Memórias de um sargento de milícias

Memórias de um sargento de milícias Manuel Antônio de Almeida




Resenhas - Memórias de um sargento de milícias


881 encontrados | exibindo 646 a 661
44 | 45 | 46 | 47 | 48 | 49 | 50 |


Leo_DWARF 08/10/2015

Um clássico nacional
Clássicos nacionais sempre fazem a maioria das pessoas torcerem o nariz. Talvez por causa da cobrança de clássicos da nossa literatura na época do ensino médio, cobrança esta feita de modo pouco interessante e que não instiga em nada o interesse pela leitura, sobretudo pela literatura nacional; sempre fica aquela expectativa de que os clássicos nacionais são chatos, cansativos etc. Eu também pensava assim. Mas meu conceito sobre os clássicos mudou radicalmente após ler TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMO, de Lima Barreto, e MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, de Manuel Antônio de Almeida.

Sobre este último: é um livro excelente! Apresenta bem os costumes da época, o comportamento da sociedade e sobretudo (ao menos em minha opinião) é um livro muito divertido e gostoso de ler. As situações nas quais as personagens acabam envolvidas são cômicas em muitas cenas. A forma como o autor conta a história nos faz sentir como se estivéssemos sentados ouvindo alguém contá-la. Genial.
comentários(0)comente



Scarllet 23/09/2015

Leonardinho e suas aventuras.
Manuel nos mostra de uma forma divertida e um tanto quanto descontraida como eram as pessoas de sua época. Mesmo que personagens fictícios, a história revela o que muito ocorria naquele tempo entre travessuras, poder. interesses e amores, entre tantas coisas que ainda hoje nos são presentes. A história se desenrola de uma forma natural, em que desde pequeno nos mostra quem é o Leonardinho até um rapaz que se torna e todas as suas aventuras e desavenças neste meio, sem deixar de fora fatos daquela época. Uma história cativante e no seu desenrolar, encantadora.
comentários(0)comente



Andrea 17/09/2015

Pré-Realismo Brasileiro e a figura do "malandro"
Este é considerado um romance "urbano", no entanto, Memórias de um Sargento de Milícias, difere muito dos ideais românticos da época, por esse motivo, tal como acontece com As pupilas do Senhor Reitor, em Portugal, costumamos dizer que o livro de Manuel Antônio de Almeida é um romance pré-realista, pois mistura a superficialidade e os personagens arquétipos da prosa romântica, com o humor ácido, sarcástico e crítico da prosa realista. Sabendo disso, vamos à estória!
A narrativa acontece no período em que D João VI reinou no Brasil, entre 1808 e 1821, entretanto, as publicações dos capítulos em folhetim aconteceram durante o Segundo Reinado, tendo D. Pedro II como Imperador do Brasil.
O livro começa com a frase "Era no tempo do rei" que já nos remete a tradição oral e ao ato de se contar uma estória. Somos apresentados primeiramente aos portugueses Leonardo Pataca, homem caráter dúbio, bebe muito, é preguiçoso e sua grande perdição são as mulheres e Maria - da - Hortaliça que vieram juntos ao Brasil a fim de melhorar de vida. O "romance" dos dois começa com "uma pisadela e um beliscão", aqui, vemos claramente a maneira irônica com a qual o autor tratará o amor ao longo de toda a narrativa. Nossa personagem principal, o chamado anti-herói, é Leonardinho, fruto da piscadela e do beliscão.
Como vocês podem imaginar, o amor entre o casal não durou muito, Maria voltou à Portugal e Leonardo abandonou o filho com o Compadre, homem misterioso que tinha verdadeira adoração pelo afilhado. Os anos passam, Leonardinho torna-se um menino e depois um rapaz muito irresponsável, mete-se em diversas confusões, mas sempre é ajudado pelo Compadre e pela Comadre, que realmente gostam dele.
Tal como o pai, nosso "malandro" também é louco por mulheres. Ele apaixona-se por Luisinha, menina recatada e até mesmo sem atrativos, mas esta foi a primeira figura feminina com a qual Leonardinho teve contato, por isso, o amor. Algum tempo depois, o garoto conhece Vidinha, mulata linda e sensual, que o deixa completamente inebriado fazendo-o esquecer-se da outra, deixando a Comadre enlouquecida, pois esta quer casá-lo com Luisinha.
Após muitas confusões, prisões e intrigas, nosso "herói" torna-se um sargento de milícias digno, casa-se com Luisinha e tudo fica muito bem.
Neste livro temos a figura do malandro, ou do anti-herói, personagem principal que não se encaixa aos moldes românticos, tal como Leonardinho, o garoto é preguiçoso, de caráter duvidoso, sempre tenta conseguir tudo da forma mais fácil, destoando do estoicismo da prosa romântica, que seguindo as teses de Aristóteles, acreditava que apenas o trágico, o sofrido é que possuía algo bom, complexo, engrandecedor. Hoje, não temos mais essas concepções, o anti-herói não mais existe, o que temos são personagens rasas e planas, profundas e redondas, mas até o século passado, o malandro de Almeida era muito estudado.
Logo, percebemos que Memórias de um Sargento de Milícias está no limiar entre o romantismo da prosa urbana - estória leve, final feliz, personagens tipos - e o realismo - visão crítica da vida, humor ácido, personagens e situações caricaturais, sendo complexa e ao mesmo tempo divertida.

