R...... 08/08/2016
Superman - Entre a foice e o martelo - Parte 1
A série Túnel do Tempo (Elseworld) é boa proposta na DC. O conteúdo inusitado geralmente é muito legal, passeando pela literatura, história, política e maluquices diversas em aventuras épicas.
"Superman, entre a foice e o martelo" explora a Guerra Fria, inserindo o herói como a arma suprema dos soviéticos. Uma ilustração coerente com o jogo de interesses que havia na guerra.
Um deles é a ostentação do poder como forma de intimidação e soberania. O Superman soviético estimula a imagem de uma superioridade invencível e, logicamente, é explorada pelos russos em suas pretensões.
Outra coisa nessa disputa é a criação de "monstros pelo poder". Os soviéticos tem o Superman (terror para os temores americanos) e os EUA, em resposta, criaram seu monstro também, o Bizarro. Não esqueçamos que entre as duas superpotências historicamente tivemos a ostentação das Bombas A e H (estadudinense) e a famigerada Bomba Tsar (URSS).
A manipulação ideológica dá as caras também. No lado soviético com o totalitarismo de Stalin, nessa HQ ele é o líder no comando russo, e no lado americano Lex Luthor, um cientista renomado, busca ascensão.
A HQ mostra o povo como um instrumento manipulável, sujeito a desdobramentos diversos e egoístas pelo poder. Stalin mantém mão-de-ferro e, numa dessas, acaba estimulando a origem do Batman (outro aspecto diferente na obra), e Luthor sacrifica seu casamento com Lois Lane por seu intentos (e tome mais inovações).
Não disse que essas histórias são interessantes... Me divirto bastante.
Caracterizando mais a parte 1: Superman parece não ter consciência de um plano pelo poder e está sendo preparado como líder para suceder Stalin, despertando ciúmes entre partidários. Há uma crítica ao Marxismo em sua ideologia de igualdade entre os homens. O cotidiano social é mantido na imposição e Superman evidencia que os homens, afinal, não são iguais.
A HQ termina com o herói descobrindo a realidade do povo e agindo a favor
Fim da edição um. Vamos ver o que a segunda nos reserva...