A Hora das Bruxas

A Hora das Bruxas Anne Rice




Resenhas - A Hora Das Bruxas I


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Andrea 06/07/2015

A hora das bruxas - Vol. 1
Em A Hora das Bruxas vol. 1, Anne Rice apresenta-nos à Nova Orleans dos anos 80 e a uma ilustre família do Garden District (bairro "rico" da cidade): A Família Mayfair.
O que poderia ser uma grande mansão decadente, torna-se alvo da atenção dos moradores da cidade e de uma famosa organização que busca estudar o sobrenatural.... Nesse primeiro volume, conhecemos Rowan, uma neurocirurgiã que pode salvar vidas e tirá-las também com o poder de sua mente, que é a herdeira do "Legado" da família Mayfair e Michael, um arquiteto que ao sofrer um quase afogamento, recebe o dom de ver a história de pessoas e coisas através de seus dedos e recebe também a "missão" de desvendar os segredos da família de Rowan.
Na segunda metade desse livro temos acesso aos documentos que o Talamasca arquivou durante quase 400 anos de estudos sobre a família, nesse documento descobrimos que as bruxas Mayfair tem sua origem na Escócia e que a fonte de sua força, poder e riqueza, está em um espirito? aparição? fantasma? que atende pelo nome Lasher, essa criatura "passa" de mãe para filha e concede a mulher o poder de "controlá-lo" e usá-lo a seu bel prazer.... Esse é o Legado.

O Legado Mayfair

Ao longo da leitura, descobrimos que o legado é muito complexo. A família Mayfair é totalmente incestuosa, pais fazem sexo com filhas, irmãs com irmãos, tios com sobrinhas etc... Tudo isso arquitetado pelo "espirito escravo", Lasher, que tem como finalidade criar a bruxa mais poderosa de todas, para finalmente alcançar seu grande objetivo que é.... Realizado no segundo livro! kkkkk
O Legado também conta com uma fortuna enooooooooooooooorme, o uso do sobrenome Mayfair, bem como a Esmeralda Mayfair, logo, qualquer um que queira desfrutar do dinheiro, precisa usar o nome da família, não importa o grau de parentesco.

site: http://allumina.blogspot.com.br/
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SakuraUchiha 31/03/2015

A crônica de uma família incrível de mulheres!
O livro abrange uma grande extensão de tempo na história de uma família de bruxas.
Um dos melhores livros que Rice escreveu. Tem um ritmo rápido e é dinâmico. Eu ficava absolutamente fascinada a cada capítulo deste conto fabuloso. A forma como Anne Rice traça a família Mayfair ao longo dos séculos é muito interessante. Eu estava dividida entre o terror da leitura na estória, e o terror de não saber o que iria acontecer.
Rowan é uma heroína trágica para as épocas e Michael é a sua luz no fim de cada túnel.
A Hora das Bruxas de Anne Rice coloca seus leitores em transe. Você, na verdade, imagina-se como uma das Bruxas Mayfair, e se vê interagindo com Lasher.
São personagens maravilhosos para odiar, amar e temer. Seus personagens estão entre os mais poderosos e emocional de toda a literatura e têm muito a nos dizer sobre a vida ainda na maioria de suas obras.
Seu mistério hipnotiza, é sedutor e misterioso... definitivamente uma "leitura obrigatória" para todos os fãs de Anne Rice e também aos novatos. Se você gosta de ocultismo, romances sombrios, e histórias de fantasmas, é o seu livro.
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Natalia1831 10/02/2015

Uma história de legado.
O Livro tem altos e baixos, de início você acredita que as histórias relatadas não tem nada haver com o tema do livro, mas ao avançar das páginas você ver cada uma delas se ligando a outra como peças de uma engrenagem quase perfeita.
Só não chega a perfeição, por em vários momentos a estrutura descritiva do ambiente, se prolongar mais do que necessário, dando a impressão muitas vezes que autora queria " encher linguiça". é por este motivo que a partir da página 411 o livro se torna cansativo e parece nos mostrar mais do mesmo, voltando a pegar fôlego somente nas últimas 20 páginas. É um bom livro!!!
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Tania Regina 31/08/2014

