José Sizenando D. 19/08/2021Um gibi incomumMeu primeiro contato com a obra foi em 2009, na biblioteca da escola. Comecei a ler mas não consegui terminar, tentei de novo com um scan posteriormente, mas também não fui adiante. O texto em si talvez seja um pouco entediante, a história, se é que tem alguma história, não é nem um pouco interessante, mas neste mangá não é isso que importa. O texto é basicamente um relato sobre o dia-a-dia dos presos no Japão (será que toda penitênciaria japonesa é assim?), o que eles fazem, o que eles vestem e principalmente o que eles comem, além de pequenas conversas... Não tem nada demais.
O interessante mesmo, é a experimentação! Seria difícil escolher um lugar apropriado para este gibi numa estante organizada por tema. A forma como HQ é feita é incomparável, os relatos que Hanawa faz, não tem o propósito de contar a história de seu tempo detido, apenas relatar e mostrar como era.
E os desenhos? Os desenhos são incríveis, os cenário são detalhadíssimos (será que é digital?). Mostrando as celas, banheiros, refeitórios e a fábrica onde os presos trabalham, com perspectivas muito bem construídas. As personagens são em sua maioria feias, principalmente o avatar do próprio autor, mas as expressões são muito bem definidas. Até mesmo os pratos das refeições, são interessantes de se ver, mostrando a diversidade do que conhecemos da "comida japonesa".
Não é um mangá comum é uma experiência em história em quadrinhos diferenciada.
(Legenda: Mangá = Gibi = HQ = História em quadrinhos = Banda desenhada [etc])