Resenhas - De Coração para Coração

Ju 12/01/2014

De coração para coração
Elowyn acaba de completar 16 anos, e os pais a presenteiam com um carro (lembrem-se de que nos Estados Unidos as pessoas podem dirigir legalmente com essa idade). Ela tem um namorado que ama, mas com quem briga constantemente. Um dia, ao vê-lo com outra garota na saída do cinema, sai sem querer ouvir nenhuma explicação e começa a dirigir sem rumo. Acaba em uma estrada em um dia chuvoso, e sofre um acidente. Sua morte cerebral é confirmada, e os pais e sua melhor amiga descobrem que ela optou por doar seus órgãos.

Arabeth há muito tempo não consegue ter uma vida normal. Desde os oito anos, seu coração mostrou-se bem enfraquecido e ela teve que deixar muitas brincadeiras de lado. Agora, aos 14, tem que ficar sempre em casa e convive com uma máquina de oxigênio todos os dias. Nem se lembra de como é ser saudável. Corre risco de vida, e sua única esperança é um transplante de coração. E a morte de Elowyn torna isso possível.

Quando comecei a leitura do livro De coração para coração, estava gostando muito. Me emocionei bastante com os primeiros acontecimentos. Até que tudo muda com a morte de Elowyn. O livro perdeu um pouco do brilho para mim. Ela era uma pessoa tão cheia de energia, que senti muita falta dela no enredo. É claro que, sem a morte da garota, não haveria como a história se desenvolver. Afinal, o tema principal abordado pela autora é a doação de órgãos. Mesmo assim, demorei para me conformar.

As personagens têm conflitos muito ricos, e quando começam a interagir têm que aprender a lidar com eles. Arabeth está vivendo o fenômeno da memória celular, que ainda não é cientificamente aceito, apesar de ser relatado por vários receptores de órgãos.

"- Às vezes, um fenômeno relatado por pacientes de transplantes é que começam a ter memórias que pertenciam ao doador ou a agir de forma semelhante a ele. (...) É mais comum em transplantes de coração."

Isso faz com que as pessoas que conheceram Elowyn vejam sinais de sua presença em Arabeth. Gestos, palavras e gostos em comum que surgiram misteriosamente após a cirurgia, causam um pouco de confusão na cabeça de todos.

A narrativa do livro é um pouco lenta. Acompanha o ritmo de Arabeth, afinal, ela está se recuperando de uma cirurgia complicada e tem que conviver com a ameaça da rejeição do órgão transplantado. Então, embora não se lembre de já ter se sentido tão bem, precisa se cuidar.

Achei que tudo se resolveu bem no final, as personagens conseguiram superar suas dificuldades e seguir em frente. Gostei da leitura, mesmo que o livro não seja tão tocante quanto eu esperava.

site: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/12/resenha-novo-conceito-de-coracao-para.html

Val 09/05/2014

Livro "De Coração para Coração"
Elowyn e Kassey são amigas e sempre faziam tudo juntas. Elowyn se apaixonou por Wyatt, um garoto que possuia tudo que ela admirava. Eles brigavam bastante, mas eram inseparáveis, o que chegava até a incomodar Kassey um pouco.
Mas, em meio a uma dessas brigas, Elowyn sofre um acidente, e isso coloca fim a sua história e problemas.
Arabeth é uma menina que nunca teve um coração muito bom, no sentido da saúde. Ela sempre foi muito solitária, principalmente por brincadeiras ao ar livre não poderem ser feitas com frequência por causa de seu problema. E, um belo dia, o telefone de sua casa toca avisando que eles tem um coração novo pra ela.
A partir dai tudo começa a mudar. Arabeth recebe o coração de Elowyn, que marcou na sua carteira que queria ser doadora de orgãos caso sofresse um acidente.
Achei muito legal o livro abordar esse tema, incluindo a memória celular. Eu já havia ouvido falar sobre isso, mas é sempre legal tentar se por dentro da história pra imaginar como é os sofrimentos e as alegrias.
Eu gostei do livro, apesar de não ser aquele tipo de livro que prenda muito a atenção, mas o assunto abordado acaba dando um toque interessante a leitura.



E você? Já leu? O que achou?

site: http://www.revistagalaxy.com/2014/05/resenha-de-coracao-para-coracao.html

Fernanda 25/11/2013

Resenha: De Coração para Coração
Resenha: “De coração para Coração” é uma história tocante a respeito de amizade, família, relacionamentos, devoção, aprendizados e recomeços. Em vários momentos, senti as lágrimas rolando livremente pelo meu rosto e ainda me sinto um tanto perdida e meio sem palavras após finalizar esta leitura, mesmo porque eu também já passei por uma situação parecida – e é mesmo muito doloroso.

Elowyn Eden e Kassey se tornaram melhores amigas desde que se conheceram quando estavam hospitalizadas no mesmo quarto da ala de ortopedia. Elowyn começou a namorar Wyatt Nolan e se tornaram inseparáveis, deixando a amiga um pouco de lado. Apesar de que, independente de tudo, Kassey sempre estava ao seu lado e a conhecia melhor que todos. Até que um trágico acidente aconteceu: depois que Elowyn e Wyatt terminaram, ela saiu de carro e só foi encontrada no dia seguinte. O carro havia derrapado na pista por causa da chuva e caiu numa valeta.

