Resenhas - A desumanização

malu 30/12/2023

Ainda não sei oq falar sobre essa leitura. Criei muita expectativa e no final fui decepcionada. Isso não quer dizer que a história seja ruim, de jeito nenhum! Talvez em outro momento gostaria mais, mas não consegui me prender a história por mais que ela seja tão sensível.

Leticia 27/12/2023

"Não inventava mais monstros. Bastavam-me os que a realidade tinha."
"O meu coração sem visitas perderá a memória e, quando nos separarmos de vez, certamente será mais feliz."

Este é o segundo livro de Valter Hugo Mãe que leio, e estou impressionada com o vocabulário riquíssimo. O livro é bem denso e tristíssimo, abordando principalmente o luto e suas consequências pela perspectiva de uma criança, o que torna o livro bastante doloroso.

Sara 22/12/2023

?
Queria ter gostado desse livro o quanto ele merecia. Definitivamente não deu certo pra mim nesse momento que estava. É de uma profundidade sem tamanho, muito denso e triste, eu não consegui ir tão fundo na leitura, pra mim pareceu um monte de palavras juntas e só. Uma pena, talvez pra uma releitura no futuro.

Marcella2 08/12/2023

Sem os floreios: crueldade
Tive muitos sentimentos conflitantes durante essa leitura. Ainda que o enredo seja triste, do background ao que assistimos se suceder com a nossa protagonista, é uma história fluída e com muitas reflexões bonitas e leves.

Por um lado, a discussão sobre a morte e as diversas violências, por outro acompanhamos pensamentos muito ingênuos que nos fazem lembrar que se trata de uma criança e essa lembrança sempre que veio me incomodou profundamente.

Tenho dificuldade de dizer do que se trata essa história sem me doer com a relativização das violências que são sofridas pela Halla: de abusos diversos cometidos pelos pais, ofensas completamente absurdas sendo disparadas a uma criança de 11 anos até a mutilação provocada pela mãe (que também se automutila) até essa iniciação na vida sexual com um homem bem mais velho.

E está em Einar a personificação do que mais me incomodou: um personagem que aparece desde a época da irmã viva como um assediador, que passa impune por engravidar uma menina de 12 anos, Halla é entregue à ele depois de um aborto aos olhos daquela comunidade, com a benção do ?padre? que os acolhem na igreja e que no final da história recebe um tipo de redenção das mais absurdas.

Em relação a poética, realmente, um livro irretocável. Mas a narrativa em si, considero extremamente rasa. Sem os floreios e as palavras bonitas, sobra apenas observar ?as nossas pessoas? negligenciando e tratando com extrema crueldade uma criança.

Faltam banners com alertas de gatilho na divulgação desse livro.

otxjunior 05/12/2023

A desumanização, Valter Hugo Mãe
Desumano foi ler isso com sensação térmica de ponto de ebulição. Nem a fria Islândia ou qualquer outro lugar do espaço, onde VHM (não-)localizou este conto de personagens autodestrutivas, chama a atenção. O livro acaba como o fim de qualquer capítulo: sem eu aproveitar a leitura.

lorena 05/12/2023

Terrível
Muito massante, 180 páginas pareceram 400 sem pé nem cabeça. Sei que isso não define as obras do autor e que talvez eu só fui muito infeliz na minha escolha de primeira leitura dele.
Não entendi o ponto da história.

Guilherme Vechiato 01/12/2023

Poesia Pura
Valter Hugo Mãe é um dos autores portugueses mais renomados e chegou a hora de conhecer sua escrita. Encarei A Desumanização sem saber nada da história e me surpreendi com uma tristeza poética que gostamos muito por aqui.

É um livro denso, sobre como lidar e absorver o luto aos olhos de uma menina que perde sua irmã gêmea e precisa passar da infância para a adolescência sozinha, sem ter sua outra metade junto.

A escolha da longínqua, atemporal e solitária Islândia como pano de fundo é poética, assim como a escrita do autor. Grifei várias passagens que são lindas reflexões sobre a vida e você quer ficar relendo todas.

A gente vai conhecer um período da vida dessa personagem e ao mesmo tempo um pouco das pessoas ao redor, nessa pequena aldeia na gélida Islândia. Percebemos como as conexões humanas ficam desequilibradas em momentos de grande tristeza.

Não é um livro fácil, é lento, com um tema difícil, mas que se salva literalmente pela escrita linda e poética do autor. Quero muito ler outros livros dele.

tharcifernandes 01/12/2023

Meu primeiro contato com um livro do valter hugo mãe e foi perfeito sério a escrita é tão sensível poética profunda e tudo mais cada pedacinho dessa leitura senti na minha alma me conectei logo na primeira página e o valter conseguiu fazer um trabalho impecável sobre luto/perda ainda mais na visão de uma menina de 12 anos e queria falar mais sobre mas no momento não encontro palavras suficientes pra descrever minha experiência com esse livro só quero deixar registrado de ainda estou abalada e desorientada principalmente depois desse final mds já quero engolir todos os livros desse homem.

