O Livro dos Espíritos

O Livro dos Espíritos Allan Kardec




Resenhas - O Livro dos Espíritos


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Douglas 19/08/2013

O Livro dos Espíritos
Sempre quando falamos em religião, estamos falando em teorias.
Afinal de contas, religião é algo que não pode ser comprovado cientificamente.
Você escolhe sua religião de acordo com seus gostos pessoais, suas crenças, seus valores. Você é absolutamente livre para não acreditar e absolutamente livre para não ser incomodado por ter essas crenças. Isso é lei. Impede que o Brasil desande em um conflito por onde as pessoas pratiquem crimes baseados em intolerância religiosa. Isso claro, na teoria.

Bom, eu sempre fui um cara que gostei de ouvir o que religiões diferentes tinham a dizer. Sempre ouvi teorias das mais diversas, das religiões mais diversas. Afinal, no mundo existem milhares de religiões diferentes e cada um é livre para seguir a que mais se enquadre nos seus padrões de vida.

Das muitas teorias, ou se preferir, doutrinas, que eu ouvi, a que mais me agradou foi a doutrina espírita. Pelo menos foi a que mais se enquadrou dentro do meu estilo de vida.
Conheci essa religião através deste livro. Gostei muito das ideias, dos princípios, das teorias que o livro coloca.
Embora eu seja batizado e crismado em Igreja Católica, eu sinceramente gosto mais da doutrina espírita, graças a esse livro de Allan Kardec.

Se você vai gostar ou não do livro, isso é uma escolha pessoal sua. Dependendo do que você acredite, ou não acredite, enfim, eu não vou entrar na questão religiosa do livro.
Particularmente, eu gostei bastante dele. Me fez ter uma visão mais ampla da vida. Uma bela leitura, que eu já li mais de uma vez e com certeza, vou ler novamente algum dia.

Caso você não gostou do livro, tudo bem, você é livre para isso. O importante é que você seja feliz, independente de qual é a sua crença.

Um abraço e meu respeito a todos.
Hugo.Sismil 31/12/2015minha estante
Não se é porque me identifico com sua historia hehe mas foi uma bela resenha !