LEIA A RESENHA COMPLETA NO BLOG:


site: http://www.segredosemlivros.com/2013/11/resenha-de-coracao-para-coracao-lurlene.html

luvmoonsh 07/11/2023

Emocionante
Foi um dos livros que eu mais chorei, empatando com Quatro Vidas de um Cachorro. Amei acompanhar a trajetória de Kassey e Arabeth após o transplante. Chorei horrores diversas vezes durante a leitura, que fluiu de forma leve e rápida. Foi maravilhoso imergir na história e com certeza lerei mais vezes.

Dai Angelina 23/12/2016

Gostoso, interessante e extremamente tocante
Esse livro me tocou de uma forma que eu não saberia explicar. Talvez foi pelo tema que além de original, mexe muito com nosso emocional. Ou talvez foi pelos personagens que eram tão realistas, a ponto de fazer com que eu sofresse com eles.
Impossível não se colocar no lugar de uma mãe que perdeu a filha ou no lugar de alguém que perdeu sua melhor amiga. Amores diferentes, seja maternal ou de amizade, mas ambos muito presentes em nossas vidas.
O engraçado nesse livro é que pela primeira vez, eu quase morri de chorar com o começo da história e não com o final. Sério, foram horas de lágrimas sem parar e fazia tempo que isso não ocorria. Mas depois desse começo emotivo, a história seguiu um rumo mais tranquilo.
Alias, que leitura gostosa. Leve e rápida, daquelas que flui bem e você lê 30 páginas em um piscar de olhos. (Lembrete: comprar algo mais dessa autora). Mas ao mesmo tempo, tive a sensação de que tudo foi rápido demais. Sei lá, parecia como se os acontecimentos fossem relatados de forma resumida, mas talvez foi a história que exigiu isso, até porque, mostrar em detalhes o 'processo' de um transplante poderia ser maçante.
Enfim, gostei bastante e fico feliz de saber que não me equivoquei ao comprar esse livro, até porque o comprei pela capa, que é linda demais.
Antes de terminar, sinto que preciso falar de alguns personagens.
Terri e Matt: ainda estão em minha mente. Não consigo imaginar a dor que se sente ao perder um filho. Eu realmente gostaria de saber mais sobre a vida deles após todo o ocorrido.
Wyatt: não gostei dele desde o começo e até agora o responsabilizo pelo que ocorreu.
Mãe de Arabeth: embora eu saiba que ela só queria proteger a filha, não acho justo o comportamento que teve com os pais de Elowyn.
Arabeth: em alguns momentos ela me incomodou um pouco, mas tudo foi devido as circunstâncias e ao fato de ser adolescente, ou seja, o ser mais insuportável desse mundo, rs. Algumas atitudes e pensamentos eram infantis, mas nada muito irritante. Mas ao mesmo tempo, eu senti pena, pois todos se aproximaram dela por causa de Elowyn e isso não é justo. Todo mundo merece estar rodeado de pessoas que estão ali por você e não por outra pessoa. Felizmente tudo deu certo e Kassey percebeu que estar com Arabeth não significava esquecer Elowyn. Uma amizade jamais substitui a outra e isso porque as pessoas são insubstituíveis. Finalmente Arabeth encontrou a amiga que tanto queria e Kassey encontrou uma nova melhor amiga. Uma bela lição de que por mais difícil que seja uma perda, a vida tem que continuar.
Ah e sobre o tema, só posso dizer que me surpreendi. Algo totalmente novo para mim e eu simplesmente amo ler e descobrir sobre assuntos a qual desconheço.
Nunca havia escutado sobre isso de memória celular, achei super interessante. E embora a ciência não saiba explicar, há um dito popular que se aplicar perfeitamente a esse assunto: o coração tem razões que a própria razão desconhece.

Moonlight Books 24/11/2013

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net
Kassey sempre sentiu falta de uma família completa, ela morava apenas com a mãe, já que o pai havia deixado as duas para trás quando ela era bem pequena e ao conhecer Elowyn e seus pais excessivamente amorosos, ele experimentou o gostinho de ter um pai presente. Bem recebida na casa e na vida da amiga, Kassey passou a considerar ali o seu novo lar e a viver praticamente todos os seus momentos com Elowyn. Esta amizade foi amadurecendo junto com as meninas, elas descobriram a passagem da infância para a adolescência juntas, fazendo então planos para a entrada na vida adulta. Claro que nem sempre tudo foram flores, Elowyn acabou conhecendo um rapaz e namorando antes de Kassey, desta forma a amizade perdeu um pouco da força, mas não ao ponto de esmorecer, mas de uma forma ou de outras, elas ainda eram muito ligadas, até o dia que um grave acidente de carro tirou a vida de El e Kassey viu-se desamparada, sem a melhor amiga.

Mas poderia mesmo após a morte, Elowyn permanecer entre aqueles que a amavam? Bem, pelo visto quando seus órgãos foram doados, a pessoa que recebeu seu coração, acabou recebendo também seus sentimentos e lembranças.

Quando eu solicitei este livro eu imaginei uma história para chorar, a premissa promete isso, apresentando uma amizade forte, luto e muito drama, e embora eu tenha encontrado todos estes elementos no livro, confesso que não fiquei emocionada como imaginei que ficaria.