site: http://allumina.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



VicCristina 08/09/2015

Memórias Divertidas
Memórias de um Sargento de Milícias é um livro muito bom e engraçado que conta as travessuras e enrascadas que o personagem principal se mete! A linguagem utilizada não é de difícil interpretação e faz com que nos sintamos dentro da história e que imaginemos cada personagem. Além disso, o autor conversa com o leitor, nos deixando a vontade.
Isa 09/10/2015minha estante
Aiiiiiiiiiii Mds próximo livro...
Agora fiquei ansiosa pra ler. Se não for bom você está ferrada!




Lorena Oliveira 20/08/2015

Realmente um Clássico!
Nunca dei muita atenção a livros nacionais, nunca gostei muito. Com esse livro não foi diferente, ganhei em uma pequena banca que estava abrindo perto da casa de uma amiga. Amei a aparência do livro, as páginas estavam bem amareladas e notava-se que ele era bem antigo, além de ser uma edição pequena que cabe em qualquer bolsa, ou seja, bem prático. Porém, por ser nacional eu não dei muita bola. Quando terminei o livro que eu estava lendo atualmente comecei a lê-lo, e por ser bem antigo a linguagem era bem rebuscada, diversas vezes precisei do auxílio de um dicionário. Mas isso não atrapalhou em nada a leitura do livro, só fez com que eu aprendesse palavras novas. O autor narra a história de uma forma bem interessante, uma forma que estou pouco habituada a ver, e isso chamou a minha atenção. A história é muito interessante, cheia de idas e vindas. Não me arrependo de ter começado a ler e recomendo.
comentários(0)comente



Diego 03/08/2015

Clássico dos Bons
História adorável!
A inspirada narrativa de Manuel Antonio de Almeida é divertida, engraçada e muito espirituosa. Clássico dos bons. Recomendo fortemente.
comentários(0)comente



Volnei 26/07/2015

Memorias de um sargento de milicias
Este livro conta a história de um casal que se conhecem em uma viagem de navio vinda para o Brasil e aqui tem um único filho. De acordo com o que podemos perceber na história este garoto é abandonado pelos pais a própria sorte desde o inicio de sua vida. seu destino só não é pior por conta da dedicação de seus padrinhos que acabam de cria-lo. A leitura da requer muita atenção pois é muito rebuscada, complexa demais por ser bem antiga mas vale a pena ler até o final.

site: https://twitter.com/volneicampos http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



@raizaxavier 20/07/2015

Leitura leve!
Incrivelmente divertido! Muitas informações sobre nossa cultura e história brasileira, contada de maneira simples. Clássico bacana de ser lido. Pra tirar o preconceito de que livro brasileiro "antigo" é chato.
comentários(0)comente



Dandara.Luigi 30/06/2015

Escrito inicialmente em 1852, em forma de folhetins, com o pseudônimo de "Um brasileiro", foi apenas 11 anos depois que o público leitor veio descobrir o nome do autor: Manuel Antônio de Almeida, que infelizmente havia falecido dois ano antes, em 1861.
Memórias de um Sargento de Milícias, escrito em terceira pessoa, ou seja, o narrador não é o "dono das memórias", vai nos mostrar a história de Leonardo, filho de Leonardo-Pataca e Maria das Hortaliças, ambos imigrantes de Portugal (a história se passa durante o período de D. João VI). Também somos apresentados a vários outras personagens, como o compadre e a comadre, padrinhos de Leonardo, o Vidigal, D.Maria e Luisinha, alguns vizinhos enxeridos, entre outros.
Apesar de ter sido escrito durando o romantismo, nem de longe nosso personagem principal pode ser chamado de herói, muito pelo contrário, ao longo de sua vida Leonardo nos mostra cada vez mais sua natureza de malandro e vagabundo. Suas conquistas não derivam de seu próprio mérito e sim da ação de outros. No entanto, mesmo com várias revira-voltas e malandragens de nosso quase anti-herói, ainda sim podemos desfrutar de uma história bem escrita e humorada.
comentários(0)comente



Felipe 16/06/2015

regular.
comentários(0)comente



Rebeca 15/06/2015

ESCOLA: E.E.E.P Avelino Magalhães DISCIPLINA: Língua Portuguesa-Literatura|Espanhol PROFESSOR: Flávia Braúna|Cristiano Rocha ALUNA: Rebeca Moura Sousa
DE ALMEIDA, Manuel Antônio. Memórias De Um Sargento De Milícias. MARTIN CLARET, São Paulo, 1998.

