As Flores do Mal

As Flores do Mal Charles Baudelaire




Resenhas - As Flores do Mal


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idkvixo 21/12/2021

No meu ensino médio precisei fazer um trabalho sobre um poema dele e esse poema se tornou meu preferido de todos (Sed non Satiata) por isso resolvi ler mais sobre Baudelaire.
Superou muito as minhas expectativas, ja sabia que iria gostar pq ja tinha um poema dele como meu preferido, mas gostei muito mais do que eu estava esperando. Marquei tantos poemas que meu livro está cheio de fitinhas coloridas, mesmo o conteúdo nao sendo nem um pouco "colorido e feliz" mas acho que foi isso que gostei mais. Amei esse equilibrio entre o bonito e o assustador nos poemas cheios de significados profundos que me interessaram muito. Gostei como ele conseguiu transformar temas "feios" em algo atraente. Enfim, gostei muito da escrita e de todos os poemas obviamente muito bem escritos. Foi muito bom conhecer mais sobre Baudelaire!
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Elane.Medeiross 09/12/2021

As Poesias de Baudalaire
Sou uma leitora bem versátil no quesito gênero e um dos que mais gosto, é poesia, porém estou muito frustrada, pois percebi que poesia é bem melhor na sua língua original, a tradução tira muito da beleza e do peso que os versos podem ter na sua escrita primária.
Pretendo reler Baudalaire um dia, porém em francês.
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Jessica 08/12/2021

extrair do Mal a beleza
Baudelaire fez o que se propôs, brilhantemente. Como já disse: o livro é explosivo, espirituoso, profundo e desafiador.

Um gran finale poético. Indicaria As flores do mal a toda e qualquer pessoa que goste de poesia e que entenda que existe beleza nas mais infinitos caminhos d'alma.
Sem mais delongas, essa com certeza é uma das obras mais incríveis que já li.
Deixarei aqui, alguns pensamentos do autor a cerca de seu próprio trabalho:

"Pareceu-me prazeroso, e tanto mais agradável quanto mais difícil era a tarefa, extrair do Mal a beleza. Este livro, essencialmente inútil e absolutamente inocente, não foi feito com outro objetivo que o de me divertir e praticar meu gosto apaixonado pelo obstáculo."

"Sei que nas regiões etéreas da verdadeira Poesia o Mal não existe, assim como o Bem, e que esse lamentável dicionário de melancolia e de crime pode legitimar as reações da moral, como o blasfemador confirma a Religião."


"Se como tinta negra são o céu e o mar,
Nossos corações ? tu sabes ? são irradiantes!
Dá-nos teu veneno ? é o que nos reconforta!
Queremos, tanto o fogo vem-nos tal renovo,
Mergulhar no abismo, Inferno ou Céu ? que importa? ?,
E no Desconhecido para achar o novo!"


? Nada de que me fosse capaz, escrever aqui, faria jus a genialidade de tal poeta.
Leia As flores do mal, e tire suas próprias conclusões sobre tamanha beleza carregada nesse livro. Um divisor de águas.

?Guarda teus sonhos? ? diz-me a voz que então me inspira ?,
?Os sábios não os têm tão belos como os loucos!?
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Diego Rodrigues 14/11/2021

Extraindo do mal a beleza
Nascido em Paris, em 1821, Charles Baudelaire foi um poeta, crítico e tradutor francês, precursor do simbolismo e da poesia moderna. Aos 6 anos de idade perdeu o pai e teve uma juventude conturbada, marcada por expulsões do colégio e desavenças com o padrasto. Ao atingir a maioridade e receber a herança do pai, degringolou de vez. Passou a levar uma vida boemia e gastou metade de sua herança em apenas dois anos, o que levou a um novo conflito familiar e o bloqueio de sua herança por intervenção da própria mãe. Começou sua carreira literária escrevendo em periódicos e publicou sua primeira obra em 1845. Redigiu textos de crítica, artes plásticas, poemas e traduziu para o francês obras de Edgar Allan Poe. Essa última experiência serviu não só para que Poe irrompesse no velho continente, como também influenciou profundamente o próprio Baudelaire. Infelizmente a vida regada a álcool e drogas cobrou seu preço: os problemas financeiros e de saúde o acompanharam até seus últimos dias. Morreu em 1967, em Paris, depois de três anos sofrendo com as graves sequelas deixadas por um AVC que sofreu enquanto estava na Bélgica.