A história e narrada em primeira pessoa por Kassey na primeira parte do livro, e alternada nas duas partes seguintes entre ela e Arabeth, a garota que recebeu o coração de Elowyn. A primeira parte é onde conhecemos o começo da amizade de Kassey e Elowyn, como foram os anos que fortaleceram este laço e um pouco do jeito das meninas. É uma passagem rápida, que fecha com a partida de El. Não é um acontecimento surpreendente e nem que considerei impactante, já que pela sinopse você sabe que ela vai morrer e a autora não prendeu-se por muito tempo na tragédia, então eu acabei não sentindo muito pelo ocorrido.

Não foi somente esta cena que a autora deixou de aprofundar-se, na verdade todo a história não tem profundidade, e isso foi algo que senti muita falta, por ser um livro de drama, eu queria muito foco em sentimentos, em reações e sensações. Eu queria sentir o mesmo que os personagens, compartilhar de sua dor e perda, e pelo lado mais alegre, a amizade das meninas.

Daí em diante temos as outras duas partes do livro, a segunda que mostra Arabeth recebendo o coração e sentindo a grande mudança em si e em sua vida, e a terceira que une todos os personagens tentando ajeitar as coisas depois de tantas mudanças e seguindo em frente.

Ficou claro que o foco maior era mesmo a “memória celular”, que trata da ideia de que nossas células guardam nossas memórias, e assim, no caso de um transplante de órgãos, o receptor herda isso do doador. Foi o que aconteceu com Arabeth, ela recebeu o coração de El e adquiriu muito da personalidade da menina, quando ocorreu um encontro de sua família, com a de El e seus amigos, estas pessoas começaram a acreditar ver a menina morta, ou melhor dizendo, traços dela em Arabeth. Isso gerou muita confusão e desconforto para ambos os lados, e Arabeth chegou ao ponto de não saber se gostavam dela ou da sua doadora.

Eu sinceramente não acredito nesta ideia, é algo que gera estudos e sei que muitos acreditam, mas eu não. Nem dentro da ficção eu comprei este conceito, mas eu acredito que as pessoas sejam capazes de ver o ente querido perdido na pessoa que recebeu um de seus órgãos, isso eu não duvido, já que a vontade de ter quem ama de volta pode ser tão grande, que engana a própria razão. Não acho legal o contato entre as partes, ao meu ver atrasa o processo de superar o luto.

Mas se tem algo que eu gostei, foi a autora mostrar como é a vida de uma pessoas que precisa de uma doação, isso nos leva a enxergar que a doação de órgãos é um gesto muito nobre e corajoso. Ver como era a vida de Arabeth antes e vê-la depois da recuperação é lindo, é como ver alguém renascer. É um belo incentivo para todos nós.

Arabeth foi minha personagem preferida, ela é muito madura e aprendeu cedo a dar valor a vida. Essa menina surpreende muito. Ela sofreu demais, mas nem por isso tornou-se vítima da situação, ao contrário, deixou as lamentações de lado e quis viver plenamente. Queria ser feliz, ter amigos e ser amada. Adorei a forma como tratou Kassey, essa sim ficava com lamentações e nem tinha motivos para isso. Pelo menos no final aprendeu algo com Arabeth.

Em suma é um livro que mesmo tratando de assuntos sérios, traz isso de maneira leve. Vejo que vai cair como uma luva para a meninada, que não está afim de ler algo para ficar desidratado de tanto chorar, mas mesmo assim gostaria de conhecer uma história muito real, que aborda temas do cotidiano como luto, amizades, relações familiares e superação. É legal, mas no meu caso, acredito que faltou um maior trabalho de detalhes e aprofundamento, eu queria ter caído em lágrimas, sentido emoção, queria algo mais forte e intenso.

Leitura rápida, para uma tarde chuvosa e espero que leiam e tirem suas conclusões.

site: www.moonlightbooks.net

Daiane251 26/11/2013

De coração para coração
Resenha publicada no blog No Universo da Literatura

Elowyn e Kassey são grandes amigas, estudam no mesmo colégio e sempre compartilham tudo. Em sua carteira de motorista Elowyn marcou a opção "doadora de órgãos", mas não contou a ninguém. Seus pais e Kassey só souberam disso quando ela bateu o carro e estava praticamente morta no hospital. A família respeitando a decisão da jovem, após desligarem os aparelhos, aceitou a realização da doação dos órgãos.
Do outro lado estava Arabeth, uma menina doce que perdeu o pai, o qual era militar e morreu na guerra do Afeganistão atingido por uma bomba, deixando sua esposa e filha. A menina tinha problemas no coração e respirava com auxilio de máquinas, isolada, sem amigos já que não podia sair ou estudar em uma escola normal, somente um transplante poderia devolver-lhe a saúde e ajudá-la a viver mais. Se ela não o conseguisse suas chances de crescer, se tornar adulta e melhorar eram quase impossíveis.
Um dia ela recebeu a ligação do hospital, tinham um coração novo para ela de um doador, ela e sua mãe ficam muito felizes e ainda mais quando o transplante foi realizado, mesmo ainda ter chances de rejeição. Mas quem teria sido o dono daquele coração saudável que agora batia forte em seu peito? Como teria sido a vida daquela jovem? Como morrera?
As vidas dessas pessoas se transformam, os pais de Elowyn sofrem com a perda de sua única filha, e Kassey a da amiga que tanto amava. Eles conhecem Arabeth, e se aproximam muito da garota que agora tem a chance de ter mais amigos. Mas como lidar com a perda, e o que estava acontecendo com Arabeth que apresentou algumas mudanças de personalidade após o transplante?

