Sargento Getúlio

Sargento Getúlio João Ubaldo Ribeiro




Resenhas - Sargento Getúlio


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Ayana.Violeta 18/10/2024

Eu estava super interessada na história antes de ler o livro e pensei que até estava com defeito mas depois descobri que não tem parágrafos por ser uma marca do autor.

Gente que escrita horrorosa e confusa que os diálogos mesclam com a narração e não da para diferenciar.

E o pouco que peguei da história é de um absurdo. Tudo bem que pela época que ele se passa até faz sentido ser bem preconceituoso e tal. Porém matar grávida não é legal não.
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JAlia 15/09/2024

Sargento Getúlio e a honra
É uma leitura que leva tempo por ser complicada pelo uso de regionalismos e neologismos e pelo fluxo de consciência. Porém ao estudar sobre a obra e sua análise eu acabei gostanto muito mais, entendi certas coisas que havia deixado passar e me localizei melhor na narrativa. Extremamente interessante e crítica, um clássico que eu recomendo. Os detalhes demonstrados nessa obra são muito ricos, desde o contexto em que é passada até a demonstração dos dilemas que o personagem sofre. A questão da honra do sertanejo nordestino é muito bem mostrada e contrasta com as dúvidas que o personagem encontra pelo caminho. Sou apaixonada por literatura e entrei nas leituras clássicas recentemente, por isso acabei me perdendo na história, mas após o estudo sobre a obra, autor e contexto entendo o porque de ser um clássico.
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Carolina 13/09/2024

Primeiramente, é melhor vosmecê ficar sabendo que pra ler Sargento Getúlio Santos Bezerra tem que ser macho, nada de amunhecar antes do final do livro, onde já se viu, um livrinho desses, não dá nem pra jogar no coco de alguém - pimba! - nem é calhamaço, só porque o texto é meio confuso, mas isso é coisa de frouxo, vosmecê é muito frouxo ou é baiano. Já assistiu o filme com o Lima Duarte? Bela atuação, bons tempos do cinema brasileiro. Ô seu peste, assistiu ou não? quando um homem fala tu responde. Olhe que eu vou lhe apanhar lá em Paulo Afonso, seu cabra safado, e te obrigo a assistir. Pode isso, Amaro? E esse povo de Muribeca que não presta, tudo tabaréu, nenhum gosta de ler e só assistem porcaria na televisão, ficam logo arreliados por qualquer coisinha, bando de bexiguento. É pra assistir o filme e é pra ler o livro Sargento Getúlio Santos Bezerra, e aí eu quero ver quem abandona a narrativa antes de chegar em Aracaju. Porque se eu li, foi bem lido!
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Lana310 10/09/2024

Eu era ele e agora eu sou eu
Em um fluxo de pensamentos tão confuso que em um momento desistir de tentar entender tudo de fato e apenas deixei as palavras passarem. Getúlio cheio de opiniões e com tanto ódio, que sua revolta chega a beirar o anarquismo, e acabei tão envolvida dentro da sua consciência que em dado momento comecei a ver sentido em todas as artrocidades desse cruel sargento. Esse livro me deixou com dúvidas do início ao fim e sinceramente espero que elas não sejam respondidas
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Fernando1355 12/08/2024

Getúlio gosta muito de falar
João Ubaldo Ribeiro é um excelente escritor. A narração de Sargento Getúlio é fantástica, apesar de se dispersar nos pensamentos do protagonista, o livro conta com um maravilhoso dialeto nordestino.
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Claudio 19/05/2024

Grande sertão à João Ubaldo
João Ubaldo é dos maiores escritores do Brasil e seu romance de estreia é uma das provas disso. Eu já tinha lido outros dele e, como nos outros caso, esse aqui me arrebatou.
Com muita oralidade, cheio de neologismos e com uma história atravessando um Brasil parado no tempo, dá pra dizer que Ubaldo bebeu na fonte de Guimarães Rosa e aplicou seu estilo e seu humor.
O nosso personagem título é um oficial/jagunço violento e seguidor de ordens, que tem a missão de levar um preso até Aracaju. A missão é repleta de desafios que nos são contados pelo Sargento Getúlio, relatos sempre acompanhados de suas opiniões.
Um clássico que precisa ser muito mais lido e discutido.
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Paulo.Balbe 13/02/2024

