Paddy Clarke Ha Ha Ha

Paddy Clarke Ha Ha Ha Roddy Doyle




Resenhas - Paddy Clarke Ha Ha Ha


45 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Marcus419 02/10/2024

Leitura agradável.
História de infância na década de 1960 na Irlanda do Norte.

Histórias de aventuras, brigas, sonhos, traquinagens típicas de crianças do século passado.
comentários(0)comente



Leila 30/08/2024

Paddy Clarke Ha Ha Ha, vencedor do Prêmio Booker de 1993, é uma obra surpreendente de Roddy Doyle. A narrativa acompanha a vida de Paddy Clarke, um garoto de 10 anos, que vive em um subúrbio de Dublin nos anos 1960. Contado a partir da perspectiva de Paddy, o livro imita com maestria o fluxo de consciência de uma criança, o que inicialmente dá à obra um tom leve e divertido, mas revela-se, na verdade, cheia de camadas complexas e sutilmente discutindo temas profundos.

Ao começar a leitura, eu não esperava muito do livro, mas fui surpreendida de forma extremamente positiva (confesso que nem queria lê-lo na verdade). Doyle consegue nos envolver profundamente na vida dessas crianças, transportando-nos para as brincadeiras de rua, que, embora aparentemente inocentes, carregam uma violência latente. A narrativa de Paddy é autêntica, e a maneira como ele percebe o mundo ao seu redor, com uma mistura de ingenuidade e crescente consciência, é fascinante.

O ponto alto do livro pra mim é o seu desenvolvimento gradual. À medida que Paddy amadurece, a história vai se tornando mais séria e introspectiva. O humor inicial (gargalhei alto nesse livro), que mascara questões importantes, vai dando lugar a uma compreensão mais sombria da realidade familiar e das tensões que ela abriga. Apesar dessa transição, o livro nunca perde sua autenticidade e mantém o leitor envolvido o tempo todo.

Roddy Doyle constrói uma narrativa que é ao mesmo tempo comovente e perturbadora, oferecendo um retrato vívido de uma infância irlandesa em um lar se desfazendo. Paddy Clarke Ha Ha Ha é uma obra que, atrás de sua comicidade, esconde uma profundidade cativante. Gostei demais da leitura e isso me prova que é preciso tentar para saber se a obra irá agradar ou não, né?
comentários(0)comente



Geovani.Moreno 24/08/2024

Os ferinhas
Paddy Clarke Ha Ha Ha (1993) é um livro do escritor irlandês Roddy Doyle e já vou logo dizendo que foi um gratificante achado. Estava aqui na estante desde 2016 e foi chegado o momento de lê-lo. A história se passa em algum momento da década de 60 no subúrbio de Dublin. Lembrou de James Joyce hein? Eu também. Um dia chego lá. Patrick ou melhor, Paddy Clarke é um garoto de 10 anos que junto com sua gangue toca o terror naquelas cercanias. Aprontam tudo e
mais um pouco e arranjam muita confusão na vizinhança e na escola. Um relato honesto e divertido dessa entrada na adolescência que sempre é marcada por grandes transformações.
Acho que é aqui que esse livro se diferencia. Paddy é o narrador da história e o autor é de uma fidelidade impressionante. Quero dizer que o ponto de vista sempre é de uma criança de 10 anos e nos temos que fazer esse exercício de nós enxergarmos nessa mesma idade porque o autor não contamina em nada, essa visão.
Assim, Paddy transforma o seu irmão mais novo, Simbad (como não sentir uma peninha dele) em saco de pancadas, ar irmãzinhas são insignificantes, a mãe é boazinha e o pai? ele tem dúvidas de qual é a onda dele.
Varios temas são abordados mas sempre nessa perspectiva de criança que perde a inocência. Assim, vemos além dessa perda, a violência doméstica, o alcoolismo e toda a dor que o crescer traz.
Nostálgico sim, às vezes melancólico mas não é um livro triste não. Me trouxe lembranças da minha própria infância.
Muito recomendado.
comentários(0)comente