“Filho de uma pisadela e de um beliscão” Leonardo é um menino que logo após ser abandonado pela mãe que foge com um capitão de navio e respectivamente também pelo o seu pai, só lhe restou viver com o padrinho, um simples barbeiro e agora seu protetor.
Enquanto Leonardo faz suas diabruras pela vizinhança, enlouquecendo o pobre padrinho de reclamações, seu pai, Leonardo Pataca, após a decepção amorosa com a mãe do nosso danado, já está a se envolver com uma Cigana, que logo o abandona também. Tentou trazê-la de volta através de feitiçaria (que era proibido na época), chegou a ser preso, e por fim acabou com a filha da comadre com quem teve uma filha.

Leonardo cresce dando muito trabalho ao padrinho e a comadre, que tentam dar jeito nele de todas as formas, mas nada funciona. O padrinho coloca mãos em uma fortuna a qual ele guarda e ao morrer, fica para Leonardo, a quem cuidou como um filho, o defendeu de todas as ofensas do publico de suas traquinagens. No decorrer dessa vida, ele se apaixona, duas vezes inclusive, mas o final dele será com Luisinha, aquela que foi o seu primeiro amor, mesmo depois de ter se casado com outro que não foi e ele por fim também ter se apaixonado por outra. Mas o primeiro amor, como já disse, foi o que prevaleceu.

Leonardo passou por muitas coisas, chegou até certa vez, após seu padrinho morrer, passar uns dias com seu pai, mas eis que a relação não foi muito boa e foi ai uma das vezes que ele fugiu, onde viveu fugas, prisões, exército, uchurias, amores.

Mas como dizem que “um bom filho a casa torna”, depois de tudo isso, ele acabou voltando pra casa com a comadre, no mesmo período que Luisinha havia ficado viúva de José Manuel o malandro que teria roubado ela do nosso rapaz, e que na verdade só queria saber do dinheiro que a moça tinha a oferecer.

Mesmo com todos os trancos e barrancos, Leonardo teve seu final feliz.
comentários(0)comente



Anderson.Andrade 14/06/2015

Memorias de um Sargento de Milícias
ESCOLA: E.E.E.P Avelino Magalhães DISCIPLINA: Língua Portuguesa-Literatura|Espanhol PROFESSOR: Flávia Braúna|Cristiano Rocha ALUNo: Anderson Andrade de Macedo



Livro Um sargento de milícias faz um resumo da vida de Leonardo, que não morava com pais e sim com padrinhos que trabalhava numa barbearia, ele não era um criança quita no lugar dela e sim gostava muito de bagunçar. disseram a ele pra trabalhar na igreja mais foi logo rejeitado por Leonardo e começa a tomar outro caminho ele cai num mal caminho, mais conhece Luisinha por quem vem uma paixão muito grande, Mais ela ferre o sentimento dele casando com outro, o padrinho dele bate as botas e a única casa pra ele ir e a do pai mais seu pai não aceita as brigas com a madrasta e coloca ele pra fora. Ele arranja uma casa com amigo e vai morar com ele ai ele apresentam a ele Vidinha ele se apaixona de novo mais Vidinha já era desejada por muitos, então ele decidi se mudar ele e promovido pra soldado pelo Vidigal mais ele faz várias coisas e preso Luisinha seu primeiro amor continua influenciando a vida dele a tia dela solta ele da cadeia quando solto ele e promovido a sargento o marido de Luisinha vem a falecer e ele começa de novo um namoro com ela, ele se muda para milícias e faz um casamento para se casar com ela


MANUEL ANTONIO ALMEIDA
Seu único livro Memorias de um sargento de milícias ele se formo em jornalismo e letras . morreu em 1861

comentários(0)comente



Bruna Moraes 03/05/2015

Memórias de um Sargento de Milícias
Memórias de um Sargento de Milícias foi escrito por Antônio de Almeida, um dos autores que fazem parte do romantismo, nesse livro ele quebra a ideia de que o herói precisa ser perfeito para ter seu final feliz. Leonardo nosso herói nessa história, nasceu em um mau dia, seus pais não eram nada responsáveis, quando cresceu só dava dor de cabeça ao compadre, todos acham que ele não tinha futuro, mas aos poucos seu coração foi se encantando por uma moça, infelizmente isso não o fez mudar, continuou com suas aventuras e cada fez mais seu Feliz para Sempre estava longe, mas havia de chegar.
A narrativa não é tão difícil de ser entendida, apenas algumas palavras que não usamos mais atualmente, que foram difíceis de entender, algo que me encomendou foi o jeito do autor tentar interagir com o leitor, falando que só no próximo capitulo que iríamos descobrir algo sobre a história, sem necessidade.
Mas é um livro muito bom, mostra que nossa literatura brasileira pode ser incluída na nossa leitura atual.
comentários(0)comente



