O herói discreto

O herói discreto Mario Vargas Llosa




Resenhas - O herói discreto


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Hélio 20/03/2024

Uma jornada bonita, uma chegada sonolenta.
Eu comecei a ler "O herói discreto" há uns 10 anos. Parei depois de 3 capítulos, e desde então o livro ficou na minha estante, pedindo pra ser reaberto. Mas férias desse ano retomei a leitura, decidido a terminá-la. Acompanhar os dois núcleos sirenes diferentes foi bem empolgante porque ambas as tramas contam com mistérios e com personagens que nos cativam, como Don Rigoberto e o sargento Lituma. Os acontecimentos e as possibilidades de elucidação dos mistérios foram me empolgando e me deixando ávido pelo desfecho e pelo entrelaçamento das duas histórias.

Em especial, o personagem do Edilberto Torres, e seu charme e elegância misteriosa. Esse foi o personagem que eu melhor conseguir imaginar a voz e o jeito de falar. Acontece que seu papel na trama aacabou não sendo nada do que eu esperava, e ao final do livro, apesar da gargalhada que eu dei, ficou um gosto de: cadê os tiros, porradas e bombas que eu estava esperando???

Um outro ponto que não gostei tanto foi o Felicito Yanaqué. É um personagem que ao meu ver é raso. Tudo que ele passou com o pai e os sacrifícios que o pai fez por ele foram insuficientes para criar nele a fagulha de um pai verdadeiramente amoroso. Apesar de sua retidão de caráter, foi incapaz de superar alguns traumas pelos quais passou.

Finalizando,é um livro que vale a pena ser lido. A escrita de Vargas Llosa é primorosa, uma aula de criação de narrativas. Temos muitos personagens cativantes e um cenário vivo e pulsante.
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Juliana 31/03/2015

impressões
Sempre ouvi falar bem desse autor e como era um suspense resolvi o ler para o desafio, e foi um desafio! A escrita do autor é densa, mas bem construída e a curiosidade de saber onde as duas histórias se relacionam foi o que me moveu. Há coisas no livro que me levaram questionar será que isso acontece? e isso me fez pensar nunca uma novela das 20h da globo apresentará isso,isso na época que eu assistia.
Recomendo a leitura.
Fer Kaczynski 31/03/2015minha estante
Mais meninas leram esse autor para o desafio e adoraram, pretendo ler tbm, bj




deniferreira 03/01/2023

Vargas Llosa é daqueles autores que têm o dom da primeira página: quando você vê, já leu 20! Porém, mesmo com um início empolgante, achei que o livro se arrastou. Gostei do final, mas não é das melhores leituras do meu ano.
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Maria 29/05/2022

O heroí discreto
Um livro que aborta duas historias distintas que em um dado momento acabam se colidindo, digamos q de uma forta um tanto inesperada. A primeira historia é sobre um empresario q recebeu uma carta dizendo q ele deveria pagar uma quantia para a proteção da sua empresa e da sua familia. Entretanto ele fica perdido quanto ao que fazer já que a unica herança q seu pai lhe deixou foi a frase " Nunca se deixe pisar por ninguém, filho ". A segunda, fala sobre um homem q quer tirar aposentadoria antes do tempo, só que acaba se metendo em algumas confusões envolvendo seu chefe e amigo. Além disso, o seu filho começa a falar sobre conversas com um determinado estranho.
É um livro com uma leitura simples e dinámica, alguns pedação são dificeis de ler, mas no geral é otimo. Os personagens são bem desenvolvidos e a trama melhor ainda.
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Nemec 02/07/2024

Excelente novela
Primeiro livro que leio de Vargas Llosa e achei realmente muito bom.

O autor sabe como criar uma narrativa que te prende do início ao fim (ao menos neste livro). Os personagens são vivos e pulsantes, e há uma brincadeira o tempo todo de contar a estória por diversas perspectivas, por vezes misturando um pouco de passado com presente, mas dando realmente uma impressão "cinematográfica" pelo dinamismo de como a história evolui.

Foi definitivamente uma agradável leitura.

