O Aprendiz de Assassino

O Aprendiz de Assassino Robin Hobb




Resenhas - O Aprendiz de Assassino


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NightPhoenixBooks 02/12/2016

[Resenha] Saga do Assassino #1: Aprendiz de Assassino
Fitz é o filho bastardo do príncipe herdeiro Cavalaria. Ele foi abandonado pela mãe quando tinha apenas cinco anos e foi levado para ser criado no castelo da Torre do Cervo, onde foi acolhido pelo braço direito de seu pai, e mestre dos estábulos, Bronco. Por ser um bastardo, desde o momento em que ele pisou pela primeira vez no castelo, Fitz é tratado como uma peste e é rejeitado por praticamente todos, desde a nobreza até os criados de hierarquia mais baixa. Depois de um tempo vivendo nos estábulos com Bronco, sua vida muda completamente ao ser aceito pelo Rei Sagaz, que vê em Fitz uma arma a ser usado a favor do reino. Por isso ele começa a ser treinando nas mais diversas artes, incluindo a do assassinato.

“Cresci sem pai nem mãe, numa corte onde todos me conheciam como um divisor de águas. E um divisor de águar me tornei.” (Página 31)

Cavalaria sempre foi um homem muito respeitado e honrado, então não é de se surpreender que o aparecimento de um filho bastardo, ainda mais quando sua esposa Paciência não conseguia gerar um herdeiro, foi um grande acontecimento por todo o reino. Com vergonha de seus atos, ele abdica do trono e vai morar em um pequeno vilarejo, sem nunca ter conhecido o filho.

“[...] Você é um bastardo, garoto. Somos sempre um risco e uma vulnerabilidade. Somos sempre dispensáveis. Exceto quando nos tornamos uma necessidade absoluta para a segurança deles. Eu te ensinei bastante durante os últimos anos. Mas mantenha esta lição mais próxima de você e mais presente do que qualquer outra na sua vida. Porque se alguma vez você fizer algo que os leve a não precisarem mais de você, eles vão te matar.” (Página 128)

No universo criado por Hobb, o nome de uma pessoa descreve sua personalidade, então se alguém é nomeado, por exemplo, Preguiçoso você pode esperar que essa pessoa seja uma batata largada no sofá.

Aqui também existe magia, que é conhecida como Talento e Manha. Talento é uma habilidade honrada, presente principalmente naqueles de nascimento nobre e basicamente é a capacidade de telepatia e controle da mente. Já a Manha é vista como uma coisa perigosa e proibida, essa habilidade permite um tipo de conexão mental com os animais, porém se usada em excesso traz consequências irreversíveis a seu usuário...

“A fonte original do Talento provavelmente ficará para sempre envolta em mistério. É certo que uma vocação para ele corre com notável força no sangue da família real; contudo, não está apenas confinado à casa do rei. Parece haver alguma verdade no ditado do povo: “Quando o sangue do mar corre com o sangue das planícies, o Talento floresce”.” (Página 55)

Vou começar diferente, apontando primeiramente o único ponto “negativo” do livro (graças à Deusa foi só um mesmo). A narrativa em “Aprendiz de Assassino” foi beeem arrastada do começo até praticamente a página 150, onde as coisas começam a andar. Confesso que fiquei receosa ao me arrastar por essas intermináveis páginas de letras miúdas, porém assim que passei por essa nuvem negra, acabei o livro no dia seguinte, já que o ritmo frenético e a incerteza do futuro de Fitz tornam impossível largar o livro até saber o que acontecerá.

“- Não tem de ser assim tão ruim [...] A maior parte das nossas prisões é criada por nós mesmos. Um homem também faz a própria liberdade.” (Página 112)

Fazendo um pequeno adendo sobre a edição: as letras são pequenas e o espaçamento é apertado demais, pessoas cegas como essa que vos fala, precisam de letras maiores para enxergar, se não ganho de brinde uma maravilhosa dor de cabeça – motivo pelo qual eu acabei lendo uma grande parte desse livro em e-book.