A Hora das Bruxas
A Hora das Bruxas é um romance em dois volumes. Sua narrativa é muito rica em detalhes tem um tempo cronológico de ida ao passado e retorno ao presente que o deixa bem interessante.
Ele narra a história da família Mayfair que, desde a idade média tinha bruxas boazinhas, muito ambiciosas financeiramente. As primeiras bruxas do legado eram benzedeiras e parteiras e praticamente só faziam bem a quem estava próximo. Desde que não tentasse enganá-las. Essas que morreram nas fogueiras nos dão uma mensagem. Sempre foram boas e foram julgadas por um único episódio de maldade. Acho que ainda hoje acusamos apenas sabendo de um único episódio de maldade do ser humano.
Tiveram outras ainda que prosperaram muito aonde se instalavam. O incesto é uma coisa absurdamente normal para as bruxas Mayfar. Apenas um único herdeiro do poder de invocar o espírito do Lasher foi do sexo masculino. Mesmo assim, elas casavam e mantinham o sobrenome Mayfar.
Ele tem uma parte composta de cartas que é riquíssima em detalhes.
Fiquei esperando mais do final, acredito que deve ser muito interessante "A Hora das Bruxas - Vol II" Estou torcendo muito pelos personagens principais, Rowan Mayfar, médica que ao nascer foi criada por uma prima distante para tentar se afastar da maldição de Lasher e Michael Cury.
Realmente faltou o final, não foi como ler outras séries que terminando o livro dá a sensação de uma batalha vencida, não a guerra. O volume I realmente acabou de forma incompleta. Espero que a continuação tenha um final, qualquer que seja, mas um final.
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Nath 24/06/2014

Eu queria ser uma Mayfair!
PRA MIM, esse foi o melhor livro da Anne Rice. São bruxas fora do contexto em que estamos acostumados, sem vassouras ou verruga no nariz, mas isso não as diminui, pelo contrario, só faz aumentar. A Anne Rice nos faz ver as bruxas com um novo olhar. As mulheres Mayfair são fortes, inteligentes, totalmente diferentes. Me apaixonei por essa história e sou louca pra ler Lasher.
Sei que alguns não gostam dessa série mas repito, PRA MIM, apesar de algumas partes massantes, foram os dois melhores livros da Rice.
Kim 22/05/2018minha estante
Oii, Nath? Vc poderia me dizer qual a ordem de leitura dessa saga??


Kim 22/05/2018minha estante
Oii, Nath? Vc poderia me dizer qual a ordem de leitura dessa saga??


Nath 25/05/2018minha estante
A hora das bruxas 1, A hora das bruxas 2, Lasher, Taltos




Su 18/05/2014

Interessante
Anne Rice criou uma história muito rica em detalhes, a historia da família é muito interessante, porém eu achei muito repetitiva quando vai para o passado.
A historia das primeiras bruxas é bem interessante, ver como elas eram e seus costumes, e das bruxas da atualidade, para saber o que mudou na família, porém enquanto vai descrevendo as outras bruxas ao longo dos anos, as historias são muito parecidas e repetitivas, mudando só uns detalhes aqui e ali, o que acabou deixando a leitura um pouco cansativa para mim.
Pretendo continuar a série, porém não sei quando, já que são livros caros!
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Luiza 04/05/2014

