Paulo Silas 08/12/2014Nietzsche retrata de forma sucinta (mas não comedida) os filósofos pré-socráticos (porém, também incluindo o próprio Sócrates), sendo estes, para ele, os únicos e verdadeiros pensadores que contribuíram de forma inovadora e significativa para com a filosofia.
Para o autor, os grilhões do mundo envolto na aura pré-secularista começaram a ser quebrados graças a nomes como Tales, Xenófanes, Empédocles, Parmênides, Heráclito e diversos outros que antecederam ao mundo das ideias de Platão. Assim, nesta pequena obra, através de ensaios, Nietzsche discorre sobre tais nomes e as suas contribuições para a filosofia.
Como já mencionado, para Nietzsche, a filosofia com a importância de sua existência como visível e facilmente perceptível é encontrada em tais pensadores, dentro da época em que estes começaram a questionar as coisas. Isto devido ao fato de que antes destes, não existiram outros, logo, foram percursores na arte do pensar.
Deste modo, a partir de Platão, o que fizeram os filósofos foi o mesclar de conceitos e questionamentos que já tinham sido idealizados pelos pré-socráticos, com pequenas adaptações ou progressões. Ou seja, todos devem àqueles primeiros, considerando o tempo, a forma, o modo e os métodos que por eles foram criados.
Um texto de glórias aos pré-socráticos, os únicos dignos de tais honrarias, segundo Nietzsche, contendo de forma resumida as ideias de alguns pensadores desta época.
Recomendo!