Um ponto que me surpreendeu é que é impossível prever qual rumo a história vai tomar. Durante diversos momentos eu acreditava ter encontrado a grande problemática da história que acompanharia o leitor até a sua resolução nas últimas páginas, só para ser surpreendida com a mudança repentina do enredo, que passa a seguir um caminho completamente diferente. Essa característica imprevisível, e a sensacional escrita em primeira pessoa, tornou a leitura muito imersiva.

“[...] A era do mal chegou, e veio para ficar muito tempo conosco. É uma era em que os homens de bem devem preparar todas as armas que puderem [...] São tempos difíceis, rapaz, e não sei se algum dia irão acabar.” (Página 182)

Como o próprio título do livro diz, Fitz é um aprendiz de assassino, e isso indica que ele deverá ser treinado. Se você espera um livro onde o protagonista começa sem saber nada e puf, ele vira um assassino fodão, sinto-lhe informar que acompanharemos Fitz através dos primeiros ensinamentos, desde etiqueta até assassinato. O que é muito bom, pois vemos o crescimento do personagem, aumentando sua credibilidade (sim Celaena, estou falando com você – se você não sabe do que eu estou falando, clique aqui).

A narrativa também amadurece com Fitz, durante sua infância haviam tons mais coloridos (levando em conta toda a desgraça, claro) que foram substituídos por sentimentos mais sombrios e tragédias devastadoras, conforme os anos se passam.

“Mas quando todos os caminhos levam à morte, não há qualquer razão para desatar a correr por qualquer um deles. Resolvi tratar dos problemas a medida que viessem.” (Página 293)

Todos os personagens são muito cativantes, é impossível não amar os “mocinhos” e odiar os “vilões”, porém existe sempre a dúvida de quem é bom ou mau e quem está usando quem. Essa dúvida vai te acompanhar até os últimos capítulos, então prepare seu coração. Eu até ia falar um pouco sobre os personagens mas foi tão gostoso descobri-los, que eu prefiro deixar a experiência para quando Fitz os encontra pela primeira vez.

A trama criada é tão profunda e o universo é tão rico que 416 páginas parecem ser pouco para introduzir todo esse mundo, porém Hobb consegue entregar isso com maestria. Ao acabar esse livro senti um sentimento de vazio, pois me apeguei muito aos personagens e fiquei muito curiosa para sua continuação “O Assassino do Rei”, já que os últimos capítulos botaram fogo na porra toda, socaram a nossa cara e agora vamos assistir o mundo se reerguer e queimar mais um pouco (que dramático).

site: nightphoenixbooks.blogspot.com.br
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Daniel 17/11/2016

RESENHA: SAGA DO ASSASSINO, O APRENDIZ DE ASSASSINO - LEYA
Escrito pela grande autora Robin Hobb - que tem nome de grande efeito nas vendas de seus livros, pelo fato de alguns se interessarem pelas histórias de Robin Hood, achando que é um livro daquele que rouba dos ricos e dá para os pobres. Foi lançado em 1995, o primeiro de sua trilogia que trouxe grande sucesso para sua carreira, sendo o segundo livro O Assassino do Rei (1996) e A Fúria do Assassino (1997). Esta trilogia Saga do Assassino é fechada, o que quer dizer que, seus três livros só dependem da leitura das consequentes ordens de livro 1º, 2º e 3º. As outras trilogias lançadas pela autora não é de extrema necessidade a leitura desta primeira trilogia, pois como disse antes, todas trilogias tem suas próprias histórias fechadas. Essa é uma pequena informação que alguns procuram, como eu também procurei antes de ler este livro.
Como não ler um livro de uma autora tão admirada e respeitada pelos grandes autores de Fantasia?

