Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios Marçal Aquino




Resenhas - Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios


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Sidney 16/03/2017

Com uma narrativa que causa estranheza, mas só no começo, o livro carrega intensidade em tudo que aborda. Se fala fala de sexo, o tesão dos personagens é muito bem descrito em palavras, se fala de amor, não maquia o que de fato é sujo. É um livro para ser devorado.
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Day 13/05/2017

Este livro possibilita o levantamento de tanta reflexões que não consigo expressar em uma resenha o "tudo" que ele é.
Apenas leiam!

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Jaine Franco 16/12/2017

Um livro nostálgico do título até a última frase.
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Carina.Brito 19/03/2018

Leitura fácil e fluída
A história se passa em uma cidade pequena do Pará onde a principal atividade é o garimpo. Ali um fotógrafo se interessa por uma mulher que na verdade são duas, com personalidades diferentes que aparecem e desaparecem, e que é casada com um pastor. A partir dessa relação o enredo se desenrola.
Em uma leitura fluída e até envolvente, porém não é impactante e até previsível.
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Gisele.Maravieski 26/07/2018

Leia, vale a pena.
O livro poderia se bastar pelo título, poético e profundo, e pode ser resumido pela citação de Nietzsche, muito bem apropriada pelo autor: "Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura". Lavínia é a personagem central, dividida em múltiplas personas, que flerta com a depressão e abusa da sensualidade. Uma combinação explosiva, em um roteiro bem escrito, uma narrativa leve e cativante e um desfecho inesperado e comovente. Muito bom.
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@mylifeasreader 03/08/2018

me surpreendeu
Esse é um desses livros que eu encontrei por acaso e nem sabia que o autor era brasileiro. Me surpreendi, a estória é boa, envolvente. Os personagens são complexos, principalmente Lavínia. Algumas coisas no enredo ficaram confusas para mim, mas nada tirou a admiração que passei a ter pela obra.
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Paulina 22/08/2018

Um livro para ser devorado
Imagine um amor. Um amor devastador. Daqueles que parece um furacão, impossível de esquecer. Pensou? Essa é a história de amor da encantadora Lavínia e do fotógrafo Cauby. Em “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, de Marçal Aquino, somos transportados para o interior do Pará e nos deparamos com uma narrativa repleta de paixão, erotismo e bastante envolvente.

Confesso que já tinha escutado coisas muito positivas a respeito do autor, escritor, jornalista e roteirista brasileiro, mas o que me fisgou nesta obra com certeza foi o título sugestivo. É impossível não associar essa frase às pessoas perdidamente apaixonadas. “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios” foi escrito em 2005 e adaptado para o cinema em 2012.

Cauby narra ao longo do livro sua história com Lavínia, uma mulher sedutora e casada com um pastor. Conhecemos sua história tão de perto e tão profundamente, que ela passa a ser o centro de toda a narrativa, assim como na vida do fotógrafo.

A escrita do livro tem uma beleza e um quê de originalidade sem igual. Apesar dos diálogos não serem identificados pelo travessão, a leitura ocorre de uma maneira tão fluida que é impossível se perder nas palavras. Por vezes os diálogos do passado e presente se misturam, mas sem embaralhar a mente do leitor. As frases possuem imensa coesão sem precisar de item conectivo. Parece poesia.

As palavras escolhidas, os sinônimos presentes, as citações em cada página são sensacionais. Os personagens são tão marcantes e com personalidades tão características, o ritmo da história é tão envolvente e instigante, que as páginas são devoradas sem ao menos o leitor se dar conta.

Como se já não bastasse toda a riqueza da obra, ainda somos apresentados ao professor filósofo Schianberg, criado por Aquino e que é citado inúmeras vezes ao longo da história. As citações desse professor se encaixam na narrativa de maneira tão certeira, na tentativa de explicar loucuras da vida e os atos das pessoas apaixonadas.

“Retomo o livro e leio mais um trecho grifado: o professor Schianberg diz que a natureza do amor, de não nos permitir escolher por quem nos apaixonamos, é uma rota que pode conduzir à ruína. Entendo por que Schianberg escreveu isso. E dou razão a ele. Alguns amores levam à ruína. Eu soube disso desde a primeira vez em que Lavínia entrou na minha casa.”

