A Leste do Éden - Volume I

A Leste do Éden - Volume I John Steinbeck




Resenhas - A Leste do Éden


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Genevieve.Owen 27/10/2024

É bom, tem umas paradas sinistras, mas é bom.
Como fruto de sua época, é um excelente livro, mas o autor poderia sim ter trabalhado melhor algumas questões, fora isso, é maravilhoso.
Eu encaro como uma crítica à sociedade da época, aos costumes e também à noção de normalidade e aceitabilidade que se tinha na época.
Cath é um monstro, e isso fica evidente, mas também o marido dela, por favor, um banana podre. Eu gostei do modo como ele introduziu uma centena de personagens e cada um teve sua merecida participação, como uma novela moderna.
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Ana julia 27/08/2024

"A Leste do Éden" é um livro impactante de John Steinbeck, lançado em 1952. A história se passa no Vale de Salinas, na Califórnia, e acompanha duas famílias, os Trask e os Hamilton, ao longo de várias gerações. Steinbeck usa a trama para explorar temas como bem e mal, culpa, perdão e o poder de escolher nossos próprios caminhos.

O autor faz uma ligação forte com a história bíblica de Caim e Abel, mostrando como essas ideias antigas ainda têm muito a dizer. Os personagens principais, especialmente os irmãos Trask, Adam e Charles, e depois os filhos de Adam, Aron e Cal, representam essa luta entre o bom e o mau.

Cathy Ames, uma personagem marcante e cheia de maldade, é uma figura que fica na memória de quem lê. Suas ações afetam profundamente todos ao seu redor, e ela é uma das vilãs mais complexas da literatura.

O cenário do Vale de Salinas é descrito com tanto detalhe que quase se torna um personagem também. Steinbeck fala sobre as paisagens, o clima, e as mudanças das estações de uma maneira que reflete os sentimentos dos personagens e os grandes temas da história.

Mais do que apenas uma luta entre o bem e o mal, o livro é sobre a capacidade que temos de escolher nosso destino, simbolizada pela palavra hebraica "timshel", que significa "tu podes". Isso aparece várias vezes na história, mostrando que, apesar de todas as influências, cada um tem o poder de decidir seu próprio caminho.

No final, "A Leste do Éden" é uma obra poderosa que fala de questões importantes e profundas através de personagens que ficam na memória e uma história que mistura o épico com o drama familiar. É um livro essencial para quem quer entender mais sobre a natureza humana.
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joao 29/06/2023

Volume 1
Após dois meses sem atualizar o meu Skoob, trago verdades: John Steinback é, de fato, um dos maiores escritores da literatura americana.

A Leste do Éden é uma obra de primor, onde cada sentença é como uma espiada no que haveria de ser a alvorada dos Estados Unidos, o nascimento de uma nação.

Estou gostando bastante da história de Cathy, Samuel, e a família Trask.


Aliás, porque existem tão poucas edições deste livro no Brasil? Tipo, só achei duas, bem estranho.
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Augusto Stürmer Caye 23/08/2022

A Epopeia do Individualismo
Esse é o primeiro volume de dois de A Leste do Éden. Aqui, acompanhamos o nascimento e desenvolvimento de Adam e Charles Trask, a família do patriarca Samuel Hamilton (o qual é avô do autor) e de Cathy Ames.

Os personagens possuem backgrounds completamente diferentes. Os irmãos Trasks eram filhos de um violento e influente militar, orgulhoso de sua trajetória que é toda inventada. Toda sua autoridade vem de suas experiências fictícias, mas que não são jamais contestadas enquanto galga a hierarquia do exército; e com base em seu poder cria seus dois filhos com punhos de ferro. Cria, assim, dois filhos: um ?fraco?, Adam, e o outro com sinais de psicopatia, Charles.

Samuel Hamilton é um imigrante irlandês que se instala em terras áridas devolutas do governo federal e que nada produzem. Sua sobrevivência e de sua família com 09 filhos nessa terra vem toda de seu trabalho escavando poços para outros e com invenções inteligentes, mas que nunca lhe rendem o suficiente para ficar rico.

E Cathy Ames é o que o autor descreve como monstro. Uma mulher capaz de tudo para atingir o que quer e que, até o final desse primeiro volume, ainda não está esclarecido o que seria.

Essa obra é uma epopeia do individualismo por ser um elogio as capacidades pessoais de cada um para se reinventar, desenvolver, trabalhar e sentir. Até mesmo Cathy eu poderia dizer que, em que pese seja retratada como má, ainda assim é uma das personagens mais admiráveis por ser tão implacável no seu caminho.