Uma história nua e intensa. Sem rodeios para satisfazer o leitor, tudo segue num ritmo beirando o real, como se fosse algo que já tivesse acontecido muito tempo atrás com pessoas de verdade. Digo isto pelo fato da história ser criada com todos os tipos de acontecimentos drásticos que poderia acontecer com qualquer um, decisões certas e erradas que qualquer outro também teria tomado e sofrido suas consequências. A borda do realismo é extensa assim como nos livros de As Crônicas de Gelo e Fogo. Alguns não gostam, dizem que está lendo porque quer fugir da realidade, pois, quer ver seu personagem favorito ser salvo de uma armadilha, quer ver uma família dando tudo certo na convivência entre eles, quer ver um final feliz, quer ver uma maneira de salvar todos e de tudo dar certo como em muitas outras histórias. Eu e alguns poucos outros leitores, gostamos de livros assim, é mais fascinante o modo que o autor escreve aquela tortura sem poder colocar um salvador ou uma reviravolta estilo deus ex machina em que o personagem sai vitorioso, (se nós leitores queremos o bem dos nossos queridos personagens, imagina quem os criou?!) eles têm que deixar rolar tudo como deixou chegar até ali, não podendo acrescentar algo – milagre - como os leitores querem.

Mas essa comparação com ASOIAF é apenas o fato de ser uma história beirando o real, nada mais, não tem dragões, não tem White walkers e nem aquele tanto de personagens em seus Pov’s.
Existe apenas Fitz e sua história, narrando ela desde o início, sua vida de filho bastardo, como era tratado como lixo e assunto para fofoca, como não era bem-vindo em alguns lugares e odiado por quase todos de sua família, enfim, a pior vida que o Príncipe Herdeiro o deu.

Deixado pelo avô materno para a família real, é onde ele tem suas lembranças mais antigas. Foi jogado de uma vez para aquele lugar, sem saber de muita coisa, era apenas uma criança.

A notícia de sua existência correu feito fogo para todos os lugares, pois, como o Príncipe Herdeiro fora capaz de ter um filho bastardo quando já estava com uma esposa e era querido e respeitado por todos? Uma grande maioria queria ver a resposta para essa pergunta vendo o pequeno Fitz com os próprios olhos e também poder ter a chance de falar mal dele com a própria voz.

Sofrera bastante por um curto período de tempo, pois, a narração foi dando alguns pulos no tempo para contar apenas o necessário. Mas digo que, este sofreu bastante em sua infância por ser apenas um bastardo.

Sua vida ali era viver e trabalhar com Bronco, o mestre do estábulo. Ali ele tratava dos cavalos, cachorros e alguns outros animais. Raramente via o Rei e seus tios, irmãos de seu pai, Majestoso e Veracidade. Mas sabia o que eles pensavam sobre ele, diziam que deveriam achar uma função para ele e o "guardar" para que futuramente não possa ser usado por inimigos, não possa se virar contra a realeza, ou qualquer outro problema que um bastardo poderia trazer futuramente.
E para resolver tudo isso, encontraram uma função para o Fitz. Ele receberia treinamento para ser o assassino do Rei. Como era uma criança sem muitas outras opções na vida, se entregou para servir ao seu Rei e assim fazer o que ele ordenar.

Muitos dizem que este livro é bem lento, penso que seja o treinamento dele que demorou um pouco para o colocar numa missão. Mas para mim, a leitura fluía tão bem que nem me importava se demoraria ou não este treinamento dele, era tão bom o ver aprendendo e sofrendo com Bronco e outras atividades que deveria executar como um bastardo real.

Até que quase na metade do livro tudo começa a andar mais rápido. O tempo de narração do livro não é o mesmo sempre, Fitz narra o que é necessário e segue para frente. Assim chegou sua primeira missão e é onde ele nos mostra a intriga central de toda a história.

Os Navios Vermelhos, inimigos de muitos reinos, chegara aos Seis Ducados, e ali, eles param em alguns vilarejos e saem de lá com reféns, as propostas para o Rei receber os reféns de volta são absurdas, e quando eles devolvem as pessoas, elas voltam “Forjadas”. O termo “forjados” foi dado para aqueles que voltaram das mãos do inimigo, eles parecem uma espécie de zumbis como conhecemos, pessoas ocas, sem muita coisa dentro, apenas vontade de destruir, comer e roubar.
Mas por enquanto, não é nada que Fitz deve realmente preocupar. Ele deve estudar mais, tanto para se aperfeiçoar como assassino quanto para usar o Talento.

