@aprendilendo_ 06/12/2020
Resenha de Nárnia
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“Acho que todos nós temos um país secreto, que, para a maioria, é apenas um país imaginário”
Com seus 7 livros publicados entre o período de 1950 e 1956, as Crônicas de Nárnia, escrita por um dos grandes autores do séc. XX, C.S Lewis, conquistou todo o mundo e nos dias de hoje já alcança a marca de mais de 120 milhões de vendas. Nesse contexto, através de passagens imprevisíveis e mágicas de nossa realidade para aquela que dá nome ao livro, acompanhamos uma série de personagens os quais, com as instruções de um poderoso Leão chamado Aslam, viverão épicas aventuras enquanto se tornam reis, enfrentam feiticeiras, gigantescas serpentes marítimas, dragões e até mesmo viagens até o fim do mundo.
De início, como grande característica, a obra traz consigo uma real imersão nos ambientes mágicos. Isso acontece pelo fato de, no fim, não apenas acompanharmos a história de heróis e vilões, mas igualmente do próprio mundo de Nárnia, tornando-o, assim, quase como se um personagem, o qual atrai para si grande empatia e apego. Como resultado, nós torcemos pelo sucesso do país mágico a todo momento. Em adição, Lewis faz um uso quase infinito do sobrenatural, variando desde gigantes, até animais falantes, dríades e deuses, fato esse capaz de expandir a imaginação de quem lê e abranger todos os tipos possíveis de gosto pelo fantástico e surreal. Ademais, os simbolismos criados pelo autor para a trama e os significados os quais o próprio leitor pode dar a ela geram em si uma diversidade de momentos, estes, capazes transpassar a simples narrativa de uma história e se tornarem grandiosas lições de moral e fé para a vida toda.
Agora, sobre os personagens, apesar dos mais conhecidos serem os 4 irmãos Pevensie, a obra apresenta uma variedade muito maior do que se espera de sujeitos carismáticos e chamativos os quais, cada um a seu modo, criam uma ligação com o leitor. Isso, pelo fato de em sua maioria serem crianças, com suas inocências e coragens, as quais facilmente cativam as pessoas de qualquer idade. Além do mais, o escritor não se exime de apresentar suas falhas de personalidade e em como elas vão sendo corrigidas. Dessa forma, no decorrer da história, é gerada uma boa sensação de amadurecimento de personagens, estes, moldados pelos diversos acontecimentos impostos sobre eles. No tanger dos fatos, aquele que realmente toma todas as atenções para si é Aslam, o grande Leão, o qual, por meio da incrível descrição de Lewis, teve uma imponência única e extraordinariamente bem desenvolvida, fazendo com que esperemos ansiosamente pelo aparecimento dele junto e isso apenas aumenta a vontade do leitor em continuar a história enquanto, a cada página, descobre uma nova aventura sendo proposta.
Por meio de personagens cativantes, cenários mágicos e um mundo o qual faria qualquer um se apaixonar, Lewis consegue, de forma magistral conciliar a solenidade do magnífico com a descontração de uma história para pessoas de todas as idades.
Nota:9,1