O homem alto, o íncubo que vem à noite...
Este é o livro da minha vida...
Estou relendo a saga (quatro livros) pela 3ª vez!
Cada vez que leio a história das Bruxas Mayfair, mais saboreio os detalhes e as descrições perfeitas de Anne Rice. A autora, que é considerada a grande dama do Romance Gótico, tem um poder incrível de esmiuçar ambientes, sensações, movimentos e "cenas" de um jeito que nos faz "entrar" no livro - e é como se estivéssemos, no mínimo, vendo um filme. Aliás, não sei por quê, até hoje, não filmaram de fato a trilogia. Talvez a história seja realmente complexa demais...
Quem deseja ler a Saga das Bruxas Mayfair deve se debruçar na história sem pressa. E deve, antes de tudo, esquecer os estereótipos que a mídia costuma veicular como "bruxa" . Aqui não há nada relacionado a esse tipo de "feiticeira". Na vida da família Mayfair, as "bruxas" se aproximam do real: elas são curandeiras, possuem alguns poderes extrassensoriais, sim, e invocam entidades; realizam rituais e há toda uma trama mística, cada vez mais carregada de sobrenatural a medida que a história avança... Mas esqueçam chapéus pontudos, caldeirões fumegantes, narizes pontudos com verrugas e vassouras voadoras - isso é com a Disney.
Anne Rice mescla fatos e pessoas reais com personagens fictícios e nos presenteia com uma narrativa difícil de desgrudar os olhos. Ela nos emociona e nos assombra. Às vezes até esquecemos que tudo se trata da imaginação da autora. E as personagens têm vida própria, todos apaixonantes, cada um a seu modo. É um universo muito rico... É como se estivéssemos lendo várias histórias juntas, uma dentro da outra, ou uma seguindo-se a outra, dando continuidade, gerações após gerações... E os mistérios vão se desvendando aos poucos, de um jeito tão inteligente que, quando tudo começa a ser esclarecido, sentimos como se estivéssemos finalmente descobrindo a vida de velhos conhecidos nossos.
Eu, particularmente, adoro a Talamasca. Não sei se a impressão do conforto, do ambiente acolhedor, com pessoas tranquilas, emanando boas energia, as bibliotecas maravilhosas, as obras de arte, enfim, tudo que envolve esta Ordem Secreta. Não sei se toda essa ideia fascinante vem apenas da trilogia Mayfair ou se também existe por causa da minha leitura de "A Rainha dos Condenados", pois a Talamasa está lá também, sendo retratada em detalhes deliciosos. O fato é que Aaron Lightner, os arquivos, os demais estudiosos e a Talamasca de maneira geral me atraem muito - adoraria conhecer as Casas-Matrizes...!
O casal Rowan/Michael também é envolvente demais. A beleza e a força física de Michael me parece quase palpável. E Rowan?! Rowan é puro poder! Eu a adoro em tudo - linda, sexy, fogosa, inteligente (um gênio, melhor dizendo), bem sucedida profissionalmente, podre de rica e uma bruxa sem igual.
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O primeiro livro está dividido em dois volumes ("A Hora das Bruxas 1" e "A Hora das Bruxas 2"). Depois, vem "Lasher" e, por fim, "Taltos".
Abaixo, colei alguns trechos do volume 1 de "A Hora das Bruxas"(pode haver SPOILERS):
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Mayfair - um típico clã colonial. Havia velhos quadros nas paredes mostrando homens e mulheres em trajes do século XVIII, bem como daguerreótipos, ferrotipias e fotografias descoradas. Um mapa amarelado de Saint Domingue - será que ainda se chamava assim? numa moldura no corredor. E uma pintura escurecida de uma imensa casa de fazenda.

Ele não é como está na Bíblia. Juro. Ele não é feio. É alto e lindo. Igualzinho a um homem de verdade. E ele não diz mentiras. Ele faz coisas boas, sempre. Quando estou com medo, ele vem, senta ao meu lado na cama e me beija. Verdade. E ele espanta as pessoas que tentam me machucar!