O Talento é uma das magias presente no livro, mesmo que são poucas e quase não usadas, e quem o tem são apenas algumas poucas pessoas. Fitz recebe um sofrível treinamento para aprender a usar e percebemos depois que se trata de ordens enviadas através da mente - quase isso e mais um pouco. Este é um dos melhores pontos do livro, odiei o professor dele profundamente, como vocês também podem odiar. Galeno, uma merda de pessoa. Mas todo este treinamento fez com que a história desse um grande avanço.
Sobre o Talento o livro foi introduzindo aos poucos e não de repente no início do livro, isso que eu gosto do mesmo, pois conhecemos tudo conforme o Fitz também foi conhecendo. Ele nos apresenta tudo aos poucos. Então alguns que achavam que seria só o treinamento para assassino e tal e largaram a leitura, não deveriam ter feito isso, pois ali temos que ter calma, se trata de uma história que narra a vida de um garoto, e sabemos que em uma vida, as coisas não são rápidas e diversificada ou em constante movimentos e cheia de mudanças.

Como é o primeiro livro de uma trilogia, este foi uma abertura para tudo que acontece no reino, Fitz nos mostrou o quão duramente ele teve que sobreviver ali, treinando, sendo traído e aprendendo cada vez mais como as pessoas de onde ele vive são. Tanto que alguns grandes problemas apresentados parecem estar para concluir apenas no próximo livro e também os confrontos com Majestoso e Veracidade, já que agora ele realmente os conhece e sabe como tudo isso funciona. E mesmo sendo um volume contendo mais sobre a criação do personagem principal – o que seria uma leitura tediosa-, o mesmo consegue nos prender, pois foi colocado algumas pecinhas como romance, amizade e enigmas.
Como todo primeiro livro, este teve seus últimos capítulos melhores que os primeiros e assim tenho esperança que os próximos capítulos dos outros livros estejam no mesmo ritmo.

Eu me apeguei de mais ao Fitz e como a história foi contada, ficava admirado por outras narrações de outros livros e não pensava que conheceria outras melhores, e aí está, uma que se pode comparar com a de Patrick Rothfuss. E os personagens são construídos de uma forma tão profunda que não teve como eu não os entender ou me apegar a eles. Essa minha admiração pela construção da história por meio da narração que me levaram para frente a querer ler mais e mais. Acho que, se usassem a mesma história com uma narração diferente e aprofundamento dos personagens diferente da que Hobb usou, eu detestaria todo o livro.

Não é aquela leitura de alta fantasia épica, fodástica pra caralho. É uma obra simples, humana e nada ambiciosa. Às vezes em alguns livros quase nada nos é apresentado, mas ele é bom pois é preenchido de ação e todo o problema já é encontrado nas primeiras páginas e depois o leitor fica com sede do conhecimento deste tal mundo que se passou ali e que não conhecera, O Aprendiz de Assassino já é ao contrário, é uma abertura, mais visual, detalhando suas características de tudo que está sendo criado, para chegarmos aos poucos ao centro de toda a trama.
Eu recomendo muito, foi minha melhor leitura de 2015 até agora e espero que também seja a de vocês! E um alerta, alguns gostaram e outros odiaram, já peço para que se segure e leia com expectativas baixas na defensiva.

Obs: Vocês vão gostar do que Fitz é capaz de fazer com os animais. E sobre o bobo, prestem atenção nele, só acho que ele tem que ser bom amigo do Fitz para o ajudar mais como penso que está ajudando.

site: http://hookedblan.blogspot.com.br/2016/01/resenha-critica-o-aprendiz-de-assassino-saga-do-assassino-robin-hobb.html
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DiiegoID 13/11/2016

Diálogo Geek | Resenha: O Aprendiz de Assassino
Primeiro livro da Saga do Assassino é composto por mais dois sendo eles O Assassino do Rei e A Fúria do Assassino, conta a história de Fitz, um garoto de 6 anos que foi abandonado por seu avô no portão de um castelo. Desamparado sem lembrar-se de praticamente nada de outrora, seu avô antes de partir disse aos guardas que o menino é um bastardo real, filho do príncipe Cavalaria, sendo assim, ele não o alimentaria mais e que cuidassem dele, pois sua filha afirma que ele sabe da existência de seu menino, mas que nunca recebeu uma palavra dele ou coisa qualquer.

