Andre.28 23/10/2020
Romance, clichês e um final que agrada
A literatura tem esse poder de passear pelos diferentes momentos da vida das pessoas, sendo ousadas. Temos dentro deste passeio literário uma categoria que vem se consolidando, um gênero literário que tomou o gosto do publico, especialmente nas ultimas décadas, que é os romances adultos/hot. Neste gênero, há uma série de clichês que funcionam (ou não), dependendo como a escrita é apresentada e como o enredo é desenvolvido. É o caso de “Suave” livro publicado em 2013, pela autora estadunidense Lori Wilde, e que faz parte da série “Harlequin Flor da Pele”.
O livro conta historia do bilionário Jeb Whitcomb, um homem que quer se regenerar ajudando os outros, dedicando seu tempo em prol a projetos filantrópicos. Sua busca para ser um homem melhor está relacionada ao termino de seu relacionamento. Além de tentar mudar a fama de homem fútil, Jeb agora decide entrar numa espécie de celibato, para “mostrar” que não é um garanhão. Ele fica desesperado quando recebe notícias de que o amor de sua vida aceitou se casar com outro. Com apenas quatro dias para cruzar o oceano e impedir a cerimônia, Jeb se meterá em altas confusões, após uma coincidência do destino, descobrindo uma passageira inusitada que o acompanhará, a sedutora desajeitada e “certinha” Haley French. Haley é uma jovem mulher que trabalhou com Jeb, desenvolvendo uma atração (sexual) por ele, ela irá tentá-lo nessa viagem de “um homem regenerado”. Dentro do clima de viajantes e marujos presos em alto mar, Jeb e Haley não resistem a forte tensão sexual que os liga.
Honestamente, esse livro não é um primor de escrita, sendo seu objetivo apenas entreter os leitores com uma história hot sem filtro. Causa um tipo de embaraço, da metade pro final que chega a ser um hot num nível quase explicito, mas no geral consegue desenvolver um enredo, mesmo que maluco (risos). O começo é meio inocente e lento, o Jeb tem uma “mini” obsessão pela ex que beira a loucura (Pat Peoples, é você?), mas depois quando o clima esquenta com a Haley, saiam da frente que fogo no parquinho. Eu também fiquei impressionado com a história da Haley, que chega a ser superpesada, mas a autora meio que passou por cima do passado, já que a história era mais um hot do que um drama propriamente dito. Haley é aquele tipo de pessoa insegura, que precisava de um empurrão e uma dose de autoconfiança pra se superar, apesar de suas feridas. A autora soube bem amarrar o final, que foi até fofinho. É um bom livro para curar ressacas