"Precisava saber muito mais sobre Elowyn Eden, a menina que às vezes parecia falar por mim, fazendo com que eu dissesse e fizesse coisas que nunca dissera ou fizera antes"

De coração para coração de Lurlene McDaniel, me chamou a atenção pela sua sinopse, doce e emocionante ao mesmo tempo e que traz uma discussão importante, o transplante de órgãos. Como costumo dizer dependendo do momento que estamos vivendo, ou de nossa situação emocional, a leitura de um livro pode se tornar mais intensa, e assim aconteceu com esse.
Algo que McDaniel aborda é a "memória celular", algo que acontece com algumas pessoas que recebem o órgão de outra em um transplante, esse caso acontece mais em transplantes de coração. Não é algo confirmado pela medicina, mas há diversos casos de pessoas que após passarem pela cirurgia notarem certa diferença em comportamento, personalidade ou terem memórias da pessoa que era portadora daquele órgão. Isso acontece com Arabeth, que não entendeu porque pediu que seu quarto tivesse como tema de decoração a França, ela não era tão fã do país assim, mas Elowyn era.
Além dessa alteração, também houve outras, Arabeth era uma jovem bem calma, mas de uma hora pra outra começou a ser mais decisiva, mais 'rebelde' em suas decisões. Seu sorvete preferido mudou de sabor, sem querer dissera frases que quem dizia era Elowyn... Estranho? Claro! Mas real. Eu não sabia desses casos antes, mas depois desse livro, confesso que minha curiosidade aumentou muito.
Essas semelhanças chamam a atenção de Kassey, ela lembrava tanto sua amiga, assim como os pais de Elowyn também começaram a se aproximar. Só que Arabeth era Arabeth. Em alguns momentos parecia que as pessoas se esqueciam disso, ela não era Elowyn, e as pessoas deveriam gostar dela pelo que ela realmente era, e não pelo que desejavam que ela fosse, embora houvesse semelhanças.
A autora foi abordando isso aos poucos, mostrando as situações e semelhanças que ocorriam, narrando sob a visão de Kassey e também de Arabeth. Além de trazer o tema da memória celular, também nos faz refletir sobre a questão do transplante de órgãos, não sou doadora, mas estou começando a pensar com mais carinho a respeito disso. Há tantas pessoas na fila, esperando sua vez, esperando por um órgão que poderão salvar suas vidas, e para quem recebe é algo tão grande é como renascer.
A passagem do luto, o sofrimento, o poder do perdão, são itens presentes nesse livro. McDaniel entrelaça todos esses sentimentos, abordando-os com calma na vida de seus personagens, trabalhando-os de uma forma real e que faz com que o leitor pare para pensar um pouco. Em algumas cenas me peguei chorando, a narrativa não é forte, há certa leveza no livro apesar de apresentar temas tão complexos, mas me sinto um pouco fragilizada nesse momento da minha vida, e as cenas apresentam uma emoção que é nos transmitida mesmo que nas entrelinhas.
De coração para coração, como coloquei acima, é leve. É bem narrado, um enredo bem montado, sem pontas soltas. McDaniel já escreveu mais de 70 livros e tem como alvo o público jovem leitor, e nesta obra percebemos sua grande experiência e a facilidade em contar boas histórias com fundos emocionantes. Para quem prefere livros assim, que trate de assuntos reais e reflexivos de uma maneira não muito forte, este se torna um ótimo livro. É possível se emocionar sim, se lê-lo com o coração aberto.



site: http://www.nouniversodaliteratura.com/2013/11/resenha-de-coracao-para-coracao.html

Lai Mile 29/09/2024

Eu n esperava nada desse livro,peguei ele aleatoriamente na biblioteca,mas confesso que ele me prendeu muuito,a leitura é muito leve,trata de assuntos muito sensíveis,mas de uma forma muito dinâmica e a forma que você cria uma certa "relação" com as(o) personagens é muito boa,da pra perceber com facilidade a evolução na forma deles de lidar com as situações. Achei um livro super gostosinho de ler e que de fato é bem divertido.

Bruna 04/12/2013

Simples e muito bonito
De coração para coração conta uma história que gira entre um transplante de coração. A família agradecida da menina que estava a beira da morte convivendo com a família e amigos da menina que morreu tragicamente, no auge da sua adolescência. Sim, é uma ficção, mas o tema tratado é muito mais profundo do que uma simples história.
Os pais da Elowyn acabam invadindo muito o espaço de Arabeth, a garota que recebeu a doação, porém afastá-los de sua vida não é uma tarefa simples. Para eles, Elowyn de alguma forma continua viva, mas para Arabeth tudo que ela mais quer nesse momento é ser ela mesma.
É um livro curto, uma narrativa muito simples e leve, e ao mesmo tempo traz uma história muito profunda. Como será que nós lidaríamos com uma situação de perda como essa? E es nós fôssemos os beneficiados? Será que seria certo conhecer a família do doador?
Outro fator muitíssimo importante é ressaltar a importância da doação de órgãos, e como um simples gesto como esse pode salvar muitas vidas, mas também como fazer essa escolha em um momento de extrema dor pode ser tão difícil.
Como puderam perceber, não falei muito do que acontece no decorrer da história, mas é porque acredito que se eu contar muita coisa acabarei estragando. Este livro é aquele tipo de leitura que você deve saber o menos possível da história, para que possa ir refletindo acerca dos acontecimentos.
Quanto ao seu aspecto físico, a capa é bem simples, de muita delicadeza e belíssima. Acho que combinou perfeitamente com a história. E a diagramação segue o padrão da editora, com letras em tamanho que proporciona uma leitura confortável e páginas amarelas.

