Drik Ramiro 25/10/2013
O Plano Perfeito
De antemão, já aviso, não costumo resumir livros que leio, mas reflito sobre o que li e aprendi com eles.
Mas esta é uma obra, que esgotei todo meu repertório de palavras e ainda acho que não descrevi a maravilha que ela é.
Bora conversar sobre O Plano Perfeito:
Em seu novo livro, Lycia Barros se supera com assuntos conflitantes que nos envolve, fazem cair os nossos queixo e nos levam a refletir sobre a complexidade do liberar perdão e trabalhar mágoas de uma vida sustentada pelo ressentimento.
E se até o segundo livro da trilogia, as histórias iniciam-se com amores impossíveis de se consolidarem, em O Plano Perfeito, uma paixão que tem tudo para dar certo desde o principio, arrebatara o leitor com o lado mais sombrio de um ser humano atormentado por seu sonho de vingança. Cuja a arma mais letal, para concretizar seu intento, é o amor de uma jovem que acredita ter sido agraciada , por encontra-lo.
Desde o primeiro livro, venho apostando todas as minhas fichas em Ivy, a caçula da do Cavaleiro. E ela foi marcando ponto, mostrando que tinha uma bela história para contar aos fãs da autora e de quem aprecia um belo romance. Dito e feito, a nossa adorável garota cresceu, foi para universidade e inicia a sua história, naquilo que pensa ser as férias escolares no seio da família. De volta à São Lourenço MG junto com Ivy, iremos nos encontrar com o barulhento Clã dos Cavaleiro. Agora maior, mais comédia, eletrizante, sem, contudo, deixar de nos abraçar com aconchego. Essa trilogia é um convite ao leitor para um café com bolo, em uma sala repleta de personagens ricos em seus sentimentos, conflitos, personalidades marcantes e histórias de um esplêndido aprendizado humano. Portanto, quando abri O Plano Perfeito, pedi um lugar no sofá e me sentei com eles, passeei por cada cena vivenciando suas vidas, levadas a rumos inesperados. Os laços que une essa família, podem ser posto em cheque, com algo destrutivo espreitando dividi-la, quando Ivy estende o braços para o amor na pessoa de um misterioso visitante da cidade.
Mesmo duvidando de que se apaixonaria tão cedo – até porque, ela cria que o foco era somente a sua carreira e estudos – ela se vê desmanchar de amores por Leonardo, o tal forasteiro.
O surfista enigmático, toma o coração dela em suas mãos sem pedir licença. Ivy sequer realiza que está se precipitando, por que para ela tudo tende a mostrar que este amor, nada mais é que uma dádiva divina para sua vida. Contudo, o amor que não pediu passagem para acontecer, não lhe dá alternativas para escolher o melhor caminho, ao menos um que não leve a temida ruptura familiar.
A escritora é mestre em tratar conflitos humanos – eu já disse isto, eu sei, mas vale repetir - mas no caso de Ivy, ela nos assola com cenas que nossa imaginação, crer existir, mas que jamais possa vir acontecer no mundo ensolarado do amor. E de forma polivalente, ela explora desfechos que não deixam incólume até as melhores famílias.
E nos perguntamos até que ponto somos capazes de aguentar algo, em nossos relacionamentos, por amar tão verdadeiramente alguém? E o quê somos capazes de suportar? Existirá um limite? Pois este é o grande trunfo dessa maravilhosa história, descobrir que ninguém está ileso de amar profundamente, e se machucar com a mesma intensidade.
Uma família que luta para que um dos seus bens mais precioso, não se iluda a beira de um abismo, pousando de felicidade. Mas será que todas as armas, para está guerra em proteger uma filha, são válidas. O melhor a fazer é permitir que a vida lhe de as cartas, ou interferir nas jogadas, para que vença o amor verdadeiro?
Enquanto o relacionamento de Ivy e Leonardo ultrapassa o limite do improvável, ela terá de não se entregar as trevas que pleiteiam seu lugar sobre eles, e não obstante, ainda se agarrar ao fio de luz, chamado esperança. Quem sabe assim, o fim possa ser o começo, ainda que o amor se prenda em armadilhas do destino, mas sem jamais ela deixar de crer, que um sonho fracassado, renasça nas linhas do plano perfeito de Deus, para a vida dela e do atormentado Leonardo.
Emoções afloradas te obrigam a levar esta leitura até o fim. Onde drama, debilidades, sorrisos, cenas bem humoradas e amores se misturam.
P.S*: Matei saudades de Adam e teve momentos em que ele me fez odiá-lo de paixão – Pode isso produção? Ri alto com as peripécias de Amanda, tentando controlar seus gêmeos, cuidar da casa e do marido. O filho mais velho deles, Tavinho, me fez chorar com inabilidade dos pais em perceber uma dificuldade tão comum nas crianças.
Ai que vontade de chacoalhar Paulo e dar um presta atenção em Rafael e Alexia.
Mas, o amor e o ódio, se digladiaram, quando me deparei com o lindo e misterioso Leonardo.
Preparem os lenços e as facas.
Um livro que toda mulher casada, de alma dilacerada, por coisas que só elas foram capazes de viver, deveria ler.
Obrigada Lycia Barros, por este bela obra.
Ah, só mais um coisinha...
Saio de São Lourenço e ainda não acredito que esta é uma trilogia (Viajem de Fã, que espera mais uma história).