Esse livro eu li através da plataforma Biblion.
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Aguinaldo 09/09/2019

o herói discreto
Romance publicado em 2013, entre dois outros já registrados aqui, os bons "El sueño del Celta", de 2010 e "Cinco esquinas", de 2016, "El héroe discreto" funciona tanto como romance, quanto como uma aula magna de construção de narrativas. Vargas Llosa alterna em capítulos temáticos duas histórias que lentamente, só quase no final, irão convergir, mesclarem-se. Não quero contar muito da trama para não roubar nenhum prazer do leitor. Posso dizer que as histórias são sobre um valente empresário de Piura, cidade do interior peruano, e um nobre advogado (um oxímoro, claro) de Lima, a capital do Peru. Ambos são afetados pelas más ações de terceiros, e precisam valer-se de toda honestidade intelectual, engenho e artimanhas para se safarem, não se prejudicarem. Vargas Llosa oferece ao leitor um romance bem humorado, longo, mas que nos prende do começo ao fim. Incrível o fôlego e a capacidade de invenção deste senhor já octogenário. Não sou exatamente um especialista na língua espanhola, mas a linguagem utilizada no livro me parece ser seu maior predicado. Llosa faz seus personagens abusarem de palavrões, gírias, jogos de palavras, diminutivos carinhosos, maneirismos e toda uma tradição oral, elementos que contrastam a vida no interior e a vida na capital. Ele também alterna duas ou mais narrativas dentro de um mesmo capítulo, como se o narrador contasse sua história emulando as vozes e trejeitos dos personagens em uma apresentação teatral, mesa de bar ou sala de aula. Pelo menos dois personagens antigos de Llosa reaparecem no livro, o sargento Lituma (que conhecemos desde "A casa verde", de 1966 e don Rigoberto (com sua lasciva Lucrécia e seu filho Fonchito, de "Os cadernos de don Rigoberto", de 1997). Dá vontade de voltar a esses textos antigos. Que belo livro. Mas vamos em frente. Vale!
Registro #1445 (romance #362)
[início: 31/08/2019 - fim: 05/09/2019]
"El héroe discreto", Mário Vargas Llosa, Cíudad Autônoma de Buenos Aires: Aguilar, Altae, Taurus, Alfaguara / Penguin Random House Grupo Editorial, 1a. edição (2013), brochura 15x24 cm., 392 págs., ISBN: 978-987-04-3113-8

site: http://guinamedici.blogspot.com/2019/09/el-heroe-discreto.html
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Renato 22/04/2018

Primeiras impressões
Mário Vargas Llosa é um nome que, nas minhas pesquisas, sempre esbarrava em listagens e ranqueamentos de obras literárias na língua espanhola.

A história deste livto(primeiro do autor que acabo de ler) se fez interessante por se passar em um país desconhecido até então para mim na literatura: o Peru, mais especificamente a província de Piura. Foi prazeroso ler Llosa citar nomes de ruas, sabores e expressões regionais. Me provocou querer saber mais.

Também gostei da forma como Llosa, em alguns momentos, articula dialogos com espaços e tempos ímpares aproximando-os e assim talvez, arrisco-me a interpretar tal intenção, não diferenciando os tempos vividos pelos personagens. Achei um recurso bastante eficaz para a história que se desvendava página por página.

Um último ponto a se destacar: certas passagens denunciando mentalidades, juízos, caricaturas e expressões desbocadas essencialmente latina americana.

Um bom livro.
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Danilo Vicente 19/06/2016

Leia agora!
Incrível! Mário Vargas Llosa é leitura de primeira. Recomendo muito! O Herói Discreto. Indo à livraria comprar outro do peruano.
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ElisaCazorla 30/05/2016

Sério mesmo????
Este foi minha primeira obra deste autor. Há tempos que ele está na minha lista e que sei que preciso ler para conhecer um autor tão importante.
Foi uma grande decepção! O livro é ótimo até o desfecho. O final é tão grotesco (quase uma falta de respeito com o leitor!) que desmereceu toda a obra. Não posso desistir do autor porque sei que ele é muito importante e aclamado. Depois que conseguir engolir esse livro, tentarei ler um outro.
Se esta é sua primeira vez lendo Vargas Llosa, pare! Substitua o livro. Como primeira impressão do autor este é uma péssima escolha.
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Silmara F. 30/12/2015

A aranha, o casamento e as aparições
“Os seres humanos, cada pessoa, são abismos cheios de sombras” – página 156

O Herói Discreto, primeiro livro que li do escritor peruano Mario Vargas Llosa, conta duas histórias a princípio distintas: a primeira narra a vida de Felícito Yanaqué, dono da Transportadora Narihualá, em Piura. Logo na primeira página do livro, a personagem recebe uma carta anônima enviada pelos mafiosos da cidade que transparecia a seguinte mensagem: pague uma quantia para a gente e deixaremos sua empresa e sua família intactas. Entretanto Felícito é um homem que recebeu como herança do pai um único conselho: nunca se curvar a nada, nunca se deixar ser humilhado, e sendo assim torna-se o primeiro empresário que desafia os chantagistas. Essa escolha muda sua vida de ponta cabeça e o senhor Yanaqué se vê em uma história digna de cinema – recheada de traições, sequestro, mentiras, reviravoltas e surpresas.

