Cainagouvea_34 17/02/2024
Antes de ler esse livro vi pessoas recomendarem ele como essencial. Acredito que muito da aclamação que esse livro tem vem muito da nostalgia, visto que muitos leram ele na infância ou adolescência.
O livro é dividido na chamada parte azul, que apresenta a família dos irmãos protagonistas Renato e Roberto, e a parte negra que mostra à batalha contra a droga por parte de Roberto e sua família. O livro de certa forma é datado com diversas questões que podem ser interpretadas como muito problemáticas para a conjuntura social que vivemos, o livro foi escrito no período da ditadura militar, então é bem comum ver nesse livro uma propaganda muito conservadora, de proteção dos bons costumes e até mesmo de amor exacerbado a pátria, além de em diversos momentos o protagonista Renato, na parte azul do livro citar o então secretário de segurança de São Paulo, Erasmo Dias como um "Exemplo", mas a história mostra que o garoto prodígio está em muito errado.
Sobre o livro em si achei a parte azul bem estressante justamente por esses problemas, além de não manter um bom ritmo. Já a chamada parte negra embora apresente novos problemas acaba sendo bem melhor de ritmo, e mais interessante também, embora seja exagerada em algumas partes, mas apresenta um bom final pro livro.
Acredito que para chocar a audiência a qual o livro foi destinado a autora tenta forçar a visão de que é uma história real, e no começo eu realmente fiquei em dúvida se era ou não, mas com coisas que acontecem mais pro meio do livro é inegável dizer que não passa nem perto disso.
Enfim, não é o livro que eu recomendaria para algum aluno ou qualquer outra pessoa, não acho que aborde de maneira coesa e da forma que deveria ser este tema, além das diversas problemáticas que as evoluções sociais resolveram desde o ano em que o livro foi publicado, não sei se vou ler os outros dois livros da trilogia visto que esse era o mais comentado e ainda sim não me agradou, mas quem sabe um dia eu lerei.