Carta para você

Carta para você Neil Gaiman...




Resenhas - Carta para você


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Gabi 27/02/2024

Muitas cartas de amor e vários tipos de amores diferentes
Sendo um livro escrito por vários autores e em diferentes contexto: a obra se torna uma coletânea de textos cômicos e engraçados outros mais melancólicos, outros de pura ficção e outros que assemelham a situações reais do dia a dia, das pessoas, do amor, da paixão, dos relacionamentos, dos encontros e dos desencontros.

Minha carta preferida foi da Jeanette Winterson: que contém a narrativa de uma jovem a sua amada, sobre os momentos que estiveram juntas e das fotos e momentos que ela guardou. É meio triste, mas bonito.
Menção honrosa: à carta, que mais se parece com um conto, escrita por Neil Gaiman. Tem uma vibe mais mistério e ?amor obsessivo?, porque o cara é stalker da moça que ele gosta - é sim esquisito e nada romântico, mas muito bem escrito e tem até um plott no final.
Menção honrosa a carta, que também era um conto de ficção, escrito pela Margareth Atwood, que foi uma surpresa que trouxe muitas risadas.

Obs: sendo um livro que perpassa épocas mais antigas, ele tem termos e jargões que não são mais usados pois são preconceituosos e desrespeitosos.
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Wania Cris 08/04/2023

Excelente passatempo
Peguei esse livro numa troca no Skoob só porque tinha uma carta da Lionel Shriver, na época que eu comprava tudo o que tinha o nome dela na capa...

Apesar dessa sandice, o livro foi uma grata surpresa. Alguns textos são fabulosos, outros são divertidíssimos e outros ainda bem reflexivos... Também tem alguns rasos e confusos, mas em termos gerais, foi uma boa experiência.

Recomendo pra quem quiser deixar ali, ao alcance das mãos, pra ler nuns cinco minutinhos antes de dormir ou enquanto a água pro café esquenta, não é livro de pegar pra ler e só parar quando terminar, é pra ler aos pouquinhos mesmo.

Organizado por Joshua Knelman e Rosalina Potter que fizeram uma bela mistura de autores. Traduzido por Ângela Pessoa, que entregou textos suaves para leitura.
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morganarosana 21/06/2013

Vi uma resenha no Coruja em Teto de Zinco Quente (você pode encontrar o link da resenha lá em baixo), e além do tema - cartas de amor, tema que tem me chamado a atenção bastante ultimamente - que me interessou, alguns nomes de alguns autores também me chamavam para lê-lo - Marta Medeiros, Ursula Le Guin, Chimamanda Ngozi Adichie e, é claro, Neil Gaiman. Foi quando eu vi o livro a venda em um sebo aqui de Londrina e resolvi que ele tinha que ser meu. Consegui controlar por alguns dias meu impulso de comprá-lo, mas no fim acabei levando-o para casa.
Na Introdução deste livro, uma de suas organizadoras, Rosalind Porter, questiona-se o porquê do amor e sua expressão tornou-se tão difícil e raro nos tempos modernos se a tecnologia permitiu que pudéssemos nos comunicar com muito rapidez e facilidade. Pelo contrário do que se esperava, os e-mails, as mensagens instantâneas e as redes sociais tornaram esta comunicação entre duas pessoas muito mais frívolas e impessoais.
Foi refletindo sobre estas questões que os organizadores desta antologia convidaram diversos autores, de diversos estilos literários a escreverem suas cartas de amor. Do jeito que preferissem, usando recursos narrativos que desejassem. O resultado não foram somente epístolas apaixonadas de uma pessoa para outra, mas também cartas de desculpas, de ressentimento, de ausência, de posse. Os tons de carta carta variam do deliberadamente cômico ao sarcástico, passando até mesmo pro alguns mistérios e respostas não dadas em algumas. Alguns deram voz a personagens historicamente conhecidos, outros não se limitaram a dirigir-se a uma pessoa, mas a um lar do qual se está há muito tempo afastado e que anseia rever, e à cartas endereçadas até mesmo a uma montanha.
Normalmente, em uma antologia deste tipo espera-se encontrar um ou dois contos realmente muito bons no meio de outros que não são tão bons. Não é exatamente o que ocorre em Carta para você. Uma boa parte dos contos, realmente, não passa da média do 'bom'. Mas vários deles vão bem além desta média, te surpreendem e te mantém lendo até chegar ao fim.
Eu, particularmente, gostei muito de três destas cartas. A primeira da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que em seu relato consegui ser simples, poética e profunda ao mesmo tempo, dando voz e carne a uma mulher apaixonada que simplesmente deseja dizer 'Sim.' à proposta de seu noivo.
O segundo é a carta de Lionel Shriver - mesma autora de Precisamos falar sobre o Kevin,que quero muito ler - ela traz o relato de uma mulher de vida medíocre, e que ao me parece, não tem muitas coisas empolgantes acontecendo em sua vida. E por esta razão, ela se apega a qualquer fiozinho de afeição - ou mesmo inventa que existiu alguma afeição - que outra pessoa possa demonstrar, e leva isto até as últimas consequências. Shriver demonstra, em pocas páginas, como às vezes conseguimos ser tão patéticos em relação a estas coisas.
E, por fim, claro que o conto de Gaiman apareceria aqui como um dos meus preferidos. Não só porque eu o acho um grande escritor, mas porque ele faz que sua participação nesta coletânea seja memorável. Seu conto nos fala de um personagem ao mesmo tempo obsessivamente apaixonado e constantemente ignorado. Como se fizesse parte da arquitetura da cidade, literalmente. Não posso revelar muito sobre o conto porque estragaria e muito as pequenas surpresas e nuances que o escritor vai desvelando a cada parágrafo. Mas posso acrescentar que há muito do tom de mistério e fantasia que sempre consagraram as histórias de Gaiman.
Gostei de verdade do livro. Ele é leve, rápido e me apresentou alguns escritores que eu adoraria conhecer melhor. E esta edição brasileira, além dos escritores gringos traz mais quatro autores nacionais. Vale a pena conferir.