Joao.Gabriel 17/09/2016

Isso não é uma resenha. Pelo menos não obedece os princípios formais de uma. Quando você encontra um livro pesado como esse, que trata desde de o que é matéria, hermenêutica bíblica e sentido da vida e existência não há como não comparar com o que já aprendeu. De fato, fui um estudante da bíblia e tenho uma pequena base em filosofia. Gostaria de comparar o que aprendi sobre a doutrina espírita com esses dois conhecimentos que tenho um pequeno fundamento dando pequenos pareceres pessoas neste ínterim.
Propriedades da matéria: “A matéria é formada de um só ou vários elementos? – De um só elemento primitivo, os corpos que considerais como corpos simples, não são verdadeiros elementos, mas transformações da matéria primitiva”.
Isso sem dúvida se assemelha ao que disse Parmênides. Para ele tudo que é real deve ser eterno e imutável e ter uma unidade indivisível, em contraposição a Heráclito que afirmava que tudo era fluxo: Apesar de tudo partir de um único processo ou substância esta estaria sempre em mutação. Antes disso houve Tales de Mileto que acreditava que a essência de todas as coisas era fundamentalmente imutável e derivavam da água.
Apesar de tais filósofos versarem sobre a transformação da matéria todos eles partiram do monismo que é a concepção de que a matéria é formada por um único elemento. A doutrina espírita é monista com a exceção de que, quanto aos seres vivos eles são formados de corpo, espírito (ou alma) e ainda de períspirito.
Panteísmo: “Deus é um ser distinto, ou seria, segundo a opinião de alguns, o resultante de todas as forças e de todas as inteligências do Universo reunidas? – Se o fora assim deus não seria, por que seria o efeito e não a causa; ele não poderia ser ao mesmo tempo uma e outra”. Uma antiga forma de pensamento que teve por expoente Spinoza a qual o espiritismo rejeita.
Adão como não sendo o primeiro homem e negação da literalidade bíblica:
Esses tópicos estão bem interligados junto com a negação dos efeitos de sacrifício de animais. É preciso trabalha-los em conjunto.
Algo que muito me impressiona é o fato de as pessoas saberem que Cristo morreu para nos salvar de nossos pecados mas não saberem exatamente o porquê dessa morte deveria acontecer. De fato, quando Adão pecou ele era um homem perfeito, o pecado original foi produzido por um ser perfeito, e para que ocorresse sua expiação era necessário que uma moeda de igual valor fosse dada em troca. Para restaurar a vida perdida de adão era necessário que outra vida perfeita fosse sacrificada.
Não nego que essa lógica é curiosa: se Cristo morreu por Adão como ele poderia ressuscitar? Como pode você pagar por algo e ainda ficar com o dinheiro? Talvez a morte aqui tenha uma importância – e não a vida. O salário pago pelo pecado e a morte, logo Jesus tinha de morrer para pagar as dívidas de Adão mas isso não impediria que ele fosse vivificado de novo. Sim eu reconheço que não entendo tudo.
É precisamente este o papel do Cristo. Ao morrer na cruz (ou estaca) ele sacrificou sua vida perfeita para cobrir a falha de Adão, um ser perfeito. Entender Adão como uma figura alegórica impossibilita que Cristo tenha se sacrificado por este fim, retira a razão de ser do sacrifício de Jesus que é a base do cristianismo. Outra explicação seria de que. Quando Jesus morreu por nós essa morte não era necessária: chamamo-lo de mártir por que ele morreu por sua fé, morreu por uma crença que nos salvaria, e sua ressurreição simplesmente significa a vitória de Deus sobre a morte, mas Deus ao permitir que seu filho morresse torturado sem causa sem nenhuma explicação aparente... Que lição ele nos estaria ensinando?
Também... Desnecessário dizer, que quando se nega a literalidade bíblica aí se dá o aval para interpretá-la da forma que quiser. A pergunta a ser feita é: até que ponto a doutrina espírita pode apoiar-se no Cristianismo sem negá-lo? Se ao negar uma alegoria já encontramos problemas quanto ao ponto principal da morte de Jesus não é difícil saber que essa interpretação aberta pode levar ao esvaziamento da sacralidade bíblica.
Há outros pontos que fogem à ideia bíblica, um deles, qual seja, o divórcio
Pergunta nº 940: “(...) mas é uma daquelas infelicidades que das quais, frequentemente sois a primeira causa. Primeiro, são vossas leis que estão erradas. Por que crês que Deus te constrange aficar com aqueles que te descontentam?(...)”.
Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.
Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.
Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe.
E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe.
Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.
Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.
Porque, de onde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? ou, de onde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?
1 Coríntios 7:10-16
E principalmente:
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.
Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Mateus 19:8,9
A razão do esquecimento: Por que não nos lembramos de nossas vidas passadas ou de nossas dívidas a serem pagas.
Este é o ponto mais emblemático e um dos mais sensíveis da doutrina espírita. Cá estamos para cumprir uma missão ou expiação. Porém não nos lembramos qual. Assim nossa vida é uma dívida a ser paga a qual não sabemos o devedor, o que a torna bem fácil de ser desperdiçada.
O livro aponta a intuição, e a busca por ajuda de espíritos elevados como forma de descobrir a nossa missão. Nada contra a segunda, porém quanto a primeira eu tenho em alta o meu ceticismo. Intuição... que frágil guia. Se vivo uma vida de miséria posso intuir que pago por minha avareza, se vivo sem amor que pago pela minha luxúria, se sou um rico filantropo ou procuro a paz como diplomata são estas as minhas respectivas missões.
Um raciocínio pelo resultado, uma explicação que presume que a realidade é justa (a qual irei aprofundar a fragilidade mais tarde) e a partir daí compõe suas bases, um teto que é construído antes da casa. Eis que é o que dispõe a pergunta 575 – quando um homem faz avançar seus semelhantes é por que tinha essa missão.
Raciocínio melhor seria dizer que, se assim soubéssemos de nossa missão, a ela nos empenharíamos tão impetuosamente que nos esqueceríamos de todas as nossas virtudes. O avarento que aprenderia o valor da generosidade empenhar-se-ia apenas nisso, cometendo então tantos outros pecados quanto possível: seria luxurioso e orgulhoso, menos avarento, mas não é isso que é dito no livro.
Flagelos e teodiceia.
O ramo mais belo que há entre a filosofia e a teologia: a teodiceia, o fato de explicar o porquê de um Deus bom e onipotente permitir a maldade. O mal humano é explicado pelo próprio humano – “homo homini lúpus”, mas o mal natural não o é. Afinal, tufões flagelos e secas existem e o sofrimento causado por estes é muito comparável ao de guerras.
Quando lia a bíblia, principalmente no velho testamento, eu cá pensava que a morte era uma sentença bem universal. Moisés morreu por bater com raiva em uma pedra, um carroceiro morreu quando tentou segurar a arca da aliança que caía de sua carroça, crianças morreram por zombarem da careca de um profeta devoradas por um urso, o primeiro filho de Davi com a mulher de um soldado morreu por ser ilegítimo.
Parece que para Deus, aos nossos olhos, nossas vidas terrenas têm um valor muito curto. Eu não me espantaria, se a vida eterna é o que importa por que titubear em tirar um brinquedo quebrado de um menino?
Sim, quando penso nisso minhas orações enfraquecem, afinal não parece que minhas necessidades efêmeras de uma vida efêmera serão respondidas...
O espiritismo dá uma resposta baseada nesse caráter efêmero, se aproximando da doutrina Hindu ele crê que na destruição material há uma necessidade mal compreendida por nossos olhos mortais. Para eles, a razão última aristotélica dos flagelos é a evolução, se não fossem por estes nossa evolução espiritual tardaria ainda mais. Porém nós em nossa compreensão limitada atribuímos isso como um mal natural. Tenho profundo respeito por esta ideia embora não compartilhe da mesma.
Bem, quanto a mim, explicar a razão de ser de um tornado ou vulcão como causas divinas seria atribuir a Deus algo que não vem dele. A natureza em si não é boa ou ruim, ela simplesmente é. Nós que atribuímos a ela coisas boas ou ruins, essa descrença de que o universo em si é justo é o que vai impedir que eu abrace o espiritismo.
O espiritismo e a evolução moral e intelectual do homem
Este é um ponto assaz controvertido. Afinal, em termos gerais, a humanidade está evoluindo? Há tantas respostas que podem ser dadas nesse sentido que a pergunta é por demais aberta. A doutrina espírita parece ser bastante otimista em relação a esse ponto. Por inúmeras purificações o espírito dos homens perde as suas impurezas e, ou avança para um mundo superior ou aqui permanece só que em melhor estado. O resultado é que, mesmo que a Terra seja um mundo inferior ela também tem uma marcha de evolução: os homens que cá ficam estão cada vez mais civilizados e bondosos. Há ainda no espiritismo uma certeza que sua doutrina prevalecerá, diferentemente do cristianismo que espera um armagedom o qual Deus colocará a verdade sobre a Terra ou do islamismo que requer antes uma Guerra Santa (jihad), para o espiritismo isso é fruto do progresso natural.