Este é um livro para ser devorado. Um livro que mistura as mais diversas emoções e sentimentos. O amor e sua intensidade são muito bem apresentados na obra. Vale a pena a leitura!

site: https://naoseavexe.blogspot.com/2018/08/resenha-eu-receberia-as-piores-noticias.html
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ElisaCazorla 16/10/2018

O fetiche masculino sobre a loucura feminina
Talvez, se estivéssemos vivendo um outro momento eu receberia esse livro de uma outra maneira. Mas, diante das tragédias que acontecem contra as mulheres nesses últimos dias, não consegui ler este livro sem enxergar machismo por todas as páginas.
O final é ainda mais machista.
Eis a figura feminina que encarna a completa loucura. Destruída pelo mundo dos homens desde a sua concepção termina como um brinquedo de um homem.
Acho que para esse autor, que representa o universo masculino, somos todas loucas. E, para ele, isso é muito positivo. O ideal de mulher é uma pessoa destruída pelos homens que passaram por sua vida. Sua mãe também destruída por homens. Padrasto abusador, todos os homens que passam por ela na rua, que esbarram nela no ônibus, que tentam salvá-la, todos a enxergam como um objeto. A loucura parece ser culpa da mãe que também era 'louca', as tragédias em sua vida parecem ser sua responsabilidade e pouco lemos sobre como os homens foram todos responsáveis por sua via destruída. Todos! Inclusive aqueles que só olharam e desejaram. Justamente, porque o olhar e desejar está repleto dos conceitos e preconceitos submetidos às mulheres no Brasil que esse livro me fere, de certa forma.
O autor não parece perceber o quanto ele é machista. O quanto o descontrole e a ruína desta mulher representa para ele poder, desejo e luxúria. Ela...uma vítima do mundo de homens.
Quanto mais à disposição as mulheres estão dos homens, mais prazer eles sentem nisso. Mulheres que precisam ser salvas e protegidas. Mulheres descontroladas e loucas. Eis o grande fetiche desse autor tão machista.
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isabellamolkoli 09/11/2018minha estante
Eita...tava tão motivada a ler, mas depois dessa resenha, broxei.Nao quero um livro misógino na minha estante.


Vitor.Hofstetter 26/11/2018minha estante
OU talvez aquela personagem seja desse jeito. Não quer dizer que o autor estejas dizendo que todas as mulheres são


Felipe 02/02/2019minha estante
Muito boa sua resenha Elisa, eu não sei, terminei de ler agora e eu acho que o que ficou mais para mim é justamente como não ser, como as coisas que os homens fazem são abusivas e como podem destruir a vida de uma pessoa, todo o abuso que Lavínia sofreu tem suas consequências e não sei qual foi o objetivo do autor, mas nos dias que vivemos encarei como uma crítica a isto tudo. Pelo menos para mim serviu assim, mas também tem o lado de que romantiza as relações abusivas e como tu mencionou o fetiche da loucura da mulher, como se ela fosse responsável pelos infortúnios causados todos por homens.


ElisaCazorla 20/02/2019minha estante
Muito obrigada por todos os comentário de vocês. Eu fiquei com vontade de reler com outro olhos!


Pâm 24/09/2019minha estante
Nossa Elisa! Exatamente!!! Eu fico espantada com a quantidade de pessoas que dão 5 estrelas a esse livro, e ler sua resenha exprimiu muito do que senti durante toda a leitura. Logo no início o personagem principal já me dá notas de uma homem com ar de superioridade. A quantidade de citações a autores (bem ao estilo ?erdutião?), a maneira com que se expressa sobre a comunidade local (o paulistano superior em uma cidade ?não civilizada?). São indíces que soaram meu alarme para um escritor pseudo-desconstruído. Aí a relação com a Lavínia só corrobora as suspeitas. Uma mulher totalmente relegada às vontades masculinas, e à visão estereotípica de um machista sobre uma mulher: louca e frágil. Lavínia não chega sequer a ser mais desenvolvida, ela existe em função desse amor e dessa tragédia, mesmo quando fala-se do passado dela, é em prol da construção dessa deformidade psíquica que o autor constrói pra ela. Não a toa, a Lavínia que ele mais descreve é a versão devassa. Embora diga que há também a Lavínia recatada, essa é pouco mostrada ? Cauby parece se interessar de fato, apenas por essa. A recatada faz parte de uma certa fetichização tosca. Aliás, a previsibilidade dos toques sexualizados é outro índice. Os bordéis, o fotógrafo que ama fazer nus femininos, a descoberta de que o pai também fotografava nus: uma série de clichês que o autor parece tratar como novidades. Para coroar, o final ainda santifica Cauby: injustiçado, cheio de chagas (quase um Cristo) mas totalmente dedicado à sua amada. Justiça seja feita, é mesmo um livro bem escrito, dá pra devorar. Mas é uma leitura agridoce. Como você disse, em outros tempos, talvez eu leria de outra maneira, mas hoje, é impossível não problematizar. E acho que isso é saudável, porque só assim pararemos de idolatrar autores/artistas que perpetuam o machismo romantizando-o. E, mais que isso, só assim os autores homens serão impulsionados a escrever obras de fato mais significativas e autênticas, despaegando-se dos clichês típicos da visão patriarcal.