resenha originalmente postada no blog: www.estranhomundinhoinsano.blogspot.com
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Léia Viana 18/02/2013

Muito criativo!
Eu sou apaixonada por cartas, pela letra da pessoa no papel, pela ansiedade da demora de uma resposta, de imaginar a reação da pessoa que receberá a carta, do papel que foi usado, das palavras que formaram o texto e de todas as expectativas que ela gera. Cartas, para mim, é um instrumento apaixonante e viciante, não é moderno e tão pouco rápido e prático, mas, só de imaginar o tempo que a pessoa reservou para pegar caneta, papel e ir até os Correios postar, ou, simplesmente deixar a carta em algum local para o destinatário, mandar entregar com bombons, flores ou apenas a carta expressa um romantismo tão grande, além de ser reconfortante para aquele que anseia por notícias e não tem acesso as novas tecnologias.

“Você então me diz que ando muito solitário, melhor sair um pouco. Minha primeira reação é de protesto. Minha pátria é onde estão meus livros. E você se ofende, carinhosamente: E nós, o que somos? Então respondo: Meu exílio. E rimos da velha piada, pois estar casado é se encantar com o mesmo.”

Eu adorei este livro por inúmeros motivos, por ter uma carta de uma das minhas escritoras favoritas – Martha Medeiros -, por mexer e trazer a tona várias emoções e especialmente pela criatividade com que foram criadas, o que despertou a minha curiosidade e a minha imaginação que foram longe. A cada carta lida eu imaginava como seria a reação daquele personagem que receberia a suposta carta, como seria sua resposta, o que motivou o emitente a ter escrito aquilo tudo e como seria a vida daqui pra frente para aqueles personagens.

Mas não é só de carta que foi criado este livro, os escritores também usaram e-mails e com este recurso o brinde da resposta, das trocas de mensagens e inevitavelmente a maravilha, para quem esta lendo, de podermos ser surpreendidos por uma resposta totalmente diferente daquela que imaginamos.

Como o livro trás um subtítulo: “Declarações de amor em tempos modernos”, não são só de amor que foram escritas essas cartas, muitas foram movidas por esse sentimento, que nem sempre é oriundo de um relacionamento entre um homem e uma mulher, e outras, foram movidas por desabafos a um amigo ou para o próprio planeta: Terra. A criatividade é que deu o tom certo para este livro de cartas ser o que ele é.