O segundo enredo relata a escolha de Ismael Carrera – dono de uma empresa de seguros – em se casar com a empregada de sua casa, Armida, e essa decisão desperta a raiva de seus filhos gêmeos inconsequentes que não medem esforços para acabar com a felicidade do pai e ficar com a enorme fortuna. Foi com agradável surpresa que percebi que essa história é contada, na realidade, pelo ponto de vista do amigo de Ismael, don Rigoberto, que se vê no meio dessa confusão quando aceita ser testemunha do casamente de Ismael com Armida.

Há uma trama subsequente nesta segunda história que merece ser comentada: o filho de don Rigoberto, Fonchito. Fonchito é uma criança muito inteligente e sagaz, que de repente começa a revelar sobre as aparições de um homem, cujo conversa sobre muitos aspectos, mas principalmente religiosos. Ninguém parece saber da existência do indivíduo e os aparecimentos ocorrem em vários lugares. O que intriga os pais de Fonchito é que este homem parece saber de todos os pensamentos do filho, além de falar coisas incomuns para um desconhecido. Seria uma assombração? O diabo ou um anjo? Um homem qualquer ou uma invenção de criança? Eu fiquei muito interessada nesse mistério inusitado, pois me surpreendeu algo do tipo neste livro – já que não há menção de tal trama na sinopse. É maravilhoso ver as inquisições e indagar se tudo é verdade, mentira ou loucura. Para mim, umas das partes mais aguardadas no livro.

A narrativa do Llosa é o quesito que mais me agradou no livro. Muito bem construído, fiquei maravilhada com a habilidade do autor de passar do presente para o passado na mesma conversa, e intercalar esses dois tempos muito bem, fazendo-nos saber exatamente o que está acontecendo. Os capítulos possuem em média 17 páginas – longos, mas não entediantes – e são sempre a intercalação das histórias.

Os personagens são muito bem construídos, com suas qualidades e defeitos. Vamos aprendendo sobre cada um com o tempo e seus motivos para a realização das respectivas atitudes. Também encontramos muitas referências a cantores, artistas, obras de arte e de literatura.

Quanto ao livro físico, minha edição é a 1ª da editora Alfaguara. Tradução de Paulina Wacht e Ari Roitman. Gostei muito, não deixou a desejar. A capa é linda, por mais que eu preferiria sem o efeito de desfoque.

Concluindo, foi um livro que demorei a ler, pois não é algo infanto-juvenil, mas que me encantou demasiadamente por conta de sua narrativa bem elaborada e sua história que em determinados momentos sabe tirar o fôlego. Dou 5 estrelas por isso, apesar de não ter outro livro do mesmo autor para fazer uma comparação de qualidade.
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Kamila 21/12/2015

O Heroi Discreto conta a história de don Felícito Yanaqué, um pequeno empresário que vive em Piura, uma cidadezinha no norte do Peru. Ele é proprietário da "Empresa de Transportes Narihualá" da qual se orgulhava, pois havia lutado muito para erguê-la.

Enquanto isso, em Lima, vivem don Rigoberto, seu filho Fonchito e sua segunda esposa, Lucrecia. Don Rigoberto era amigo de Ismael Carrera, proprietário de uma companhia de seguros, aproveitando-se de sua terceira idade – oitenta anos recém completados – para casar-se com sua empregada doméstica. Mas Ismael não contava com a reprovação de seus filhos.

Um certo dia, Felícito foi para seu escritório, como sempre fazia e chegando lá, viu que tinha recebido uma carta. Uma carta com tom de ameaça. Pediam suborno. Se Felícito pagassem o que pediam, não lhe aconteceria nada, nem a ele, nem a empresa. Ao receber a carta, Felícito temeu pela vida de sua mulher, seus filhos e sua amante, Mabel. Felícito recorre ao sargento Lituma, que, apesar dos recursos escassos e a preguiça inicial, resolve ajudar a descobrir o autor das ameaças, que ficou conhecido como “aranhinha”, porque sua assinatura era o desenho de uma aranha.

