Babi159 29/07/2022
Maravilhoso!
Este livreto faz parte da célebre coleção “Crucial Questions”, do teólogo R. C. Sproul, uma série de obras com o intuito de responder objetivamente algumas das principais questões que temos acerca do Cristianismo, em uma perspectiva protestante, de orientação calvinista.
Eu li alguns dos livretos logo após a minha conversão, mas como era severamente neófita não creio que foram leituras significativas, pois não revisitei as obras, tampouco as indico quando o assunto é oração, alegria e renascimento espiritual, temas centrais dos livretos que li, embora meu feedback imediatista foi positivo na época. Este último livreto acerca do Espírito Santo, no entanto, foi extremamente relevante para mim.
O ES é, provavelmente, um dos maiores mistérios para mim. Sempre foi, talvez sempre será. É também o “Deus” que mais ignoro em meu cotidiano, embora sei que ele está comigo. Francis Chan e diversos outros autores já discorreram exaustivamente o quanto alguns de nós, cristãos, ignoramos o que ele chama de “O Deus Esquecido” e que nós comumente chamamos de terceira pessoa da trindade, embora é sabido que descrevê-lo e explicá-lo em toda a sua complexidade é uma tarefa praticamente impossível.
Sproul é plenamente ciente do quão complexo e exaustivo seria tratar de todas as particularidades do ES, à luz das Escrituras, e deixa claro ao seu leitor que não pretende realizar tal tarefa em menos de 100 páginas, portanto disserta objetivamente sobre o ES. E como o Prof. Sproul é assertivo aqui!
Indo direto ao ponto, Sproul aponta que o ES é quem nos capacita para fazer a vontade de Deus em nossas vidas, isto é, que sejamos santificados (Ts 4:3), sendo o mesmo que nos faz renascer em Cristo. Em uma rápida passagem por toda a Escritura ao longo da obra, Sproul (re)afirma a presença do ES desde a Criação, passando pela sua natureza transitória no Antigo Testamento até o famigerado momento que a profecia de Joel foi consumada no episódio de Pentecostes (At 2:1-21). É muito elucidativo, edificante... E belo!
Porém, chamou-me muita a atenção algo que ocorreu no capítulo 2. Coloco o trecho a seguir:
"Even Billy Graham used to talk about the natural man being mortally sick, to the extent that he is ninety-nine percent dead, but he would not go to one hundred percent. So pervasive is the rejection of this idea that some of the leading spokes-men for Christianity are willing to contradict it. They do not embrace the idea of total spiritual death. Yet, that is clearly what Paul is saying. We are dead on arrival spirituallynot just weak, ailing, critically ill, or comatose. There is no spiritual heartbeat, no spiritual breathing, no spiritual brain-wave activity. We are spiritually stillborn, and so we remainunless God the Holy Spirit makes us alive." (p. 20).
Como assim Billy Graham não afirmava categoricamente que o ser humano nasce completamente caído? Morto espiritualmente? Vou checar tal afirmação, sabe Deus como, mas, particularmente, fiquei completamente chocada com tal passagem.
No mais, o livro é excelente e muitas das obras originais do Sproul estão disponíveis gratuitamente para o Kindle. Para quem tem uma leitura intermediária em inglês é uma baita oportunidade de aprender com um dos maiores (e mais fofos, rs) teólogos da história. Leiam!