Mari Siqueira 06/12/2013

Um livro incrível e emocionante, que nos mostra como a doação de órgãos pode salvar outra vida.
De Coração para Coração foi uma leitura leve, um livro encantador. Com poucas páginas e uma diagramação arejada fizeram com que o tempo voasse e em poucas horas foi possível terminá-lo. Essa trágica e ao mesmo tempo encantadora história, conseguiu me conquistar.

É o primeiro livro que leio da autora, mas posso dizer que aguardo ansiosamente por novos títulos. Nunca tinha lido algo parecido. Lurlene aborda em De Coração para Coração, os transplantes de órgãos. Um tema importante e que deve ser amplamente discutido, especialmente em família. A maneira com que a história foi desenvolvida foi incrível.

Conheceremos a protagonista Elowyn, uma jovem de dezesseis anos com a vida toda pela frente. Ela tinha uma vida perfeita, uma melhor amiga especial, um namorado, uma família, era amada e adorada por todos, até que um dia um acidente de carro interrompe brutalmente sua vida, deixando-a em coma. Seus pais então, descobrem que ela optou por ser doadora de órgãos e decidem que irão manter partes dela vivas em outras pessoas. É difícil para qualquer família a decisão de doar órgãos, especialmente se essa decisão vem junto com desligar os aparelhos.

Enquanto vemos a tristeza dos familiares, do namorado e da melhor amiga, não nos damos conta, mas em outro canto da cidade, não muito longe dali, uma menina está feliz, ela vai ganhar um coração. Um coração compatível com o seu e não será mais uma menina doente, como têm sido por toda a vida.

Após o transplante, a menina, Arabeth, percebe algumas mudanças em seu comportamento e em seu gosto. Ela parece ser outra pessoa às vezes. Conhecendo coisas que ela nunca poderia ter visto, lembrando de pessoas desconhecidas e adorando o mesmo sabor de sorvete que Elowyn tanto gostava.

Um ano depois do transplante, ela decide conhecer a família de sua doadora e assim descobre que está mais ligada à eles do que imagina. A ciência ainda não explica a memória celular - lembrança de costumes, hábitos, interesses ou gostos que um doador tinha e após o transplante, passam a fazer parte da vida do receptor, mas é fato que muitos transplantados afirmam que isso ocorre mesmo.

É um livro bonito, com uma história inspiradora. Eu nunca havia visto nada igual, Lurlene me conquistou com esse relato sincero de amor, de perdão, superação, de vida e morte. E no final, podemos entender como uma vida pode salvar tantas outras. Seja você também um doador de órgãos! Eles podem não te ajudar mais mas, com certeza, ajudarão outras pessoas. Avise sua família da sua decisão, isso pode fazer toda a diferença para alguém.

"-Você vai doar os órgãos dela? - Essa ideia me fazia sentir mal. Não a doação de órgãos em si - o discurso daquele homem fora inspirador - mas, doar os órgãos de Elowyn! Como eles podiam fazer isso?
-É o que ela queria que fosse feito. Ela continuará com a aparência perfeita... depois. Externamente ela continuará a mesma. Os órgãos dela salvarão muitas vidas e... - Ela não terminou a frase.
Eu quase sufoquei em minhas lágrimas, mas não desmoronei na frente de Terri. - Você tem certeza? Quanto ao... seu cérebro?" (p.47)

site: http://loveloversblog.blogspot.com

Irmandade Liter 06/12/2013

De Coração para Coração - Prepare os lenços!
Em De Coração para coração o leitor vai ler um historia de inicio de partir seu coração em milhares e milhares de pedacinhos. A leitura desse livro trás para superfície muitos sentimentos, Dor, Perda, Compaixão, Ressentimento e por fim Aceitação e Reencontro. Kassey, Elowyn e Arabeth não tem nada em comum a não são ser a mesma idade e o fato de que Kassey e Elowyn são melhores amigas.

O livro é fino e com 200 e poucas páginas. Quando o peguei para ler da prateleira não tinha ideia que ficaria tão arrebatada e comovida pela escrita jovem e direta da autora McDaniel. Pela a primeira vez nos meus 23 anos de vida, desde que comecei a ter discernimento sobre o que é certo eu nunca tinha parado para pensar sobre doação de órgãos. E foi através da leitura desse livro que o assunto está bombardeando na minha cabeça com perguntas e mais perguntas. Será que devo também doar os meus? O que meus pais sentiriam com essa minha decisão? O que será suficiente para que os meus órgãos sejam bons suficiente para a doação? São tantas perguntas na minha cabeça que não consigo para de pensar, mas voltando para o livro.

