KevinV026 09/06/2023
Milícias de um sargento de memórias
Li esse livro no contexto de estudar o romantismo do século XIX, contexto histórico do livro. Esse aqui é quase um livro realista na verdade. Nele há muitas críticas e ironias as primeiras fases do romantismo porque esse livro é da terceira fase, o pré-realismo.
O autor desse livro, Manuel António de Almeida, morreu muito jovem. Ele ainda foi um importante personagem na vida do Ilustríssimo Machado de Assis, visto que era chefe ou companheiro dele no Ministério da Fazenda (não era esse nome mas vamos considerar dessa forma). Assim é perceptível ver muitos aspectos como a conversa com o leitor, ironia sutil e escancarada, e por fim o comportamento dos personagens que são até bem verossímeis.
Sobre o livro em si: ele tem 2 tomos. Basicamente o primeiro é mais referente ao período onde Leonardo filho era menor de idade ou bem jovem. Já no segundo tomo há o desenvolvimento das principais atitudes de Leonardo filho.
Leonardo pai também tem uma importância nessa história? Sinceramente eu não observei a grande importância dele, talvez poderíamos ver ele como uma grande alusão a realidade dos romancistas que escreviam nas primeiras fases do romancismo. Dessa forma, Leonardo filho demonstra um pouco essa mudança de fase.
O final é interessante e bom. Não sou muito fã de romantismo, mesmo assim, o livro como um todo cativa bem o leitor por mostrar mais sobre a classe media-baixa do Rio de Janeiro do que seus aristocratas.
No fim cale a pena a leitura, principalmente dessa edição que dá contextos e comentários sobre a obra durante a leitura, alguns são irrelevantes mas a maioria ajuda muito no entendimento geral do livro.