Lucas 21/05/2014Estrada Livre - Naila Barboni (http://claqueteliteraria.blogspot.com.br/)Como eu conheci esse livro é uma história bem interessante: eu estudo com a autora (sim, isso mesmo!). Fui no primeiro dia de aula da faculdade, descobri que ela era autora, fui pesquisar sobre o livro e, no final, ela acabou sendo parceira do blog, cendendoo, carinhosamente, o livro para resenha. A história que Naila escreveu envolve mistério, suspense, ação e, principalmente, romance. Tudo isso em um universo sobrenatural.
O livro é narrado por Lilith Barone, uma garota que nunca foi considerada normal. Nunca chegou a chorar com qualquer pessoa, apenas uma lágrima. Seu pavio é mais curto que o normal, se irritando com quase qualquer coisa. E, às vezes, ela percebia algumas coisas, enquanto os outros não. Uma dessas coisas foi um olhar, que a seguia em todos os lugares durante uma visita ao Playcenter, um parque de diversão de São Paulo. Esse olhar pentencia a Bernando Valfenir que, de acordo com sua família, era um inimigo.
Ao decorrer do livro, Lilith e Bernardo vão criando laços, deixando a rixa familiar de lado, até começarem a namorar. Lilith, por conta de Bernando, aceita o seu destino: se tornar Patrona, que são pessoas responsáveis por derrotar o demônios que assolam a Terra. Ambos começam a lutar lado a lado, eliminando os demônios.
Quando comecei a ler, pensei que a história fosse algo bem parecido com Instrumentos Mortais, assim como pensei que o a situação da família e o relacionamento dos jovens fosse como Romeu e Julieta, mas não. Naila soube direcionar a história para um universo original. Durante a narrativa Lilith vai descobrindo coisas sobre o seu passado e o "por que" de seu comportamento ao lado de Bernardo.
Uma das coisas que me encomodou durante a leitura foi não sentir empatia por nenhum personagem (e olha que são vários!). Apesar se ser desenvolvido em primeira pessoa, não simpatizei em momento algum com Lilith, não senti envolvimento.
Outra coisa que eu não curti foi o uso excessivo de apelidos. Sei que durante um relacionamento, principalmente amoroso, é normal o uso de apelidos carinhosos, mas perdi as contas de quantas vezes tive que ler "Líli" e "Bê". Acredito que pela quantidade usada, eu tenha achado as cenas de romance, que estão em boa parte do livro, melosas. Mas acredito que isso seja porque eu não muito chegado a histórias de romance, então cada um cada um.
Confesso que no começo eu demorei bastante para me engajar na leitura, tanto que demorei um mês para finalizar o livro, mas, ao chegar do meio para o final, devorei o livro. Quando os mistérios vão se desenvolvendo, você não consegue mais parar de ler, até se deparar com um final extraordinário.
Enfim, por se tratar do primeiro livro da autora, a escrita é muito boa. Sim, contém algumas falhas aqui, uma contradição ali, mas nada que seja muito evidente. Se você curte um livro bem sobrenatural e cheio de mistérios, envolvendo dois jovens namorados responsáveis por combater demômios, esse é o livro certo. Vale a pena a leitura!
Obs: Lembrem-se que a autora é da minha sala, então, se você ler e tiver alguma pergunta, pode falar comigo que eu tiro com ela rs.
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