Fitz possui a Manha, que é uma espécie de magia que permite uma conexão com os animais, porém é tida como algo proibido e vergonhoso pra qualquer homem além de ser muito perigosa – Tendo em vista de que pode fazer um homem se tornar uma fera. O menino possui outro tipo de magia conhecida como Talento que é voltada para conexão humana por telepatia e controle mental. Mas é ensinada somente para os nobres selecionados do rei, contudo, tem sido extinta por não haver mais quem seja treinado para dominar a prática desta magia nos últimos anos.

Durante muito tempo, Fitz foi criado no estábulo com Bronco e sendo renegado por todos até que, finalmente, é aceito pela família real, tendo que abandonar todos os seus antigos costumes para se tornar o assassino do rei.

Treinado em artilharia, etiqueta, escrita, luta e na magia do Talento, porém em secreto, o que Fitz realmente tem se dedicado arduamente é na arte de matar silenciosamente, por um instrutor muito misterioso.

Quando uma grande força de salteadores conhecidas como Navios Vermelhos começam a amedrontar a costa dos Seis Ducados, o menino é enviado para sua primeira missão e não pode falhar.

No livro, são muitos os detalhes que ocorrem durante toda a história. É um grande universo, onde diversos eventos ocorrem ao mesmo tempo, tanto que se dá a impressão de ficar perdido algumas vezes na história. Este primeiro livro foi uma grande introdução à história e que, em algumas linhas, evolui de forma satisfatória. Esperei muita ação e, infelizmente, não teve. O que me faz querer ler o quanto antes os demais livros.

site: http://dialogogeek.blogspot.com.br/2016/11/primeiro-livro-da-saga-do-assassino-e.html
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wedlaaa 08/09/2016

"Most prisons are of our own making. A man makes his own freedom, too."
4 ~ 4.5 estrelas.

o que falar desse livro que mal terminei e já considero p.a.k.a.s?! gírias do orkut à parte, vamos ao que realmente interessa.

eu já havia ouvido falar em robin hobb, entretanto, apesar de este livro ter sido publicado há duas décadas, ele só foi traduzido para nosso português tupiniquim há poucos anos (minha edição é de 2013). o que é muito triste, dado que é uma obra de fantasia muito rica, e que vários amantes do gênero - que não leem em inglês - adorariam ter em suas estantes.
a narrativa de robin hobb acompanha o bastardo real FitzCavalaria, filho do então príncipe herdeiro Cavalaria com uma mulher das montanhas (um reino à parte). ao redor dos seus seis anos de idade, o avô da criança o separa da mãe e o entrega a homens do reino para que ele seja criado pelo seu verdadeiro pai. entretanto, a existência de Fitz e o conhecimento público acerca dela, faz com que Cavalaria abdique do trono e saia da cidade de Torre do Cervo (a cidade "real") com a sua então esposa Lady Paciência. isso traz enormes consequências para os Seis Ducados (o reino que o príncipe herdaria), pois o então príncipe herdeiro era visto como um excelente diplomata e um homem que daria um incrível rei.

deixado aos cuidados do homem de confiança de Cavalaria, Bronco, Fitz começa a entender o que realmente significa ser um bastardo, e crescer sem pai nem mãe, sem o amor que uma criança deve ter de uma família. mesmo quando o rei Sagaz o nota, isso não necessariamente irá fazer Fitz ser integrado à linhagem Farseer (traduzido como Visionário, em português), mas sim ser usado como um instrumento para as maquinações do rei.

como o próprio nome do livro sugere, temos um aprendiz de assassino. o rei Sagaz designa Fitz para ser o próximo assassino da corte real, sendo entregue aos ensinamentos do então encarregado do posto Breu, uma personagem complexa e misteriosa, se tornando uma figura de suma importância para o desenvolvimento do nosso protagonista.

enquanto Fitz aprende a ser um assassino, uma ameaça constante aparece nas costas dos Seis Ducados; são eles os navios vermelhos que trazem terror para os moradores do reino. sobre eles, acredito que seja melhor você ir descobrindo enquanto a leitura flui.