Elas o chamam de o homem, mas tia Carl diz que na realidade ele é o diabo. É ela quem diz que é pecado, como o de se tocar no meio das pernas, o de ter pensamentos sujos. Como quando ele me beija e me faz sentir calafrios e outras coisas. Ela diz que é uma imoralidade olhar para o homem e deixar que ele entre debaixo das cobertas. Ela diz que ele pode me matar. Minha mãe também o viu a vida inteira e foi por isso que ela morreu e foi para o céu para se livrar dele. E a mãe da minha mãe também o via... Ela, sim, era má, muito má. Foi ele que a fez ficar má, e ela morreu por culpa dele. Mas provavelmente foi para o inferno, em vez de ir para o céu, e talvez eu vá também... Eu só não entendo como o demônio pode ser tão bom comigo, como ele chora forte quando está triste e tem tanta vontade de ficar perto de mim

O homem alto, o homem moreno, o homem atraente, o íncubo que vem á noite... o gigante que preside o sabá! Ele se lembrava vagamente de ilustrações num livro, desenhadas com esmero, horrendas. "Bruxas" foi a palavra que balbuciou enquanto caia no sono.

E na noite em que ela morreu, o senhor precisava ter visto a tempestade que caiu sobre a casa. Ora, disseram que todas as janelas partiram. Vento e chuva, como um furacão em volta da casa. Stella fez com que os céus chorassem por ela.

Ele era um perfeito senhor do Sul. Ainda me lembro do Senhor Julien subindo St. Charles Avenue a cavalo. Ele era o velho mais bonito que alguém já viu.

E que beleza de homem. Mesmo afogado, ele era algo a se admirar. O mistério de sempre, a combinação de traços que torna homem bonito. Seu rosto era sem sombra de dúvida irlandês: quadrado, com o nariz curto e bastante redondo que pode determinar a feiura de um indivíduo em muitos casos. Ninguém, no entanto, poderia tê-lo considerado feio. Não com aqueles olhos e aquela boca. De maneira alguma.

Ela acreditava ter aprendido uma lição dolorosa: a de que à medida que morrem aqueles a que amamos, perdemos nossas testemunhas, nossos observadores, aqueles que conhecem e compreendem os pundonor modelos sem sentido, as palavras desenhadas na água com uma varinha. E aí não sobra nada a não ser a corrente incessante.

Tudo o que Rita conhecia eram os meninos que queriam "apalpá-la", se lhes fosse dada a oportunidade. Caras desajeitados e idiotas como seu namorado Terry, do Santa Cruz, que dizia, "Você sabe, acho que gosto muito de você, Rita". Claro, claro. Porque eu deixo você me apalpar, seu grosso.

A voz rouca era uma característica que ele adorava nas mulheres, sempre muito mágica e sempre rara.

Em qualquer outra hora ou lugar ele a teria considerado irresistível. Agora, porém, ela era mais do que isso, mais do que suculenta, ardente, cheia de mistério e de um fogo aparentemente perfeito. Ela era algo divino, e ele precisava tanto dela que era de entristecer.

No entanto, Stefan, não me sinto atraído por este lugar, pois nestas montanhas ainda ecoam os gritos dos gritos dos cátaros, inúmeros deles mortos pelo fogo por toda essa região há séculos. Quantos séculos ainda serão necessários até que o sangue de tantos se infiltre tão fundo na terra a ponto de ser esquecido? (Petyr van Abel, de Montcleve, França, em 1689 para o Talamasca)

Ah, Stefan, dê-me um homem ou uma mulher que tenha lido mil livros e estará me proporcionando uma companhia interessante. Dê-me um homem ou uma mulher que tenha lido talvez três, e estará me dando no fundo um perigoso inimigo. (Petyr van Abel, de Montcleve, França, em 1689 para o Talamasca)

É, gasta-se muita lenha e carvão para queimar um ser humano totalmente. Contemplei-a com o pavor de sempre, perguntando-me por que fui escolher esse tipo de atividade se nunca entro numa cidadezinha como esta, com suas estéreis construções de pedra, sua antiga catedral de três campanários, sem ouvir a algazara da multidão, o crepitar do fogo, a tosse, os arquejos e afinal os berros de quem morre na fogueira. Você sabe que, não importa quantas vezes eu os presencie essas execuções abomináveis, não consigo me acostumar a elas.

