Carlos Nunes 30/03/2021
DO CALVÁRIO AO INFINITO
DO CALVÁRIO AO INFINITO, um romance, supostamente ditado por ninguém menos que Victor Hugo à médium Zilda Gama, publicado em 1944.
É um romance com o objetivo principal de mostrar a lei de causa e efeito, ou seja, tudo o que nós plantamos, nós colhemos, seja nessa vida ou em outra, mas também todos têm igualmente direito a conquistar sua evolução e seguir em frente. O livro é dividido em sete partes e começa em uma aldeia muito pobre da Rússia do século XIX, com o menino Pedro Ivanovitch, órfão aos 10 anos de idade, que foi abrigado no lar do terrível Sr. Peterhoff e de seu invejoso filho André. Ele passa por muitas privações e dificuldades durante o tempo que fica com essa família. Alvo de perseguições e atrozes castigos, seu único alento era a bondade da menina Sônia Peterhoff. Como consequência de um ato impensado ele acaba tendo que fugir daquele local, assume uma outra identidade, tentando fugir das responsabilidades do que fez, mas a vida acaba o encontrando e a cobrança vem. Ele acaba morrendo e volta numa outra encarnação, na qual encontra várias pessoas que fizeram parte de sua vida anterior, e agora terão outra oportunidade de acertar suas diferenças. É um livro para nos fazer pensar em como as coisas que acontecem em nossas vidas não são aleatórias, mas estão ali para auxiliar a nossa evolução, e como todos têm os mesmos direitos e as mesmas oportunidades.
Sem entrar nesse mérito da veracidade da autoria do Victor Hugo, devo admitir que o estilo é bem parecido. É uma história muito triste, mas também muito bonita. Só nos capítulos finais é que o livro deixa a história para longas digressões sobre a fé, a caridade, a conduta moral, deixando a trama um pouco de lado.