Sua obra prima, "As Flores do Mal", é um conjunto de poemas publicado pela primeira vez em 1857. Seis de seus poemas foram imediatamente censurados sob a acusação de ferir a moral pública (para o desespero de Baudelaire, que defendia a obra como um todo e via o corte de poemas como uma verdadeira amputação). Sem outra alternativa, Baudelaire decidiu retocar toda a obra, o que acabou resultando em 35 novos poemas. A nova versão foi considerada pelo próprio poeta como superior a anterior. Olhando em retrospecto, não é difícil entender o porquê do rebuliço que a obra causou na sociedade francesa do século XIX. Antagonizando o romantismo, Baudelaire abordou temas nada convencionais em sua obra, lançando mão de cadáveres, doentes, criminosos, bêbados e prostitutas como matéria-prima para compor seus poemas. Quem diria ser possível extrair o belo do feio e fazer da depressão, do medo, da loucura, da luxúria e da morte, poesia? Não é por acaso que a obra revolucionou não só a poesia mas a literatura como um todo, influenciando mestres como James Joyce, Marcel Proust, Thomas Mann, Rimbaud, Mallarmé e Eliot. Com suas flores, Baudelaire mostrou que sim, era possível fazer bela arte do lado mais podre do ser humano.

Esse é o primeiro livro de poesia que leio do início ao fim (sim, até então eu só tinha lido poemas avulsos) e o que tenho a dizer é que a forma como nos relacionamos com um livro de poesia é bem diferente, por exemplo, de um romance. Ao mesmo tempo em que é uma leitura mais casual (do tipo que a gente pega pra ler em qualquer hora e lugar), tem também o poder de conversar mais direta e profundamente com a gente. Talvez ainda mais no caso de Baudelaire, que toca fundo em nossas tristezas, medos e inquietações que nem sempre estão visíveis em nossas superfícies. Seus poemas são altamente depressivos, melancólicos e pessimistas, mas não nocivos. Não são do tipo que entristecem, muito pelo contrário, de certa forma, confortam. Li e reli, guardei trechos, revisitei os poemas que mais gostei e voltei pra reler alguns que não tinha entendido. Há muito tempo não tinha um "relacionamento sério" assim com um livro. Sem dúvida umas das melhores experiências de leitura que já tive. Já sinto falta da minha dose diária de poesia e sinto que esse será um daqueles livros que, de tempos em tempos, a gente pega na estante e abre numa página qualquer pra matar a saudade.

Quanto a edição da Penguin, ela conta com tradução, organização e introdução de Júlio Castañon Guimarães e três ricos apêndices de J. Barbey D'Aurevilly, Guillaume Apollinare e Paul Valéry. Os poemas em sua língua original estão sempre dispostos na página ao lado da tradução (a gente acaba aprendendo um pouco de francês) e, o mais importante, o volume respeita a estrutura da última edição retocada pelo próprio autor, em 1861. Baudelaire faleceu em 1867 e não conseguiu organizar a tão sonhada edição definitiva da obra. O livro ganhou uma edição póstuma em 1868, onde foram incorporados novos poemas, mas essa havia sido organizada por terceiros e ia contra a ideia de integridade da obra que Baudelaire tanto defendia. Essa nova leva de poemas, bem como os censurados, podem ser conferidos nos extras dessa edição. Ou seja, a edição da Penguin tem tudo para que o leitor tenha a melhor e mais completa experiência de leitura, trazendo a obra como foi pensada pelo próprio autor, mas não deixando de fora o material que saiu posteriormente.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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laura.brunca 27/10/2021

diferente
senti um tom nas palavras desse livro,como uma música tocando aos fundos,achei potencial,mas linguagem nao muito normal
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Antonio.Junior 11/09/2021

Inebriante e Aterrador!
Baudaleire é o mestre e pai da poesia moderna, uma verdadeira peculiriaridade literária. São poucos que possuem a habilidade de extrair beleza e lirismo de coisas grotescas e morbidas como uma mendiga ruiva, uma decapitação ou até mesmo um simples pedaço de carniça. Um deleite.
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Alyne.Queiroz 10/08/2021

Bom
Linguagem acessível, o problema é minha falta de sensibilidade pra poesias, preciso de coisas mais concretas
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José Vinícius 31/07/2021

Fascinante.
Os poemas são fascinantes e obscuros. Lesbos e O Albatroz são meus favoritos. Li por curiosidade por conta do contexto de quando foi publicado, e também pelo anime que leva o mesmo nome. A aura perturbadora do livro é encantadora.
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MdosSantos 20/07/2021

Bom
Diferente dos demais livros do gênero que eu li, estou contente, por esse, leria mais.

