Bookster Pedro Pacifico 01/06/2020Verificado “O cavalo amarelo”, de Agatha ChristieMinha primeira obra da rainha do crime, finalmente! E terminei com um arrependimento: por que demorei tanto para conhecer o seu trabalho? Acho que eu tinha um “preconceito” inconsciente com as suas obras, devia achar que seriam livros mais simples, com o único objetivo de despertar no leitor a curiosidade para chegar no final da trama.
Como sempre, quem sai perdendo é quem tem preconceito! Ainda que você não curta a leitura, só lendo para ter alguma opinião... E nesse caso, eu li e gostei muito! Diferentemente do que eu imaginava, a trama de Agatha Christie é profunda e vai muito além de meras cenas de crime e busca pelo assassino responsável. O enredo consegue revelar críticas sociais, uma análise profunda da relação entre os personagens e, lógico, um suspense complexo, que te envolve na história.
Em “O cavalo amarelo”, temos um mistério coberto por uma penumbra sobrenatural. Um padre é morto após escutar uma confissão de uma mulher à beira da morte. Com ele, é encontrado uma lista de nomes de pessoas que não parecem ter muito em comum. Pessoas adoecem e morrem de forma repentina. Há a suspeita de que rituais celebrados por bruxas com poderes podem ser a causa disso… mas como acreditar no sobrenatural? Confesso que no início demorei um pouco para me acostumar com a forma da narrativa, mas logo fui absorvido pelo ritmo da autora.
Na verdade, acho que fiz bem em começar por “O cavalo amarelo”, que nem é uma das obras mais comentadas de Agatha Christie. Se já tive uma experiência tão boa nessa leitura, fico com a certeza que ainda tem muita coisa boa para descobrir em conjunto com essa autora de respeito! E fica uma lição que não falha: desconfie dos seus preconceitos, eles só te impedem de conhecer coisas novas!
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