Diário da Morte

Diário da Morte Milton Terra Verdi



Resenhas - Diário da Morte


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Lina Angelica 15/03/2013

Burocracia
A tragédia do Cessna-140, enfoque dramático da eterna burocracia, brasileira e latino-americana. Na cidade de Fernandópolis, Estado de São Paulo, há um logradouro público que leva seu nome. Ele e o cunhado, Antônio Augusto Gonçalves, tiveram que fazer um pouso forçado do Cessna 140 em que viajavam no meio da selva boliviana, entre Corumbá e Santa Cruz de La Sierra por falta de combustível. O registro começa no dia do pouso forçado, em 29 de agosto de 1960. De acordo com o relato de Milton, seu cunhado morreu de inanição mais de uma semana depois. Verdi esperava por um socorro que nunca chegou a tempo. Foram 70 dias de angústia, tendo que conviver com a decomposição do corpo de Antônio. Só podia contar com a água da chuva que vinha de vez em quando. Foram feitas tentativas de se embrenhar na mata fechada, porém em vão. Com fome e sede constantes e mesmo assim ainda conseguia escrever usando mapas e documentos para se manter lúcido. À medida que o tempo ia passando e o socorro não chegava, a solidão e o desespero tomavam conta.

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Andrea 14/04/2013

O Diário da Morte

Milton Terra Verdi e seu cunhado Augusto, ambos com família em Fernandópolis-SP e São José do Rio Preto-SP, decolaram de Corumbá-MS com destino a Santa Cruz de La Sierra na Bolívia, para tratarem de negócios. Depois de alguns imprevistos técnicos e meteorológicos foram obrigados a pousar numa clareira na mata fechada em território boliviano, por não conseguirem chegar ao destino e o combustível estar no fim. A partir de então Milton começou a escrever um diário relatando os 70 dias que ficou na mata e todo o drama que viveu até morrer de fome e sede. O diário está publicado na íntegra. Por causa da imensa burocracia no Brasil, seu pai demorou muito para conseguir ajuda do governo para resgatar os dois rapazes. Quem acabou tendo mais boa vontade e solidariedade mesmo foram as autoridades bolivianas, o que acaba despertando na gente um enorme sentimento de indignação. Tudo bem que isso aconteceu em 1960 quando os meios de comunicação estavam muito longe do que temos hoje, mas mesmo assim, ficou claro a má vontade das autoridades brasileiras em resolver a situação. Dizem que só se compara ao Diário de Anne Frank, mas este eu achei bem mais trágico. Acho importante que as pessoas leiam para dar um pouco mais de valor a vida e as coisas que realmente interessam.

Trecho do livro:

"Como se acabam as ilusões de um homem. Hoje para mim, um litro d'água que é a coisa mais barata que nós temos, vale mais que todo o dinheiro do mundo e um prato de arroz com feijão não tem dinheiro que pague. Se Deus nos der nova chance, temos planos de ser os homens mais humildes do mundo, querendo apenas ter nossa comida, água em abundância e o carinho das esposas, filhos e familiares".
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timica 14/07/2009

Surpreendente a resistencia humana diante da adversidade. Lenta reação de resgate... Fiquei impressionada... Depois desse relato passei a Amar muito mais minha vida!!!!!
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Riquelme 09/11/2022

Um Final Feliz Desperdiçado
Um história real impressionante que poderia ter tido um final feliz se não fosse o descaso e a lentidão das autoridades e da equipe de resgate. Uma história que merece ser contada (de novo) e alcançar mais pessoas. A luta dos dois pela sobrevivência, principalmente os momentos em que o Milton se dedicou a escrever é uma lição muito forte.
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