Mariana 18/04/2015

Tudo começa com um beliscão em Portugal. É assim que Leonardo-Pataca e Maria, a saloia, se enamoram. Diferentes das personagens da maioria dos livros românticos, os dois (e todos os outros dessa trama em geral) não compõem a classe social mais alta. São simples, modestos e práticos em suas ações. Somada à isso, a descrição de Manuel Antônio de Almeida não se aprofunda tanto no psicológico de seus caráteres quanto o faz na narração dos costumes sociais então vigentes, dos mais bobos aos mais críticos.

"Naqueles tempos uma noite de luar era muito aproveitada, ninguém ficava em casa; os que não saíam a passeio sentavam-se em esteiras às portas, e ali passavam longas horas em descantes, em ceias, em conversas, muitos dormiam a noite inteira ao relento."

Vários trechinhos soltos relatam como a sociedade daquela época pensava e agia. Pela sua objetividade e linguagem direta, Memórias de Um Sargento de Milícias distancia-se do romantismo e antecipa o realismo. Há inclusive quem diga que sua escrita se assemelha à de Machado de Assis. O autor usa várias expressões populares e foi criticado por alguns desleixos gramaticais. Por essas e outras, foi apenas amplamente valorizado após sua morte.

"Vidinha era uma rapariga que tinha tanto de bonita como de movediça e leve: um soprozinho, por brando que fosse, a fazia voar, outro de igual natureza a fazia revoar, e voava e revoava na direção de quantos sopros por ela passassem; isso quer dizer, em linguagem chã e despida de trejeitos da retórica, que ela era uma formidável namoradeira."

Mas enfim! Voltemos à estória. Leonardo-Pataca e Maria chegam ao Brasil e, sem restrições nem demoras, vão morar juntos. Fruto desse rápido ajuntamento nasce o menino Leonardo, que acaba por ser o nosso protagonista. Após seus pais brigarem, o garoto é abandonado (pois assim o considero, embora o livro tenha dado a entender que isso fosse um acontecimento comum) e passa a morar com o padrinho que tem muito apreço por ele. Tanto apreço que parece ignorar o fato de que o menino é uma peste. Virado nas diabruras desde pequeno, Leonardo tem índole de malandro e anda sempre com uma resposta na ponta da língua. Seu padrinho pena para fazê-lo ir à escola, e muito mais para fazê-lo cumprir seu sonho de torná-lo padre. Certo dia, em uma das visitas à casa de Dona Maria, amiga de seu padrinho, Leonardo nota a presença de Luisinha, a sobrinha da mulher. De tão esquisita que é, tem vontade de rir. Mas logo por ela brota em seu coração de "mariola" o primeiro amor. Ele encontra seu concorrente pela mão de Luisinha e de início tem de lutar contra a própria indiferença da menina. No decorrer do livro e por razões diversas, Leonardo encara situações como: fugir de casa, ser preso pelo major mais respeitado da cidade, encontrar um novo namorico e morar como agregado. Acontecimentos vão e vêm mas tudo na vida de Leonardo parece ir na contramão. Diz a comadre que o rapaz nasceu em mau dia!

"O coração de mulher é assim; parece feito de palha, incendeia-se com facilidade, produz muita fumaça, mas em cinco minutos é tudo cinza que o mais leve sopro espalha e desvanece."

Gostei muito! Leitura fluida, fácil e daqueles autores que parecem escrever como se estivessem contando um caso pra um amigo. Seu quê de parcialidade e humor sobre os acontecimentos é uma graça.

"Dizem todos, e os poetas juram e tresjuram, que o verdadeiro amor é o primeiro; temos estudado a matéria, e acreditamos hoje que não há que fiar em poetas; chegamos por nossas investigações à conclusão de que o verdadeiro amor, ou são todos ou é um só, e neste caso não é o primeiro, é o último. O último é o que é o verdadeiro, porque é o único que não muda."
Beatriz 27/05/2020minha estante
amo o jeito que você escreve. ótima resenha! amo o humor do manuel antônio de almeida




881 encontrados | exibindo 646 a 661
44 | 45 | 46 | 47 | 48 | 49 | 50 |