...uma estranha boneca entalhada grosseiramente em madeira com a cabeça feita de osso; os olhos e a boca desenhados no osso, cabelos negros presos à cabeça e pequeninas flores de seda nos cabelos. Horrorizada a velha condessa deixou cair a imagem ao perceber que ela só poderia ser maléfica e que se parecia demais com as bonecas de milho feitas pelos camponeses nos antigos rituais celtas de Beltane contra os quais os padres não param de pregar. E, ao abrir as outras portas, viu jóias e ouro em quantidades incontáveis, em pilhas e arcas, bem como em pequenas bolsas de seda, que, segundo a velha condessa, a mulher sem dúvida pretendia roubar quando o marido morresse.

Fui imediatamente ao ministro da igreja e à comissão designada pelo Conselho Privado Escocês, que ainda estava reunida, pois nesse exato instante estavam se banqueteando, como era o costume, com uma bela refeição proporcionada pelos bens da bruxa morta. Na sua cabana, ela possuía muito ouro, disse-me o estalajadeiro quando entrei, e esse ouro havia pago o processo, a tortura, o marcador de bruxas, o juiz de bruxas que a condenou, a lenha e o carvão usados para queimai-la e até mesmo as carroças que levaram embora suas cinzas. Venha comer conosco disse-me o camarada, ao me explicar tudo isso. - É a bruxa quem está pagando. E ainda sobrou ouro.

Uma linda esmeralda brasileira estava sendo mostrada a um rico inglês, e isso chamou sua atenção. Quando o inglês a recusou em virtude do preço, ela se sentou à mesa para examiná-la, como sé tivesse condições de comprá-la ou como se eu pudesse comprá-la para- ela, e me pareceu que ela ficou como que encantada, com os olhos fixos na pedra retangular, montada numa filigrana de, ouro velho. Em seguida, ela perguntou em inglês o preço e não pestanejou ao ouvi-lo.

E nesse retrato, pendurada no pescoço de Deborah estava aquela mesma esmeralda brasileira que ela tanto havia desejado no dia em que a levei a passear. Ela já há algum tempo a havia comprado do joalheiro, junto com qualquer outra jóia ou peça de baixela que lhe agradasse, assim como os quadros de Rembrandt, Hais e Judith Leister que tanto admirava.

Pelo vento que você cri a que açoita os capinzais, pelo vento que arranca as folhas das árvores. Venha agora, meu Lasher, crie uma tempestade sobre Donnelaith! E assim eu saberei que sou uma bruxa poderosa e que você faz isso por amor a mim!

Ela vai sofrer o quê? No máximo uns quinze minutos? - perguntou o inquisidor, limpando a boca com seu guardanapo imundo. - O que é isso diante do fogo eterno do inferno?

Nos primórdios do cristianismo, os padres da Igreja acreditavam que esses espíritos tratavam-se na realidade de antigos deuses pagãos. Ou seja, eles acreditavam que esses deuses existiam e que eram criaturas com poderes inferiores, crença que sem dúvida a Igreja não aceita mais.
No entanto, os juizes de bruxas persistem com essa crença, de modo primitivo e ignorante, pois, quando acusam a bruxa de sair cavalgando pela noite, eles a estão acusando, com palavras tolas, da antiga crença na deusa Diana, que era realmente disseminada pela Europa antes do advento do cristianismo; e o diabo em forma de bode que a bruxa beija não é outro a não ser o deus pagão Pã.
O juiz de bruxas não sabe, porém, que é isso o que faz. De forma dogmática, ele crê apenas em Satã, "o Diabo", e nos seus demônios. E o historiador precisa salientar para ele, mesmo que nada resulte disso, que as invenções encontradas nas demonologias provêm da cultura camponesa pagã.

No entanto, onde percebemos um exemplo mais perfeito de como as fantasias desses homens criaram uma bruxa do que no caso da tola Suzanne Mayfair, que, orientando-se diretamente nas demonologias, fez o que apenas uma em um milhão de mulheres conseguiria fazer: conjurou sozinha um verdadeiro espírito, e um espírito de poder formidável, um ser maldito que passou para Deborah, sua filha inteligente e amargurada, que foi além, praticando a magia
negra para aperfeiçoar seu domínio sobre esse ser e que agora o transmitiu, sem dúvida junto com suas superstições, à sua filha no Novo Mundo?