Porém, cabe ressaltar que nem todos acreditam que estamos evoluindo, René Guenón, por exemplo, acredita que estamos na pior fase da Kali Yuga: no ponto mais distante de Deus e do Verdadeiro Conhecimento, que hoje encontra resquícios apenas na civilização oriental. Ainda de forma que lembra bastante Revelações ele afirma que, como tais períodos são cíclicos, logo estaremos em uma nova Era, infinitamente mais próximos de Deus e da Verdade. Matt Ridley, por outro lado, afirma em “O Otimista Racional” que a globalização nos fez entrar em contato com outras culturas e não mais vê-las como diferentes ou “inimigas”, aprendemos também a nos colocar no lugar do outro e termos empatia. O assunto, como dito, é controverso.
A bíblia, porém afirma que nos últimos dias cairão sobre o mundo guerras, terremotos, fome, desunião e muitos outros males. Aliás eis aqui algo que para ficar coeso com o espiritismo teria de perder toda a sua literalidade e uma comunhão entre essas doutrinas não ocorreria sem esforço. Como conciliar o armagedom bíblico, o Juízo Final sobre a Terra com o espiritismo? Na doutrina cristã clássica a salvação da Terra dar-se-á com o julgamento divino onde ele punirá os maus e ressuscitará os bons, restaurando assim o paraíso terrestre. A salvação do homem se dá por um conjunto de leis divinas que ele deve seguir para ser salvo. No espiritismo a salvação do homem é infinitamente adiável porém seguramente garantida: por uma sucessão de existências ele expia seus pecados havidos em vidas anteriores e se aproxima de Deus, a Terra também segue um ritmo próprio de salvação tendo em vista que os espíritos que cá estão sempre virão mais purificados. Não há precisamente um “juízo final”. Por hora eu não encontro maneiras de conciliar tais doutrinas, afinal que seria tal juízo segundo o espiritismo? E ainda, como conciliar a profecia cristã de flagelos, desunião e desgraça que precedem o Julgamento com o otimismo espírita?
Da minha parte, creio que estamos “moralmente” melhores, espiritualmente piores e intelectualmente neutros.
De fato, se estes são os últimos dias que a profecia bíblica prenuncia os flagelos irão ocorrer apenas na última parte. Melhor ter nascido hoje do que há poucos séculos provavelmente escravo e sangrar todos os dias por uma comida que não iria para minha boca. Melhor nascer hoje do que ter nascido na Idade Média e ser muito provavelmente um camponês que dedica sua vida, suor, sangue e esposa a um Senhor. Melhor ter nascido hoje do que ter nascido na antiguidade provavelmente ainda lutando por água e comida em terrenos áridos onde poderia morrer facilmente por grupos sem lei. Melhor ter nascido aqui do que ter nascido na pré-história e está a mercê de feras e homens e sem saber se voltaria para casa com comida para minha esposa e filhos. Não é apenas do conforto e da comida que falo. Quando olho para trás vejo que nossos direitos avançaram, não devemos nossas vidas a nenhuma decisão unilateral de chefe de clã, rei ou líder. Não preciso acordar todos os dias com medo de morrer pelas mãos de um homem. Mesmo em uma cidade violenta as chancas de voltar para casa vivo são maiores do que antes. De fato, hoje nos respeitamos mais do que antigamente.
Quanto a nossa espiritualidade, creio que não possamos dizer o mesmo. Caímos duas vezes, a primeira com o pecado de Adão, a segunda com a morte da metafísica. Antes da segunda poderíamos ao menos nos religar a Deus, ( religião – religare), mas agora não mais. A ciência matou deus, as igrejas estão vazias, e com elas esvazia-se também o sentido de nossa existência (tragicômico é o presente livro confessar que se o materialismo estiver correto ele realmente mata o sentido de nossa existência e de fazer o bem).
Quanto intelectualmente talvez eu não possa fazer a mesma comparação com o passado que fiz com os outros dois aspectos. Manipulamos a natureza como nunca antes e como metade de depois, isso é certo. Mas para Guenón, por exemplo, que subordina a física à metafísica e o intelecto à espiritualidade tal conhecimento não é a verdade que devemos procurar. Com ele está Kierkergaard, afinal, a razão, saber que 2+2=4, é realmente a verdade que devemos procurar? O curioso é que para o espiritismo elas estão bem relacionadas.
Da ética e da verdade
É aqui que se fundamenta minha principal crítica. Ignorei propositalmente coisas que a bíblia diz sobre os mortos, alma e consciência pós-morte por que parti do princípio de as bases do espiritismo estariam certas, porém não posso admitir que ele considere que a natureza em si seja correta.
