Assassino.

"- Eu desejei que houvesse um lugar que fosse tanto eu como aquele lugar é você. Um lugar que eu também pudesse manter em segredo."

site: http://www.apenasumtrecho.com/2014/04/resenha-o-aprendiz-de-assassino.html#more
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