Esperava mais
Difícil criticar algo tão incensado por grandes autores da literatura brasileira. Todavia, o livro não me causou uma boa impressão.
Uma narrativa violenta, repleta de regionalismos e linguagem regional arcaica.
A impressão que se tem é de estar assistindo uma novela de época sobre o cangaço (mas é posterior, possivelmente nos anos 40 ou 50). Texto corrido, sem parágrafos ou vírgulas.
Eu diria que talvez a narrativa impressione quem tem origens no nordeste brasileiro.
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Filipe 11/12/2023

O mais interessante deste livro certamente é observar como o autor tipografou o linguajar do interior rural brasileiro, onde junção de pedaços de fragmentos palavras formam uma palavra só. Como mineiro, reconheci muitos dos exemplos apresentados, mas confesso que, no início, dificultou um pouco a leitura ao me causar estranhamento com muitas outras palavras desconhecidas.

Não é uma história grandiosa mas, na cabeça do narrador-personagem, é. Sargento Getúlio narra os delírios de uma vida em que flutuou entre combater e cometer crimes, no conhecido estilo do detentor da lei no extremo interior brasileiro. Acredito ser um retrato fidedigno de muitas figuras da nossa história.
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Juliane4 02/12/2023

O livro descreve a jornada de Getúlio através do sertão, explorando sua psicologia, dilemas morais e as complexidades sociais da região. Sargento Getúlio é notável por sua linguagem rica, estilo literário único e pela maneira como aborda questões culturais e políticas. A obra é uma reflexão profunda sobre a condição humana, o poder, a justiça e os conflitos regionais.
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Carla.Parreira 15/10/2023

Sargento Getúlio
?
A história tem uma oralidade nordestina, com uma linguagem caracteristicamente arcaica, barroca e lírica. Retirei um pequeno trecho apenas para exemplificar o realismo telúrico da época e definir o ?cabra-macho? do personagem principal:
?...O senhor já ouviu falar de meu nome, Getúlio Santos Bezerra, sou eu mesmo e quando eu dou risada pode todo mundo tremer e quando eu franzo a testa pode todo mundo tremer e se eu bater o pé no chão pode todo mundo correr e se eu assoprar na cara de um pode se encomendar. Sou curado de cobra e passo fome, passo frio e passo qualquer coisa e não pio e se me cortarem eu não pio. Durmo no chão, durmo em cama de vara, durmo em cama de couro, ou então não durmo e quem primeiro aparecer, primeiro quem atira sou eu e quando atiro não atiro nas pernas, atiro na cara ou atiro nos peitos e os buracos que eu faço às vezes é um em cima do outro e tem uma coisa: em Sergipe todo não tem melhor do que eu e se eu lhe digo que não tem um melhor do que eu em Sergipe, não vejo esse bom, estou lhe dizendo que não tem melhor no mundo, porque essa é uma terra macha e eu sou o macho dessa terra...?
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Fabio Shiva 26/03/2023

Eu sei que vou te amar, João Ubaldo Ribeiro!
Eu sempre soube que um dia iria me apaixonar por João Ubaldo Ribeiro. Durante a minha adolescência, como baiano “exilado” no Rio de Janeiro, eu acompanhava com gratidão as crônicas semanais dele no Jornal O Globo, que hoje percebo terem sido verdadeiros talismãs para preservar a minha baianitude interior.

E então, em 1991, a Rede Globo exibiu a minissérie “O Sorriso do Lagarto” (https://youtu.be/5VXp6a2z9qk), baseada em um romance de João. Não me lembro de ter visto a série, mas fiquei louco para ler o livro. Só que a leitura me causou uma profunda decepção por conta do final, que o leitor que eu era na época achou abrupto e sem sentido (hoje quero ler novamente “O Sorriso do Lagarto”).

Tempos depois, tive uma nova decepção ao ler “A Casa dos Budas Ditosos” (http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2013/03/a-casa-dos-budas-ditosos-joao-ubaldo.html). Talvez o motivo tenha sido um puritanismo de minha parte. Mais uma vez, é o caso de ler de novo para ver o que acho agora.

Na terceira vez dei mais sorte, ao ler “O Albatroz Azul” (http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2012/06/o-albatroz-azul-joao-ubaldo-ribeiro.html), publicado em 2009 e último romance de João, que desencarnou em 2014. Uma história serena e melancólica, retrato do autor diante do fim, que liguei a “Memorial de Aires”, derradeira obra de Machado de Assis, por evocar os mesmos sentimentos.

