spoiler visualizaranaelin 05/10/2024
"Eu chamo de amor."
A frase final não poderia estar mais certa, o que tem nesse livro é amor. Não um amor de livro, de filme, um amor real, com o ruim e o bom, amor com gente. Conhecer a Lavínia mudou a química do meu cérebro, e eu não poderia estar mais grata por isso. O livro, por não seguir uma linearidade na narrativa, joga um pedacinho de informação aqui e ali e mais pra frente, em algum momento, retoma esse pedacinho e enriquece a história de uma forma que beira a poesia. Únicas coisas negativas pra falar são alguns termos, mas não posso criticar isso com propriedade por não saber se estão ali pelo livro ter sido escrito por um homem ou se é intencional pelo personagem ser um homem, um personagem nada imparcial, que justamente por isso se mostra tão importante para a história. E a outra coisa meio ruim é o fim da Lavínia em um sanatório, mesmo que tenha sido o pastor que a pôs lá, sustenta a ideia de que ela era louca, que era duas pessoas diferentes. A visão dos personagens sobre ela é essa, mas por que uma mulher não pode ter pudor e tesão e ainda ser uma só? Me pareceu mais uma visão que partiu do autor, mas não sei. Enfim, leiam esse livro para entender, ele é a prova viva de que ler livro brasileiro vale a pena.