Sendo ficção ou não, Lucilene criou uma história comovente e envolvente em poucas páginas. O livro foi dividido em três partes. O que em minha opinião são os três estágios da vida dessas três meninas. Na primeira parte conheceremos a infância e adolescência da Elowyn e Kassey, vemos em primeira mão o desenvolvimento de uma amizade que vai além da vida. O que eu gostei nessa primeira parte é forma com a autora colocou de forma sutil as dificuldades vivenciadas entres seus pais e filhos, as dificuldades dos jovens em suas escolhas e em seus sentimentos. E por fim vem abordar a doação de órgãos através do acidente trágico.

— Você era como uma irmã para ela — ela sussurrou no meu ouvido. As lágrimas me cegavam. — Está na hora ir. — Mamãe colocou seu braço ao redor da minha cintura e ajudou-me a caminhar até a porta aberta.

Nós seguimos pelo corredor, deixando os pais de Eloywn a sós com sua filha, os aparelhos e a equipe de transplante.
Seu nome era Elowyn Eden.
Ela era minha amiga.
Ela morreu quando tinha dezesseis anos de idade. Pág.:49

Já na segunda parte da historia, os tempos ficam mais sombrios, mostrando a dificuldade em aceitar a morte de um ente querido. O livro tomou minha total atenção no final da primeira parte e inicio da segunda, naquele ponto da leitura eu soube que não conseguiria para ler até a última página. Sempre é difícil perder alguém que se ama, especialmente quando você tem que seguir em frente sem essa pessoa.

A autora soube mover os personagens tomados pelo os sentimentos de perda e a leitura foi ficando cada vez mais instigante, não pela a dor que era palpável em cada letra, palavras e parágrafos. Em alguns momentos da leitura sentir meus olhos marejarem e meu peito apertar com o pesar, devido à dor da família da Elowyn Eden e a própria dor da Kassey e as pessoas que conheciam El de perto.

Arabeth entra em cena nessa altura da historia, com seu coração novo e a perspectiva de um futuro melhor e saudável. Eu gostei dela logo de cara. A autora trabalhou imensamente bem a personagem com a doença que veio ainda na infância, mostrando como é difícil ser uma pessoa mais sensível quando ainda se é apenas uma criança inocente. Eu ri e chorei com a Arabeth, mas nada me preparou para o que vinha na parte da historia.

Lágrimas escorreram. O novo coração estava bombeando meu sangue até as pontas dos meus dedos, para todas as células do meu corpo. Eu estava viva. pág.: 56

Outro tema que foi abordado de forma sutil, mas com força, foi “memória celular” O que é um assunto instigante confesso que dei uma pesquisada depois da leitura do livro. A autora falou do assunto de forma calma e paciente, mostrando ali e acolá trecho onde Arabeth se via com pequenas memorias da sua doadora, no caso Elowyn, com sentimento de familiaridade com as pessoas que conviveram com El quando era viva. Mostrando o conflito entre Arabeth/Elowyn aos seus sentimentos e atitudes.

Já na terceira e ultima parte do livro a historia toma uma guinada com acontecimentos que englobaram Kassey, Arabeth, os pais da Elowyn e Wyatt o namorado da Elowyn. Não falei sobre ele no inicio, mas ele tem um papel importante na vida das três meninas, no qual não vou falar para deixar vocês curiosas. Iremos ver uma amizade sincera e duradoura crescer entre Arabeth e Kassey e digo que é uma coisa linda de se ver.

Ela era profunda e sensível e, sim ela me lembrava Elowyn, o tempo todo. A personalidade revelou-se e me deu uma ideia de como era a menina que perdera horas sozinha, por todos aqueles anos em que esteve doente. Pág.: 144

Finalizando a resenha com De Coração para Coração, você vai rir no inicio, chora por algum tempo durante a leitura e por fim vai ver algo que você não reparou no inicio da leitura. A história é um ciclo de vida para os personagens onde termina da mesma forma que começou, com um simples e inocente convite. E o elo forte de amizade que nem mesmo a morte pode quebrar.


site: www.irmandadeliteraria.blogspot.com.br

Si Flores 11/12/2013

De Coração para Coração
Esse livro me deixou sentimental.

De Coração para Coração é um livro que fala sobre família, amizade, amor, união e um assunto muito importante: doação de orgãos. Não, não pense que o livro é chato por isso ou que ele fique o tempo todo martelando nessa causa. Muito pelo contrário. Este é um livro especial exatamente por esse motivo.

Temos aqui a história das amigas Kassey e Elowyn (amei esse nome). Ela são amigas desde a sétima série e se conheceram em um quarto da ala de ortopedia do hospital. O tempo passou e elas se tornaram inseparáveis. Viviam juntas, viajavam juntas... Isso até Wyatt aparecer na vida de El (como todos a chamavam). Eu sempre tenho esse trauma, quando uma amiga começa a namorar ela sempre acaba se afastando. Mas isso não prejudicou a amizade das duas.

Em uma noite chuvosa de fevereiro na cidade de Atlanta, Elowyn dirigia seu carro enquanto falava ao telefone com Kassey, contando e chorando sobre mais uma briga com seu namorado. Até que a ligação cai...

Através da mãe de Elowyn, Terri, uma amável e doce mulher, Kassey fica sabendo que a amiga não havia voltado para casa. Ela estava em coma no hospital e restavam pouca chances de sobrevivência para a menina. (nem preciso dizer que chorei horrores né?)

A família descobre que Elowyn havia decidido doar seus orgãos, e foi assim que Arabeth entrou na vida dessas famílias.