já ouvi dizer que esse livro é "lento", entretanto, tenho que discordar. a única coisa que realmente me incomodou foram saltos no tempo, o que levaria um leitor não muito atento a ficar confuso; também vem a calhar certos eventos que deveriam ser importantes, mas que também acabam sendo apenas mencionados, aparentemente, muito depois de acontecerem.
a escrita de robin é uma delícia; muito fluída e rica em detalhes. o desenvolvimento dos personagens também é muito bem construído, o que faz você se apegar a eles rapidamente, ou odiá-los com intensidade.

essa não é outra fantasia que segue piamente a linha tolkiana, o que tornou o gênero saturado e repetitivo. sua originalidade é bem explícita, e o sistema de magia, apesar de trazer habilidades não exatamente originais, é interessante. aqui temos a Manha e o Talento. a Manha é a magia que torna uma pessoa capaz de se comunicar com animais (que também pode ser vista nos livros de as crônicas de gelo e fogo, chamada de troca-peles. uma ressalva aqui: não é cópia do George, pois os livros foram publicados no mesmo período de tempo). a outra é uma espécie de telepatia, que faz pessoas se comunicarem umas com as outras através da mente. enquanto uma magia pode ser inata a uma pessoa, a outra deve ser ensinada pois é necessário controle por parte do usuário no seu uso.

no mais, uma grande fantasia. lembra um pouco a narrativa do Patrick Rothfuss (o nome do vento, o temor do sábio), com a narrativa através dos olhos do nosso protagonista, mas aqui outra vez mais uma ressalva: esse livro foi lançado uma década antes de o nome do vento, portanto, ele também não pode ser visto como uma 'cópia'.

recomendo a todos os fãs da literatura fantástica e também aos que querem começar a ler o gênero. só não dei cinco estrelas por se tratar do primeiro livro de uma trilogia. espero que os outros consigam superar o aprendiz de assassino.
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Elda.Pimentel 05/09/2016

O aprendiz de assassino conta a estória de Fitz, um bastardo filho do príncipe Cavalaria. A narrativa é feita pelo próprio garoto que passa a contar desde o momento que seu avô materno o entregou a Broco, homem de Cavalaria. Fitz passa a viver na casa real, fora instruído a mando de seu avô o Rei Sagaz para que aprendesse todas as artes, inclusive a arte de matar, mesmo diante a sua relutância: " Aprender nunca é errado. Mesmo aprender como matar não é errado. Ou certo. É apenas uma coisa, aprender algo que eu posso te ensinar."
Durante sua vida na casa real, o garoto faz diversos amigos, e ganha até mesmo a amizade de seu tio, o príncipe Veracidade , na mesma proporção que conquista o ódio de outros tantos, e principalmente do seu outro tio o príncipe Majestoso.
É uma estória com aventuras, o que as vezes fica um tanto enfadonha devido a demora em acontecer algo, mas vale muito a pena ler e ver todos os mistérios que envolve os personagens, quem está por traz dos envenenamentos.
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guirois 03/09/2016

Caraca
Antes de le-lo, li as resenhas aqui e deparei com várias em desagrado com relação ao livro, este que já estava a tempos na minha lista de meta. Com isso fiquei receoso, mas, contudo, entretanto, todavia, li-o sem julgá-lo bom ou ruim, deveras eu te-lo lido com o julgamento de bom, ou seja, com avidez, por que o livro *pausa* é bom pra cara...ca.
Morgan é muito, eu disse muito genial.
guirois 03/09/2016minha estante
Ish... Robin Hobb... troquei o nome pelo da Morgan Rhodes... ?