O livro trás no seu final uma curta biografia de cada escritor que participou do livro, tem muita gente ali que eu não conhecia, mas pela capacidade criadora que tiveram fiquei com muita vontade de buscar outras obras desses autores. A riqueza de detalhes usada por estes escritores impressionam quem lê.

Leitura recomendada!
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priscilabonatto 06/12/2011

Não consegui ir muito além das 60 páginas. Esperava bem mais de um livro de cartas. Sei lá, achei sem graça.
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Coruja 06/12/2010

"Ontem, também, me dei conta de que nunca lhe disse o quanto gosto de você – isto antes do seu texto, aliás. O amor é diferente. O amor é ridículo. O amor pode simplesmente surgir, como aconteceu com você quando me viu e pediu a Ifeanyi para nos apresentar (há exatos dezessete meses e três dias), e comigo quando você tentou me seduzir com seu insípido conhecimento sobre o trabalho de Achebe, mas gostar exige motivos. E ontem me surpreendi com o quanto vim a gostar de você. Gosto que você saiba a hora de ir embora e fecha silenciosamente a porta do meu quarto e, quando faz isso, eu nunca me preocupo se você vai voltar. Gosto da sua comida (nunca o elogiei porque fico imaginando aquelas mulheres idiotas que elogiam demais os homens por cozinhar, e aquelas mães idiotas que gostam de dizer: “Ah, meu filho sabe cozinhar, assim nenhuma mulher vai usar a comida para seduzi-lo”). Gosto do seu traseiro no jeans, daquela elegância simples para a qual você não gosta que eu chame a atenção, gosto que você faça tentativas inúteis na academia de ginástica para desenvolver músculos que ambos sabemos que nunca desenvolverá e gosto que sublinhe frases nos livros para me mostrar. Gosto que você goste de mim e que o seu gostar de mim me faça gostar de mim mesma."

Chimamanda Ngzi Adichie – Carta para Você


Comprei esse livro por um único e apenas um único motivo: um dos autores reunidos na coletânea era Gaiman. Afinal, o que mais diabos eu ia fazer com um livro cujo tema central eram “cartas e mensagens de amor em tempos modernos”?

A princípio, eu imaginei que o livro era assim, uma espécie de manual moderno para escrever cartas de amor, reunindo alguns grandes autores. Como eu achava que isso funcionaria, não faço a menor idéia.

Eu tinha me esquecido que é perfeitamente possível escrever uma inteira história através de uma carta. Ou de trocas de cartas. Você percebe a história nas entrelinhas – mesmo numa série de emails (psicoticamente e obsessivamente hilariante) sem resposta.

Eu tive uma boa surpresa com esse livro. Conheci autores que me deixaram curiosa – como a nigeriana de nome estranho de quem peguei o trecho que abre esse artigo. Outros já eram velhos conhecidos – como o próprio Gaiman (cuja participação é provavelmente a declaração mais arrepiante de todas contidas na obra).

Há mágoas e ressentimentos, provas apresentadas em tribunais, odes às montanhas escocesas (é um dos textos mais poéticos, por sinal), anúncios e uma boa dose de humor.

E há, também, declarações de amor, algumas extremamente elaboradas, arrebatadas e outras mais prosaicas, simples, tranqüilas. Porque o amor é todas essas coisas. Ele pode ser um objeto de auto-sacrifício, de compaixão, de perda, de felicidade.

É um bom livro, não importa muito o que você espera dele. Na verdade, eu aconselho a lê-lo sem esperar nada. Deixe que ele o surpreenda. Que te faça sorrir ternamente ou rolar enquanto solta gargalhadas.

"O que esta história significa? Não significa nada a não ser o que ela conta: que o fato aconteceu, que estávamos lá, que nunca acontecerá outra vez exatamente do mesmo modo e que ainda assim acontece o tempo todo."

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
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André Goeldner 27/10/2010

CRIATIVO, INTELIGENTE E INTERESSANTE
Um dos raros livros que guardei pra reler futuramente.
Vale a pena.
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Olgashion 25/05/2010

Leitura gostosa e de fácil acesso! Mas, eu acho que faltou uma carta mais tcharanã! De qualquer forma, tem cartas que mexem com a gente! Outras nem tanto... Mas valeu a pena a leitura!
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