Arabeth era uma menina que há muito tempo sofria de problemas cardíacos e, assim, vivia confinada em seu quarto presa há um oxigênio. Ela tinha um coração muito frágil e já havia passado por uma tentativa frustrada de transplante. Até que em uma manhã, a mão de Arabeth, dona de uma pousada, recebeu uma ligação. Eles finalmente tinham um coração.

Depois de feito o transplante, coisas estranhas começam a acontecer com Arabeth. Ela passa a gostar de coisas que nunca gostou. Passa a querer coisas que nunca quis. E depois, quando ela conhece a família de El e sua amiga Kassey, isso fica ainda mais frequente e assustador para a menina e para todos que a cercam. Era como se Elowyn estivesse ali, bem a frente de todos.

Um livro lindo, perfeito, emocionante e incrível. Uma história que te prende do início ao fim, que te comove a todo o momento. Você se sente parte da história, como se fosse um membro dessas três famílias. Lurlene McDaniel soube tratar um assunto tão delicado e importante, de uma maneira tão bela e digna.

É com lágrimas nos olhos que eu indico esse livro à todos.

site: http://folie-a-books.blogspot.com.br/2013/12/de-coracao-para-coracao.html

Lelê 23/12/2013

Resenha:
Uma história simples para alguns, um assunto muitas vezes polêmico ainda para outros, uma lição de vida para todos!


" - Às vezes, uma foto me dá a impressão de
já ter visto aquilo em algum lugar. Mas
é como tentar agarrar a fumaça.
Nunca consigo entender."
Pag. 126


Kassey e Elowyn se conheceram ainda crianças no hospital, uma havia quebrado a perna e a outra o braço, fizeram companhia uma para a outra até que tiveram alta. Foram estudar juntas e se tornaram melhores amigas.

Elowyn era filha única, e seus pais eram exemplares, amorosos e atenciosos. Já Kassey, que também era filha única, só tinha a mãe, seu pai havia ido embora quando ela tinha três anos e nunca mais dera notícias.

Elas cresceram, companheiras, amigas, irmãs.

Por volta dos dezesseis anos Kalsey ainda não se interessava por garotos, mas Elowyn estava apaixonada. Wyatt, o garoto que enlouqueceu o coração de Elowyn foi o céu e o inferno dela.

Foi depois de uma briga com Wyatt que Elowyn saiu com o carro na chuva, nervosa, cega pela raiva mesmo; perdeu o controle do carro e bateu em uma árvore. Foi internada, mas depois de dias em coma, os médicos detectaram morte cerebral, e como era de desejo dela, seus órgãos foram doados.


"O zumbido do ar-condicionado do quarto
preenchia o silêncio. Elowyn não se movia."
Pag. 41


Arabeth, que desde os oito anos de idade não sabia o que era respirar normalmente, não sabia o que era brincar como uma criança normal, não tinha amigas, não ia à escola. Só ficava em casa esperando o dia que encontrariam um coração que fosse compatível para que ela conseguisse viver. Somente aos quinze anos é que ela recebe a ligação que muda tudo.
O coração estava esperando por ela no hospital.

Um ano depois de transplantada, vivendo como nunca pôde, o destino fez com que Arabeth ficasse mais perto de Elowyn, pois Kassey, Wyatt e os pais de Elowyn se juntam para viverem uma nova vida, e descobrirem como cada um pode seguir à diante.

Com uma narrativa simples e envolvente a autora traz para o público jovem um assunto que não é tratado com frequência; o transplante de órgãos. E você acha que isso não é importante? É sim.

Crianças e adolescentes também ficam doentes, tem problemas com os pais, tem dúvidas sobre relacionamentos, sofrem com perdas, enfim, "De Coração Para Coração" traz muita coisa que pode fazer realmente a diferença para quem está lendo.

O tema tratado é triste, não consigo me imaginar na pele de nenhum dos personagens, só de pensar um nó se forma na minha garganta, mas garanto que a maneira como Lurlene McDaniel mostrou, dá pra ver claramente a luz no fim do túnel e acreditar que a esperança é sempre o melhor remédio.

É narrado em primeira pessoa, por Kalssey e Arabeth, cada uma em seu capítulo.

A capa simples é encantadora, assim como a diagramação. Li em poucas horas e foram horas extremamente agradáveis, apesar do tema mais denso.

Recomendo muito a leitura.

site: http://topensandoemler.blogspot.com.br/

Bookaholic Girl 25/12/2013

Quando eram criançcas, Kassey e Elowyn se conheceram em um hospital, onde ambos tinham um membro fraturado e esperavam para serem operadas. Depois daquele dia, nunca mais se afastaram.
Elas não poderiam ser mais opostas, enquanto Kassey morava só com a mãe, pois o pai as abandonou, era mais tímida e restrita, Elowyn era alegria em pessoa, apesar do humor um pouco volúvel. Ela tinha pais que a amavam e fariam de tudo por ela. Com o passar dos anos a amizade só se solidificou, e foi transferida para as quadras de vôlei, onde uma passou a complementar a outra.
Até Elowyn começar a namorar. O namoro não as afastou completamente, apenas distanciou um pouco, mas o amor que uma sentia pela outra permaneceu, tanto que foi para Kassey que Elowyn ligou chorando para contar que estava sendo traída. Foi para Kassey a sua última ligação.
Um grave acidente de carro custou a vida de Elowyn, devastou sua família e deixou Kassey sem chão. Até saber que ao tirar a carteira de motorista, Elowyn havia decidido ser doadora de órgãos, e seu coração agora iria bater no peito de uma garota de quinze anos chamada Arabeth.
Arabeth sempre foi muito doente, conforme foi crescendo, seu coração foi ficando cada vez mais fraco ao ponto de ter que andar com um respirador portátil e ter aulas em casa, pois não era forte o suficiente para ir a escola.
Quando a ligação do transplante ocorreu, ela ganhou uma segunda chance e se tornou extremamente grata a família que permitiu que isso acontecesse.
A vida dessas garotas só foi se cruzar um ano depois, que é o tempo mínimo exigido para que pessoas transplantadas tenham alguma informação sobre quem lhes forneceu o órgão. Querendo mostrar sua gratidão, Arabeth aceitou conhecer a família de Elowyn e a vida de todos nunca mais foi igual.