Tarci 02/12/2016minha estante
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Pri 02/09/2016

UAU
Quando comecei a ler o livro, não esperava que a história se desenvolveria de uma forma elaboradamente simples. As intrigas do reino são iguais as de outros reinos e a autora criou uma ambiente sem exageros e personagens intrigantes, mas o que mais me chamou a atenção foi a forma de nomear os personagens.
Um livro sensacional, e estou louca pra continuar a série.
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Shaiane.Fichtenhagen 04/08/2016

O Aprendiz de Assassino - A Saga do Assassino
Esse livro vai contar a história de Fitz um bastardo real, que vê sua vida mudar completamente quando aos 6 anos de idade seu avô o deixa aos cuidados da realeza com a justificativa de que não vai deixar de dar provimentos para sua família para dar ao filho de um príncipe que trouxe desonra a sua filha.
Fitz a principio fica aos cuidados de Bronco o soldado fiel de Príncipe Cavalaria seu pai, até que Rei Sagaz resolve ter outros planos para ele, Fitz não seria apenas um bastardo seria um " bastardo assassino" aos comandos do rei, Fitz se tornara o Assassino do Rei. E aprendera da pior forma possível que não é fácil tomar decisões que estão em desacordo com a vontade da realeza.
Nesse primeiro livro a autora Robin Hobb nos levará a um mundo de intrigas, ódio, traição e fantasia. Com missões perigosas Fitz irá nos levar com ele aos seus treinamentos, nos ensinará sobre cachorro e cavalos, e como descobrir o Talento ( uma certa magia que alguns trazem por dentro ), e principalmente irá nos mostrar que nem sempre as pessoas são o que parecem ser.

" eu recebi a morte com a palma
da mão aberta" ( CAVALARIA, Fitz )


site: http://bloglaranjaazul.blogspot.com.br/
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Isa 29/01/2016

fantástico!
Não tem como explicar como amei os livros da Robin. São geniais. Um dos melhores livros que já li ?
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Ryllder 17/12/2015

Muito bom!
Decidi escrever minhas impressões sobre a trilogia como um todo,e ao término dessa maratona(quase duas mil páginas),o saldo foi muito positivo.Extremamente cativante e minuciosa em sua escrita,a autora nos entrega uma fantasia que,mais do que elementos em comum com outras obras do gênero,possui características bem interessantes,que a diferenciam.A trilogia tem um desenvolvimento bem lento,mas não vejo como defeito.Isso faz com que nos importemos com o destino dos personagens.A descrição dos ambientes e situações nos colocam diretamente em cena,numa imersão completa na estória.Mesmo sendo todo narrado em primeira pessoa,e sempre com o ponto de vista do protagonista,a autora consegue manter vivo o interesse nos acontecimentos.Daria quatro estrelas e meia para obra,mas como não posso,então vão ser quatro.Encerro afirmando que o bom escritor é aquele que consegue,mesmo em situações que possam ser consideradas "banais",despertar e manter o interesse em sua obra.
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Rosanne 15/11/2015

O Aprendiz de Assassino - Robin Hobb
Acho que a primeira coisa que você precisa saber sobre este livro é que ele é MUITO lento!
Se você não gosta de leituras arrastadas é melhor procurar outro livro.
Mas por outro lado a narrativa da autora é maravilhosa, ela escreve de uma maneira leve e a ambientação medieval que ela criou é bastante interessante.

Em nenhum momento eu me senti entediada, pois apesar dos acontecimentos se desencadearem muito sutilmente existe uma espécie de tensão que você não sabe exatamente definir o que é, como se algo terrível fosse acontecer a qualquer momento. E há esta altura já estamos tão cativados pela maioria dos personagens que em certos momentos é frustrante ler com aquela sensação que algo vai sair errado para alguém.

Falando em personagens, eu estou completamente apaixonada por praticamente todos eles. Eles foram construídos de uma forma que não tem como não se envolver, são tão diferentes, cativantes e muito reais. Você sofre e fica feliz junto com eles (mais sofre, eu diria).

Acredito que a única coisa que me incomodou foi a passagem de tempo que eu achei um pouco confusa, o livro inicia com o Fitz aos 6 anos de idade, mas eu não consegui acompanhar o desenvolvimento de tempo muito bem, acredito que no final do livro ele está mais ou menos com uns 16 anos.

Eu não tenho palavras pra descrever como esse livro foi incrível pra mim. E eu recomendo muito mesmo. Uma estória maravilhosa cheia de conflitos políticos, magia, salteadores, envenenadores, duques, príncipes e um ótimo final cheio de promessas para os próximos volumes.
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