Memórias de um sargento de milícias

Memórias de um sargento de milícias Manuel Antônio de Almeida




Resenhas - Memórias de um sargento de milícias


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Daniel 28/11/2016

Memórias de Um Sargento de Milícias Ou O Surgimento do Malandro
Em síntese, o enredo de Memórias de um Sargento de Milícias é tecido com muitas peripécias e intrigas, que não deixam, ainda hoje, de entreter e prender o leitor. O romance de Manuel Antônio de Almeida destoa do romantismo convencional. Isso dá um sabor especial ao livro, menos pelo fato em si, e mais por mostrar a precariedade de certas classificações excessivamente redutoras. A narrativa tem o poder de ampliar a concepção de literatura romântica, mostrando que os escritores da estética sabiam explorar tanto o sentimentalismo quanto o humor em suas obras. Dessa maneira, O próprio protagonista se apresenta como uma versão carnavalizada do herói romântico. Sua origem é cômica, já que é descrito como “filho de uma pisadela e de um beliscão”. Crescido, torna-se um malandro, tentando sobreviver à margem das instituições sociais nas quais não consegue se enquadrar – família, trabalho, igreja etc. A despeito de tudo isso, o livro pode ser entendido como romântico graças a elementos como o registro de costumes, o final feliz, as personagens que agem por impulso, a sucessão de aventuras nas perseguições do Vidigal e, por fim, a história de amor envolvendo Leonardo e Luisinha. Contudo, independente de qualquer questão referente à classificação da obra, pode-se ver o livro simplesmente como uma sucessão de aventuras vividas por um protagonista humanizado pelos seus defeitos.
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Wags 20/10/2016

Um clássico por excelência
Já havia lido Memórias no ensino médio, como parte das obrigatoriedades escolares, e apesar dos pesares, acabou tornando-se um dos meus livros favoritos da literatura brasileira, meso encabeçado ao lado dos Alencares, Macedos e Taunays que ao longo do mesmo ensino médios me arrancaram inúmeras sonecas.
Hoje, como estudante de Letras, e mais uma vez na obrigatoriedade de ter essas leituras em da, releio Memórias e sinto um misto de alegria totalmente novo, reler obras com mais maturidade é uma coisa esplendida, e essa experiência trazido por Almeida reforçou ainda mais meu gosto pela obra, é inegável a maestria e a originalidade de tal autor ao arquitetar uma história com personagens cativantes, e que fuja totalmente aos padrões adotados para sua época. Seja subversão, seja fuga do mesmo, Memórias de um Sargento de Milícias é um clássico por excelência.
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Janaína Hanna 19/10/2016

Uma leitura obrigatória que eu acabei gostando e achando fascinante.
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Craotchky 01/10/2016

In memoriam
"Naqueles tempos uma noite de luar era muito aproveitada..."

AVISO: isso não é exatamente uma resenha do livro; pouco falo dele aqui. Mais de 50 resenhas escritas (algumas não publiquei) e esta é a primeira e certamente única durante a qual acabei chorando enquanto escrevia. Nem acredito.

Certo dia, em casa de minha avó, no meio de uma conversação, ela usou a palavra "trabalhadeira". Eu, tolo, corrigi-a imediatamente lhe dizendo que o correto era "trabalhadora". Durante os nossos anos de convívio ela repetiu essa e outras palavras trocando o sufixo "ora" por "eira". E eu, imbecil, continuava a tentar corrigi-la. Tentava tirar minha vó de seu tempo, de seu mundo. Qual então foi minha surpresa quando, certo vez, por conta própria, recorri ao dicionário e lá estava, "trabalhadeira". Naquele dia descobri que, apesar de ter caído em desuso, a palavra não é errada tal como eu julgava. Pelo que me lembro, retifiquei meu erro informando-a de que ela não estava errada.

Pois Memórias de um sargento de milícias faz uso de palavras com o sufixo "eira" e isso me fez lembrar de minha avó. A linguagem é bem acessível, de relativa facilidade de leitura e, por vezes, achamos as tais palavras em desuso. Um dos clássicos brasileiros que mais me agradaram - não li muitos. Esperava eu um livro sério, até meio militar por conta do título. Porém o livro é engraçado, divertido, agradável, sobretudo na segunda metade. Narra a vida e peripécias de seus personagens de forma descontraída e várias vezes o narrador fala diretamente com o leitor, fato que proporciona conexão, intimidade.

"Quando temos apenas 18 a 20 anos sobre os ombros, o que é um peso ainda muito leve, desprezamos o passado..."