Correto e certo. Duas palavras sinônimas que usamos para designar tanto aquilo que é verdadeiro, fato incontestável, quanto no sentido de justo. Tais conceitos estão tão misturados em nossa consciência que damos a eles a mesma palavra. Dissociá-los é inclusive uma árdua tarefa, porém não deixa de ser necessária.
Olhamos para o mundo com lentes injustas por que o consideramos justo: cremos que os pobres e miseráveis assim são por que merecem que o sejam, consideramos que o que cada pessoa ganha é o que ela deveria ganhar – queremos que o mundo seja justo e passamos a nos comportar como se o fosse, mas ele não é. Cometemos graves erros de julgamento para com os outros por conta dessa crença corrosiva, inclusive para com nós mesmos.
Quem de nós, ao contemplar o abismo de uma fase de nossas vidas não se perguntou o porquê de nosso sofrimento? Esse porquê, o que exatamente o era? Não nos indagamos o que fizemos ao nosso próximo e, quem crê, a Deus? Cremos que é um castigo cujo crimes não sabemos exatamente e gritamos essa palavra ao firmamento na esperança de sabe-lo, já nos considerando apenados. Eu mesmo oscilo entre a culpa e esta opinião, por vezes não escapo do juízo de minhas dores.
O espiritismo, confundindo verdade com justo amplia esse quadrado de ilusão de justiça ao afirmar que os sofrimentos de uma vida são dívidas de outra. (por isso aquele que é justo aos vossos olhos frequentemente é marcado pelo seu passado) Isso é lícito: a justiça acontecer em um plano superior é afirmado por muitas religiões, porém a justiça metafísica do espiritismo é tão palatável que soa feito por mãos humanas. E é neste ponto, ao confundir justo como verdadeiro ele cria ao afirmar que os espíritos avançam a partir de critérios meritocráticos.
Aliás, a relação entre conhecimento adquirido e elevação espiritual permeia todo o livro. Isso fica claro na pergunta nº 238: “As percepções e os conhecimentos dos Espíritos são indefinidos; em uma palavra, sabem eles todas as coisas? – Quanto mais se aproximam da perfeição mais sabem; se são superiores, sabem muito. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes sobre todas as coisas.”
Já no plano físico a relação entre moralidade e espiritualidade é explicada na pergunta nº 780: “O progresso moral sempre segue o progresso intelectual? – É sua consequência, todavia, não o segue sempre imediatamente. – Como o progresso intelectual pode conduzir ao progresso intelectual? – Fazendo compreender o bem e o mal: o homem, então, pode escolher. O desenvolvimento do livre arbítrio segue o desenvolvimento da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos. – Como ocorre, então, que os povos mais esclarecidos sejam frequentemente, os mais pervertidos? – O progresso completo é o objetivo, mas os povos, como os indivíduos, não alcançam senão passo a passo. Até que o senso moral se tenha neles desenvolvido, eles podem se servir mesmo de sua inteligência para fazer o mal. A moral e a inteligência são duas forças que não se equilibram senão com o tempo”. A doutrina espírita, portanto parece recuperar na ética grega a ideia de que o mal está intimamente ligado à falta de conhecimento.
Sim. Se o espiritismo erra por considerar que a verdade seja justa eu erro aqui por considera-la que não seja, mas antes ter a verdade como descoberta por uma fonte confiável do que uma noção de justiça em forma de doutrina. O espiritismo é a doutrina que eu gostaria de acreditar, mas, discordando de Pascal não creio que a crença seja uma escolha.
O raciocínio é simples: como poderia um deus benevolente, sustentar verdades como inferno – de acordo com supostamente o apóstolo Paulo, por que ele nos daria uma pena eterna por um crime que não é eterno? Creio que o mesmo raciocínio poderia ser aplicado contrario sensu: por que ele nos haveria de dar uma vida eterna por uma curta vida de boas ações? Neste raciocínio há primeiro a noção de justiça e depois a verdade, mas a verdade e a vontade de Deus não dependem de nossa noção de justiça. Se nossas curtas vidas definem nossa eternidade não nos cabem murmúrios contra isso. Se sexo antes do casamento, divórcio e tantas outras coisas nos são proibidas mesmo que tais proibições hoje pareçam absurdas que nos cabe dizer? A verdade sobre nosso futuro antes viria da força de Deus que de nosso conceito de justiça.
Como o próprio sexto ponto da conclusão afirma a força do espiritismo “está na sua filosofia, no apelo que faz a razão e ao nosso bom senso”, mas desde quando a natureza, seja essa ou outra, se curva diante de nossa razão e de nosso bom senso?
João Gabriel Soares Silva 17/09/16





