Of Cattle and Men

Of Cattle and Men Ana Paula Maia




Resenhas - De Gados e Homens


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Karoline67 26/12/2020

Cru, direto e reto
A impressão que tenho quando leio Ana Paula Maia é que ela sempre me dá vários socos na cara e eu não consigo nem reagir de tão atordoada, mas ao mesmo tempo o soco não dói: você só sente o impacto.
Como outras obras, o livro é intenso, cru, direto e te leva a várias reflexões por um universo que você não imaginaria nunca: um matadouro.
Amo Edgar Wilson e a construção do personagem é impecável, tanto nessa como em outras obras. Mais uma vez a autora consegue me arrebatar de forma única.
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Edi 26/10/2020

Ana Paula Maia me surpreende a cada leitura.
Descobri os livros da Ana Paula Maia por acaso e preciso dizer que foi a melhor descoberta do ano.
Estou amando cada leitura que tenho feito e buscando mais.
De gados e homens é mais uma obra fantástica dessa escritora brasileira que merece todos os aplausos.
O livro conta a história de Edgar Wilson que trabalha em um matadouro como atordoador. Explorando esse submundo, a autora traz poucos personagens, mas todos repletos de complexidades muito instigantes.
Vale a pena se debruçar nessa leitura e pensar em todo o cenário cruel, real e violento que é retratado nessa obra.
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Fernanda Sleiman 26/10/2020

Ana Paula
O primeiro livro da Ana Paula que li me impressionou pela cruesa, e até classifiquei com uma nota razoável. Hoje, no terceiro livro, confesso que a autora me pegou de jeito
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Raquel 10/08/2020

Dos três livros que já li da autora, esse é o meu preferido. Para compreender melhor a história, acho recomendável que o leitor já tenha lido alguma obra da Ana Paula, em especial aquelas em que Edgar Wilson aparece. Apesar de não ter lido em ordem cronológica, como gosto de fazer, já conhecia os personagens Edgar Wilson e Bronco Gil, o que me trouxe uma visão desse livro dentro de um todo.
A história se passa num matadouro de gado, onde Edgar Wilson trabalha abatendo os animais. Eventos estranhos acontecem no local e intrigam tanto os envolvidos naquele universo quanto o leitor. Não espere respostas prontas ou vai se frustrar!
Para mim os pontos fortes do livro são: 1. As críticas embutidas na narrativa dão "um tapa na cara" do leitor. "São todos homens de sangue, os que matam e os que comem. Ninguém está impune". 2. A construção do personagem Edgar Wilson.
Luciana 11/08/2020minha estante
Adoro Bronco Gil desde Assim na terra como embaixo da terra, espero que ele apareça em outros livros. Edgar Wilson já foi de tudo nessa vida kkk




Hugo 15/07/2020

Não precisa ser calhamaço pra ser profundo
Uma frase resumiria bem esse livro: direto ao ponto.
Uma leitura cheia de reflexões. A sensação é de que nenhuma letra é desperdiçada, o livro corre como um rio, certas horas tranquilo, noutras horas caudaloso. Vale muito a pena a sua leitura, é uma prova que dentro de um matadouro cheio de trabalhadores humildes podemos chegar a profundas conclusões filosóficas.
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Vellasco 07/07/2020

Direto e seco
Uma história bem direto ao ponto e muito bem desenvolvida. Os personagens são bem construídos, o livro é curtinho, mas é surpreendentemente tenso.

"São todos homens de sangue, os que matam e os que comem. Ninguém está impune."
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Amanda 30/05/2020

Bom...
Mais um livro muito bom dessa aurora, ainda sim, gostei um pouco mais de Entre rinhas de cachorro e porcos abatidos.
Avaliei em 4 estrelas.
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tcharles 26/04/2020

eu quero respostas!!!!!!!!
Edgar Wilson, protagonista que aparentemente aparece em outros livros da autora, é o atordoador do matadouro, a história é seguida de acontecimentos ?grandes? narrados de maneira simples. meu primeiro livro da autora, eu gostei, fiquei perdido, mas no geral é um livro bom.
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Eloiza Cirne 15/04/2020

Inquietante. Tenso
São todos homens de sangue, os que matam e os que comem. Ninguém está impune.
Ferreira.Souza 14/10/2020minha estante
bom




Yasmim 12/04/2020

Matamos para comer, comemos sem nos sentirmos assassinos
Edgar Wilson permanece o mesmo assassino frio e de certa forma ingênuo (de pessoas e animais), dessa vez trabalhando como atordoador em um matadouro de bovinos. Não gosta que maltratem os animais e não tem pena dos homens, entrega sua vida ao trabalho e se resigna com a rotina. O rio das moscas apresenta todos os vestígios de poluição do abate de animais. O suicídio das vacas representa o medo dos animais ao ver a morte iminente, um caminho sem volta.
"A linha do tempo é como a linha da morte:não pode ser interrompida."
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Luciana 07/04/2020