ElisaCazorla 24/09/2019minha estante
Muito obrigada por suas palavras. Concordo integralmente com você. Abraços :)


Camila Gimenez 24/11/2019minha estante
Obrigada pela resenha, era tudo o que eu queria saber. Eu não li o livro, mas folheei ele devido ao furor sobre ele e eu não estava entendendo como havia cativado tantas pessoas se o que eu lia me causava mais indignação do que euforia.




Adriana1161 20/01/2019

Poético
Gostei do livro, uma história de amor intensa, crua, dura.
Gostei do modo como é escrito, o vaivém, o indo e voltando no tempo, de um parágrafo pra outro.
Tem muitas citações interessantes. Capítulos sem numeração.
Quando o personagem fala que fez seu auto-retrato em várias fotos, lembrei de uma exposição que já vi no Metropolitan Museum, sobre isso!
O modo como os personagens vão sendo apresentados é muito legal, faz a gente simpatizar com um personagem que a princípio não devíamos gostar, e como não fosse bem isso, acabamos conhecendo-os profundamente.
Nunca tinha lido nada do autor, vou procurar ler outros livros dele.
Personagens: Cauby, Lavínia/Shirley/Lúcia, dona Jane, Careca, Ernani, Viktor, Chagas, Decião, Chang
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Marselle Urman 03/02/2019

Um furor
Gostei bastante do estilo de prosa de Aquino. Com poucas palavras ele consegue te levar para aquela varanda na casa de pensão, numa cidadela mineradora de um rincão qualquer, num calor modorrento e cheio de pernilongos.

Daí pra frente é pura diversão.
Mas é uma estória séria, não se engane. E triste também. Personagens icônicos como o chinês, o pastor, o jornalista, o matador de aluguel, o careca da varanda...temperam a crônica.

O centro de tudo, Cauby e Lavínia. As três Lavínias. Uma sereia de pés sujos, cuja tentação parte também de sua loucura.

Tem algo de "Cem anos de solidão" aqui.

Gostei bastante.

SP, 03/02/2018
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litera.liza 04/02/2019

O amor é sexualmente transmissível!
Eu precisei de um tempo para organizar meus pensamentos e sentimentos em relação a essa leitura para, então, conseguir vir aqui escrever sobre ela. Um livro de 2005, de um autor que já conhecia e não lembrava, e que fui ler sem a menor pretensão de nada, com certeza demorará muito a sair de minha memória.

Marçal Aquino escreveu alguns dos livros da nostálgica série vagalume que tanto li na infância. Mas, quando peguei este livro para ler, isso sequer passou pela minha cabeça. Cheguei a pensar se tratar de um autor iniciante, confesso, me passando despercebido, inclusive, o fato de se tratar de um jornalista experiente e vencedor do Prêmio Jabuti de 2000. Não tendo ligado o nome do autor à suas obras e feitos, fui fazer a leitura antes de ler sobre ele...

Já nas primeiras páginas fui fisgada pela forma como o autor construiu seu texto, com uma narrativa extremamente fluída, passeando entre passado e presente o tempo todo, costurando sua prosa de forma muito poética.

Os diálogos são curtos e sem travessões. Há um clima de mistério durante todo o livro e vários momentos surpreendentes. Não tem como largar a leitura!

Cauby é um fotógrafo aventureiro, que está no Pará para um trabalho. Lá, conhece Lavínia, uma ex-prostituta, casada com o pastor da cidade. Lavínia já sofreu todo tipo de abuso que você possa imaginar, mas ainda espera que haja amor verdadeiro na vida.
O pastor, por sua vez, a tira das ruas, lhe dá um lar, uma vida dentro do que acredita ser digna.

Apaixonados, Cauby e Lavínia passam a se encontrar na casa do fotógrafo. Lavínia tem uma personalidade um tanto desestabilizada, chegando a alterná-la em duas: a pudica e a sexy. Quando em posse da última, temos cenas éroticas incrivelmente escritas.

Mas, claro, nem tudo são flores. Em pouco mais de 200 páginas Aquino conseguiu discorrer sobre religião, política, traição, saúde mental, e outros assuntos - tanto de forma superficial, quanto mais profundamente.

Um dos livros mais lindos e bem escritos que li ultimamente.

site: Instagram: @aquelaepifania
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Soninha 21/02/2019

Um livro visceral , uma história que te prende do início ao fim. Os personagens se interligam de forma emocionante. Traz como reflexão que independente do que fazemos, sempre teremos que colher os resultados de nossas escolhas. Amei o livro.
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