Mas ainda não fiquei satisfeito. Faltava um encontro arrebatador com João Ubaldo Ribeiro. Nesse início de 2023 tive a oportunidade de enfim passear pela Ilha de Itaparica, onde senti muito forte essa conexão com João. “Ele se banhava nesse mesmo mar”, cheguei a pensar, tomado por uma emoção inexplicável. Nem tentei encontrar alguma explicação: ao chegar em casa, fui direto apanhar “Sargento Getúlio” para ler.

E essa história toda que contei até aqui foi só para enfatizar: “Sargento Getúlio” é um dos melhores livros que li na vida! Uma brilhante joia da Literatura Mundial e certamente uma obra-prima da Literatura Brasileira.

É difícil escolher por onde começar a louvar esse livro, que cumpre com muito esmero uma das mais altas metas da Literatura, que é expressar a totalidade da vida em um romance. A história do Sargento Getúlio é tão horripilante quanto apaixonante: ficamos estarrecidos e, ao mesmo tempo, estranhamente comovidos. Getúlio é um monstro de brutalidade, mas também nobre e heroico à sua maneira.

A linguagem utilizada, do monólogo intensamente regional, é tão desafiadora quanto sedutora. Em poucas páginas fui capturado sem remédio, e me peguei economizando na leitura para fazer o livro durar mais. E essa foi a única queixa que guardei de “Sargento Getúlio”: o livro chegou ao fim.

Melhor deixar o próprio Getúlio falar por si:

“Sempre digo, nas festas de rua, quando o povo se junta feito besta de um lado para o outro: olhe as galinhas de Deus.”

“No natural, não falo com quem atiro, é um despropósito. Já se viu, por exemplo, matar um porco e dizer a ele que ele vai morrer por isso e por aquilo outro. Nada, é a faca. Quem se mata não se conversa.”

“Se quer fazer uma coisa, não converse. Se não quer, converse. Eu tinha de fazer.”

“Minha mulher sou eu e meu filho sou eu e eu sou eu.”

“Mas ninguém sente um bicho de pé sem se ver na obrigação de tirar.”

“Não que parece um ano; parece um dia, que o ano passa depressa, mas o dia passa devagar.”

“Essas alturas, se ele pudesse, me matava. Quer dizer, então não pode mais viver, que eu não vou existir com um cabra com sede no meu sangue, adonde.”

“Donde que o homem esguincha sangue mais longe do que pode cuspir.”

“Eu disse: dormindo na sua cama de vara, seu pirobo, agora veja essa peixeira que eu truxe, que deixei envenenada dentro dum rato morto duas semanas e tem um anzol no bico que é para eu arrancar um pedaço de sua tripa quando ela sair da sua barriga e tomar com cachaça, porque se tem uma coisa boa essa coisa é uma tripa de cabra safado assada de tiragosto, fritada na farinha do reino.”

“Eu respondia: quero viver uma vida curta de macho, sendo eu e mais eu e respeitado nesse mundo e quando eu morrer se alembrem de mim assim: morreu o Dragão. Que trouxe uma mortandade para os inimigos, que não traiu nem amunhecou, que não teve melhor do que ele e que sangrou quem quis sangrar. Agora eu sei quem sou.”

Filme “Sargento Getúlio”:
https://youtu.be/X0Zv2IUIFo4

Sinto que não demorarei a encarar a opus magna de João: “Viva o Povo Brasileiro”. E viva, viva! Viva João Ubaldo Ribeiro!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2023/03/eu-sei-que-vou-te-amar-joao-ubaldo.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Deco 14/11/2022

Regionalismo confuso
Essa foi a primeira obra de Ubaldo Ribeiro que li. Conta a historia do Sgt Getúlio, que recebeu a missão de transportar um preso de PAULO AFONSO/BA até ARACAJU/SE.

Toda a história é narrada pelo próprio Sgt Getúlio, como se estivesse contando para um amigo, ou ainda, refletindo consigo mesmo, com todos os regionalismos e expressões da época.

O livro é um pouco confuso pela linguagem e pelo estilo de narrativa, mas aos poucos me acostumei e fluiu melhor.

Acredito que o foco da obra seria a propria psique de Getúlio e a sua violencia contida (ou incontida) contra o prisioneiro comunista.

Apesar do renome do autor, não me agradou tanto.
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