Caio 11/07/2019minha estante
Se vc não concorda com espiritismo tudo bem. Mas é uma visão de mundo diferente e que merece ser respeitada. Temos que ter mente aberta e entender o lado das pessoas que pensam diferente de vc; Sempre podemos aprender algo de novo com alguém, eles conosco. A vida é simplesmente uma troca de conhecimento e de experiências.




Dg 29/03/2020

Perigoso
Mau livro e conteúdo perigoso para a alma de quem realmente procura a salvação. Queime-o.
Clara2065 31/03/2020minha estante
Intolerância religiosa é crime previsto em lei.




Morango 02/06/2009

Elevando-se
Mais que um livro de perguntas e respostas...um verdadeiro ensinamento para aqueles que querem elevar o espírito e aprender assim que a matéria é êfemera.
Uma boa pedida para aqueles que querem entender a razão e o significado das coisas ao seu redor.
>Cegos aqueles que enxergam com os olhos
Marcia 16/12/2020minha estante
Não importa a religião que se professe ou se não seguimos nenhuma. O livro explica racional e objetivamente as questões da vida.




Nanda 30/08/2013

Um tanto complexo.
Quando descobri que tinha este livro em casa fiquei ansiosíssima por começar a lê-lo, porém, bem antes de chegar à metade da livro minha animação foi diminuindo bastante.
Considero-o uma boa obra, mas não para iniciantes e para quem não tem quase nenhum convívio ou conhecimento sobre a doutrina espírita, é um tanto complexo e cansativo, já li outros livros de 700 ou 800 págs. com mais rapidez do que este.
Enfim, esclareceu-me muitas dúvidas e me fez acreditar e concordar sobre os conceitos da doutrina, mas não consegui absorver muito conhecimento.
NatBelus 26/02/2015minha estante
É um livro de conteúdo que exige reflexão. Quanto a linguagem complexa há edições com texto mais simplificado, como os da Editora Petit por exemplo. Experimente comparar mais de uma tradução, as vezes o que ficou confuso com um tradutor fica mais fácil de entender com outro. E também tem o fato de o Espiritismo ser uma doutrina com forte cunho cinetífico filosófico, e Allan Kardec ter sido professor, no século XIX, portanto a linguagem empregada tende a didatismo da época. Ele é mais um livro de Estudo que exige releituras e não é lido rapidamente.




Caroline.Wanderley 11/03/2016

Terminou de ler?
Leia outra vez
e mais outra
e outra
....
a cada leitura um aprendizado novo.
Livro base.
Gatita 12/05/2016minha estante
É bem isso mesmo =D




Aline 01/10/2009

Um ponto de vista diferente
Acho válido observar os fatos que nos envolvem, sob outra visão.
O livro de Allan Kardec tem muito disso: mostra toda a realidade, ocorrências diárias, mas por um aspecto diferente.

Recomendo a leitura para pessoas que tenham um ponto de vista formado a respeito de suas crenças e fé. Todo conhecimento novo é importante =)
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sulian 01/10/2009

Esse é o tipo de livro que voce antes de ler tem de meditar... e abri-lo ao acaso para o mesmo lhe fornecer uma linda mensagem...
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gabi 15/04/2010

Fascinante! Pra quem crê ou não, é de grandeza singular as informações trazidas do Plano Espiritual e organizadas na forma de perguntas por Allan Kardec aos Espíritos que, com precisão irretocavel as respondem.
Vale a pena se lido , relido , relido, relido....
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Barrozo 14/03/2009

Para quem não tem religião
Um dos livros básicos da codificação kardecista, escrito através de perguntas e respostas, que apresenta a doutrina espírita em seus aspectos científicos e filosóficos. Vale estudar.
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Gui 25/06/2012

Importante início
Para quem tem interesse em conhecer o espiritismo, essa obra é simplesmente ESSENCIAL. Vale muito a pena inclusive pra quem não pratica a doutrina. Obra didática e muito linda desse grande codificador que foi Allan Kardec.
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Viviane 01/08/2010

Bom... vou ficar lendo um bom tempo... será um estudo constante...
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Luciene 04/08/2010

Respostas
Excelente!
Livro para reler sempre. Amplia a visão mostrando uma nova e interessante perspectiva.
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Lucy Nazaro 19/08/2010

Comentário Apenas
Não farei uma resenha, apenas um comentário: Gostei da leitura, tem muitas informações que respondem questionamentos que temos em relação ao mundo espiritual. Acredito que todos os que se interessam em ver suas perguntas sobre o mundo dos espíritos respondidas, encontrarão nesta obra.
Sou leiga, ainda preciso ler mais sobre o assunto. Mas pretendo continuar buscando.
Recomendo.
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