IvaldoRocha 17/04/2023

Uma leitura rápida como a infância.
Talvez não se enquadre no politicamente correto dos dias de hoje, mas criança é uma ser cruel. Se você fizer uma revisão e tiver boa memória, vai se achar em algum momento da sua infância cometendo um ato de crueldade ou sofrendo um, talvez isso se deva a necessidade de a criança ser aceita, de ser respeitada etc.
Roddy Doyle se vale dessa certeza, livro ganhador do prêmio Booker Prize em 1993, ele consegue uma linguagem rápida e descomplicada, ou seja, a linguagem utilizada pelas crianças, que se expressam por poucas palavras e frases curtas.
Paddy Clarke é o filho mais velho de uma família de irlandeses, seu irmão menor Simba (ele gostava de ser chamado assim) está quase sempre ao seu lado e o fato de ser irmão de Paddy, não o deixa isento de sofrimento, a irmã e as gêmeas mais novas.
Batalhas imaginárias, índios, corridas, cabanas construídas com sucata, o rigoroso código de ética, o futebol com suas regras um tanto adaptadas e o temor do professor durão, mas que tem uma grande sensibilidade, enfim aventuras e mais aventuras.
É incrível como se percebe que está chegando aquele momento em que você se despede da infância, é um fato, um acontecimento e toda aquela liberdade, a falta de compromissos se vai. Você percebe ao longo do livro o momento se aproximando. Paddy Clark está mudando.
Um livro que não me chamou atenção em momento algum, a capa nada interessante, e um título no mínimo suspeito, tudo dava a impressão de algo quando muito mediano, mas como achei em uma oferta muito boa arrisquei. Foi a minha sorte, trata-se de um daqueles livros que você sempre vai se lembrar sempre ao ver crianças brincando nas ruas, principalmente sem os pais por perto, se você chegou a jogar bola na rua então...
O Man Booker Prize, prêmio criado em 1968, estava aberto apenas a escritores britânicos, irlandeses ou da Commonwealth com obras de ficção redigidos na língua inglesa por autores vivos e publicadas no Reino Unido e agora os organizadores anunciaram uma mudança crucial com a inclusão de escritores americanos, o que valoriza ainda mais o prêmio.
comentários(0)comente



Luiza.Matos 16/06/2022

Razoavel.
Eu não gostei não. !! Os assuntos se misturam numa velocidade igual quando estamos conversando com uma criança, ele conta a história de vida do Paddy Clarker que mora no bairro de Dublin na Irlanda em meados da década de 1960. Um livro arrastado no inicio sem graça...melhorou no "Ultimo terço que faz o livro valer a pena." Ai ficou bom e deu para terminar a leitura. !!.
comentários(0)comente



Shirley.Peixe 05/04/2022

Diferente
Ao mesmo tempo em que me transmitiu familiaridade com algumas situações, me deixou desconfortável em outras.
Eu gostei da leitura, de conhecer mais os costumes, os interesses, a infância na Irlanda (pelo menos nessa época - não sei o que mudou de lá pra cá).
A questão familiar e como isso influenciou na vida do Patrick e no seu amadurecimento também foi interessante de acompanhar.
Ainda assim a sensação final é bem agridoce, mas era pra ser assim mesmo...
comentários(0)comente



Renata.Mieko 18/03/2022

Não gostei.
Não gostei como a história é contada picada, sei que é porque a história está sendo contada por uma criança, que mistura todos os assuntos, mas mesmo assim.
Não gostei que não há capítulos.

Demorei muito pra conseguir terminar esse livro.
comentários(0)comente



Gisa 16/08/2021

Esse livro estava parado na minha estante desde 2016, eu sabia que ele não tinha nada a ver comigo. Li e me esforcei muito para não abandonar, afinal é o livro premiado pelo Booker Prize em 1993 e eu queria entender o porquê.

Narrado por uma criança de dez anos, o livro nos faz ver o mundo como se tivéssemos 10 anos de novo, deve ser esse o motivo do prêmio, e só.

O personagem narrador é péssimo, um menino de dez anos e seus amigos com toda a crueldade, o bullying, a maldade com os animais, as brincadeiras idiotas, enfim tudo que as pessoas acham que é traquinagem de criança e eu acho falta de educação mesmo.

Algumas pessoas acham esse livro engraçado, eu não cheguei nem a sorrir, só queria que acabasse. A partir de um determinado momento passei a imaginar o quanto esse livro seria diferente se fosse narrado por uma menina de dez anos, achei ainda mais deprimente perceber que ela não correria pelas ruas atirando pedras nos outros sem consequência nenhuma, até a infância dos garotos é encarada de outra forma, eles podem ser ridículos e bobos desde o nascimento sem nenhuma consequência, são 'só garotos' se divertindo, sempre.

Péssimo, péssimo, péssimo.
comentários(0)comente



marcia helena 14/12/2020

Infância na Irlanda
Paddy Clarke Ha Ha Ha é uma história de garotos que se passa na periferia de Dublin. Cá pra nós um dos lugares que sonho em um dia conhecer. O personagem Patrick Clarke é uma criança e conta tudo que se passa em sua vida, inclusive seus pensamentos, sentimentos, as estripulias na rua, a convivência com os irmãos e com a mãe e o pai.
comentários(0)comente



Frank 23/05/2020

Achei razoável. A infância e problemas familoares comuns, na visão de uma criança. O mundo ao redor, as crueldades infantis, pequenos delitos. Um mundo distante e desconhecido pra mim, Irlanda, em tu passado recente, muito diferente de minha infância. Apesar de bem escritos por esse motivo não me senti "abraçado" pelo livro. Recomendo a leitura
comentários(0)comente



Srta.Jay 24/04/2020

"A vida de um garoto dubliense - (...) - dotado de i crível imaginação é narrada com precisão cirúrgica por ele mesmo, enquanto vemos se formar, ao longo das páginas, magistral e imprevisível tempestade derradeira" (Orelha do Livro).