É um livro para quem já conhece a escrita da Ana Paula e seu personagem Edgar Wilson. Não aconselho para quem nunca leu nada dela, pode parecer uma história vazia e solta.
O livro traz mais uma história brutal, visceral e com críticas a sempre presente hipocrisia humana.
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Tatiane 07/11/2019

Livro com tema atualíssimo, mexe com quem o lê.
Conheci Ana Paula Maia em outubro, quando li "Assim na terra como embaixo da terra". Devastada com o tema, porém encantada com a escrita forte e precisa, resolvi procurar outros livros da autora. Encontrei "De gados e homens" na livraria e comprei. Li-o também quase sem parar.

A primeira impressão é de tirar o chão. Não há como negar o que Maia afirma: "todos são matadores, cada um de uma espécie, executando sua função na linha de abate" (p. 45)

Isso se mostra na morte do gado para alimentar os homens - de qualquer origem, de qualquer princípio religioso - ou na morte de homens que são facilmente substituídos por outros porque "assim como o gado assemelha-se entre si, sendo difícil a distinção entre eles, com os homens parece ocorrer o mesmo. A linha do tempo é como a linha da morte: não pode ser interrompida". (p. 95)

Ana Paula Maia consegue nos levar a uma reflexão profunda sobre o consumo de carne, mas não é panfletária de vegetarianismos ou veganismos. Ela, apenas, faz uma crítica contundente ao sofrimento dos animais, mas também mostra que os humanos, atores desse sofrimento, são, em sua maioria, meras peças descartáveis dessa grande máquina. (Isso me fez lembrar de um livro que li em 2017: "Mas não se matam cavalos?", de Horace McCoy. A temática é outra, mas o valor da vida e o uso que se faz do ser humano como se faz de animais encurralados se assemelham. Escrevi sobre ele em meu blog.)

Voltando à brasileiríssima Ana Paula Maia...
E, como havia lido o mais recente (de 2017) antes, fui surpreendida pela recuperação de uma personagem que, na verdade, vai trabalhar no abatedouro do livro escrito em 2013. Achei muito legal essa construção feita pela autora.

Vale muito a leitura! Ou melhor, as leituras!

MAIA, Ana Paula. De gados e homens. Rio de Janeiro: Record, 2013.

MAIA, Ana Paula. Assim na terra como embaixo da terra. Rio de Janeiro: Record, 2017.

tatiandoavida.com
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hanny.saraiva 06/12/2018

Como um hiato entre lugares
Me senti lendo um conto grande. Gosto muito do personagem Edgar Wilson, mas achei que nessa obra ele foi pouco explorado, apesar de mostrar algumas sutilezas de sua personalidade. Senti falta de mais sangue e cenas chocantes que só Ana Paula sabe construir. É como se esse livro estivesse nos preparando para o próximo, como um hiato entre os lugares que Edgar passa.
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Thiago Barbosa Santos 07/06/2018

Para os fortes
Ana Paula Maia é uma das minhas autoras prediletas do atual cenário literário brasileiro. "De gados e homens" é o terceiro livro que li da autora. A personagem principal é Edgar Wilson, que aparece também em outros livros dela.

A obra de Ana Paula Maia é para quem tem estômago forte. Não é uma literatura para "os fracos". Ele retrata o homem em seu estado bruto, literalmente. O fio condutor das narrativas é como o caráter desse homem é moldado pela atividade profissional que ele exerce.

Na trama, encontramos Edgar Wilson como um abatedor de gado. Conhecemos como é a rotina desses profissionais em um matadouro. Edgar Wilson abate centenas de cabeças de gado por dia, mas exerce um certo respeito pelo animal. Ele tem seus próprios rituais para fazer daquele momento o menos traumático possível para o bicho.

Um colega de trabalho tenta não seguir as orientações dele e abate o gado de forma perversa, judiando do bicho, prolongando o sofrimento dele. Edgar Wilson então abate o homem com uma machadada na cabeça, para ele sentir na pele o sofrimento do boi. Observamos aí a complexidade no caráter do protagonista.

O livro, no ponto alto da narrativa, mostra um caso estranho em que vacas se suicidam atirando-se em um precipício. Um tremendo prejuízo para o dono do matadouro, mas a salvação de miseráveis que habitam a região e não têm carne para comer. Eles invadem o barranco com foices e machados para retirar a carne dos animais mortos e garantirem o alimento ao menos por alguns dias. Classificam o episódio como uma providência divina para salvá-los da morte.

O livro termina com Edgar Wilson pedindo demissão do matadouro para ir trabalhar em um abatedouro de porcos. Algo que queria fazer há algum tempo. É como abatedor de porcos que ele aparece em uma outra publicação de Ana Paula Maia: "Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos".


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