O Poder Simbólico

O Poder Simbólico Pierre Bourdieu




Resenhas - O Poder Simbólico


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Clio0 09/07/2021

Bourdieu foi um dos sociólogos a desafiar Saussure no tocante a conecção da fala com seu contexto social. Segundo ele, um não poderia ser separado do outro - essa ideia pode não parecer nova, mas é preciso lembrar que esse texto data da década de 80.

Em sua concepção, o poder simbólico advém da construção da realidade e que é a solidariedade social (ou intercomunicação, ou reavaliação, ou adaptação) que permite a troca de conhecimentos.

Não é necessário dizer que se segue uma discussão sobre ideologias, marxismo, jogo político e o sentido geral do simbolismo coletivo e individual.

Sua crítica a Chomski (que por muito tempo foi vedete em Letras) também é avassaladora. Para Bourdieu não há uma razão universal que dê forma a linguagem.

É um livro muito interessante para quem se interessa por esse campo específico que circula entre a semiótica e a política, mas por ser altamente teórico, pode desincentivar alguns leitores.
Felipe.Camargo 09/07/2021minha estante
Leitura bem complexa, preciso reler!




Paulo.Incott 03/04/2017

Bordieu - Poder Simbólico
O livro de Pierre Bordieu é fantástico. Abre um cabedal de percepção que escapa à grande maioria das teorias sociológicas que abordam as questões de poder.
Constrói uma noção de capital simbólico e de violência simbólica que é extremamente rica em permitir uma avaliação mais profunda das formas com que mecanismos de dominação se estabelecem em meio ao desenvolvimento do corpo social.
Bordieu trabalha como um projeto sociológico de ruptura com respeito ao modo como a sociologia é estruturada nas instituições de ensino.
Ele se insurge quanto ao que denomina de doxa, ou seja, o senso comum doutrinário que não faz muito mais do que substituir o senso comum por conceitos somente acessíveis aos iniciados nas letras universitárias, mas que não pode ser classificado como produto de um estudo sociológico por excelência.
Ao construir sua crítica Bordieu aborda diversos sistemas de pensamento. Em seu projeto procura trabalhar dois conceitos fundamentais para suas conclusões - os conceitos de habitus e de campo. Não farei aqui uma descrição dos termos para permitir ao leitor sua própria compreensão do sentido destes termos tão significativos no pensamento de Bordieu.

O grande campo de pesquisa do sociólogo francês é o da cultura e das formas de violência simbólica operadas dentro da sociedade.
Segundo o autor a violência simbólica só pode ser operada com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem.
Os sistemas simbólicos (arte, religião, língua) são vistos como estruturas estruturantes estruturadas de produção simbólica.

O grande mérito de Bordieu é de ter conseguido fugir do semiologismo para trabalhar numa forma de estruturalismo que não o permitiu ficar preso aos determinismos do pensamento estruturalista original nem mesmo ao radicalismo do pós-estruturalismo. Fazendo uso de diversas matrizes ele pode desnudar a violência operada por mecanismos de “nomeação”, “classificação”, “hierarquização de conhecimentos”, “valorarão dos símbolos” e outras formas de definição simbólicas.

Bordieu pretendeu superar o embate entre história e sociologia, pleiteando uma sociologia histórica ou uma historiografia social.

Em muitos aspectos sua obra ultrapassa o nível de debate comumente visível no campo sociológico. Sua crítica ao historicismo e ao culto do cientificismo são valiosos para uma série de estudos nos campos das ciências sociais. Sua aguda percepção do modo como a academia se tornou um meio de reprodução de dogmas retroalimentados não perderam em nada sua vitalidade, precisando ser enfatizada para desconstrução de um hábito idólatra de repetição dos ensinos dos “grandes mestres” e bajulação dos que ascendem a posições de destaque no meio acadêmico.

Vale muito a leitura!
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Arthur 20/07/2017

O poder simbólico: uma forma de dominação tácita, arbitrária e, muitas vezes, imperceptível
Pierre Bourdieu desenvolve, em "O poder simbólico", um estudo acerca da dominação em sua forma mais forte, justamente pela percepção dos regimes que institui como algo natural. “Esse poder invisível o qual só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem” é responsável pela mais cruel violência: a violência simbólica. Por meio de um acordo tácito, o poder simbólico se manifesta, estabelecendo relações de dominação, devido à não percepção da sua arbitrariedade.
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fabio.ribas.7 02/01/2021

O poder simbólico
Tudo é exploração no mundo de Bourdieu e não há nada que seja mais marxista do que isso. Qual é a diferença na análise reducionista dele? É a de demonstrar como que, em meio à luta entre a classe dominante e a classe dominada, esta contribui não somente para ser explorada, mas, até mesmo, pratica uma autoexploração, aceitando os papéis sociais e encaixando, adaptando o seu ser a esses papeis de sua existência profissional, transformando-o e identificando-o com sua profissão, por exemplo.
Evidentemente, para trazer algo de “inovador” para sua análise marxista, o autor se vale de três estratégias: 1) a extensão da sua crítica, que se dá desde uma reflexão sobre o papel e o objeto da própria sociologia, passando pelos conceitos de história reificada e história incorporada, a definição do conceito de região e o papel dessa na construção da identidade, a gênese da luta de classes e o conceito de espaço social, campo político, Direito, anomia e estética; 2) o questionamento crítico do próprio sociólogo pesquisador; e 3) uma crítica ao próprio marxismo.

site: https://medium.com/@ribaseribas1
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Ariadne 14/03/2021

Leitura densa porém engrandecedora
Comecei a ler esse livro do sociólogo francês Pierre Bourdieu para entender melhor os conceitos de "habitus" e "campo" que são usados no meu projeto de mestrado.

Como o Desafio Livrada! 2021 incluiu uma categoria para livro de sociologia aproveitei e me desafiei a ler o livro inteiro. Demorei bastante, mas aqui estamos.

Bourdieu nos desafia o tempo inteiro não somente pelo estilo de sua escrita, mas também por nos provocar o tempo inteiro e nos chamar ao pensamento sobre o mundo que nos cerca e os campos do Direito e até da Arte, nos capítulos finais do livro.

Um resumo deste livro seria pensar que o poder simbólico que o nomeia está em todos os lugares da sociedade até mesmo naqueles que nós pensamos que não está.

Recomendo muito especialmente os últimos capítulos.
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beatrxste 01/10/2022

O poder simbólico
Leitura realizada para o tcc com o intuito de compreender melhor acerca dos instrumentos simbólicos/poder simbólico abordados por Bourdieu
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Senna Glasc 30/06/2023

Fundamental
Se você busca entender como funcionam as relações de poder pautadas no acúmulo de capital cultural e na dominação dos meios de produção culturais esse livro é essencial
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Pablo 23/09/2023

ESTRATIFICAÇÃO HUMANA (pág. 131 à 139)

Escrita:
É interessante a forma como Pierre emprega seus conceitos em uma escrita muito densa e confusa.

Consideração Final:
Pierre expande as ideias de espaço social e como estamos segmentados em uma hierarquia de alguma forma. Uma proposta totalmente verdadeira.
Nota 3.
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