O estado judeu

O estado judeu Theodor Herzl




Resenhas - O estado judeu


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Antonio Aresta 16/11/2012

Sonhador -- e profeticamente realista
No livro que possuo (Garamond, 1998), há uma introdução de Moacyr Scliar que contém uma brevíssima história do povo judeu e do Estado de Israel, com inserções de cenas de sua vida pessoal, que merece ser lida. No Prefácio, Herzl, sionista, morto em 1904, defende que seu projeto, descrito no livro, não era utopia – defesa que continua depois, ao longo do texto, e me fez lembrar David diante de Golias. Sabemos que era, e isto não é importante. E não é tarefa de um somente criar, num livro de 80 páginas, um projeto de país. Só em ficção. O projeto é falho e peca por desnível de detalhe entre os vários aspectos focalizados e algum preconceito. Mas Herzl é envolvente na defesa da causa. E, mesmo sonhador, foi capaz de ser profeticamente realista, e escreveu ali que, enquanto não houvesse Estado, judeus seriam ainda pilhados e assassinados em muitos lugares ao mesmo tempo.
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Brunov 25/02/2017

Quando o Ideal é nativo de Utopia
Theodor Herzl infelizmente construiu uma teoria muito elegante e completa sobre como os judeus poderiam criar um estado nacional soberano e os impactos prováveis que isto teria sobre os demais povos em função da questão longeva do Problema Judaico. Digo “infelizmente”, pois isto me deixou com aquele ar de que soluções muito inteligentes nunca vingam, pelo contrário, Heráclito se faz profético.

Um profundo conhecedor de seu povo, de sua época e de variáveis, tanto ideológicas, quanto pragmáticas. Dasein presente. "Genial", eu diria. “Diria”, pois falhou em ser efetivo, embora tenha conseguido impacto notório ao ponto d’eu conseguir acessar facilmente sua obra traduzida.

Acho interessante a ironia histórica que fez com que a perseguição aos judeus fez com que eles ficassem, a longo prazo, mais ricos, não todos, contudo o suficiente para gerarem-se acerca destes teorias de conspiração diversas.

Outro ponto, este que nunca havia notado é que por serem mal vistos em todos os países, em dada época convencionaram se tornarem nacionalistas, seja lá em qual país fosse e, embora não tenham sido bem-sucedidos, quanto ao fator aceitação, isso produziu a herança cultural que faz com que até hoje sionistas sejam fortes apoiadores do nacionalismo, até da xenofobia, em diversos países do mundo ocidental, inclusive no Brasil, embora isto, (quem diria?) acaba sendo outra puta ironia judaica. Pena não ser anedota.

Se em tempo eu pudesse sugerir, militaria em prol da aceitação da proposta (olha de quem) do Brasil de doar terras na Amazonia para eles criarem seu estado, uma verdadeira Canaã.
Celso.Jardim 05/04/2019minha estante
Sou afrodescendente brasileiro e pelo que me consta não corre nenhuma gota de sangue judeu nas minhas veias, mas acredito que o povo judeu tem direito de viver na palestina, na terra que foi dada a Abraão. Nas páginas do livro sagrado de Judeus e Cristãos encontramos uma verdadeira Escritura Pública atestando a posse de Canaã (terrena). Quanto à irônica doação da Amazônia aos judeus, creio que não seria má ideia. Esse povo abençoado que mostrou ser capaz de tirar água de pedra como em Meribá, não precisaria mais do que uma reserva indígena para florescer.




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