Mari 04/04/2021As flores do malEu sou uma grande admiradora da Penguin Classics (Penguin Companhia). Acho que esta coleção tem uma grande diversidade de títulos, com a qualidade de tradução e revisão da Companhia das letras por preço acessível. A edição não é das mais luxuosas, porém a qualidade da tradução e revisão acabam compensando a edição mais "simples".
Entre os leitores existem basicamente dois tipos de pessoas de acordo com suas preferências de tradução: aqueles que acham que os tradutores devem modernizar a escrita para torná-la mais acessível ao leitor atual e aqueles que acreditam que a tradução deve ser totalmente "fiel" ao original, mantendo a integridade do texto como o autor o concebeu. Eu estou mais inclinada ao segundo tipo, pois acredito que existe um propósito para o autor fazer as escolhas linguísticas, narrativas e estruturais que ele fez, devendo a tradução preservar isso. Porém, diante de um idioma tão rico quanto a língua portuguesa, acredito ser possível encontrar sinônimos para as palavras pouco usuais do texto deste livro que sejam fieis ao texto original, mas sejam mais palatáveis ao leitor. Esse é uma leitora extremamente difícil pelo vocabulário.
Em grande parte da leitura eu não estava entendendo nada! Eu não conhecia a maior parte das palavras que eu estava lendo e isso dificultou muito minha interpretação e compreensão. Foi uma leitura truncada, mas não foi ruim. Algumas poesias me fascinaram. Contudo, vale a ressalva, se você não tem uma boa bagagem linguística ou não conhece bem o movimento simbolista, talvez deva escolher outra edição.
Há alguns anos eu li este livro em uma edição da Martin Claret, ainda naquelas edições de bolso mais antigas, e gostei bem mais da leitura porque a tradução me foi mais acessível.
3,5⭐