Você deixou de ver em profundidade. Pois minha leitura e meus estudos foram os meus prazeres; e esses prazeres são duradouros... Não preciso dos prazeres da carne, nunca precisei. Nunca precisei da riqueza, e por isso sou livre. Petyr von Abel.

Voce dever perceber que o pecado só pode nos fortalecer e fazer com que sejamos mais solitários, mais determinados e mais frios com os outros, como se nossos segredos fossem escudos.

Consulte as demonologias, Petyr, os antigos livros escritos por religiosos irados que realmente acreditam em demônios, pois esses livros contêm mais conhecimentos reais sobre como controlar esses seres invisíveis do que você poderia imaginar. Eu os vi nas suas estantes. A única palavra em latim que eu conhecia era demonologia, pois havia visto livros semelhantes antes.

Ah, apesar de todas as carícias, de todos os beijos que ele lhe dá, ele não tem como engravidá-la, certo? Ele não é íncubo das demonologias que rouba o sêmen de homens adormecidos. É por isso que ele tolera que eu continue vivo até que você conceba.

Eu sou paciente, Petyr van Abel. Vejo muito longe. Estarei bebendo o vinho, comendo a carne e conhecendo o calor da mulher quando de você não restarem nem os ossos.


Vi Roemer novamente, meu amado Roemer, o primeiro diretor da nossa Ordem que conheci e amei. E Roemer me parecia tão jovem e bonito e eu senti tanta alegria ao vê -lo que chorei, sem querer que a imagem desaparecesse... Pensei em brincar com a imagem, já que ela se originava da minha própria mente, não é? E o espírito maligno não sabe o que faz. Por isso, falei com Roemer... E a figura bela e forte de Roemer vem na minha direção. Eu sei que ninguém mais o vê pois estão todos olhando para mim, o louco que fala sozinho, mas não ligo para isso... Esse meu amado mestre senta-se, debruça-se sobre a mesa e me diz as obscenidades mais imundas. Vocês nunca ouviram nada parecido. Ele me diz que arrancaria minhas roupas bem no meio da taberna, o prazer que ia me dar, como sempre teve vontade de fazer isso quando eu era menino, e que chegou mesmo a fazê-lo, entrando no meu quarto à noite, rindo depois do acontecido, e permitindo que outros olhassem... Devo ter parecido uma estátua, olhando espantado para esse monstro que, com o sorriso de Roemer, sussurrava tanta sujeira para mim como um velho devasso. Finalmente, a boca dessa criatura para de se mexer, mas apenas cresce cada vez mais, e a língua dentro dela- se transforma em algo negro, grande e lustroso como a corcova de uma baleia.

A boneca era, ao que se disse, uma coisa medonha, com ossos humanos no lugar dos membros, amarrados por meio de um fio preto de arame, e uma horrenda juba de cabelos brancos presa à sua cabeça de trapos, na qual as feições haviam sido toscamente desenhadas.

Um comerciante do French Quarter disse a uma das nossas "testemunhas" que Marguerite havia mandado seu demônio cuidar "daqueles dois" e que Marguerite sabia mais de vodu do que qualquer negro no estado da Lousiana. Dizia-se que Marguerite tinha um altar de vodu em casa, que trabalhava com unguentos e poções para curar e para o amor

Aos vinte anos, Marguerite era famosa por comparecer às danças dos escravos e até mesmo por dançar com eles. Ela sem dúvida tinha o poder de cura dos Mayfair, e ajudava a fazer partos com regularidade. No entanto, com o tempo, ela começou a ser acusada de roubar os bebês das escravas; e essa foi a primeira bruxa Mayfair que os escravos não só temiam como também odiavam.

