MarcosMesquita 22/06/2020
Mais humanismo!!!
Quanto mais lia o livro mais reforçava meu humanismo, ou meu materialismo. Materialista seria com toda certeza como o autor iria me classificar, assim como define o conceito no início do seu livro.
Mas, observem o encadeamento das minhas reflexões, se cada ser humano é já um espírito, alguns menos evoluídos e outros nem tanto, se somos responsáveis pelas escolhas que fazemos, se mesmo diante de influências diversas podemos nos associar àquelas pessoas que pensam como nós e que tem os mesmo valores, então, podemos fazer tudo isto exatamente agora, exatamente com quem está ao nosso redor.
Tantos livros, pensamento, poesias, tanto conhecimento científico e moral acumulado por nós mesmos, enquanto estamos vivos ou "encarnados", para que espiar o "outro lado" ávidos de uma orientação?
Se temos poesia de Drummond, música de Gilberto Gil, livros de Machado de Assis porque esperar que um espírito encarne sobre outro para "revelar" belezas inimagináveis? Se coisas mais sublimes que a humanidade já conseguiu realizar estão ao nosso alcance, porque não festejar isto, se agrupar em torno destes esforços e continuar subindo os degraus do conhecimento e da "iluminação"?
As palavras iluminismo, enlightment e aufklaurung representam exatamente o esforço do ser humano em sua trajetória de superar os preconceitos e os limites de obscurantismos religiosos ou outros.
E se essa luz é tão real, tão visível e material, que mais precisamos para nos dispor a "evoluir"?
Claro que todos nós reconhecemos que o ser humano traz ao mesmo tempo milhares de exemplos ao longo da história - e acontecendo nesse exato momento - de perversidade, crueldade, indiferença e porque não dizer da mais pura procrastinação. Mas ainda aí cabe sua escolha de que lado se alinhar.
Eu me sinto bem alinhado. Por favor, mais humanismo!