Recomendo como passa-tempo
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Marcela 14/07/2021

A poesia de um dândi
Baudalaire consegue com seu conceito estético peculiar, fazer de seus versos algo realmente belo, mas ao mesmo tempo, corrompido por si mesmo, assim como a natureza é para o poeta; e através disso a poesia encontra seu mais alto nível, provocando os sentimentos mais profundos e extraordinários em seus leitores.
O trabalho de tradução de Mário Laranjeira é fenomenal e não deixa nada a desejar.
Obra magnífica!
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@livrodegaia 14/07/2021

Bonito e feio ao mesmo tempo.

Não tenho o hábito ler poesia, mas resolvi conhecer o clássico “As Flores do Mal” (1857), do poeta francês Charles Baudelaire (1821 – 1867), por indicação de Leandro Karnal. Baudelaire é considerado o precursor da poesia moderna e do pensamento simbolista. Foi crítico de arte, ensaísta, tradutor (traduziu Edgar Allan Poe) e quem apresentou ao mundo a figura do flâneur (aquele que caminha, passeia sem pressa observando e questionando a paisagem urbana e a multidão).

Li a obra-prima do autor na edição da Nova Fronteira, com tradução de Ivan Junqueira (edição bilíngue, mas como meu francês se resume a “bonjour”, não posso opinar quanto à tradução. Vi comentários elogiosos ao trabalho de Ivan).

O livro é divido em 6 seções: Spleen e ideal; Quadros parisienses (minha seção favorita, que foi inserida na 2ª edição, em 1861); O vinho; Flores do Mal; Revolta; A morte. Conta também com várias poesias que foram sendo acrescentadas nas reedições, inclusive os 6 poemas condenados.

Boêmio e controverso, o “poeta maldito” levou uma vida bastante libertina e desregrada (consumo de ópio, haxixe e álcool em escala industrial, conflitos familiares, gastos exorbitantes, dívidas, sífilis...), e isso está impresso em sua obra. O contexto político-social da época também teve grande influência nos poemas de Baudelaire, que pegou o período de reforma urbana de Paris feita por Haussmann (transformação que desagradou o poeta).

Baudelaire explorou seus ciclos amorosos, mas não de uma forma romântica, e sim voltado para a sexualidade, para o erotismo. Ele tinha interesse na escória, nas vielas sujas, no decrépito e decomposto, mas o traço mais característico da sua poesia é sem sombra de dúvidas o pessimismo, especialmente na questão espiritual/religiosa.

A maior parte dos poemas e sonetos são excessivamente sombrios e melancólicos. Ele parecia ter uma obsessão pela morte, pelo pecado, pela dualidade entre céu e inferno (sempre evidenciando o último). Achei alguns bem pesados nesse aspecto (teve um que eu nem consegui terminar de ler). Me senti extremamente incomodada.

Mas se por um lado achei várias poesias bastante perturbadoras (embora reconheça qualidade técnica, que é notória até mesmo para uma leiga como eu), por outro, tenho certeza de que vou acabar decorando algumas de tanto reler, como “O albatroz”, “A uma passante”, “Paisagem”, “O cisne”, “O relógio” e até mesmo uma que é horrível e bela ao mesmo tempo: “Uma carniça”. [3.5/5]

Instagram: @livrodegaia
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Ane 05/07/2021

Experiência indescritível.
"Carrego em mim todas as paixões de um navio aflito" ... essa frase me ganhou!
É um livro que com certeza divide opiniões por ser muitas vezes forte!
Uma das melhores leituras do ano.
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Samylle 30/04/2021

Fleurs
Baudelaire era mágico com as palavras e sabia explicar muito bem o sentimento humano.
?Eu sou um cemitério odiado pela lua,
Onde, como remorsos maus, vermes compridos
Andam sempre a atacar meus mortos mais queridos.?
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