Rafaela 15/10/2019
"Oh feliz quem ainda em esperanças palpita,
Do mar de desengano deseja se salvar!
Aquilo que se ignora, é o que mais nos agita
Aquilo que se sabe, nunca há de usar
Fazei com que estas horas plenas de ventura
Em tristeza não mudem, de repente!
Olhai como o fulgor do sol já no poente
Doura a casa e o pomar, envoltos na verdura...
Morre, renasce o sol, nova aurora descerra,
E além, onde ressurge, outra vida produz.
Oh, quisera ter asas, sobrevoar a terra,
Seguindo sempiterno a sua eterna luz!" (P.57)
"O espírito da idade e que o tempo projeta,
Está na alma do homem, que a interpreta
E que espelha da história a longa caminhada.
Por vezes, esse espelho, é uma grande tristeza!
Pode-se traçá-lo logo, em poucas pinceladas,
É um monte de detritos pleno de impureza,
Quais peças teatrais pomposas, ensaiadas,
Com excelente enredo e máximas pragmáticas,
Como as de marionetes populares práticas." (P.38)