Tive que me policiar, cortar um bocado do texto, impor-me limites, do contrário você teria se enfadado com mais coisas sobre minha vó. Como ela chamava uma meia de carpim, uma carteira de niqueleira... Enfim, não vou começar de novo. Não penso muito nela. Depois de sua morte, hoje foi o dia em que mais pensei. Não lembro de já ter chorado por alguém falecido. Não esperava por isso.

Quero deixar claro que o choro não foi pela correção que eu fazia pois não me arrependo disso, faria novamente tudo igual, faz parte do que eu era e do que eu sou. As lágrimas foram por lembrar dela, pelas diversas recordações que me vieram. Tudo sem muita explicação.

Minha avó paterna, de nome Doralice, porém chamada pelos conhecidos de Dona Lídia, nasceu em 1923 numa dessas distantes estâncias do Rio Grande do Sul. Contaria hoje, se ainda vivesse, 93 primaveras completas. Faleceu em novembro de 2014 com 91 anos. Nunca leu um livro. Nunca aprendeu a ler e escrever. Nunca me passou pela cabeça ler algo para ela. Lamento. Apenas uma última coisa:

Eu adorava as raras vezes que ela deixava escapar algum palavrão.
Camila 01/10/2016minha estante
Que lindo Filipe :)


Bruno 01/10/2016minha estante
:/


Márcio_MX 01/10/2016minha estante
E sua resenha me fez lembrar da minha e o quanto não aproveitamos os nossos quando deveríamos, mas só percebemos isso quando nós mesmos nos tornamos o que eles eram.
Parabéns e abraço!


Cintia278 02/10/2016minha estante
Nossa, que lindo!


MrSatso 02/10/2016minha estante
Obrigado, pelo texto lindo, e por compartilha-lo. =/


Craotchky 02/10/2016minha estante
Muito feliz com a manifestação positiva de vocês todos, é o melhor incentivo para continuar escrevendo resenhas.


I Danielle I 05/10/2016minha estante
Me identifiquei muito contigo, tanto na parte pessoal quanto na impressão sobre o livro. Parabéns, adoro tua escrita.


Jess 04/01/2017minha estante
Comovente; muito bonito.


oxyagrion 08/08/2022minha estante
filipe, rapaz... lindo. verdadeiramente lindo.


Craotchky 08/08/2022minha estante
Obrigado, queridíssima Oxy, pela atenção em ler




Juliana 20/09/2016

Coitado do Leonardo!
Uma história que poderia ser de abandono, mas no fim tornou-se superação. Muito bem escrito, nunca ri tanto lendo um livro.
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Jonathan 03/09/2016

Um ótimo livro
A literatura brasileira não é muito atrativa aos leitores jovens principalmente pelo fato de ser uma leitura mais dificil,principalmente os da época do romantismo porém esse livro além de trazer uma linguagem mais coloquial traz um humor incrível além da figura do malandro que faz desse livro uma diferença entre os da sua classe por isso recomendo muito a sua leitura
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Davi.Marcos 02/09/2016

Um otimo titulo para quem quer entender o brasil mais antigo
achei a maneira de descrever a sociedade da época simplesmente incrivel,o jeito de expor a sociedade com os seus próprios costumes,claro que há de se ter um filtro,eu acho que nem tudo ali seja tão real,afinal o livro foi escrito justamente com um humor ironico,mas sim é um otimo livro para se ler tanto em época de escola quanto fora dela;claro que não é um titulo que possa se chamar de perfeito,ler titulos mais antigos nos dias de hoje exige uma certa insistência.
Porém se tratando da estória ...chega a ter sim os seus momentos de hilaridade,mas é muito superficial,se tratando de todos os personagens excluindo o principal,ao meu ver o autor poderia ter explorado muito mais a vida personagens como a Luizinha que quase não abre a boca pra falar,oque não faz ao livro uma má leitura
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Bruno Mancini 29/08/2016

Adorei este livro.
Li em uma deitada de rede em um fim de semana. Foi tão emercivo que durante uma pescada de sono e outra entrei na história em meu sonho.
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Aninha Pizani 28/08/2016

Emocionante
Um livro incrivelmente emocionante que te fará perder a noção do tempo
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Sara.Matos 28/08/2016

Muito bom.
Muito bom.
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nilorabi 27/08/2016

Leitura obrigatória
Um dos poucos li V ros de leitura escolar obrigatória que me deu muita satisfação e diversão.
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Mayda Ribeiro 26/08/2016

Memórias de um Sargento de Milícias
Bom.
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Naty 28/06/2016

Super recomendo
De todos os livros que fazem parte da literatura brasileira, esse foi o mais legal que eu li. Apesar da linguagem ser bem antiga, o enredo flui muito bem e a história de Leonardo é muito legal. Um tipico jovem galantiador da época
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