Um dos melhores consolos da velhice reside em não se precisar mais ser compreendido. Instala-se uma espécie de resignação com o inevitável endurecimento das artérias

A vida descobre um jeito de se afirmar, sejam quais forem as circunstâncias. É claro que deve ser uma desgraça de vida. Como poderia não ser? Mesmo assim, aquelas meninas conseguem viver, respirar, se divertir. Elas riem e são cheias de curiosidade e ternura. Elas se ajustam, acredito que esse seja o termo correto. Elas se ajustam e tentam alcançar as estrelas, ao seu modo. Digo-lhe que para mim isso é fantástico. Elas me fazem pensar nas flores do mato que nasce nas fendas do calçamento, forçando-se na direção do sol, não importa quantos pés as esmaguem.

"A própria vida deve ter como base a infinita possibilidade da escolha e do acaso. E, se não pudermos provar isso, devemos acreditar que é assim. Precisamos acreditar que podemos mudar, que podemos controlar, que podemos dirigir nossos próprios destinos." Michael Curry
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Alix 01/03/2014

O livro assim como a série,é extraordinário.Nele há uma mistura de coisas,que fazem dele uma obra prima,muito mais do que um simples livro.Cada descrição contém uma riqueza literária incrível.Foi um dos primeiros livros que li da Anne,e me fez interessar pelo resto da série e de outros livros seus.
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Deia Klein 28/01/2014

Maravilhoso
Um livro e tanto. Bruxas, demônios, paranormais, Talamasca, magia negra, Rembrandt, Europa e USA, numa miscelânea de dar gosto. Amei do princípio ao fim. Aquele livro que você tem vontade de sentar e devorar, não largar enquanto não chegar ao final. Recomendadíssimo. Anne Rice é uma mestra, sem dúvida alguma!
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Manuela.DAria 10/08/2013

o livro não começ nunca!
O livro é tão cheio de recortes que acabei me perdendo na história.
Luiza 11/04/2016minha estante
Tente de novo! É um dos livros mais fascinantes para quem gosta do estilo de Anne Rice - provavelmente, o melhor livro da autora (são quatro livros, aliás, pois a história é uma saga!). Envolvente, inteligente, minuciosamente construído... Surpreendente, inesquecível!
Beijos! :-)


Silvio 29/04/2017minha estante
Você não foi a única a se perder.




Leandro 18/07/2013

As Estações de Anne
Incrível e apaixonante são palavras que descrevem perfeitamente esse lindo livro de Anne Rice. Sua trama envolvente, aprisiona em sentimentos conflituosos e magnetizadores, fazendo com que o leitor delicie- se a cada palavra lida e imaginada, cujos adjetivos, impregnam-se na magia e no mistério. Na riqueza dos personagens, Anne, anima- os com a vivacidade e tristezas típicas do cotidiano fatídico, mergulha os sentimentos no gótico da alma, e transforma suas ações, interagindo o calor e o torpe na sexualidade aflorada, no descobrimento dos corpos apaixonados, em seus medos e motivações e nos espíritos que buscam a completude em si. Nos cenários outonais e primaveris, Anne, traz grafados nas tradições aterradoras das heranças arcaicas do passado desconhecido, o frio exótico do inverno a decadência e a loucura, tão belas quanto as folhas que dançam em brisas outonais.

site: https://www.facebook.com/leandro.b.dalmedico
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Nessa Mello 19/05/2013

Esse livro escolhi ao acaso, sem indicação de ninguém e aos poucos fui pega de tal forma que não desgrudava os olhos dele, simplesmente não conseguia parar de ler. A história é envolvente e cheia de suspense. Adorei!!!
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Silvia 19/03/2013

GÓTICO CONTEMPORÂNEO

A autora [Anne Rice], mais conhecida como a DAMA DA NOITE, traz dois volumes com a história da família Mayfair, desde suas raízes na Irlanda. Em meio a incestos, bruxas poderosas, entidades maléficas e uma família sempre bem humorada ao redor de tudo aquilo, conhecemos mais sobre as bruxas Mayfair e seus mistérios. Um livro classificado por muitos como GÓTICO CONTEMPORÂNEO de muita qualidade, uma leitura muito interessante e criativa que certamente nos prende a cada minuto!


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