Até o momento meu personagem favorito é Lee, filho de um imigrante chinês que hoje não é nem americano e nem chinês, sendo forçado a se adaptar a múltiplas facetas conforme quem está presente para se fazer ser ouvido, um claro sinal de adaptabilidade e inteligência.

A obra tem também uma forte metáfora sobre o antigo testamento bíblico, olhos e mentes mais acostumados com essa trama serão mais eficazes que eu a identificar.

Uma ótima obra, recomendo para quem aprecie obras de época e aprecie um bom desenvolvimento de personagens.
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MarisaRocha 21/12/2021

Curioso e avassalador.
O início do livro já é curioso, pois, ele descreve várias histórias ao mesmo tempo de diferentes famílias e vão se interligando aos poucos.. só no final do primeiro livro, na qual finalizei ontem, apresenta o que é o Leste do Éden. Estou animada para continuar essa leitura no livro II.
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Berenice.Thais 19/03/2021

famila
a historia começa com a infância dos nossos personagens principais.
adam e caty; essa historia constrói a narrativa, narrando a construção dos personagens narrando amor e tragedia com maestria em alguns capítulos iniciarão com a descrição dos sentimentos ou das características de um ou mais personagens para só então passar adiante para os fatos, quase sempre decorrentes de atitudes derivadas dessas personalidades.a uma riqueza de detalhes e fatos históricos no final ja não e tao bom como no incio.
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Chrisley 25/06/2009

Adam e Cathy se casam e se mudam para uma fazenda no Vale de Salinas, onde toda a história realmente acontece. Grávida, Cathy não conseguia se livrar do marido, mas logo depois de dar a luz a gêmeos, ela foge. Acho que posso dizer que a história é sobre esses gêmeos. Praticamente abandonados pelo pai desolado com a fuga da esposa, os dois meninos são criados por Lee, um chinês, empregado de Adam. Depois de um ano de nascimento, é que os dois garotos recebem um nome: Caleb e Aron, inspirados em Caim e Abel.

Como Adam e Charlie, Cal e Aron eram totalmente diferentes. Aron conquistava a simpatia de todos logo de início, era um menino bom e puro. Cal tinha um pouco da personalidade da mãe. Era bom, mas não conseguia evitar fazer o mal e magoar o irmão. A partir disso vão se construindo a vida deles e também a trama narrada pelo próprio Steinbeck, que percebemos fazer parte da história apenas em algumas passagens.

O diálogo levado pelos personagens passa a sensação de estarmos ouvindo eles pessoalmente. É possível imaginar claramente todos os gestos, a entonação da voz e a velocidade da fala. Steinbeck nos mostra a trajetória de todos os personagens presentes na série, do nascimento e constituição das famílias até as suas mortes. Isso é o que enriquece a obra, tornando-a uma espécie de documento, uma árvore genealógica. Pode-se pensar que isso não tem muito a ver com a trama, mas conforme as personagens se cruzam, vemos que ter tudo tão detalhado assim facilita a compreensão das relações entre eles. O perfil de cada personagem é importante. Steinbeck dá destaque ao comportamento de cada um, e ao final parece que conhecemos todos como se fossem nossos vizinhos. Até chegamos ao ponto de saber como cada um reagiria à diferentes situações.

Eu tenho que dizer que meus personagens preferidos em toda a trama são Cal, pelo qual eu sempre simpatizei por conta da complexidade da sua personalidade, e Lee, de longe a pessoa mais sábia na obra. O relacionamento entre os dois é lindo. Os ensinamentos de Lee são a chave para Cal não ceder ao jeitinho de sua mãe e continuar sendo uma boa pessoa. Tudo o que Lee diz não serve apenas como lições para as personagens da obra, mas também como lições para quem a lê. Pois essa é a importância de um livro, passar conhecimento.

A Leste do Éden entrou para a minha lista de livros favoritos. E espero que a leitura de outras obras de John Steinbeck faça com que ele se torne um dos autores mais apreciados por mim. Logo quando fui procurar por livros dele, li que suas histórias se confundem com a realidade. O que é verdade. Steinbeck nos situa ao que estava acontecendo no mundo, principalmente nos Estados Unidos, na época em que se passa suas histórias. A impressão é que tudo aquilo realmente aconteceu, que aquelas pessoas existiram. Ao final do livro, não pude deixar de ficar curiosa para saber o que aconteceu a todos os personagens. Steinbeck deixa isso em aberto, semeia o desejo de querer conhecer a vida de todos até o seu término. Infelizmente, não tenho como saber isso, só me resta imaginar.

Obs.: Essa resenha foi originalmente publicada no Blog do Meia Palavra.

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