A Leitura é de fácil fluidez depois de se acostumar com a narrativa de uma criança, pois os assuntos se misturam numa velocidade que nem quando estamos conversando com uma criança.
comentários(0)comente



Rafael 04/07/2019

Reminiscências infantis
Este é um livro interessante, que irá evocar em qualquer ser humano emoções e sentimentos que, talvez, já ficaram num tempo bem longínquo. E essa, sem dúvida, é a sua característica mais marcante, é dizer, a capacidade e habilidade extraordinárias que o autor teve para conseguir plasmar a infância na escrita e no papel. Não é apenas sobre falar coisas de criança ou rememorar passagens da vida imberbe, mas sobre, literalmente, sentir de novo a delícia que é ser criança. Por isso sua leitura é recomendada, por essa fantástica sensação de estar vivendo, em conjunto com a personagem principal, todas as gostosas contradições da infância. Porém, nem tudo são flores, e nosso protagonista irá se deparar, ao longo de sua narrativa, com uma realidade que nenhuma criança deveria experimentar. Ponto que, mais uma vez, é abordado com maestria pelo autor, não só pela delicadeza e sensibilidade com que o protagonista vive a questão, mas, também, pela agudeza ingênua de quem, por ser criança, não consegue compreender, no todo, o drama das relações familiares. E qual seria o ponto fraco para não garantir a esta obra lugar de destaque em qualquer biblioteca? O autor, talvez absorto demais em contar sua estória, abusou um pouco no tamanho do livro, deixando-o, por vezes, enfadonho. Contudo, vale a pena persistir na leitura para se surpreender com o que ela tem de melhor.
comentários(0)comente



Aline 15/03/2019

Surpreendentemente nostálgico
Comecei a ler o livro sem qualquer referência ou noção do que se tratava. No começo não conseguia entender onde o livro chegaria (se é que chegaria em algum lugar) ou onde o autor queria chegar, mas logo percebi a vivacidade do narrador protagonista de 10 anos (descobri depois porque pela inocência me fez chutar uns 8 anos se comparado às crianças de hoje). Gostei muito do livro e do "ler" o livro. Achei o tom, o ritmo e a organização do livro extremamente precisos e condizentes com a narração de uma criança de 10 anos sem impropriamente infantilizar a narrativa. Mesmo sem compartilhar da mesma infância de traquinagens e brincadeiras de rua me vi sendo levada de volta ao meu passado de criança com uma assustadora exatidão nas interações, percepções e reações de criança. Me fez reforçar o fato de que uma criança não é menos "gente" do que um adulto, não sente ou vive menos que um adulto e por isso não deve ser subestimada, seus sentimentos e experiências não devem ser relativizados ou comparados com a realidade adulta. É algo que tento não esquecer, mas nunca lembro de onde veio. Sem contar a máxima de que crianças também são cruéis kk. Recomendo esse livro.
comentários(0)comente



Cris 22/10/2018

Através dos olhos de uma criança
“Se o mundo está girando, por que não giramos também?” Pág. 53

A história é narrada por Patrick, ou Paddy, como é conhecido. Ele tem 10 anos e vive com seus pais e seus três irmãos em um pequeno bairro em Dublin, na Irlanda em meados da década de 1960.
O autor escreve de uma forma que realmente parece se tratar de uma criança narrando. Paddy nos conta várias travessuras de sua infância: os amigos, as confusões na escola, o relacionamento conturbado entre seus pais e o seu próprio relacionamento com os irmãos.

Eu adoro livros narrados por crianças, mas este aqui tem passagens bem arrastadas. Além de a forma de o livro ser narrado não prender muito a atenção por ser um livro basicamente de memórias, ou seja, não há um grande mistério a ser revelado.

O livro não possui capítulos e nem divisões, é escrito de forma direta e eu achei a leitura um pouco cansativa por causa disso.

Mas apesar disso, tem passagens muito cômicas mostrando a visão de uma criança sobre os diferentes aspectos da vida, seus medos, sonhos e incertezas.

“ - E por que ela não diz o que realmente quer dizer?
Gente grande é assim.” Pág. 212


site: http://instagram.com/li_numlivro
comentários(0)comente



Rafa 07/07/2018

A sensibilidade
Um livro muito sutil, de leitura gostosa. Roddy Doyle me fez em 99,9% da leitura ter a certeza de que era uma criança escrevendo, apesar de ser contada em primeira pessoa, jamais se suporia que era um adulto fazendo as vezes de uma criança.

O livro conta a história de Simbard e Patrick, duas crianças "legítimas", posso assim dizer, já que não mascara em nada todos os percalços de uma infância. Por vezes eu soltava um riso irônico de tipo "é realmente dessa forma que acontece". Acho que a grande charada do livro está ai, na forma vivaz à qual o autor percorre a infância e nos faz sentir ou ressentir momentos vividos.

Me vi em Patrick, e Patrick me deu um "choque mental" ao me fazer relembrar momentos aos quais passei, alguns não muito bons assim como Paddy, mas totalmente necessário para me tornar o ser humano de hoje.

Obs: Como uma criança é muito mais sensível que imaginamos, como uma briga entre seus pais pode afetar em sua vida cotidiana, saio deste livro muito mais consciente de que a formação dos meus, quem sabe, "futuros filhos' passe muito pela minha formação como homem, pai de família e marido.
comentários(0)comente



45 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3