O que me animou a ler esse livro, em primeiro lugar, foi o tema. Doação de órgãos, apesar de ser muito importante, não é algo que você ouve falar todos os dias, e a ideia de ter um livro cujo enredo gire em torno disso me agradou bastante. No entanto, eu esperava um pouco mais.
É um relato muito bonito da amizade entre Kassey e Elowyn, do amor que a família de Elowyn sentia por ela e do quão devastados eles ficaram com o acidente, mas a partir do momento que Arabeth entra na história, para mim a narração ganhou outro tom, com acontecimentos estranhos entrando em cena.
Esses acontecimentos ligam Arabeth a Elowyn, quando ela pronuncia frases e apelidos dados por Elowyn, quando ela tem um desejo inexplicável por um quarto novo que remeta a França, quando passa a utilizar a mesma fragrância.
Mais a frente o porque disso acontecer é bem explicado, mas confesso que deixou a história com um clima meio estranho, tira um pouco da espontaneidade dos diálogos para deixar um clima mais pesado rondando a narração.

Fora isso, é um livro tocante sobre como uma família pode se abalar com a perda de um ente querido, e de como um órgão novo pode mudar toda uma família também. Na hora de ler, tem de ter mente aberta para analisar pelos dois lados da situação, sei que muita gente ainda é contra a doação de órgãos e pode achar querer desprezar a história. Por isso eu digo, leia com a mente aberta para entender a importância e a grandeza da situação.

site: http://www.bookaholicgirls.com/2013/12/de-coracao-para-coracao.html

Mari 27/12/2013

"Meu coração estava ficando cada vez mais fraco, mas eu me arrastava para a escola porque ficar em casa sozinha o dia todo era solitário demais." - Pág. 62

"De Coração Para Coração" é uma história que começa a nos emocionar desde a sinopse. Elowyn e Kassey se conheceram quando estavam na ortopedia de um hospital e desde então uma forte amizade surgiu, mas as duas tinham vidas completamente diferentes. Os pais de Elowyn, com a boa situação financeira que tem, se mudaram para a Caroliina do Norte, ficando mais próximos da nova amiga da filha; já os pais de Kassey, eram divorciados e ela era criada pela sua mãe. Kassey sentia falta do pai, que havia deixado muitas mágoas em sua vida, ainda mais vendo como o pai de Elowyn a tratava e a mimava, enquanto ela sempre teve que se virar sozinha, já que a mãe trabalhava. As diferenças entre as duas amigas podem até incomodar, mas não destroem a amizade delas. Infelizmente, um acidente irá separar a vida das duas, porém depois de uma grande surpresa, Kassey descobre que não perdeu sua amiga para sempre.

O livro se divide inicialmente entre as vidas de Elowyn e Kassey, até que a vida das duas se cruza com a de Arabeth, uma menina que desde pequena tem problemas no coração. Antes da morte de seu pai, que era militar, ele sempre facilitou a vida da filha como podia. Brincadeiras, distrações, tudo que pudesse evitar os esforços da filha. A família esperava um transplante fazia um ano, até que graças a Elowyn, Arabeth terá uma oportunidade única.

"O coração no meu peito se acalmou, entrando em um ritmo constante." - Pág. 90

Este livro nos transmite um turbilhão de emoções. É impressionante a forma como a autora transmite todos os sentimentos das três personagens principais, que passam por situações completamente diferentes, mas que conseguem nos ensinar muitas coisas. A forma como Arabeth passa a agir depois do transplante deixa qualquer um impressionado e feliz ao mesmo tempo. A maneira como as outras pessoas se comportam ao perceber as semelhanças dela e de sua doadora também é comovente.

A narrativa do livro é totalmente fluída e as poucas páginas nos permitem ler o livro rapidamente. A diagramação está ótima, e não não preciso nem falar que amei essa capa, certo? É simples e super criativa ao mesmo tempo. As digitais que formam os dois corações e o fundo vermelho já me deixaram encantada desde que vi a capa pela primeira vez.

Lurlene McDaniel aborda um tema delicado de forma totalmente emocionante. É impossível não derramar lágrimas de alegria e de tristeza ao longo do livro. Os personagens cativantes nos ensinam a importância de viver cada dia e a lutar pelo nosso amanhã. "De Coração Para Coração" é o tipo de livro que nos evolui e nos incentiva a continuar.

Resenha postado originalmente em: http://www.magialiteraria.net/2013/12/resenha-de-coracao-para-coracao-lurlene.html#comment-form