Aí, Felícito evoca a memória do pai, Aliño, um homem pobre que, sozinho, criou Felícito, já que foi abandonado pela mãe ainda bebê. E a memória do pai veio em uma frase: Nunca se deixe pisar por ninguém, filho. Esta é a única herança que posso lhe deixar. A frase do começo do post e que é citada por diversas vezes.

As histórias se entrelaçam quando don Felícito descobre que sua esposa tem uma parente em Lima. Até então, Gertrudis, a esposa, era um ser submisso, quase que inexistente.
Eu recomendo a leitura por vários motivos: é de um dos meus autores favoritos, claro. Não é só por isso, a trama está bem entrelaçada, tem mistério, suspense e um criminoso que vocês nem imaginam – nem eu, rs. A história foi bem escrita, todos os pontos se unem perfeitamente, os personagens, mesmo saídos de outros livros, se encaixam aqui e se o autor não fala – e você não leu – você não saberia que don Rigoberto, Lucrecia e Fonchito são protagonistas de “Elogio à Madrasta” e o sargento Lituma é o protagonista de “Lituma nos Andes”.

Nesse livro não tem relatos biográficos do autor, mas Piúra continua viva, como em todas as histórias do autor. É o Peru, que proporciona ambientes incríveis para as histórias de Vargas Llosa.


site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2015/02/resenha-o-heroi-discreto.html
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Ricardo 13/11/2015

che guá
O livro tem enredo de novela, infelizmente abaixo da crítica. Difícil acreditar que foi o Vargas Llosa quem escreveu.
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Valério 10/02/2015

As faces de Llosa
Mario Vargas Llosa escreve livros que me provocaram sensações parecidas a um soco no estômago. Assim são os livros "Travessuras da menina má", "Elogio da Madrasta" e "Os cadernos de Don Rigoberto". Escreveu também uma obra primorosa, cruel, verdadeira: "Batismo de fogo". Estas são as grandes obras primas de Llosa. Há também uma comédia: "Panteleão e as visitadoras". Após ler todos este livros, comecei a ler "O herói discreto". Ao ver que haveria um personagem que já foi protagonista no livro "Lituma nos Andes", tratei logo de ler este também.
Os dois são uma nova faceta de Llosa: O suspense policial.
E, se Lituma não foi muito bem em "Lituma nos Andes", acertou mais a mão neste livro. Resgatou outros personagens (Dom Rigoberto, Lucrécia e Fonchito), conseguiu dar mistério no ponto certo.
Lemos o livro tentando adivinhar o que houve e o que vai acontecer. A história gira com núcleos independentes, no começo: O núcleo de Don Rigoberto e seu chefe, Ismael. E o núclelo de Felícito Yanaqué, empresário do setor de ônibus.
Até que as histórias se encontram.
Dica: Leia "Elogio da madrasta" e "Os cadernos de Don Rigoberto" antes de ler este livro. Garanto que fará muito mais sentido.
Mas não leia "Lituma nos Andes". Não fará falta nenhuma.
Por fim, ainda que "O herói discreto" seja melhor suspense policial que "Lituma nos Andes".
Mas quer um conselho: Vá nas obras primas citadas no começo. Não há arrependimentos.
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Breno Vince 19/08/2014

Para leitores mais acostumados
Com duas tramas bastante envolventes com personagens bastante carismáticos, o Herói Discreto é uma excelente opção para leitores mais acostumados com leituras mais densas e, em minha opinião, em especial para aqueles que estão em uma transição de uma leitura de iniciação para uma mais avançada. Ao meu ver, não é o que mais recomendaria para uma primeira leitura (por melhor que seja, prefiro recomendar histórias mais leves e que requerem menos do leitor, para criar costume de ler) para os mais iniciantes (embora não seja impossível, pois a trama é muito boa), mas recomendo fortemente para os que querem iniciar suas leituras com escritores melhor gabaritados no mundo literário. Ao ler O Herói discreto, você, leitor como eu, terá o privilégio de, ao mesmo tempo, ler uma história que se desenvolve incrivelmente em diversos aspectos de relativa fácil leitura e um livro de um Autor Premiado, Mario Vargas L.
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