Brunov 25/02/2017
Quando o Ideal é nativo de Utopia
Theodor Herzl infelizmente construiu uma teoria muito elegante e completa sobre como os judeus poderiam criar um estado nacional soberano e os impactos prováveis que isto teria sobre os demais povos em função da questão longeva do Problema Judaico. Digo “infelizmente”, pois isto me deixou com aquele ar de que soluções muito inteligentes nunca vingam, pelo contrário, Heráclito se faz profético.
Um profundo conhecedor de seu povo, de sua época e de variáveis, tanto ideológicas, quanto pragmáticas. Dasein presente. "Genial", eu diria. “Diria”, pois falhou em ser efetivo, embora tenha conseguido impacto notório ao ponto d’eu conseguir acessar facilmente sua obra traduzida.
Acho interessante a ironia histórica que fez com que a perseguição aos judeus fez com que eles ficassem, a longo prazo, mais ricos, não todos, contudo o suficiente para gerarem-se acerca destes teorias de conspiração diversas.
Outro ponto, este que nunca havia notado é que por serem mal vistos em todos os países, em dada época convencionaram se tornarem nacionalistas, seja lá em qual país fosse e, embora não tenham sido bem-sucedidos, quanto ao fator aceitação, isso produziu a herança cultural que faz com que até hoje sionistas sejam fortes apoiadores do nacionalismo, até da xenofobia, em diversos países do mundo ocidental, inclusive no Brasil, embora isto, (quem diria?) acaba sendo outra puta ironia judaica. Pena não ser anedota.
Se em tempo eu pudesse sugerir, militaria em prol da aceitação da proposta (olha de quem) do Brasil de doar terras na Amazonia para eles criarem seu estado, uma verdadeira Canaã.