Rafaela.Rezzadori 28/11/2023

Não tenho certeza que entendi. Gostei das descrições dos livros e dos poemas. Achei curiosa a forma como olha pra Deus e a morte. Mas não sei se entendi.

Faluz 04/11/2023

A desumanização. - Valter Hugo Mãe
Vocabulário riquíssimo, tecido em frases de cuidadosas rendas. Walter Hugo Mãe nos apresenta a dor, perda e solidão em lugares imensos, horizontes infinitos, gelados e intensos.
Ali, uma menina sobrevive a morte da irmã gêmea sem entender o mundo externo. Volta-se intensamente ao mundo interior sem amparo carinhoso de ninguém ao seu redor.
uma escrita que nos deixa encantados pela própria apresentação das palavras, encadeamento das frases.
Intenso.

JAlia602 17/10/2023

Sensibilidade na ponta dos dedos!
"(...) Não ler, pensei, era como fechar os olhos, fechar os ouvidos, perder sentidos. As pessoas que não liam não tinham sentidos. Andavam como sem ver, sem ouvir, sem falar. Não sabiam sequer o sabor das batatas. Só os livros explicavam tudo. As pessoas que não leem apagam-se do mapa de deus. Eu disse."

'A desumanização' é um livro sensível, carregado de reflexões, dor, amor, perda. A história, do início ao fim, é banhado por uma imensurável angústia e tristeza, onde nos é apresentado uma jovem criança que descobre, desde cedo, o que é a dor de perder alguém mas, acima de tudo, a dor de não reconhecer a si mesmo. Halla perdeu-se na busca de encontrar a face de sua irmã Sigridur através do espelho; sua mãe, por sua vez, perdeu-se na angústia, no desespero, na falta, no não possuir.

Halla conheceu a morte de muitas maneiras, carregando uma culpa que não lhe pertence, carregando a tristeza de não saber se é a Sigridur ou ela própria. Por mais cedo que tenha conhecido a dor da perda - e não somente uma, mas diversas perdas que falam mais do que somente morte de alguém - nos é ensinado sobre resignação, sobre amor, sobre a magnitude das palavras, sobre deus.

O Valter Hugo Mãe, apresenta esta história sensível através de uma criança e, acima de tudo, escancarando de um modo gritante o quão doloroso é perder-se em nós. Tive a honra de terminar esta história ouvindo um podcast que fala exatamente sobre isso, sobre perda e luto, aprendendo sobre questões tão profundas que abordam um tema tão polêmico.

Sem sombra de dúvidas, o Valter nos carrega para campos inimagináveis do mundo, nos apresenta não somente uma história mas uma vida dolorosa, que desde o início é pura desumanização.

P.S.: leiam Valter Hugo Mãe urgentemente!

Josana.Baltazar 25/09/2023

Acho que li o livro em um momento não apropriado para mim, custei a fazer os links da história e saio com a sensação de ter perdido algo. Mas de qualquer modo indico a leitura

Rafaela 03/09/2023

A desumanização
Livro pesado demais?
não gostei da leitura, me senti mal em várias cenas, não recomendaria para quem quer ler algo para relaxar etc

Mari M. 04/08/2023

Decepção
Ainda bem que não comecei a ler esse autor por esse livro, senão tinha desistido de vez. É pouco crível que uma criança tenha pensamentos tão profundos e pra piorar, ninguém acha estranho. Metade eu tava achando uma loucura, um insulto atras do outro, nada de bom, e na outra metade parecia um clipe da Björk que não dá pra entender nada (kkkrying). É um livro muito denso, quando 192 páginas se tornam 800... se não tomar cuidado ele te afunda. A escrita é BELÍSSIMA, porém o conteúdo é muito ruim, me deixou mal, lidando com crises dos outros que nem eram minhas. Vou ver se outros livros me cativam mais que esse.

ani 19/07/2023

A humanidade começa nos que te rodeiam, não exatamente em ti
Valter hugo mãe é um gênio e eu nunca vou me cansar de dizer o quanto suas obras são divinas e profundas. esse livro é um furacão de grandiosidade, além de lidar com o luto diversas vezes de diversas formas, halla precisa lidar com o peso de ser duas, quando só consegue ser metade. a dor, o desespero, o anseio por compaixão, combinada com a ingenuidade de halla, me provocaram emoções que nem consigo descrever, apenas queria abraçá-la, pois nenhuma criança deveria crescer desse jeito.

"sofro muito por ti, e sofrer por ti ainda é a felicidade que me resta."